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História Enquanto você dormia - O quebra cabeças incompleto


Escrita por: Mara-Kuchiki e bruhonorato

Notas do Autor


Essa é uma fic com parceria com minha amiga e também leitora bruhonorato. Ela quem vai editar a fic e tem muitas coisas nela que escrevi para a bruhonorato e tenho que confessar que ficou muito bom. Ainda não definimos que dia vamos postar, mas vai ser semanal como todas que outras. Não se preocupem com abandono de Enquanto você dormia, já tem 32 capítulos escritos.

Espero que curtam essa fic e boa leitura!

Capítulo 1 - O quebra cabeças incompleto


Fanfic / Fanfiction Enquanto você dormia - O quebra cabeças incompleto

Capítulo 1

O quebra cabeças incompleto

 

O jovem de cabelos um tanto excêntricos, semblante emburrado e nada carismático atravessava os corredores da escola em que passou boa parte de seu tempo nos últimos anos com um sentimento de nostalgia que invadia todo seu ser.  Aquela seria sua última aula. O ano letivo felizmente chegara ao fim.

 

Eram tantas lembranças que tumultuavam sua mente, umas boas, outras nem tanto assim, mas uma coisa era notório, ele fez grandes amigos naquele lugar e os levaria para a vida toda.

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Seu nome: Kurosaki Ichigo.

Idade: 18 anos

Cabelos: cor de laranja

Ocupação: um formando que ainda não tinha a menor idéia do que fazer da vida.

 

- Finalmente conseguiu terminar o último ano, Kurosaki-san. Levou mais tempo que os outros alunos, mas estou orgulhosa de você. Com as aulas extras conseguiu se recuperar. – o elogia a professora que entregava o boletim com as notas do rapaz.

 

- Agradeço muito pela paciência que teve comigo. – ele pega o envelope e dar um meio sorriso.

 

Sai da sala. Agora sim as aulas estavam oficialmente terminadas. Depois de tanto se esforçar Ichigo concluíu seus estudos no colegial.

 

E lá estava o ruivo mais uma vez atravessando aqueles corredores, só que desta vez não mais como aluno e sim formando.

 

Os últimos anos que teve de dividir sua vida entre ser um substituto de shinigami e estudante não foram nada fáceis. Teve momentos em que Ichigo achou que nunca conseguiria terminar o colegial feito um jovem normal de sua idade. Se bem que... de normal Ichigo não tinha nada. 

 

Aquele ano em especial havia sido o mais difícil de sua vida. O ruivo enfrentara uma batalha onde lutou contra os oponentes mais fortes que já tinham cruzado seu caminho. Felizmente todos foram derrotados e a vida de Ichigo voltava a sua rotina corriqueira.

 

O ex-substituto repetia todos os dias para si mesmo que aquela vida era a que sempre sonhou e que viver em paz fora o objetivo pelo qual lutou tanto. Agora que não havia mais ameaças contra a Soul Society e o mundo em que vivia, ele poderia finalmente respirar aliviado. 

 

Mas... então porque Ichigo não conseguia se convencer disso? Algo a sua volta não estava como ele gostaria. Sentia um imenso pesar e vazio, nada parecia preencher aquele espaço. Era como se ele fosse um quebra cabeças que faltava a última peça para ficar completo.

 

Por várias vezes Ichigo se olhou no espelho tentando entender o por quê dele não conseguir sentir aquela paz de espírito que todos pareciam sentir.

E porque não conseguia seguir com sua vida da forma que deveria ser? O que faltava? Ou melhor, quem faltava? O jovem sempre teve respostas para essas perguntas, só precisava de um tempo para assimilar e aceitar que era impossível viver sem ela em sua rotina. Quem era ela?

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Nome: Kuchiki Rukia.

Idade: não definida

Aparência: cabelos negros e os olhos com uma cor bem excêntrica de um tom azul violeta. Estatura baixa.

Ocupação: tenente da 13° divisão.

 

Foram sete meses que Ichigo não via nem tinha notícias da tenente. No dia em que saiu da Soul Society tudo estava um caos, não teve oportunidade de falar com ela. Quando ele e seus amigos estavam para atravessar o portal que os trariam de volta a Karakura, ela apareceu. A última coisa que a viu fazer foi acenar para ele. Aquilo era um adeus? Não seria, pois Kurosaki Ichigo estava disposta a volta à sociedade das almas e buscar Rukia. Finalmente admitiu que sem ela seria impossível ser feliz.

 

 

Sol Society...

- Você sabe que esse seu pedido é um tanto inusitado né, Kurosaki Ichigo? Enviar uma tenente como shinigami responsável pela cidade de Karakura é uma coisa atípica. – o capitão comandante analisava bem aquele jovem que estava sentado a sua frente, precisava entender suas verdadeiras intenções.

