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História Ensinando Minseok a Amar - Tudo o que é bom dura pouco


Escrita por: froggitt e CahN

Notas do Autor


Oin babies. Aqui é Kim_xiuchen, como vão depois dessa sequência de tiros do EXO com esses teasers diários e esse MV -drogado- maravilhoso? Lol 'ㅅ'

OBS: Prestem atenção nas palavras com asterisco. Segue os significados:


* Strike: um strike ocorre quando você derruba todos os pinos com a bola na primeira tentativa.

* Spare: um spare acontece quando você derruba todos os pinos em duas tentativas.

* Turkey: um turkey é uma sequência de três strikes.

* Canaletas: canaletas são valas, que existem à esquerda e à direita das pistas, destinadas a evitar que as bolas invadam as pistas vizinhas.

Amo vocês, boa leitura. ❤

Capítulo 9 - Tudo o que é bom dura pouco


Acordei preguiçosamente algumas poucas horas depois. Ainda sentia-me preso entre os braços fortinhos de Jongdae. Aquela aproximação carinhosa e protetora deixava meu estômago todo embrulhado.

Olhei para o relógio que marcava 17:10, ainda estava cedo, porém a minha fome era grande.

Escutei um ronco baixo e acabei rindo. Virei meu corpo, ficando praticamente com a minha testa colada na do alfa. Meus braços, agora, estavam rodeando seu pescoço.

Me permiti a admirar seu rosto. Sua pele lisinha, sua expressão serena, a franja bagunçada e os lábios. Ah... Os lábios. Finos e com os cantinhos inclinados, porém atrativos, completamente atrativos.

Passei meu dedo indicador, suavemente pelo seu rostinho sereno e acabei sorrindo quando seus lábios se curvaram num sorriso fraquinho. Ele não havia acordado ainda, porém sentia meu carinho.

— Jongdae. — chamei baixinho — Já está na hora do café-da-tarde. Acorde.

Ele resmungou algo. Foi abrindo os olhos bem devagarinho para então me puxar — mais — de encontro ao seu corpo, me surpreendendo. Deitei meu rosto na curva de seu pescoço inalando o seu aroma de alfa. Não era um cheiro extremamente forte, era até um pouco doce. O que já é estranho, pois Jongdae é um alfa de boa linhagem.

— Só mais um pouquinho... — falou rouquenho, passando o seu nariz por entre meus fios de cabelo.

— Eu sei que aqui está bom, mas tenho certeza que este alfa aqui — belisquei sua barriga rindo e o alfa se curvou levemente, rindo — Está com fome. Estou certo?

— Hm... Este ômega aqui — ele apertou, um tantinho forte, minha cintura, fazendo-me arfar surpreso e rir — Está certo. Mas eu estou com preguiça ainda, Hyung. — fez manha.

— Tudo bem, tudo bem. Só mais um pouco então.

— Faz cafuné? — pediu.

— Faço.

Subi meu corpo um pouco mais para cima, e novamente meu rosto se encontrava rente ao seu, porém, desta vez, o alfa estava com seus olinhos inchados, “abertos”.

Minha mão direita foi em direção aos seus fios sedosos, começando a acaricia-los lentamente. Agora, seus olhos foram se fechando.

— Obrigado, Hyung.

Nossos narizes já se encostavam, meus olhos fitavam os seus, que estavam fechados. Desta vez, tomei iniciativa, encostando nossos lábios, mas nem por isso parei o cafuné.

Mesmo que a posição era um pouco desconfortável, passei a ponta da língua sobre seu lábio inferior, deixando o alfa surpreso, consequentemente abriu sua boca um pouco, dando passagem a minha língua.

O beijo prosseguiu calmo e eu pensei que quem dominaria o ósculo seria o alfa, contudo, fui eu.

Os estalos daquele beijo carinhoso ecoavam pelo quarto como música. Aquilo estava tão bom, até o ar se fazer necessário.

Nos separamos, e dessa vez, Jongdae enfiou seu rosto na curvatura do meu pescoço, me fazendo arrepiar com sua respiração quente de encontro aquela área sensível.

Continuei o cafuné enquanto pensava. Jongdae, por mais que fosse um alfa, às vezes — perto de mim — comportava-se como um ômega. Ele, claramente, é alguém admirável. Faz tudo para me agradar, sempre distribui sorrisos e não se importava receber ordens de um ômega.

