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História Entre o Humano e a Besta - O Réquiem de um vampiro. - A hora do Chá - parte 2


Escrita por: SirenSong

Notas do Autor


Yooooo mi carinhos
eu estou com pouco de pressa agora
então não vou falar muito

mas para quem gostou da Alice, aqui tem mais ^^

Capítulo 6 - A hora do Chá - parte 2


Fanfic / Fanfiction Entre o Humano e a Besta - O Réquiem de um vampiro. - A hora do Chá - parte 2

Alice abriu os olhos se espreguiçando, como era bom estar em casa. A sua volta, a escuridão se estendia num vazio perpétuo. Quando ela se levantou, uma suave luminescência começou a emanar de sua figura. Alice rodopiou e começou a saltitar, onde pisava, pequenas ondas se formavam, embora não fosse molhado o chão. Não distante de onde estava, haviam bolhas de sabão do tamanho de bolas de futebol flutuando, os sonhos dos humanos.  

Alice deu pulinhos, batendo palmas apenas com as pontas dos dedos. Ela se aproximou de uma das esferas e a cutucou, a bola iluminou-se ainda mais com o toque e dançou no ar, exalando um som de marrom café. Depois, como se ligada ao chão por um fio invisível, ela voltou a sua posição inicial se estabilizando. Alice se aproximou de outra e assoprou, a bolha iluminou-se e seu interior oscilou numa cor enérgica e vibrante, um turbilhão de cores, cheiros e sons. Aquele parecia sonho de criança.

Ela se abaixou pondo as mãos nos joelhos para olhar de outro ângulo. Nicolai tinha crianças naquela casa? Alice riu. Cada um tem sua loucura.

Uma das bolhas exibia uma batalha digna de um videogame, outra exibia uma jovem num enlace sexual com Nicolai, outra tinha a cor de um verde indignado. Ela se dirigiu a última com uma curiosidade velada, como ele sabia que hoje era dia de verde? A bolha se desfez antes de Alice lhe tocar. A vampira ficou parada no local olhando para baixo meio cabisbaixa.

Estava se esquecendo de algo… Algo… Algo!

Uma gota d'água ecoou no vazio.

Era isso! Precisava acordar, precisava sair dalí. Bateu o pé freneticamente no chão similar a um coelho. A seu lado, o piso começou a se contorcer formando uma toca. “É tarde... é tarde...” repetia para si mesma entrando no buraco “Acho que vou chegar atrasada!”.

***

O sol não iria demorar a nascer, o manto escuro da noite começava a ser contaminado por uma aurora arroxeada. Porque era tão difícil se acostumar? Quantas manhãs ele já não deixara de ver? Era meio melancólica a cena, o vampiro encostado na janela de vidro, lamentando algo que não pode ter. Nicolai riu de si mesmo. Yuri tinha razão, ele era muito dramático.

Enfiou as mãos nos bolsos e começou a se dirigir a seus aposentos em passos medidos, era hora dos monstros noturnos saírem de cena.

***

— Acordei! — Alice anunciou pondo a cabeça para fora do quanto.

— Você chegou tarde, Alice, o chá acabou — Respondeu o vampiro passando pelo corredor dos aposentos.

— O quê? Mas... mas... Por que você me colocou pra dormir?

— Você saiu de si.

— Outch!  Sério? — Numa preocupação genuína — Eu lhe causei mal? O que aconteceu?

— Meredith fez algo com você. Eu não sei bem o quê. — Alcançando a porta do quarto da vampira — Eu precisei remover suas memórias para que você se acalmasse. — Nicolai bateu levemente com o indicador da testa da garota em um "tuc" surdo. Ela fez uma careta esfregando a testa.

— Mas…

— O sol está nascendo, o sono nos chama. Quando acordarmos, veremos o que podemos fazer, certo?!

Nicolai deixou Alice e continuou até a escada que levava a seu quarto. As coisas estavam ficando bastante conturbadas...

***

Alice estava com sono, “O sono”, mas não queria sentir que viera a casa de Hunt para nada. Ficar acordada de manhã era exaustivo e iria lhe deixar com fome, mas não tinha muita escolha. Escutou tentando localizar os passos, mas o movimento aumentando não ajudava muito. Pegou uma das mantas e se cobriu, assim, mesmo que os corredores fossem iluminados, ela teria alguma proteção. Abriu a porta lentamente e se esgueirou encostada na parede. Malditas janelas de vidro.

