História Enquanto você dormia - Desejo a flor da pele

No capítulo anterior:

A nobre lhe dá uma joelhada no estômago e Renji cai no chão. – Isso foi golpe baixo. – resmunga quase sem voz.

- Isso é para não me deixar mais preocupada. Não acredito que estava aqui quase surtando pensado que tinha morrido ou algo do tipo e você com um rabo de saia. – a vontade da morena era bater muito mais no amigo.

- Não precisava ser tão agressiva. – se levanta com uma cara nada satisfeita.

Rukia vai até ele, toca com as costas das mãos em sua barriga e diz: A próxima fez que se apaixonar me liga avisando que não vai dormir em casa. – ela sai batendo o pé rumo ao seu quarto e Renji ficou meio decepcionado, sua amiga parecia não levar a sério sua paixão por Sakura, mas ele não tinha mais um vestígio de dúvida do que sentia pela jovem enfermeira. Sim, Abarai Renji amava Yumi Sakura.

Desejo a flor da pele

As mãos masculinas percorriam o corpo pequeno e delicado por baixo de sua blusa. A pele dela era tão macia e quente tinha vontade de despi-la e tocá-la livremente sem ter a roupa lhe atrapalhando.

A boca dele devorava os lábios da bela e a língua vasculhava todo seu interior. Queria muito mais, precisava de mais e sem permissão o jovem sedento se livrou da blusa dela a deixando apenas de sutiã.

- O que está fazendo, Ichigo? – se assusta com o gesto do rapaz.

- Fica quieta que sei muito bem que tá gostando. – ele tinha um sorriso safado nos lábios e ela não podia negar que o jovem estava com a razão.

A bela puxa a camisa do ruivo para cima a tirando de seu corpo. Passou a mão em seu tórax exposto sentido os músculos e a textura. Ele a acompanhava com os olhos adorando a iniciativa da linda morena.

- Acho que tem roupa demais entre nós, Rukia. – fala de forma sexy.

- Tenho que concordar com você. – ela sorri. Queria continuar sendo tocada por ele e desta vez completamente nua.

O jovem a ajuda a se despir. Desabotoa a saia que logo cai ao chão e em seguida tira o sutiã. Toca nos seios e vai ao delírio ao sentir sua maciez. Ela leva a mão no feixe da calça de Ichigo o abrindo, ele se afasta um pouco e tira a calça levanto junto sua cueca. Rukia suspira ao vê-lo completamente nu.

Ele a pega no colo e a deita na cama, tira sua calcinha e se coloca entre suas pernas. Rukia sentiu um frio percorrer sua espinha ao sentir o sexo de seu amado tocar sua intimidade. Mas quem disse que ela se incomodou? De maneira alguma, estava amando aos carícias daquele homem que tanto desejava.

- Ichigo eu quero tanto você. – suspira.

- Hoje você vai ser minha, Rukia. Está pronta?

- Sim!

Um calor tomou conta de seu corpo e o coração da bela acelerou, ela finalmente teria o homem que tanto amava dentro de si. Eles fariam amor e nunca mais o deixaria escapar de seus braços.

Pena que...

A bela morena ergueu o corpo sentando-se na cama assustada, na verdade ela estava apavorada. Sua respiração encontrava-se descompensada, Rukia suava e as mãos tremiam.

- O quê? Mas... Como assim? – olhava a sua volta tentando assimilar o que tinha acontecido. – Foi tudo um sonho... – balbuciou.

Olhou pela janela e viu que o dia estava amanhecendo. Levantou-se da cama e foi até o banheiro. A fina camisola que usava estava molhada de suor, em seu rosto tinha algumas gotinhas e seu corpo estava estranho, sentia coisas que não conseguia identificar. Talvez estivesse excitada, já tinha escutado alguém falar a respeito, mas não saberia identificar.

Rukia não conseguia entender como pode ter um sonho erótico com Ichigo. O que estava acontecendo com ela? O que o jovem pensaria se soubesse que a morena sonhou fazendo amor com ele? Sentia-se tão envergonhada.

Nunca diria isso para ninguém, mas não tinha como negar que gostou do que sentiu e se lamentava por ter acordado, por ela aquele sonho poderia durar por toda sua vida, era bem mais agradável que a realidade.

Decidiu tomar um banho e ir mais cedo para o hospital já que estava sozinha. Noite passada Renji não havia dormido em casa, mas nada que o amigo não fizesse nos últimos dias. Ao que parece ele estava mesmo apaixonado.

