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História Enquanto você dormia - Fatalidade


Escrita por: Mara-Kuchiki e bruhonorato

Capítulo 12 - Fatalidade


Fanfic / Fanfiction Enquanto você dormia - Fatalidade

 

No capítulo anterior:

- Como Rukia está? – o jovem já dispara em perguntar.

 

- Passa ano entra ano e você não muda né, Kurosaki-san. Sempre ansioso. – fala tentando quebrar o clima de tensão que estava no ar.

 

- Não enrola e responda de uma vez o que perguntei. – se estressa.

 

- Como já deve imaginar as noticias não são boas. Acho melhor irmos conversar em um lugar mais reservado. – Urahara não gostava em nada de ser portador de más noticias, porém infelizmente não tinha para onde correr.

 

Ichigo sentiu um medo tão grande dominá-lo. O sentimento que lhe invadia naquele momento era parecido com o que sentiu quando descobriu que Rukia estava em coma. O que o logístico tinha para falar agora? Rukia parecia tão bem. Não suportaria perdê-la novamente, seu coração não aguentaria tamanha dor.

 

Fatalidade

 

- Antes de falar qualquer coisa acho melhor você se acalmar, Kurosaki-san. – Urahara oriente o ruivo que não parava quieto desde que eles foram para a sala de Ishida onde poderiam conversar sem ninguém os interromper.

 

- Não consigo entender o que tem de errado com ela. Rukia está bem. – o jovem já tinha repetido isso algumas vezes.

 

- Se você deixar Urahara-san explicar acho que vai ser melhor, não acha Kurosaki? – Ishida já tinha perdido a paciência com o rapaz. Ichigo o olhou de cara feia, mas não falou nada, no fundo o Quincy tinha mesmo razão. Sentou-se dando atenção ao loiro.

 

- Fisicamente Kuchiki está bem. Claro que ela ainda deve permanecer por mais algum tempo no hospital, afinal ficou em coma por sete anos e precisa ficar em observação. Acredito que como os dois são médicos devem entender muito bem isso.

 

- Continua. – Agora Ichigo estava impaciente para saber logo o que Rukia tinha.

 

- Quando ouve o acidente com o hollow eu havia dito que o corpo shinigami de Kuchiki-san tinha se fundido com o gigai e era esse o motivo dela não ter morrido. Hoje eu a examinei minuciosamente e não encontrei nenhum rastro de reiatsu. Até poderia dizer que isso se deve ao fato dela ter ficado por muitos anos desacordada. Porém a coisa é bem mais complicada que isso. O corpo de shinigami de Kuchiki-san se uniu ao gigai formando apenas um, se ela tentar sair do corpo artificial com toda certeza morreria porque não existe mais seu corpo espiritual como conhecíamos. Em outras palavras, Kuchiki-san se tornou uma humana e nunca mais poderá voltar a sua forma de shinigami. – explica com muito pesar.

 

- E-Eu não entendi bem. Quer dizer que ela se tornou uma pessoa normal sem qualquer poder espiritual? – indaga o ruivo.

 

- Exatamente. Eu afirmei que ela nunca mais acordaria porque sabia que seu corpo de shinigami estava morto. O que ainda a fazia respirar era apenas o gigai que absorveu o que restou de seu poder. Mas milagrosamente Kuchiki-san acordou. Entretanto as sequelas são irreversíveis. Ela nunca mais se tornará uma shinigami, vai ter que viver no mundo dos vivos como humana sem a menor capacidade de ver um mero espírito.

 

- Isso só pode ser brincadeira. – Murmura - Como vou falar isso para Rukia? Ela sempre se orgulhou de ser uma shinigami.

 

- Eu já mandei avisar ao capitão Kuchiki que a irmã acordou. E pedi a Tessai para providenciar gigai para o capitão e Abarai-san que deve vir junto senão Kuchiki-san não vai conseguir vê-los.

 

- Vai ser um choque para ela, por isso acho melhor contar quando seu irmão chegar, assim terá o apoio de pessoas que a ama. – oriente Ishida.

 

- Eu vou ficar com Rukia. Não quero deixá-la sozinha. – fala Ichigo saindo da sala totalmente abalado.

 

- Ele ainda não contou sobre Inoue-san né? – pergunta Urahara.

 

O Quincy suspira desanimado e fala: Não!

 

- E ainda tem mais essa. Que Kurosaki-san não me escute, mas me pergunto se não teria sido melhor Kuchiki-san continuar dormindo ao ter que enfrentar tantos problemas.

 

- Vai saber. – Ishida se importava com o bem estar de Rukia, mas naquele momento não parava de pensar em Inoue e sua reação quando descobrisse que Rukia acordou e Ichigo não saia de seu lado.