Acho que se não fosse casar com alguém como Jongdae, sem dúvidas teria uma vida infeliz.

— Minseok... — O alfa sussurrou e afastou-se minimamente. Manteu-se calado. Estava com a mesma face de sempre, confuso e ao mesmo tempo com noção do que fazia naquele momento.

— Algum problema, Jongdae? — Falei baixo, olhando-o enquanto arqueava minhas sobrancelhas.

— Não, nenhum problema... — suspirou e passou os dedos por seus cabelos bagunçados. — Eu só me sinto um tanto confuso... Eu não sei se isso é certo.

Engoli em seco e refleti o que queria dizer. Parecia referir-se ao beijo. Pela sua expressão confusa detinha dúvidas quanto o que eu sentia por ele. Fiquei calado, não sabia o que responder. Antes o via como um irmão mais novo e, depois daquele beijo, não tinha certeza. É meio óbvio que irmãos não se beijam, afinal, são irmãos, por mais que existe o tal incesto. Me senti sozinho e perdido naquele momento. Agora a pergunta que pesava em meus pensamentos era "O que eu sinto por Kim Jongdae?".

— Não acha melhor descermos? — Pressionei meus olhos quando o alfa cortou meus pensamentos após o silêncio tomar conta do local e suspirei pesadamente.

— Estou morrendo de fome — Ri anasalado e quis segurar sua mão, mas isso tornaria tudo ainda mais estranho diante daquele clima.

Nos olhamos por um momento até Jongdae finalmente tomar atitude e sair de debaixo dos cobertores, seguindo porta a fora. Fiz o mesmo, andando um tanto rápido para que conseguisse alcança-lo. Me manti ao seu lado enquanto desciamos as escadas, indo até a sala de estar, cuja mesa já estava posta.

— Por que não saímos? Estava pensando em irmos a algum lugar diferente. Depois de ter conhecido cada parte da casa, ficar somente aqui passou a me dar tédio. E imagino que para você também, já que eu ainda saio para o trabalho e você fica sozinho aqui. — propôs.

— Eu nunca fui de sair muito e eu gosto daqui... Mas também adoraria sair para algum lugar! — Jongdae sorriu, parecia já ter pensado num lugar para irmos.

— Já jogou boliche? — O alfa sorriu e fiz o mesmo, até lembrar do suposto coentro em meu dente, passando a sorrir fraco, sem mostrar meus dentes.

— Sim, costumava ir com meus amigos há uns anos! Eu era o melhor! —Ri anasalado, lembrando-me dos momentos e logo voltei a atenção a Jongdae. —Só não lhe dou a certeza que ainda jogo tão bem.

— Há uns anos!? Você nem deve lembrar como segurar a bola, pãozinho! —Ri anasalado murmurando um ‘veremos' e terminei meu café um pouco depois que ele.

— E então, aceita uma partida? Posso lhe fazer lembrar como se joga, se quiser. — Assenti e me levantei junto ao mesmo. — Podemos alugar a pista para nós e chamar uns amigos seus... Os que você jogava há uns anos.

— Não tenho mais contato com eles... Nos afastamos e fomos para caminhos diferentes.

Havia tentado ser o menos detalhista. Não queria falar sobre as razões para o afastamento dos meus amigos, porém, Jongdae havia notado, em minha curta resposta, que havia algo errado. Suspirei e não tardei a respondê-lo.

— Nos afastamos assim que meu pai achou que eu estava namorando com minha amiga. — Disse rápido e apressei meus passos enquanto subiamos as escadas.

— Seu pai separou uma amizade por conta disso? Por que? — Assenti rapidamente e atravessei o corredor sem olhar para trás, lembrar disso fazia meus olhos marejarem, mesmo que não sentisse tanta dor como antes. — Acho que já entendi o por quê, mas... M-me desculpe, não queria que tivesse sido assim.

Parei de andar rapidamente e me virei para o alfa. Ele estava minimamente afastado enquanto andávamos, o que fez chocar levemente nossos corpos e parar no meio do corredor.

