1. Spirit Fanfics >
  2. Enquanto você dormia >
  3. A festa de noivado

História Enquanto você dormia - A festa de noivado


Escrita por: Mara-Kuchiki e bruhonorato

Capítulo 32 - A festa de noivado


No capítulo anterior:

 

- Acabou de chegar, para onde vai, Renji? Nem tá arrumado para a festa.

 

- Eu vou comprar uma roupa legal para eu ir e depois ver minha gatinha, faz dias que não a vejo. – tinha um sorriso bobo no rosto.

 

- Quando vai me dizer quem é essa gatinha hein? – fica irritada. O amigo já nem tinha mais tempo para ela desde que começou um rolo com essa pessoa misteriosa.

 

- Verdade. Ainda não te falei quem é ela. – Coça a cabeça pensativo. -Mas depois conversamos, estou com presa.

 

- Ei, Renji... – tarde demais, o tenente já tinha saído às pressas do apartamento de Rukia. – Parece um bobão apaixonado. – resmunga. Ela volta a fitar o convite em suas mãos. – Ichigooo... sinto tanto sua falta. – nem em seus piores pesadelos Rukia imaginou que a vida de humana seria tão complicada.

 

A festa de noivado

 

- Abarai-san... – a bela enfermeira dá um lindo sorriso ao abrir a porta de sua casa e se deparar com o namorado.

 

Ele não conseguiu falar nada enlaçou sua cintura a trazendo para junto de si lhe dando um beijo urgente, ficar uma semana longe da bela fora uma das piores sensações que já teve, Renji sentiu muito a falta dela e isso chegava lhe dar um pouco de pânico ao pensar o que aconteceria quando ele tivesse que voltar de vez para Soul Society, Byakuya só lhe daria permissão para vê-la uma vez ou duas ao mês e olha que o tenente estava sendo bem positivo.

 

- Eu quase morri de tanta saudade. – a abraça bem forte, precisava senti-la para ter certeza que não era um sonho.

 

- Também senti sua falta, você demorou muito para voltar. – diz toda manhosa.

 

Renji desfaz o abraço e coloca a mão uma em cada lado de seu rosto. – Eu sinto muito, tive alguns contratempos na... – Ia dizer Soul Society, mas lembrou-se de que ainda não tinha conversado com Sakura sobre sua verdadeira origem. Ficava triste ao ter que mentir para ela.

 

Ela notou o desconforto dele. - Eu sei que não é um humano comum, Abarai-san. Então não se preocupe em me dar detalhes da sua vida, quando se sentir a vontade para me falar a verdade vou estar aqui para escutá-lo.

 

- Você sabe? Como assim? – não conseguia entender como Sakura sabia que ele não era um humano, ou humano comum como ela mesma disse.

 

- Entra que vou lhe explicar tudo. – eles foram para a sala, Renji sentou-se no sofá de três lugares e a morena ao seu lado. – Lembra quando lhe falei que meus pais morreram em um acidente?

 

- Sim. – a olhava atento.

 

- Eu tinha acabado de completar dezesseis anos e meus pais me levaram para comemorar a data em um restaurante de que gostava muito. Tinha sido uma noite muito agradável, eu estava tão feliz e meus pais também, - Ela dá uma pausa e respira fundo, não eram lembranças agradáveis.

 

- Se não se sente bem em falar sobre isso tudo bem, Sakura. – Renji segura na mão dela e percebe que a mesma tremia.

 

- Tudo bem. Eu preciso contar isso para você – Dá um sorriso forçado para tentar tranqüilizá-lo.

 

- Ok, mas se sinta a vontade para parar quando quiser. – ainda segurava a mão dela para de alguma forma a tranquilizar.

 

Ela acena com a cabeça e continua:

 