— Parece que um passarinho fugiu da gaiola — ecoou uma voz humana lhe flagrando. Ela estava abaixada, e via apenas os sapatos da pessoa. Ele se abaixou e levantou ficando face a face com a garota — Está perdida?

— Eu? err... não... só... tava afim de … — A claridade irritava e a falta de uma boa desculpa lhe fazia tropeçar.

— Meu senhoria ficaria bastante descontente se algum inconveniente acontecesse enquanto a senhorita passeia pela casa no dominio do sol. — Eugene argumentou — Espere até a noite para ir visitar a garota.

— Ah... ok. Vou voltar para o meu quarto então. — O bolo de panos se moveu novamente e se enfiou no quarto. Ficou parada esperando ele ir embora.

Alice abriu a porta, uma, duas , três vezes. Em todas, via Eugene sentado numa cadeira de guarda no corredor.

— Você não vai desistir não é?!

— Não... — Alice respondeu já deitada de desânimo no chão.

Eugene fechou o livro e se levantou.

— Venha comigo, vou lhe levar até lá por um lugar seguro.

***

As paredes de cimento deixavam o ambiente frio. Haviam muitas coisas espalhadas que faziam a cela parecer realmente um quarto aconchegante. Meredith nunca havia interagido com qualquer uma dessas coisas. Pelúcias, livros, lençóis, tudo estava aonde as “aias” haviam deixado. A garota não se movia, mais parecia um adereço do lugar.

A porta de metal estalou quando abriu, Meredith despertou de um sono leve alarmada com os olhos num azul brilhante, luminosos. Eugere cerrou a porta imediatamente.

— O que houve? — Alice perguntou confusa arrumando a grande massa de acolchoado que carregava.

— Podemos esperar um pouco? — Eugene pediu procurando não demonstrar emoção.

A vampira pôde notar a abrupta mudança no pulsar do coração do rapaz. Antes ele estava num azul calmo e ondulado, agora sua cor tinha pontas de espinhos num laranja nervoso.

Eugene respirou fundo, não esperava ser encarado daquela maneira. Não importa o quanto fosse treinado, aquele olhar era assustador. Meredith especificamente tinha o dom de ser bastante explícita com suas vontades, ela nunca dissera uma palavra, mas era como se gritasse: “Não se atreva a entrar”; “Não invada meu território”; “me deixe em paz”. Não era apenas a sensação de “vou te matar se ficar no meu caminho” que as feras costumam passar, mas era igualmente intimidante. De todo modo, as instruções de Nicolai eram claras. Nunca entrar no aposento sozinho, sem a supervisão do vampiro ou sua ordem direta, nunca entrar no aposento quando a “fera” estivesse desperta. Um vampiro com o controle de suas ações já era uma criatura suficientemente perigosa, ele fora de controle então… Eugene se permitiu um sorriso. O que estava fazendo da sua vida?

— Eu gosto dessa cor. — Comentou Alice arrancando o rapaz de seus pensamentos.

— É mesmo? — Eugene resolveu fingir que sabia do que ela falava.

— Sim você está numa cor boa, eu gosto de como ela soa. — Ela sorriu de uma forma que deixou Eugene confuso. Ela estava elogiando alguém que era “apenas um humano?”. Se bem que se tratando de quem era, não era fácil definir o que era um elogio ou não.

— Acho que nós já podemos entrar. — Disse Alice encostada na porta de ferro —  Meredith já acordou.

Eugene abriu novamente a porta, a garota estava sentada no lugar de sempre, tinha os braços em volta das pernas e a cabeça encostada nos joelhos.

— Eugene e Alice — O homem apresentou num cumprimento polido.

A garota apenas fungou um choro contido.

— Você precisa acalmar esses seus nervos, Pirilampo, você está muito sensível. —  Censurou Alice entrando no cômodo nos mesmo saltos da noite anterior. Então sorriu e afundou ao lado de Meredith. — Nem acredito que finalmente vamos começar. — sussurrou com ar de cumplicidade — Eu nem deveria estar aqui, sabe... mas não queria esperar até a noite… — arrumando a postura — Hoje vamos descobrir muitas coisas sobre você… — Estendendo a mão para a garota numa alegria eufórica. — Niky ficará surpreso

 



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