— Isso não é nada novo, Jongdae. Eu prefiro deixar para lá. Esquece. — Suspirei pesadamente e o olhei nos olhos. Ele parecia agora, mais comovido que eu. — E eu estou feliz aqui, não tenho por que ficar triste. — Sorri de canto. Ele parecia mais aliviado, porém, ainda se via culpado. — É melhor irmos logo, nas terças à noite as pessoas não costumam a ir em locais como um boliche.

Me virei e apanhei sua mão, seguindo até nosso quarto.

X—X

Vesti uma roupa confortável, nada mais que uma calça jeans, uma camisa folgada e um tênis. Saí do meu quarto e dei ao corredor, onde ouvia murmúrios e risos baixos. Ri anasalado e segui andando. Avistei uma sombra, uma de um rapaz baixinho e a outra, de outro forte e mais alto.

— É melhor irmos para seu quarto Kyung... — Me escondi assim que escutei tais palavras, não queria estragar o momento deles. Sem dúvidas era D.O e Jongin. Sorri, afinal, havia o feito feliz nesse dia. Encostei minha cabeça na parede e sorri bobo, olhando para o chão.

— Estava escutando noite dos outros, hm? —Jongdae veio a minha frente e me assustei, mas ri baixinho.

— Shh! Não deixe que nos escutem! Vem aqui — O puxei para as escadas e ri. — Poderia deixá-los constrangidos.

— Desculpe.— sorriu cumplice.

Escutava no andar de baixo vozes misturadas e um tanto altas.

— Você conhece o Jongin? — questionei enquanto andava até o quarto com o mais novo no meu encalço.

— Jongin? — fez uma cara pensativa — Kim Jongin? Um alfa moreno?

— Sim — concordei.

— Ele é meu primo — sorriu — Quando pequenos, éramos inseparáveis!

— Que incrível! — exclamei sorrindo junto ao mais alto. Se é parente de Jongdae, é gente boa.

-x-

Enfim chegamos ao boliche, não estava tão cheio por ainda ser dia de semana, mas tinha, definitivamente, um número considerado mediano de pessoas, sua grande maioria sendo adolescentes.

Já estava tudo preparado para começarmos a jogar. E para honrar meu espírito competitivo, propus que fizéssemos uma competição.

— Jongdae! — o chamei — Vamos fazer assim, quem acertar o maior número de pinos ganha! O strike* vale 10 pontos e o spare* vale 5 pontos. Okay?

— Okay. — sorriu — Ganha quem fizer um turkey*.

— 10 rodadas?

— 10 rodadas!

Calçamos os sapatos adequados parar jogar boliche; escolhemos a bola; fomos para a pista um pouco mais longe, onde não tinha tanto barulho, e dava para se concentrar melhor.

— Posso começar? — perguntei ao alfa, que assentiu. — Te prepara Jongdae. — murmurei.

— Eu ouvi!

Rimos juntos. Fui para de frente a pista. Com a mão direita, coloquei meu anelar e o médio nos dois buracos de cima da bola e o polegar no de baixo. Aproximei-me da linha ali presente, fiquei com as costas retas e os ombros centralizados em direção ao alvo e os joelhos um tanto dobrados. Coloquei o pé esquerdo na frente do direito, mirando a bola nas marcas, não nos pinos.

Balancei o braço — com a bola — suavemente para trás e depois para frente para soltar a bola. Fiquei a olhando em expectativa, torcendo para que não fosse nas canaletas*. Acabei derrubando os pinos de número 1,3,5,6,8 e 10. Comemorei com um pulinho.

— Nada mal. — olhei para atrás assim que ouvi a voz do alfa — Aposto que vai perder.

— Faça melhor então! — o encarei desafiante. Não aguentamos e rimos.

Marquei meus pontos mentalmente enquanto olhava o mais novo se posicionando para jogar.

— Não vai me desejar boa sorte? — Jongdae me olhou pidão.

— Awn... Não. — sorri ao ouvi-lo bufar.

Jongdae jogou a bola, acertou praticamente todos os pinos, exceto pelos pinos de numero 4 e 7. Ele me olhou sorrindo triunfante.

Continuamos jogando por um bom tempo, bom tempo mesmo, praticamente uma hora de puro divertimento. Trocavamos farpadas de vez em quando, mas sempre sorrisos cumplices. De longe poderia ver nossa felicidade de passar aquele momento especial juntos.

