No capítulo anterior:
Ela rebolava loucamente nem parecia que era a segunda vez que faziam amor. Ichigo a abraçava e chupava seus seios, a essa altura seus corpos estavam suados, ele sentia a intimidade da morena ficar cada vez mais quente e úmida e isso era tão excitante.
Rukia gemeu alto chamando seu nome “Ichigoo...” o corpo dela não resistiu e alcançou o ponto mais alto de seu prazer. O ruivo chegou ao seu ápice junto com a morena se derramando dentro dela em um orgasmo alucinante gemendo e falando o quanto a amava.
Rukia deitou a cabeça no ombro do ruivo. Ele a abraçou forte sentindo o coração dela bater acelerado no peito. A sensação de fazer amor com a mulher que amava era indescritível, ele nunca mais a deixaria sair de seus braços.
A revelação
Suas respirações aos poucos iam se normalizando. Rukia ainda estava no colo de Ichigo e com a cabeça em seu ombro. Fora tão excitante fazer amor com ele que a morena estava quase pegando no sono tamanho era sua exaustão.
O jovem Kurosaki acariciava as costas dela. Ficar abraçadinho com sua amada era muito gostoso, mas tinha que admitir que suas energias estavam limitadas depois de momentos tão intensos de amor. A deitou na cama, puxou o edredom e os cobriu. Rukia acomodou sua cabeça no braço de seu amado e a mão acariciava o peito dele com a ponta dos dedos.
- Não vai embora né? – estava com medo da morena mudar de idéia.
- Claro que sim, seu idiota. Acha que vou morar aqui? – apesar de suas palavras rudes, ela tinha um sorriso no rosto.
- Exatamente isso que tinha em mente. – ele roça seu nariz ao dela. – Ficamos tempos demais afastados, não quero mais ficar enrolando, Rukia.
- É rápido demais. Você acabou de sair da casa de Inoue, eu não me sentiria confortável com isso. – o semblante dela na mesma hora ficou pesado e Ichigo notou que aquele assunto ainda mexia demais com sua amada, por mais que Rukia tentasse ignorar, se sentia mal por estar com Ichigo e saber que aquilo faria a amiga sofrer.
- Tem razão. Não se preocupe com isso, eu vou esperar o tempo que quiser. – dá um selinho nos lábios dela.
- Arigatou, Ichigo. – se sentiu mais aliviada por ele compreender.
- Tudo bem meu amor. – a aperta forte em seus braços e Rukia se acomoda ainda mais junto de seu corpo. – Tudo vai acabar bem.
- Espero que tenha razão. – murmura já com os olhos fechados.
Rukia pegou no sono com Ichigo afagando seus cabelos. O ruivo ainda demorou um pouco para dormir. Não conseguia parar de pensar na reação de Inoue quando ela descobrisse que ele estava com Rukia. Sentia-se mal por jovem, não queria magoá-la ainda mais, e tinha medo de Rukia não conseguir suportar a pressão de ver a amiga triste com sua felicidade. O jovem Kurosaki se via em uma via de mão dupla e não parecia que conseguiria sair dela sem que alguém acabasse machucado.
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Ao amanhecer...
Rukia se encolhia toda tentando se aquecer no corpo de Ichigo que parecia dormir profundamente. Entrava uma brisa na janela que estava deixando o quarto congelante. A morena tinha acabado de acordar e até pensou em ir fechá-la, mas desistiu ao notar sua nudez. Imagina a vergonha que sentiria se o ruivo abrisse os olhos e a visse nua? Só de pensar sentia um frio na espinha mil vezes maior que a brisa gélida a causava.
Ela puxou o edredom a fim de cobrir seus ombros, mas quando olhou para ele viu a estampa de coelhinho. Era tão fofo. Porque Ichigo tinha roupa de cama com estampa de coelhinho? Ele sempre implicava com ela por seu gosto infantil.
Sorriu alto. Foi engraçado imaginar o ruivo comprando aquele edredom. Ichigo abre os olhos e a fita.
- O que foi? – fala ainda sonolento.
- Desculpe, não quis te acordar. – fica sem jeito ao ver aqueles olhos castanhos a olhando.
- Eu a ouvi rindo. Posso saber o que é tão engraçado? – fala meio irritado por ter sido acordado.
Ela levanta o edredom para ele ver. – Não sabia que gostava de coelhinhos.
Ichigo sorri. Então era esse o motivo das gargalhadas de sua amada. Seu m al humor se dissipou como fumaça ao vento. – Eu comprei pensado em você, não gostou?
- Sim muito. – dá um largo sorriso.
- Eu decorei cada cantinho desse apartamento pensado em você, Rukia. Imaginando que um dia você acordaria e moraria aqui comigo. – agora sua voz era séria.
- Eu notei desde a primeira vez que vim aqui que sua casa tinha mais a ver comigo que com você. – faz um carinho no rosto dele.
- Quando tudo se acalmar vamos viver aqui não é? – dá um selinho em seus lábios.