•••

Deveria ter seguido rumo ao hospital, mas não compreendia porque seus pés a levaram novamente aquele lugar. De alguma forma se sentia ligada a ele. Não teve como impedir as lembranças de invadirem seus pensamentos. Nesse espaço que agora era apenas um campo vazio com alguns brinquedos e bancos, fora onde ela foi feliz e teve seu primeiro encontro com Ichigo, o parque de diversão. Ok, ele disse que não era um encontro, mas a bela sabia que sim, sempre foi.

Depois de momentos tão divertidos e românticos eles foram para a casa do ruivo onde passou a noite toda em seus braços. Não tinha mesmo como julgar suas pernas por sempre a trazerem para aquele lugar onde fora muito feliz.

Suspirou pesadamente. Ah como gostaria de voltar no tempo e viver com Ichigo tudo que seu coma a privou. Provavelmente já deveriam ter filhos, um ou quem sabe dois, ou não. O que Rukia realmente tinha certeza era de que eles seriam muito felizes porque ele a amava e seus sentimentos eram recíproco.

Olhou em seu relógio e viu que já ia dar oito da manhã. Teve uma idéia maluca, era bem maluca mesmo e que com certeza se arrependeria dela, mas... não conseguiu segurar o impulso.

Começou a caminhar rápido, apressava os passos o máximo que podia, mas ainda assim não era o suficiente e começou a correr pelas ruas de Karakura. As pessoas olhavam para a morena querendo saber aonde aquela jovem ia com tanta pressa. Mas Rukia não se importava, pela primeira vez em sua vida ia se deixar levar por seu coração e não pela razão.

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Ichigo estava de pé em sua sala olhando umas chapas de seu paciente sobre a luz distraído até um furacão abrir a porta de seu consultório sem nem ao menos bater.

- Rukia? – ela estava ofegante e tinha uma expressão estranha no rosto. – Aconteceu alguma coisa?

Ela ficou algum tempo sem responder, pois precisava recuperar seu fôlego, nunca imaginou que até o simples ato de correr era difícil para um corpo humano. Ichigo a olhava atento esperando sua resposta.

- I-Ichigo... – dá uma pausa e respira. -... E-Eu... sinto tanto sua falta. – fala em um fio de voz.

O jovem caminha até ela. Fecha a porta e segura em seu queixo a fazendo fitá-lo. – Você é bem maluca sabia? E vai acabar me enlouquecendo junto com você. – dá um meio sorriso tão sedutor que a morena nem teve vontade de bater nele por chamá-la de maluca.

- Ichigo... me dá um beijo? – os olhos dela brilhavam, Ichigo conseguia sentir como a morena queria aquele beijo e como desejava estar em seus braços. Não sabia o que tinha acontecido, mas o fato é que ela estava visivelmente com o emocional abalado.

- Rukia... – as mãos grandes dele subiam do rosto até os cabelos da nobre e em seguida tomou seus lábios a beijando intensamente. – Não sei como consigo ficar tanto tempo sem te beijar, Rukia. – sussurra ainda com os lábios nos dela.

- Eu queria poder ficar com você, Ichigo. Não consigo superar a falta que me faz. – como se sentia idiota em falar algo tão romântico, mas estava emotiva. O sonho que teve com o jovem somado a noite que passou em seus braços a cerca de uma semana a deixou muito vulnerável.

- Então deixa eu fazer parte da sua vida, Rukia? Tenho certeza que vai ser difícil no inicio, mas com o tempo tudo se ajeita. – se referia a Inoue que era a única coisa que o separava de Rukia.

- Não conseguiria. E-Eu... nunca seria feliz sabendo que Inoue está infeliz.  Sei que deveria pensar mais em mim, nos meus sentimentos, mas... sinto que não serei capaz de passar por cima dela para ficar com você.

- Ela vai continuar infeliz porque não vou voltar para ela, nunca. Sei que isso pode parecer algo horrível para se dizer, mas é você que amo e mesmo se afastando de mim não vai mudar minha relação com ela.

- Eu sei... mas... – Olhar para ele tornava sua tarefa de se manter firme em sua decisão ainda mais difícil. Mesmo estando ali em seus braços não mudaria o que pensava e sentia sobre eles ficarem juntos. -... Lamento, Ichigo. Não deveria ter vindo aqui. – ela tentou sair da sala, mas o jovem trancou a porta e colocou a chave no bolso. – Ichigo? – fala zangada.