O placar ficou 150 a 147. E advinha quem ganhou? Eu!! Mentira, foi o Jongdae mesmo.

Ele ria do meu bico grande. Não gostava de perder em jogos, afinal!

— Não fica assim, Hyung. — ele se aproximou — Um dia, quem sabe, você ganha de mim, hm?

Filho de uma boa mãe! Ele teve a audácia de bagunçar meus cabelos em seguida. Mas se acha que vai ficar barato, não não, meu querido. Apelei para a expressão chorosa. Fiz o meu melhor biquinho com os olhos cheios de lágrimas.

— Ah! Não fica assim não, pãozinho! — ele me olhou preocupado e abraçou meu corpo. Bobo. — Desculpa por te insultar. A diferença nem foi tão grande assim, okay?

— Okay. — funguei. Na moral, eu devia virar ator.

-x-

Fomos para um restaurante, desfrutamos de uma boa pizza e coca-cola. De quebra tomamos sorvete. Hoje, sem dúvidas foi um dos dias mais felizes da minha vida.

O céu já estava bem escuro quando decidimos voltar para casa. Jongdae ligou o rádio e o caminho foi repleto de cantoria. A gente cantava animadamente, e de vez em quando criavamos nossas próprias coreografias estranhas.

Estava bem animado, até chegar na rua da casa. Onde senti uma aura bem pesada.

A grande porta vidraçada que dava diretamente à sala estava tomada por semblantes. Pensei na pior das hipóteses mas me calei, não queria estragar minha noite de diversão com Jongdae.

O alfa estacionou o carro e logo seguimos para dentro da residência, rindo como doidos das coisas que Jongdae falava e meus leves tropeções nas pedrinhas do jardim.

Meu coração gelou ao me deparar com meus pais e os de Jongdae reunidos na nossa sala. Minha pior das hipóteses é real, mas é claro, Minseok felicidade= completo conjunto vazio. Tanto eu quanto o alfa ficamos parados, apenas olhando-os.

Analisei a expressão de todos ali. Meu pai sorria debochadamente, com aquele seu sorriso convencido e triunfante. Minha mãe, mais retraída, sorria fraco, porém era um sorriso falso. Os pais de Jongdae, pareciam radiantes e pela primeira vez, percebi que Jongdae possuía os traços de seu pai, uma cópia perfeita, digo de passagem, Jongdae apenas herdou de sua mãe, seus lábios repuxados nos lados.

— Que bom que chegaram! — meu pai foi o primeiro a nos "saudar".

Fiz um breve reverência a todos presentes naquela sala, olhando diretamente ao meu progenitor, co provando seu contentamento ao me ver sendo educado. Jongdae também fizera o mesmo.

— Temos assuntos bem importantes para falar. Iríamos conversar na semana que vem, porém houve um imprevisto, então acabamos nem avisando que estávamos vindo. — O pai de Jongdae falou calmo.

Tensionei. Fiquei com medo. O que seriam esses "assuntos"? Tenho certeza que não era nada bom.

Como se lesse meus pensamentos, Jongdae pegou minha mão, fazendo com que eu caminhasse ao seu lado até o sofá, sentando assim como os outros. A temperatura amena de sua palma me trazia uma calma que não sabia nem explicar.

— Vejo que evoluíram bastante nesse pouco tempo de convivência — Novamente, aquele típico sorriso debochado brotava nos lábios do meu pai.

— Já estamos acomodados, agora podem nos dizer o que é de tão importante? — O alfa ao meu lado manifestou-se sem soltar minha mão.

—Bem... Gostaríamos de adiar o casamento de vocês. Diante dos nossos acordos, que envolvem diretamente vocês já que nossas famílias têm tratados há muito... — Blá blá blá. Já cansei dessas palavras chatas pra cacete— Para o final deste mês.

— O QUÊ!? — Meu coração parou assim que ouvi isso. Sei que já era certo que nos casaríamos, porém, achei que poderia ao menos conhecer a pessoa que seria obrigado a viver pelo resto da vida. Jongdae aparentava ser maravilhoso, mas ainda tinha dúvidas. O "QUÊ?" o qual acabei de soltar por impulso me representava nesse momento.


Notas Finais


Nos diga o que achou! :3

Perguntinha de hoje: Qual foi o seu teaser favorito?

(Meio complicado escolher só um né kkkkk)


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