- Eu vou adorar, mas agora preciso ir para casa senão chego atrasada no hospital.
- Eu te acompanho. Também vou trabalhar hoje.
- Não, Ichigo.
- Por quê? – ele fica triste. Será que Rukia ia querer esconder que eles estavam juntos?
- Não quero que Seiji nos veja juntos. Apesar de não ter nada com ele prefiro explicar tudo. Ele é meu amigo e não quero deixá-lo triste.
- Grande coisa. – vira o rosto para o lado aborrecido. Por que Rukia tinha que ter tanto cuidado com aquele médico idiota?
- Não seja tão ciumento, Ichigo. – se divertia com a birra de seu quase namorado e ex-noivo.
- Não é ciúme. Nem ligo. – tentava disfarçar.
- Seu bobo. – dá um selinho em seus lábios. – Agora fecha os olhos que eu vou tomar um banho.
- Ah não, eu vou com você. – puxa o corpo dela para mais próximo do seu.
- Não, Ichigo. Nem pensar. – fala firme.
- Deixa, Rukia. Não seja malvada. – ele beijava o pescoço dela e a bela gemia com o carinho. – O que acha de fazermos amor e depois eu te levo para o banheiro e lhe dou um banho? – sussurra no ouvido dela.
- Vou chegar atrasada, Ichigoo... – as mãos dele já estavam em seus seios.
- Acabou de amanhecer, prometo que não vai se atrasar, hein amor... – quem resistia aquele homem lindo? Rukia não tinha forças para resistir.
- Está bem, exceto a parte do banho.
Ichigo sorriu. Até parece que ia deixá-la se banhar sozinha.
E assim eles se amaram se deliciando e aproveitando o prazer que seus corpos davam um para outro.
E o banho? Não foi desta vez que Ichigo conseguiu tomar um banho com Rukia, ela não o permitiu. Coisa essa que deixou Ichigo com um bico enorme.
•••
- Não quer mesmo ir para o hospital comigo? Eu posso te esperar. – apesar de Rukia insistir que não precisava, Ichigo a acompanhou até em casa a ignorando.
- Não precisa. Você é quem está atrasado, eu só pego as dez. – Rukia se encontrava tão feliz. A relação com Ichigo parecia que finalmente estava se acertando e isso era como um sonho.
- Então tá entregue. – dá um selinho nos lábios dela. – Podemos almoçar juntos?
- Talvez. – ela sorri. – Agora me deixa subir. – eles estavam na portaria de seu prédio. Ichigo lhe dá mais um selinho e segue seu caminho feliz por finalmente se acertar com Rukia.
A nobre ficou o olhando até ele virar a rua. Quando ia entrar no prédio ouviu alguém lhe chamar.
- Kuchiki-san...
- Inoue? – o sorriso que estava estampado de canto a canto no rosto da morena na mesma hora se apagou.
- Podemos conversar?
- E-Eu... acho melhor não, Inoue. Não vejo mais o que temos para conversar. – Rukia já imaginava que a amiga ia fazer drama e espernear porque com certeza a viu com Ichigo.
- Por favor... não vou tomar muito de seu tempo. – ela fala baixo. Havia tanta tristeza no olhar da menina que Rukia ficou arrasada.
- Vamos subir. – não tinha como negar, apesar de já saber o conteúdo da conversa.
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Já no apartamento...
- Quer tomar alguma coisa? – a ruiva estava sentada no sofá da sala.
- Não precisa se incomodar, Kuchiki-san. – dá um sorriso amarelo para ela.
Rukia se sentou na poltrona que ficava de frente para a amiga. – Imagino que me viu com Ichigo e esse deve ser o motivo desta conversa né? – A nobre não gostava de rodeios e foi direto ao ponto.
- Sim eu os vi juntos. Quando vocês chegaram eu estava te esperando descer para o trabalho, precisava conversar contigo, mas não queria te incomodar tão cedo. Acredito que vocês não me viram, mesmo eu estando a apenas alguns poucos metros de distância, porque estavam tão felizes que aparentavam não notar nada a sua volta. – fala de cabeça baixa mexendo nos dedos.
- Eu sinto muito, Inoue. Tentei ficar longe de Ichigo o máximo que pude, mas... E-eu... lamento. – era uma situação tão estranha para a morena e ela não tinha como não ficar triste.
- Não precisa se desculpar, já disse que não foi sobre isso que vim falar. – ela e Rukia se olharam.
- Então diz. – a morena estava intrigada.
