1. Spirit Fanfics >
  2. Enquanto você dormia >
  3. Hóspede inusitado

História Enquanto você dormia - Hóspede inusitado


Escrita por: Mara-Kuchiki e bruhonorato

Capítulo 23 - Hóspede inusitado


Fanfic / Fanfiction Enquanto você dormia - Hóspede inusitado

 

No capítulo anterior:

- Ok. – Murmura sem olhar para ela. Queria que a nobre fosse embora logo, tinha raiva dela por obrigá-lo a ter que aceitar sua vontade. Mas...  Sentiu o calor da mão dela tocar a dele que estava sobre a mesa.

 

- Queria poder mudar essa realidade. Eu odeio te ver triste, Ichigo. – alisa a mão dele com a ponta dos dedos.

 

O jovem levanta a cabeça e seus olhares se encontram. - Você nunca pensa em você e nos seus próprios sentimentos, Rukia? – Segura em sua mão. -Suas decisões se baseiam no que as outras pessoas vão sentir, mas o que você sente não leva em conta?

 

Ela puxa a mão bruscamente. – Eu preciso mesmo ir, Ichigo. – sai da sala do jovem se perguntando se tinha mesmo sido uma boa idéia ir vê-lo.

 

Ichigo ficou desolado após a bela sair de sua sala. Ao que parecia ele a tinha perdido mesmo e nada que dissesse faria a nobre voltar atrás com sua decisão. Ele havia perdido o amor de sua vida pela segunda vez.

 

 

Hóspede inusitado

 

Os dias iam passando e Rukia se esforçava muito para se enquadrar a nova vida e rotina de humana, o bom era que o trabalho de voluntária a ajudava bastante, as crianças eram incríveis e acrescentavam tantas coisas na vida da morena.

 

Depois do dia que ela visitou Ichigo em sua sala o jovem nunca mais a procurou. No decorrer deste mês que passou eles se cruzaram poucas vezes pelos corredores do hospital e ele se limitou a cumprimentá-la com apenas um balançar de cabeça.

 

A bela ficava de coração partido porque sabia que ele sofria com a separação, mas era o melhor a se fazer e estava aliviada por ele finalmente ter entendido.

 

Já a relação com Seiji ia de vento em polpa como se diz por aí. Quase todo o dia Rukia saia com o rapaz e em suas folgas eles passavam o dia inteiro juntos, o jovem estava sendo uma agradável companhia e muito paciente com ela, apesar de às vezes tentar avançar o sinal, mas a bela o mantinha afastado. Sentia-se atraída pelo moreno de olhos azuis, como negaria isso? Mas toda história com Ichigo ainda estava viva em seu coração, não conseguia dar chance para outra pessoa entrar em sua vida.

 

Seu Nii-sama e Renji tinham vindo apenas uma vez visitá-la no período de um mês. Mas eles sempre ligavam para saber como ela estava, Rukia entendia que sei irmão e amigo eram pessoas ocupadas e não poderiam ser tão presentes em sua vida.

 

As pessoas mais participantes na rotina de Rukia além de Seiji eram Isshin e suas filhas, eles sempre vinham visitá-la, a nobre tinha muito carinho pela família de Ichigo.

-

-

-

- Então deixa ver se entendi bem. Você vai ficar aqui comigo por alguns dias porque Nii-sama pediu? – a bela morena estava sem palavras diante do amigo que acabara de chegar de mala e cuia em sua casa. O que seu irmão tinha na cabeça para mandar um homem viver com ela em sua casa? O que seus vizinhos achariam disso? A vida no mundo dos vivos não era como na Soul Society.

 

- Meu taichou te achou muito triste da última vez que viemos te visitar, por isso ele me mandou passar uns dias com você. Porque não quer? – diz Renji magoado.

 

- Não. Vai ser legal ter companhia. – passado o susto ela até que ficou feliz, ter o amigo em sua casa, mesmo que por poucos dias, seria muito bom. E os vizinhos? Desde quando Rukia se preocupava com que as pessoas falavam.

 

- Então o que faz de bom por aqui? – se joga no espaçoso sofá.

 

- Agora no momento vou para meu trabalho no hospital, fora isso nada de bom, a vida de humano não tem emoção alguma. – fala desanimada.

 

- Ainda com as crianças? Eu cheguei a pensar que você não duraria uma semana lá. – fala se divertindo.

 

- Há, há, há...  como você é engraçadinho, Renji. – fica irritada.

 

- Calma ai, Rukia, foi só brincadeirinha.

 

- Eu estou indo, não faz bagunça. – ela pega sua bolsa e já ia sair.

 

- Vai me deixar sozinho aqui – ele se levanta e vai até ela.

 

- Eu tenho um trabalho sabia? Pode não ser grande coisa como o seu de tenente da 6° divisão, mas para mim é muito.