- Quando estávamos voltando para casa algo entrou em nosso caminho. Era uma criatura monstruosa com seu corpo metade humano e a outra de animal e em seu rosto tinha uma máscara estranha. – Renji entendeu que a figura que sua namorada descrevia era um hollow, mas como ela conseguiu vê-lo? Humanos comuns não conseguem ver hollows. - Eu parecia ser a única que conseguia vê-lo, mas isso não era novidade para mim, desde que me entendo por gente que vejo pessoas que já morreram e essas criaturas bizarras. Eu gritei para corremos, mas eles não entendiam o que estava acontecendo e o monstro cravou as garras na minha mãe, meu pai a pegou nos braços e a criatura fez o mesmo com ele, os dois morreram na mesma hora. Eu fiquei petrificada sem reação, estava olhando aquela criatura vindo em minha direção e a única coisa que pensava era que eu iria morrer ali, não conseguia reagir e nem correr, apenas esperava minha morte até que você apareceu. Vestia um kimono preto e tinha uma katana nas mãos. Antes que o monstro pudesse tocar em mim você o partiu no meio e a criatura se desintegrou. Eu o olhava assustada e de alguma forma conseguia sentir que você  não era uma pessoa comum, talvez fosse um anjo ou algo do tipo. Antes de partir você me olhou, percebi que procurava ver se eu tinha algum ferimento e logo em seguida sumiu diante de meus olhos. E-Eu... nunca consegui esquecer o rosto do meu salvador.

 

- Ah... Sakura, sinto muito por não ter chegado a tempo de salvar seus pais. – ele de alguma forma se sentiu culpado.

 

- Nunca te culpei por nada, Abarai-san. Pelo contrário, tinha muita curiosidade em saber quem era você. Sempre fui muito grata por ter salvado minha vida. No fim das contas nem sabia o nome e origem da criatura que matou meus pais.

 

- Foi um hollow quem os matou. – Renji estava com os olhos arregalados diante do que Sakura falava. Então a jovem tinha um dom espiritual , mas isso não o impressionou muito, pois era bem comum entre os moradores de Karakura ter um alto nível espiritual.

 

- Hollow. Então é assim que se chamava o assassino de seus pais. – Ela dá um suspiro e continua - Passado algum tempo eu te vi na escola que estudada, estava com uniforme então deduzi que deveria ser um estudante. Sempre ficava observando meu salvador de longe e fazia várias teorias do que você realmente era. Mas infelizmente você sumiu da escola e só voltei a vê-lo dois anos depois no hospital quando vinha visitar Kuchiki-san.

 

- Eu sou distraído e nunca cheguei a reparar em você. – fala triste.

 

- Eu entendo. Porque você repararia em mim? Eu era como um fantasma que admirava meu anjo de longe.

 

- Não sou um anjo, sou um shinigami. – Achou graça da inocência de sua namorada.

 

- Shinigami?

 

- Sim. Vou lhe explicar o que é um shinigami, hollows e sobre o mundo que vivo.

 

Enquanto Renji falava Sakura ficava boquiaberta com tudo. Eram muito surreais as coisas que o tenente lhe revelava, mas que acabaram fazendo sentido, principalmente quando ele disse que existem muitas pessoas como ela na cidade de Karakura, Sakura sempre se achou estranha por ver pessoas que já morreram e hollows, saber que ela não era a única a fazia se sentir melhor.

 

- E-Eu... nem sei o que dizer. – ficou sem fala.

 

- Se não quiser mais nada comigo vou entender, deveria ter falado a verdade para você na primeira vez que saímos, mas tive medo de te afastar de mim. – fala triste.

 

- Me afastar de você? Nunca! Eu te amo, Abarai-san. E tudo que me contou só aumenta ainda mais minha admiração por você. – ela o abraça.

 

- É muito bom ouvir isso, Sakura. Eu gosto muito de você. – ele levanta a cabeça da jovem e a beija. - Te amo muito. – confessa entre o beijo, Sakura quase não se aguentava de tanta alegria era a primeira vez que Renji dizia que a amava.

 

Ele pega no vestido dela e o puxa para cima deixando a enfermeira apenas de calcinha e sutiã.

 

- Abarai-san, e a festa?

 

- Ainda temos muito tempo. – dá um sorriso bem sapeca para a morena que fica corada de vergonha. Mas, mesmo com toda timidez Sakura não se importou em fazer amor com Renji ali mesmo no sofá, sentia falta dele e o deseja mais que qualquer coisa na vida.

 

O casal se amou durante toda a tarde matando aquela saudade que os devorou por dias.

 

•••

 

- Nossa, Kuchiki, como você tá linda. Fico feliz que tenha decidido ir a festa só pelo fato de apreciar tanta beleza. – diz o doutor Tanaka babando diante de Rukia.