 

•••

 

Ichigo deu duas batidas na porta do quarto de Rukia e entrou. Sua expressão ficou ainda mais emburrada que já estava quando viu que ela não estava sozinha.

 

- Doutor Tanaka? – fala nada feliz.

 

- Doutor Kurosaki, como tem passado? – O cumprimenta - Já estou saindo. Apenas precisava ter certeza que estava tudo bem com nossa Bela Adormecida. – Tinha um sorriso no rosto, pois acabara de descobrir que Rukia além de linda aparentava ser uma excelente pessoa. Em poucos minutos que estava com ela já tinha se encantado com sua personalidade forte e segura.

 

- Algo de errado com ela? – ignora seu cumprimento. Estava mais preocupado em ver uma das mãos dele no ombro de Rukia.

 

- Ainda preciso ver os resultados dos exames que mandei fazer. Mas aparentemente ela está vendendo saúde. – retira a mão da morena notar que Ichigo não parava de olhar com uma cara assassina para ele.

 

- Tem como os dois idiotas não ficarem falando de mim como se eu não estivesse aqui? - Se zanga. Volta sua atenção para Seiji e fala: E não me chame de Bela Adormecida.

 

- Não fica irritada, Kuchiki. Não imagina como é  bom vê-la reclamando comigo e zangada com tanta naturalidade como se não tivesse ficado dormindo por anos. Enquanto mais te conheço, mas fico encantado. – em seu rosto tinha um sorriso estampado que ia de um canto a outro de sua face. Estava mesmo muito feliz por constatar que a nobre agia como se nada tivesse acontecido. Por dois anos cuidou dela e sempre ficava triste quando a via sobre um leito. Ela era tão jovem e linda, não se conformava com o que o destino tinha lhe reservado.

 

- Já terminou, doutor? – Ichigo caminha até Rukia e segura em sua mão.

 

Seiji como não é nada burro entendeu muito bem o recado. – Sim, se precisar de mim é só chamar. Não vou embora enquanto não ver os resultados dos exames que mandei fazer em Kuchiki. – Sem esperar que Ichigo falasse algo, pois a cara do jovem estava bem mais azeda que de costume, ele se retirou da sala.

 

- Pode me explicar o que aconteceu aqui? – a morena pergunta.

 

- Nada demais. Só não gostei desse doutorzinho ficar cheio de graça com você. – vira o rosto para o lado. Sentia-se ridículo por ter ciúmes dela. Não tinha direito algum sobre a morena.  

 

- Eu o achei legal. É uma pessoa bem agradável – cutuca o rapaz ao notar seu ciúme. Era bonitinho vê-lo enciumado.

 

- Você ainda não está de posse de suas faculdades mentais para achar uma coisa desta. – fala irritado. Estava com muita raiva ao saber que ela gostou do médico.

 

- Ichigo vem cá. – a morena abre os braços. O Jovem entendeu bem o que a bela queria. Sentou na cama ao lado dela e a abraçou. Rukia encostou a cabeça no ombro dele e fechou os olhos, era muito bom sentir o calor do corpo de Ichigo junto ao seu e o cheiro dele a deixava embriagada. –Onde esteve? Demorou tanto para voltar. Senti sua falta. – sussurra.

 

- Desculpe. Não vou deixá-la mais sozinha. – sua raiva se foi no momento em que a sentiu em seus braços. Rukia sempre teve poder sobre ele e um dom incrível de acalmá-lo e fazê-lo se sentir bem.

 

- Quando vou poder ir para casa, Ichigo? – desfaz o abraço.

 

O jovem Kurosaki gelou. Antes do acidente Rukia morava na casa de Isshin junto dele. Mas agora o jovem vivia com Inoue. Como contaria para ela que eles não poderiam mais ficar juntos? Ichigo tinha a sensação de que enlouqueceria a qualquer momento.

 

- Ainda não sei. Mas acredito que deve ficar no hospital mais algum tempo. Você precisa ser observada e fazer fisioterapia para conseguir se mover. Seu corpo ficou muito tempo parado. – explica.

 

- Não quero mais ficar nesse lugar. É tudo muito sem graça. Sinto falta da sua casa. – fala desanimada.

 

- Vai passar rápido e prometo que vou ficar ao seu lado o máximo de tempo que puder. – acaricia o rosto dela.

 

Ela sorriu. Sentia-se mais aliviada em saber que Ichigo não a deixaria sozinha. A atenção do casal se voltou para a porta quando escutaram algumas batidas.

 

- Pode entrar. - Responde o ruivo.

 

- Nii-sama! Renji! – a nobre exclama feliz ao ver o irmão e o amigo passar pela porta.