 

- Você anda muito nervosinha, Rukia. Só ia perguntar se eu posso ir com você, não vou atrapalhar.

 

Ela respira fundo. Renji a tirava do sério. – Vamos, mas não garanto que as enfermeiras vão te deixar ficar, lá é muito rígido e o ambiente é restrito a funcionários e pacientes.

- Não custa nada tentar.

 

O tenente sai todo sorridente ao lado da amiga rumo ao hospital.

 

Algum tempo depois...

 

- Claro que Abarai-san pode ficar, ele deve ser tão amoroso com crianças. – falava uma enfermeira toda derretida e outras vinham cumprimentar o jovem de cabelos vermelho. Rukia estava de boca aberta com a reação das mulheres, ao que parece o amigo era muito bem conhecido por todas elas.

 

- Muito obrigado. – coça a cabeça meio sem jeito com o assedio.

 

- Venha todos os dias, Abarai-san. As crianças vão ficar felizes. – não eram exatamente as crianças que a linda loira se referia.

 

- Pode deixar...

 

Rukia o interrompe. – Vamos logo, Renji que não tenho o dia todo para ficar de papo aqui. – ficava irritada, não por ciúmes, era mais porque o amigo estava se achando o tal com todas aquelas mulheres o babando. Ok! Ela sentia uma pontada de ciúmes sim, só que nunca admitiria. Onde estava o rigor daquele lugar?

 

- Que grosseria com as meninas, Rukia. Nem as deixou terminar de falar. – diz já dentro da sala de recreação.

 

- Desde quando você é tão popular assim no hospital hein? – ela ignora sua reclamação.

 

- Eu vinha te visitar por sete anos quando esteve em coma, conheço quase todos aqui. – fala de forma natural.

 

- Deveria ficar se mostrando ao invés de me fazer companhia no quarto  né, seu exibido. – ela fala irritada.

 

- O que deu em você hein?

 

- Nada. – fica emburrada e vira o rosto para o lado. Rukia estava sendo infantil? Sim. Egoísta e ciumenta? Também. O fato é que a bela sempre teve a atenção de Renji toda para ela e ver outra mulheres flertando com ele foi bem estranho.

 

- Não seja tão ciumenta, baixinha. Você sempre vai ser a número um. – passa a mão no topo da cabeça dela e bagunça seus cabelos. Estava achando divertido Rukia com ciúme das enfermeiras. Não que tivesse esperanças dela o amar, sabia que Rukia o tinha como um grade amigo, tal vez irmão, mas ainda assim era bom vê-la com ciúmes.

 

- Quem está chamando de ciumenta aqui, idiota. – lhe dá uma voadora que o tenente vai parar do outro lado da sala.

 

- Você continua a mesma estressadinha de sempre. – resmunga ao se levantar. Rukia nem dá atenção para ele. – Mas confesso que hoje te notei bem mais que o normal. Tá sem paciência alguma e você só fica assim quando está triste. Quer falar sobre isso? – Renji sabia muito bem o que incomodava a amiga, ou melhor, quem. Mas achava que se ela falasse poderia se sentir melhor.

Rukia olhou para o tenente, surpresa por ele a conhecer tão bem. Ela tinha ciência de que não conseguiria disfarçar seus demônios, mas por outro lado não queria falar a respeito. A dor que estava sentido era só dela e queria deixá-la escondida em seu coração.

Por sorte, Rukia nem precisou falar, pois as crianças entraram na sala com a corda toda e com elas vieram algumas enfermeiras assanhadas que ficavam flertando com seu amigo. De inicio a morena até que ficou de boa, mas quanto tudo começou a tumultuar ela expulsou as assanhadas da sala para conseguir fazer seu trabalho com tranquilidade.

Os amigos passaram uma tarde muito agradável na companhia das crianças. As pequenas fizeram o tenente de cavalinho e ele adorou. A única coisa que incomodava a morena era que quase sempre aparecia uma enfermeira trazendo algo para Renji comer ou com alguma desculpa esfarrapada só para ficar babando em cima de seu amigo. Rukia tinha vontade de jogá-las porta a fora. Como essas enfermeiras eram atrevidas.

Ao fim do expediente a bela se despediu do amigo, pois ele disse que tinha algumas coisas para fazer. Rukia não precisou nem perguntar, sabia que ele ia procurar Ichigo e só não falou para ela não ficar triste, sempre que o tenente tocava no assunto a morena desconversava. Não se sentia bem ao falar do rapaz.

Naquela tarde ela não sairia com Seiji, tinha um compromisso na casa dos Kurosaki, Yuzu ficaria noiva e queria apresentar o namorado para Rukia.