 

- Eu entendo o seu ponto de vista. Mas eu gostaria que reconsiderasse. Nunca pedi nada a vocês, no entendo sei o quanto estão em dívida comigo. Não seria nada agradável ter que recorrer a isso. Ter Rukia ao meu lado é muito importante para mim e é uma coisa pela qual não pretendo abrir mão. – fala o encarando. O comandante sentiu naquelas palavras o quanto Ichigo estava seguro de sua decisão.

 

- Por qual motivo quer ter Kuchiki-san ao seu lado? – Sabia o motivo, porém queria que o ruivo fosse mais explícito em sua resposta para não tomar a decisão errada.

 

Ichigo olhou para o comandante assustado. Não com ele, mas com a pergunta em si. Por dias aquelas mesmas palavras soaram em sua cabeça antes dele decidir vir para a Soul Society: Porque ele queria Rukia em Karakura? Porque era tão importante tê-la ao seu lado? Por muitas vezes teve medo daquela resposta, porém agora não parecia mais algo abstrato.

 

- Por que eu... E-Eu... a amo – balbuciou em um fio de voz.

Que se dane constrangimentos, formalidades ou até mesmo o fato deles serem de mundos diferentes ou qualquer coisa que poderia ser impedimento para Ichigo e Rukia ficarem juntos, o jovem ruivo naquele momento só conseguia pensar em como seria sua vida longe da morena e chegou ao denominador comum de que ele seria infeliz sem tê-la por perto.

 

- Porque não me surpreendo com essa resposta? – fala com seu típico jeito preguiçoso.

 

O ruivo arqueou as sobrancelhas intrigado – Você acabou de dizer que meu pedido era inusitado e agora diz que não se surpreende com minha resposta?

 

- Só estava tentando aparentar um comandante respeitável e responsável. Acho que seria assim que um agiria. - acomoda algumas das muitas almofadas que estavam próximo de si e fica mais descontraído.

 

Ichigo sorri – Você não muda mesmo.

 

- Não vou dizer que vai ser uma coisa fácil enviar uma tenente ao mundo dos vivos. Principalmente por ela ser um membro da nobreza. Sem falar que depois da guerra, a segurança na Soul Society foi redobrada, e é claro que estou falando dos capitães e tenentes que são a base mais forte deste mundo. Porém uma coisa te garanto: se conseguir a permissão do irmão dela eu facilitarei as coisas para você. – disse sério.

 

Claro que ainda tinha o grande capitão Kuchiki Byakuya em seu caminho para a felicidade junto de Rukia ficar completa. Não tinha certeza de como o nobre reagiria a tudo isso, mas estava disposto a fazer o que fosse preciso pela morena, no fim das contas valeria a pena.

 

- Muito obrigado, eu não esperava menos de você. – o ruivo se levanta e o cumprimenta com um aceno de cabeça.

 

Quando o jovem estava caminhando rumo a saída o capitão comandante o chamou – Kurosaki Ichigo – Ele se vira para  fitá-lo – Eu espero que tudo dê certo para vocês. Confesso que demorou muito até vir me fazer esse pedido, pensei que o faria assim que terminasse a guerra.

 

O ruivo sorriu. Aquele cara só parecia com um idiota, mas era bem mais esperto que mostrava ser. – Arigatou, Kyouraku.

•••

 

Rukia caminhava pelas ruas que há alguns meses atrás estavam completamente destruídas. A épica batalha de mil anos quase levou a Soul Society a devastação, mas finalmente as coisas caminhavam para a ordem, e o primeiro passo já havia sido dado: reconstrução do que se havia destruído.

 

Sete meses tinha se passado desde que Ichigo deu fim a sangrenta batalha contra os Quincys. Rukia não teve muito tempo de falar com o rapaz. Ele ficou internado para se recuperar de suas feridas e ela envolvida nos trabalhos para arrumar o caos que tinha ficado o Seireitei e toda Soul Society. Por esse motivo apenas pode se despedir dele de longe.

 

Rukia sabia que as chances de voltar a ver Ichigo eram quase zero. Com o fim da guerra e lutas contra vilões superpoderosos seu caminho com o do ex-substituto de shinigami não se cruzariam mais. De certa forma essa certeza lhe deixava triste. A nobre sentia falta do amigo e queria poder estar ao seu lado. Ichigo a fazia bem de uma forma que nem mesmo Rukia sabia explicar.

 

Mas a vida seguiu. Com a morte de seu capitão ela tinha bem mais trabalho sobre seu encargo até que outro capitão fosse eleito para substituir o espaço deixado pelo falecido. Porém algo dentro da morena estava inquieto. Era como se todo seu ser estivesse tomado por uma angústia que nada, nem ninguém conseguia fazer parar. Sabia muito bem o  por quê se sentia assim, só que não ousava admitir. Algumas coisas, ou melhor, sentimentos eram melhor serem ignorados para não causar sofrimentos.

 

Aquela tarde estava nublada, não demoraria a chover. Rukia tinha acabado de sair de seu esquadrão e seguia rumo a sua casa. Seu corpo estava cansado e a morena desejava tomar um bom banho quente e cair na cama. Porém algo lhe chamou a atenção.