- Hoje faz cinco dias que Kurosaki-kun me largou mais uma vez, imagino que já deve saber disso. – Ela acena com a cabeça de forma positiva. – Eu fiquei arrasada, totalmente sem chão, cheguei a pensar que ia morrer de tanta dor que sentia em meu coração, mas... – Ela suspira. Estava com vontade de chorar, porém não o faria. –... Ishida-kun foi até minha casa, passou a noite ao meu lado e quando eu acordei ele estava na minha cozinha preparando algo para quando eu acordasse comer. Depois nós conversamos e... – Ela ficava fazendo rodeios porque era doloroso ir direto ao assunto que lhe trouxe até a casa da amiga, era como cutucar uma feriada que já estava aberta. -... Ishida-kun me fez perceber o quanto eu estava sendo egoísta obrigando uma pessoa que não me amava ficar ao meu lado mesmo que estivesse infeliz e de quebra ainda estava te fazendo sofrer, logo você, Kuchiki-san que sempre foi minha amiga querida. – ela deixa algumas lágrimas escaparem de seus olhos.
- Não precisamos falar sobre isso, Inoue. – Rukia conseguia sentir como aquele assunto era doloroso para ela.
A ruiva seca as lágrimas. – Eu preciso falar, Kuchiki-san. Você tem que saber de toda verdade senão nunca terei paz.
- Então vou escutá-la.
- Na noite em que teve a festa de aniversário surpresa para Kurosaki-kun em minha casa. Eu acabei me aproveitando da situação. Kurosaki-kun era carregado por Tatsuki, ele estava tão embriagado que não sabia nem onde estava. Eu disse para ela deixá-lo comigo que cuidaria dele. Tatsuki o deitou no sofá e foi para casa. Eu fiquei ao seu lado, tocava em suas mãos, no rosto. Era um sonho tê-lo tão perto de mim. Teve um momento que ele segurou em minha mão e me puxou para cima de seu corpo e me beijou. – As lágrimas molhavam seu rosto. – Eu me senti nas nuvens. Kurosaki-kun estava me beijando. Mas meu sonho rapidamente se transformou em pesadelo quando ele sussurrou seu nome. Ele disse “Rukia” e não “Inoue”, foi naquele momento que entendi. Ele achava que era você por isso me beijava com tanta paixão. Senti os braços do Kurosaki-kun me envolver e seus lábios procurarem o meu foi uma das melhores coisas que já senti na vida. Então o que eu deveria fazer? O certo seria sair dali e deixá-lo descansar, mas... não foi o que eu fiz. Me deixei levar e acabou acontecendo. Ele em nenhum momento disse meu nome, apenas falava o quanto te amava e tinha sentindo sua falta. Não era comigo que ele pensava estar fazendo amor e sim com você. – Ela já chorava muito e a única coisa que Rukia fazia era fitá-la enquanto dizia cada palavra. – Ao amanhecer eu menti para ele, disse que eu estava tentando o colocar no sofá e ele começou a me acariciar e dizia que queria fazer amor comigo. Nunca tinha visto Kurosaki-kun tão devastado, e isso me machucou mais ainda. Porém eu decidi continuar com a mentira porque eu o queria, o queria mais que qualquer coisa e estava disposta a fazer o que fosse preciso para ficar com ele. – ela coloca as mãos no rosto para abafar o choro.
- Não precisa continuar, Inoue. – Rukia estava surpresa com as revelações da amiga, ela sempre sofria quando imaginava que Ichigo tinha feito amor com outra pessoa e agora sabendo da verdade era reconfortante, pois ele nunca teve intenção de ficar com outra mulher.
A ruiva seca as lágrimas, respira fundo e prossegue:
- Eu preciso falar tudo senão vou enlouquecer. – Dá uma pausa e continua ao perceber que Rukia não falaria nada. – Depois que fomos morar juntos, Kurosaki-kun nunca me tratou como sua esposa. Não teve uma noite sequer que ele tenha dividido a mesma cama comigo, ele dormia no sofá. As poucas vezes que fizemos amor fora porque eu implorei e percebia que ele não me desejava. Depois do ato sempre ficava triste e mal falava comigo. Quando penso o quanto fiz Kurosaki-kun sofrer o obrigando a ficar do meu lado na base de chantagens. E-Eu... eu sinto tanto, Kuchiki-san. Só estou falando essas coisas porque acho que você deveria saber que aquele homem que passou anos de sua vida dormindo em um quarto de hospital sem conforto é alguém te ama. Ele nunca te traiu, nunca quis realmente ficar comigo. – ela volta a esconder o rosto com as mãos e chora, chorava tanto que chegava soluçar.
Rukia se aproxima dela e a abraça. – Está tudo bem. Por mim podemos esquecer tudo isso. – a morena não gostava de ver a amiga sofrendo daquele jeito.
- Eu queria seu perdão e lhe pedir para fazer Kurosaki-kun feliz. Ele sofreu tanto e merece uma segunda chance. – ela fitava a morena.
- Você também merece uma segunda chance, Inoue. – seca as lágrimas dela.
- Então você me perdoa?
- Nunca senti raiva de você para lhe perdoar. Ainda somos amigas não é?
- Sempre seremos
Inoue se sentiu bem depois que disse toda verdade para Rukia. Ela sabia que a morena não guardaria rancor dela e estava muito feliz por saber que ainda eram amigas, apesar de tudo que houve entre elas.
Continua...
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