História Então Fica. - Please, Believe

Já haviam se passado quase cinco meses e o Jonathan não havia melhorado em nada, diziam que por mais de um ano ele não resistiria, não só eu mas sua familia estávamos nos sentindo perdidos, não conseguiamos apenas olhar e não conseguir fazer nada, eu até tinha começado a pesquisar melhor sobre essa doença sonhando que encontrasse alguma cura em algum lugar mas nunca conseguia ter sucesso em minhas buscas.

A familia de Jonathan havia me chamado para ir ao hospital, disseram que teriam algo como uma reunião, não sabia do que se tratava.

- Me desculpe pela demora. - Digo entrando na sala e me sentando. - O transito esta complicado hoje. - Não pude deixar de notar o jeito que o Lucas olhava para mim, eu estava tentando o perdoar mas não era tão fácil assim.

- Agora podemos começar. - Diz o pai de Jonathan. - Doutor pode falar.

- Bem chamei vocês aqui porque... - Ele respira fundo. - Estivemos analisando o quadro do Jonathan durante esses meses e não conseguimos ver uma melhora, como vocês sabem a doença não foi encontrada uma cura e não temos esperança que depois desse tempo todo ele volte a acordar. - Ele olha para nós por um segundo. - Raramente tomamos uma decisão como essa por aqui mas sentimos que não podemos fazer mais nada, enfim estou aqui para perguntar se a familia deseja desligar os aparelhos.

Todos se olham sem saber o que dizer.

- Eu não sei se posso tomar uma decisão dessa. - Clara diz colocando a mão sobre o rosto.

- É algo complicado... - Matthew, o pai de Jhon fica pensativo. - Mas poderíamos acabar com esse sofrimento dele, acho que é a única coisa que ainda podemos fazer por ele.

Todos voltam a ficar em silencio tentando concordar com Matthew.

- Eu não acredito que estão pensando em fazer isso. - Digo com um tom de voz elevado. Eu nunca irei concordar.

- Angie tente pensar no quanto ele deve estar sofrendo. - Lucas me olha com piedade. - Meus pais estão cansados de ver isso.

- E vocês não acham que eu não estou sofrendo? - Digo me levantando. - Eu sei que vocês são os pais mas eu sou a mãe do filho dele, não sabem como esta sendo difícil pra mim.

- Sabemos. - Lucas pede pra mim voltar a sentar. - Mas lembra que uma vez te disse que deveria estar preparada para isso? É algo inevitável.

- Eu sei... - Abaixo a cabeça. - Mas tomar uma decisão dessa... É demais para mim.

Todos ficam esperando que eu dê meu veredito, não conseguia ver todos aqueles olhares para mim esperando dizer algo que eu jamais conseguiria.

- Desculpem. - Levanto minha cabeça. - Mas eu não concordo, podem rir de mim mas eu ainda acredito que algo bom possa acontecer. - Coloco a mão sobre minha barriga tentando manter a calma.

Depois de ficarem conversando sobre isso, eu não digo mais nada já tinha dado minha opinião, Lucas se senta do meu lado ao perceber que aquilo estava sendo difícil demais para mim, por mais que por fora eu pareça forte por dentro tudo que eu queria era sumir dali.

No fim estavam quase decididos que iriam desligar os aparelhos. - Me desculpe Angie mas parece o certo a se fazer. - Diz o pai de Jonathan me olhando com piedade.

Decidiram que em uma semana caso não houvesse nenhuma mudança no quadro dele iriam desligar os aparelhos, ao ouvir aquilo começo a chorar, acabo descarregando tudo que sentia em lágrimas durante todo esse tempo que tentei me manter fria e forte e agora com isso eu não sabia mais como iria conseguir me manter de pé.

- Acho melhor a levarem para um quarto e darem um tranquilizante a ela. - Diz o médico. - Acho que isso esta sendo mais do que ela pode suportar.

Lucas me abraça e me ajuda a levantar, estávamos quase saindo da sala de reuniões quando o mesmo enfermeiro loiro que me tirou do quarto de Jonathan meses atrás entra aparentando ter corrido muito para nos encontrar.

- Angeline, lembro que me pediu para ajuda-la a encontrar algo que pudesse ser uma cura. - Ele diz recuperando o folego. - Me desculpe a demora para vir aqui.. - Seu olhar brilhava como se ele tivesse algo valioso para dizer. - Mas eu acho que encontrei.