 

- Ichigo? – ela sentiu a reiatsu do amigo, e vinha da mansão Kuchiki. – O que Ichigo está fazendo aqui? – disse para si mesmo intrigada. A nobre apressou os passos, tinha medo da visita inesperada do rapaz ser motivo de coisas ruins.

 

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- Confesso que me surpreendeu sua visita. Não sei o que nós podemos ter em comum para que queira falar comigo. – diz Byakuya da forma mais fria possível.

 

- Nossa! Isso é jeito de tratar um amigo, Byakuya?

 

- Não somos amigos, Kurosaki Ichigo. E por favor, não se refira a mim deste jeito tão informal. –sua vontade era de jogar o ruivo para bem longe de sua sala, não agradava nem um pouco em tê-lo ali.

 

- Que mau humor – resmunga.

 

- Diga logo o que quer e volte para seu mundo. Não tem mais nada o que fazer aqui – Ichigo chegou a estremecer ao ver os olhos assassinos do capitão que mais pareciam que ia fulminá-lo. Revolveu ir direto ao ponto.

 

- Byakuya eu queria lhe pedir...

 

Batidas na porta o interrompe.

 

- Entre – disse o capitão aliviado, quem sabe era alguém falando que algum vilão doido queria destruir a Soul Society, assim ele não precisaria mais continuar com aquela conversa desagradável.

 

- Desculpe lhe incomodar, nii-sama, mas é que...

 

Os olhos de Ichigo brilharam quando a viu entrar. Seu coração ficou tão disparado, as pernas tremiam tanto que o jovem agradeceu por estar sentado.

 

- Rukia... – ele sussurrou. A morena o olhou. Era mesmo Ichigo que estava ali. A nobre tinha sentindo sua falta, muito mais que ela admitiria para si mesmo.

 

- Ichigo... – sorri para ele, ele retribui. Byakuya não estava gostando nada daquilo.

 

- Quer alguma coisa, Rukia? – depois de esperar por longos segundos o “casal” se pronunciar, ele desistiu e quebrou o gelo.

 

A morena voltou sua atenção para o irmão. – Não é nada, Nii-sama. Eu senti a presença de Ichigo e fiquei preocupada. – Vira-se para ele e pergunta – Tudo bem?

 

- Sim. Não se preocupe o que me trouxe aqui não é nada grave. – voltou a ficar com o semblante fechado, apesar de ser bem delicado com seu tom de voz, até demais para sua personalidade.

 

A nobre estranhou a forma “carinhosa”na qual ele falou. Se ela não conhecesse sua reiatsu diria que aquele ao seu lado não é Ichigo. – Então acho que vou deixá-lo a sós com meu Nii-sama. – Vira-se para o capitão que não estava gostando nem um pouco da forma que aquela situação se desenrolava. – Me desculpe interromper, Nii-sama.

 

- Não saia. – Ichigo nem deixou Byakuya falar. – O que tenho para falar diz respeito a você e gostaria que ficasse.

 

Rukia ia falar algo, mas o capitão Kuchiki já sem paciência falou primeiro. – Então diga de uma vez, que tenho mais o que fazer. – ele tinha vontade de esganar o jovem.

 

Ichigo olhou para a morena que estava de pé ao seu lado, respirou fundo e falou – Quero pedir Rukia em casamento. – dispara.

 

Os olhos da morena quase saltaram da órbita tamanho foi seu espanto. O que estava acontecendo ali? E o mais importante: O que Ichigo tinha na cabeça para fazer um pedido daquele para seu irmão?

 

Byakuya levantou bruscamente de sua cadeira, espalmou as mãos na mesa a sua frente e disse – Casar-se com Rukia? – era visível a irritação em seu tom de voz.

Continua...

 


Notas Finais


Nos primeiro capítulos desta fic vocês ficarão confusos sem entender o enredo e o porquê de “Enquanto você dormia”, mas assim que as coisas começarem a se resolver eu explico minha ideia e o que esperarem dela. Desde já aviso que não vai ter ação, tem apenas algumas coisas no inicio e no final da fic, mas a ideia desta fic não estar voltada para ação.

Outra cousa muito importante: essa fic já tem 32 capítulos e quando comecei a escrevê-la ainda não tinha acabado o mangar de Bleach então eu tive que improvisar no que achava que aconteceria com o final da guerra de mil anos. Obvio que nunca vou levar em conta o final de Bleach, então não espere nesta fic nada parecido.

Pessoal, cometem, divulguem se gostarem, me ajudem a continuar escrevendo porque tem ficado cada vez mais complicado, principalmente com o final do mangar que pegou boa parte dos fãs de Bleach desprevenido. Eu preciso muito do apoio de você e esse sempre vem com os comentários.

Obrigada por ler mais esse trabalho meu e deixem o que vocês acham desta fic e o que esperam dela nos comentários. Porque será que ela tem esse nome?

Beijos!


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