 

- Rukia, você está mesmo acordada. – o tenente corre até ela a abraçando bem forte. Sofreu tanto em saber que a amiga possivelmente nunca mais sairia do coma e agora vê-la ali acordada diante de seus olhos era maravilhoso.

 

- Claro que sim, idiota. Não vai se livrar tão fácil de mim. – ela fechou os olhos e retribuiu o abraço. Renji sempre foi uma pessoa importante em sua vida.

 

Ele desfaz o abraço e faz um carinho no rosto dela. – Seja bem vida, Rukia. – apesar de ter algumas lágrimas no canto de seus olhos ele sorria.

 

- Arigatou, Renji. – seca o rosto dele e retribui o sorriso. A atenção da morena volta para seu irmão que estava parado em frente a sua cama a olhando. – Nii-sama, sinto muito por todo esse transtorno.

 

- Não foi nada. Estou feliz que tenha finalmente acordado te esperei por sete anos... – para de falar ao sentir a pequena mão de Rukia segurar a sua. A morena o puxa para junto de si e o abraça. De inicio Byakuya ficou sem reação, mas logo retribuiu a irmã. Não era um sonho, Rukia estava mesmo acordada seu martírio finalmente havia chegado ao fim. – Senti sua falta... Ru... kia – sussurra.

 

Novamente foram ouvidas batidas na porta.

 

- Esse quarto está mais movimentado que estação de trem. – resmunga o ruivo ao ver Urahara e Ishida entrar.

 

- Desculpe interromper esse momento fraternal, mas tem algumas coisas que precisamos conversar. – fala o ex-capitão.

 

- Por sua expressão não deve ser nada agradável – Renji se manifesta.

 

- Tem razão, Abarai-san. Mas diante do estado que Kuchiki-san estava e o atual o que vou falar ganha menos peso, apesar de não ser uma coisa boa.

 

 

Rukia percebeu que Ichigo abaixou a cabeça e ficou cabisbaixo. – Seja o que for diga de uma vez. Não quero que me tratem como uma inválida. – fala firme.

 

- Acho justo. Se tiver algo para dizer fale logo. – fala Byakuya.

 

O ex-capitão entendeu o recado e iniciou o que tinha para falar.

 

A cada palavra que Urahara falava Rukia sentia como se alguém estivesse tirando o chão de seus pés. Ser shinigami sempre foi seu orgulho. Ela se esforçou muito para chegar ao cargo de tenente e saber que nunca mais poderia se tornar uma shinigami e nem voltar para Soul Society era arrasador. Se havia entendido bem tudo que o logístico explicou, agora era uma humana comum incapaz de ver seu irmão e amigos do mundo espiritual se esses não tivessem usando um gigai.

 

- Não tem como reverter isso? Quem sabe a central de tecnologia e desenvolvimento consiga ajudá-la? – fala Renji.

 

- Não tem nada que pode ser feito porque a forma de shinigami de Kuchiki-san não existe mais. Como acabei de dizer ela se tornou uma humana. – explica. – Se houvesse algo que poderia mudar seu estado eu o faria sem pestanejar.

 

- Mas eu acho que...

 

Rukia interrompe o amigo. – Sei que só querem meu bem, mas... – Fala de cabeça baixa. – Podem me deixar sozinha?

 

- Rukia, não acho isso uma boa ideia. Eu posso ficar ao seu lado e prometo que não vou falar nada. – Ichigo não queria deixá-la sozinha.

 

- Já disse que quero ficar sozinha. – ela grita. Respira fundo ao ver que ele se entristeceu. – Não me levem a mal. Não quero descontar em ninguém minha frustação. Apenas quero ficar sozinha. É tudo que peço.

 

Quando Ichigo ia abrir a boca para falar novamente foi interrompido por Byakuya. – Vamos ficar lá fora. Se precisar é só chamar.

 

- Arigatou, Nii-sama. – fez um esforço para sorrir.

 

Muito contrariado, Ichigo resolveu fazer a vontade da morena, até porque ele foi quase que arrastado por Byakuya para fora do quarto.

 

Assim que todos se retiraram Rukia abraçou suas pernas escondendo a cabeça nos joelhos e se derramou em um choro intenso e sofrido. Perder seus poderes de shinigami era como se tivesse perdido sua identidade.

 

Continua...


Notas Finais


Olá amores!

Espero que curtam o capítulo.

As coisas vão ficando cada vez mais tensas para Rukia né? Tadinha.

O que acharam? Por favor, não deixa de comentar, sua opinião é importante para mim mesmo que seja apenas um "bom" ou "ruim".

E ao fantasmas deixem um "oi" para mim. Eu não mereço?

Muito obrigada a todos!


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