- Não vai. Prometo que não toco mais no assunto, mas, por favor, fica. – já que não podia tê-la todos os dias ao seu lado pelo menos queria aproveitar os momentos que a tinha junto de si.

Rukia o abraça encostando a cabeça em seu peito. Não queria ir embora, sua vontade era nunca mais sair dos braços de Ichigo. Ele a pega no colo e a senta em sua mesa ficando entre suas pernas.

- Ichigo? – fica confusa.

- Assim é melhor, você é muito baixinha e acabo ficando com dor nas costas ao ficar inclinado para te beijar. – Ela lhe dá um soco no queixo. – Ei, isso dói sabia? – se zanga.

- É para não me chamar de baixinha outra vez. – vira o rosto para o lado emburrado.

- Você é minha baixinha linda. – beija seu pescoço, a morena sente seu corpo se arrepiar. Vira-se para ele e toma seu lábios, Ichigo assume o beijo colocando a lingua no interior de sua boca. As mãos dele acariciam as coxas de Rukia subindo seu vestido. Ela sabia que deveria falar alguma coisa para impedi-lo, mas quem disse que a bela queria. Sentia-se tão bem quando Ichigo lhe tocava.

O ruivo não queria perder muito tempo, na ultima vez foi pedir permissão para tocar livremente o corpo dela e acabou estragando tudo, desta vez ele tomaria as rédeas da situação e iria até onde a morena permitisse.

Enquanto seus lábios devoravam os dela ele desabotoou a blusa que Rukia usava. Ela vestia uma blusa branca de botões na frente e que ficava por dentro da saia godê preta que ia até os joelhos. Quando Rukia notou o que o jovem fazia viu que estava com sua blusa quase toda aberta e o sutiã a mostra. Lamentou-se por usar uma peça de renda rosa tão infantil.

Os lábios do ruivo saíram dos dela e fizeram uma trilha de beijos descendo pelo pescoço até chegar ao colo. Beijou a parte dos seios que estava exposta, Rukia não demostrava nenhuma reação negativa, então o rapaz aproveitou e colocou a mão em um dos peitos dela. A nobre o olhou assustada. Mas Ichigo tomou seus lábios novamente não dando oportunidade dela falar nada.

- I-Ichigo... Alguém pode entrar. – fala com dificuldade no intervalo dos beijos.

- Eu tranquei a porta. – não queria desgrudar sua boca da dela enquanto as mãos agora tocavam em seus seios livremente.

- Não tem nenhum paciente? – ela quase geme essas palavras, mesmo ele acariciando os seios por cima do sutiã se sentia muito bem com seus toques.

O ruivo olhou para o relógio que estava em sua parede que marcava oito e trinta e cinco. – Tenho um para as nove. – pegou o telefone e discou um número. – Desmarca as consultas que tenho até as dez,  não vou poder atender ninguém agora. – desliga o aparelho.

- Você é louco, Ichigo? – não acreditou que o ruivo desmarcou seus pacientes só para ficar com ela.

- O que foi? Disse as dez porque você tem as crianças, mas se preferir peço para desmarcar para o dia inteiro. – fala irônico, tinha entendido o que ela falou.

- Engraçadinho...

- Nada na minha vida é mais importante que você, Rukia. – leva a mão no rosto dela. A morena recosta a cabeça e fecha os olhos sentido o calor de sua pele na dela.

- Eu te amo. – ela sussurra. Ichigo não conteve o sorriso.

- Fala outra vez? – dá um selinho em sua boca.

- Não. – tinha as bochechas rubras de vergonha. Acabou confessando seus sentimentos no calor do momento, não gostava de ficar falando essas coisas.

- Não precisa repetir, sei que me ama. – tinha um sorriso sapeca nos lábios.

- Convencido. – fica irritada. O jovem toca em seus seios novamente enquanto olhava em seus olhos, Rukia se sentiu encabulada e encostou a cabeça no ombro dele.

- Queria tanto te tocar além dessas roupas, Rukia. Sentir seu corpo nu. – sussurra no ouvido dela.

- Ichi... go... – ela gemeu seu nome. Também queria, queria muito, mas não devia, já era um erro estar ali com ele quando deveria estar bem longe do rapaz.

Continua...