 

A morena estava realmente deslumbrante. Ela vestia um vestido azul marinho bem escuro que tinha o comprimento até as coxas, o busto era colado com um decote em “V” bem discreto, mas que deixava seu colo exposto. A saia era godê. O vestido tinha alças de renda preta deixando os ombros em evidencia e seguindo até as costas a deixando exposta e na cintura um cinto da mesma renda preta.

 

Os cabelos estavam soltos com uma tiara delicada, porém uma mecha caia sobre seu rosto. O sapato era preto com um salto não muito alto formando assim um look lindo, romântico e ao mesmo tempo sexy, mas que não beirava a vulgaridade.

 

- Você também está bonito. – fica constrangida com o elogio e seu próprio comentário.

 

O belo médico vestia uma calça cinza e blusa social preta com alguns botões abertos que eram a marca do jovem e por cima uma jaqueta de couro marrom, os sapatos eram na mesma cor da jaqueta.

 

- Obrigado! – dá um selinho nos lábios da morena. – Então vamos?

 

- Sim!

 

Rukia finalmente se decidiu por ir ao noivado de Yuzu, não tinha como não ir, a menina era tão especial para a nobre e ela pediu tanto para que Rukia estivesse ao seu lado em um momento importante de sua vida que a morena decidiu não lhe fazer essa desfeita.

 

Sabia que corria um risco muito grande de encontrar Ichigo por lá, mas eles viviam na mesma cidade e trabalhavam no mesmo local, não conseguiria evitá-lo por muito tempo.

 

•••

 

Ao chegar no lugar indicado pelo convite Rukia agradeceu mentalmente por estar vestida à altura, aquele noivado não seria apenas uma festinha. O salão era grande e muito luxuoso. A decoração romântica com muitas rosas e lanternas orientais, tinham algumas mesas com cadeira distribuídas pelo salão, outros espaços com pufês e poltronas e no centro uma pista de dança onde a nobre avistou muitas pessoas dançado. O som não era tão alto e a iluminação agradável.

 

Logo Yuzu e seu noivo vieram receber Rukia e seu acompanhante. Ela apresentou Seiji como um amigo de trabalho, o jovem não gostou nada disso, mas pensando bem, eles ainda não eram namorados.

 

Isshin apareceu e fez um drama quando viu sua terceira filha, foi assim que ele a chamou. Não parava de dizer que ela estava linda e claro que ficou especulando o que Seiji era seu. O médico não se importou. Divertia-se com as trapalhadas do mais velho.

 

A morena ficou feliz porque no noivado de Yuzu ela encontrou algumas pessoas da Soul Society como o capitão Hitsugaya e sua tenente Matsumoto, Rukia se lembrou de ouvir dizer que o capitão tinha um “rolo” com Karin a irmão de Ichigo, mas que os dois não se assumiam.

 

Porém ao que parece os boatos eram verdadeiros ao julgar pelo clima que ficou quando os dois se encontraram.

 

Matsumoto contou para Rukia todas as novidades da Soul Society enquanto Seiji dava uma volta pelo salão. Ela chegou a conclusão de que nada havia mudado e que seu esquadrão ainda não tinha capitão e nem tenente, eram  Sentarō Kotsubak e Kotetsu Kiyone que administravam a 13° divisão. Isso a deixou feliz sabia que apesar deles serem atrapalhados eram muito eficientes.

 

A morena estava na mesa de sobremesas enchendo seu prato de doces quando avistou alguém bem conhecido por ela do outro lado do salão. Era Inoue ao lado de Ichigo, a ruivinha segurava em seu braço e eles estavam bem íntimos juntos conversando com Tatsuki , Misuiro e Keigo. A amiga sorria muito e parecia feliz, já não se podia dizer o mesmo de Ichigo que tinha um semblante carregado. 

 

Muitas coisas vieram na mente de Rukia, mas a que gritava mais alto em seu interior era que Ichigo tinha voltado para Inoue e isso explicava muita coisa e o fato dele não ter mais ido atrás dela.

 

A morena largou o prato de doces na mesa, sua vontade era sair dali o mais rápido possível e esquecer que tinha presenciado o casal “feliz”, porém suas pernas mais uma vez não a obedeciam.

 

Continua... 


Notas Finais


Agora sim consegui colocar essa fic em dia. Ufa!

Então o que acharam da história de Sakura? Eu achei bem linda, mas minha opinião não contas, quero saber a de vocês.

Muito obrigado a todos e desculpe pelo atraso desses dias.

Beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...