A nobre só concordou em ir porque a menina se adiantou em falar que Ichigo não estaria presente.

•••

 

Renji já estava esperando por Ichigo em sua sala há algum tempo. A enfermeira falou que o jovem medico atendia a alguns pacientes na emergência e logo chegaria.

 

- Renji? – disse Ichigo ao adentrar em sua sala – Quando a enfermeira disse que tinha alguém me esperando você foi a ultima pessoa que passou pela minha cabeça. – estava feliz em rever o amigo. Ichigo se sentia muito sozinho, no ultimo mês sua vida se resumia a trabalho na tentativa de tirar Rukia de seus pensamentos.

 

- Passei o dia com Rukia na ala infantil e resolvi dar uma passada para te ver.

 

- Rukia? – O coração do jovem acelerou quando escutou o nome de sua amada. Como sentia falta dela, de ouvir sua voz, sentir seu cheiro. Tinha dias que Ichigo pensava que ia enlouquecer de tanta falta que ela fazia. – Como ela está? – abaixa a cabeça.

 

- Chata como sempre. – Renji notou que a expressão do amigo mudou na mesma hora que ele falou de Rukia. – Como vão as coisas entre vocês?

 

Ichigo se senta na cadeira. – Não vão. Ela não quer nem minha amizade. – fala com pesar.

 

- Sei bem como Rukia sabe ser teimosa quando quer. E Inoue?

 

- O que tem ela?

 

- Fiquei sabendo que se separou dela.

 

- Sim. Não tínhamos uma relação só ainda vivia na mesma casa por que esperava que ela entendesse que não éramos um casal e quem sabe as coisas entre nós terminassem bem, mas não rolou. Porém sair da casa dela foi o melhor a se fazer,  acabei percebendo que só estava fazendo mal a ela e a mim também.

 

- E mesmo terminando com Inoue, Rukia não quis ficar com você?

 

- Não. – Suspira desanimado. – Perdi Rukia no exato momento que decidi ir naquela maldita festa na casa da Inoue. – se lamenta.

 

- Nossa Ichigo, quanta depressão. Quando sai do hospital?

 

- As sete.

 

- Vamos sair para beber e quem sabe não conhecemos umas garotas bem bonitas para nos divertir? – tentava animar o amigo.

 

- Hoje não. Tô cansado. Quem sabe outro dia. Vai ficar na cidade até quando?

 

- Não tenho previsão para ir embora. Meu taichou mandou eu passar um tempo com Rukia, ele a achou bem triste a ultima vez que a visitou.

 

- O que? – Grita. – Vai ficar na casa de Rukia?

 

- Foi o que disse tá surdo?

 

- Pode ficar na minha casa, não pega bem se hospedar na casa de uma garota quando ela mora sozinha. – estava se mordendo de ciúmes.

 

- Rukia não liga e também prefiro ficar com ela. – fala de forma natural. Ichigo fica irritado.

 

Os amigos ficaram mais algum tempo colocando a conversa em dia, mas Ichigo ainda tinha algumas horas de trabalho pela frente e Renji teve de ir embora. Sai da sala do jovem triste por ver como o rapaz estava tão mal por estar longe de Rukia.

 

Ele caminhava pelos corredores do hospital quando escutou uma voz bem conhecida o chamar. – Abarai-san?

 

- Sakura?

 

- Abarai-san, quanto tempo não o vejo. –diz a bela enfermeira de forma tímida.

 

- Verdade. Depois que Rukia acordou nunca mais vim a esse hospital. – estava com um sorriso no rosto. A jovem era a enfermeira que cuidava de Rukia e sempre que Renji ia visitar a amiga encontrava a bela e em alguns momentos ela chegou a consolá-lo.

 

- Não me diz que tem alguém da sua família internado aqui? – fala preocupada.

 

- Não. Estava com Rukia, ela trabalha como voluntaria na ala infantil.

 

- Ah que alivio. – os dois ficam se olhando por alguns segundos sem saber o que mais deveriam dizer um para o outro. – Então vou indo. Foi bom te rever, Abarai-san. – dá um sorriso tímido para ele. O tenente retribuiu o sorriso.

 

Enquanto a enfermeira caminhava para longe de si, Renji a acompanhava com olhar. Por muitos anos Sakura foi uma pessoa que o ajudou muito a superar a dor do coma de Rukia, tinha sido muito bom revê-la. Sem que se desse conta o rapaz ainda permanecia com  um sorriso nos rosto mesmo quando já não tinha mas a bela em seu campo de visão.

 

Continua...

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Queridos perdão por postar só hoje, é que estava sem net, ontem teve um temporal em minha cidade e só normalizou a net hoje. Perdão.

Espero que curtam o capítulo e me diz o que acharam de Renji com essa Sakura.

Obrigada a todos!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...