História Entre a Razão e a Sensibilidade - Shes a Dream

Após a balada de Nick....

Cheguei em casa cansado, chateado pois mais uma vez me desentendi com Rochelle, ela me ensinou ser um homem melhor, mas me sufoca por não entender minha relação com meus fãs, tudo bem já fui galinha, mas agora é hora de sossegar e dar meu amor, mas Ro está sufocando com esse ciúmes e minando meus sentimentos e as vezes ela parece amar meu status não o Alex por trás dos holofotes da fama.

- Ah vou tomar um banho, relaxar ...  – disse tirando os sapatos e o paletó  absorto em seus pensamentos.

Nesse instante Carta entregue por Lisa de Maitê caiu nos seus pés, ele abaixou curioso e até sorriu pois o envelope tinhacaveirinhas cor de rosa.

- Deve ser mais uma carta de uma menina sonhadora, dizendo que me ama e sonha em um dia casar comigo. – Disse olhando todo o envelope e observando uma letra pequenina bem desenhada que lhe parecia de alguém tímida.

Começou a abrir o delicado envelope e pode sentir um perfume de rosas suave,mas com poder de mexer com sua curiosidade.

Por fim ele tirou a camisa e sentou-se na beira da cama e começou a ler como uma maneira de relaxar, mas a medida que foi lendo, sentiu envolvido por palavras tão doces que se tornavam sedutoras com o aroma do perfume e por instantes conseguiu visualizar a mulher que sempre desejou para si.

Querido AJ meu eterno amor....

Desculpe te  chamar de eterno amor, pois vai lhe soar estranho alguém que talvez você nem lembre  quem é.

Sim, lembre.... Porque nos encontramos em um soundcheck da vida e foi como se seu olhar fosse o que o eu procurei por toda minha vida ou vidas, senti meu coração parar por um pequeno instante, sua doçura no olhar contagiou minha alma e embora sejamos de mundos diferentes  o que sinto por vc é tão intenso que é como se eu pudesse sentir se vc está feliz, triste e precisando de forças.

Você não sabe o quanto sua voz, seus vídeos e fotos são minha força a cada dia é como se eu recebesse um abraço seu todos os dias.

Queria ser um anjo para velar seu sono

Te dar forças e te fazer sorrir ....

Queria cuidar de você....

Minha felicidade se resume na sua felicidade

Quisera eu ser a mulher de seus sonhos ser seu doce desejo e não ser apenas um rosto na imensa plateia, mas tenho que aceitar que nessa vida só me resta esperar apenas um sorriso um abraço um toque e um reencontro.....

Oh meu Deus o reencontro poder sentir sua pele seu perfume é uma tortura deliciosa  para meu ser.

O meu coração diz que amo  não o artista, mas a pessoa que és com todos seus defeitos e qualidades e meu pedido é que Deus lhe proteja e que algum dia possa me dar a chance de ser seu anjo protetor por um dia.

Apenas me diga se leu essas palavras ficarei feliz se em forma de letras e com meu doce perfume toquei seu coração assim como sua existência toca minha alma

[@Maite_Skulleeroz]

Te amo hoje e sempre

Maria Tereza (Maitê)

Nunca senti palavras tão verdadeiras ditas de forma singela ....

Ouvi meu celular tocar e me  acordando do transe 

Li no visor  Ro e simplesmente desliguei o telefone e deixei a carta sobre a cama e fui tomar uma ducha. Em todo o banho enquanto a água massageava meu corpo tatuado as palavras da carta ecoavam em minha mente  

-AJ AJ é umas simples carta.... Mas como não consigo parar de sentir esse doce perfume e tais palavras ecoarem em minha mente...

Por fim sai do banho vestindo apenas uma Box vermelha e voltei para cama onde reli e reli a carta até pegar no sono.

Na manhã seguinte....

- Ai meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus! –Lisa andava de um lado para outro do quarto, se jogou de costas na cama e tapou o rosto com as mãos. – É hoje!

Ela estava se sentindo nervosa, porque aquele seria o dia em que teria um jantar romântico com Nick. Lisa sabia que ele só estava cumprindo o que prometera, sabia que aquilo fazia parte do pacote, mas no fundo do seu coração ela sentia que alguma coisa estava para acontecer, mas não sabia definir se era bom ou ruim.

Ela chegou a pegar o celular para ligar para suas amigas no Brasil, mas voltou atrás e resolveu não ligar por enquanto. E aquele frio na barriga continuava. As horas foram passando, e depois de ter ido novamente ao salão, ela finalmente estava pronta, impecável, em seu longo vestido azul. Ela olhava para o relógio a cada segundo.

O telefone do seu quarto tocou, alguém estava ligando para avisar que já estava na hora de descer. Lisa respirou fundo, e tremendo saiu do quarto. A cada passo a tensão aumentava. Ela quase perdeu o equilíbrio quando enxergou uma limusine branca parada na entrada do hotel. E foi então que ela avistou Nick.

Ele estava perfeito, não havia como classificá-lo de outra maneira.  Nick estava de costas, em um terno branco, parado com as mãos para trás.  Lisa parou alguns metros de distância dele, que se virou lentamente. Quando os seus olhos se cruzaram, Lisa sentiu como se uma corrente elétrica tivesse passado por seu corpo, sua pele ficou toda arrepiada.

Nick sorriu, e em seus olhos havia um brilho diferente, um tipo de brilho que Lisa nunca tinha visto nele. Ele deu alguns passos para ficar mais próximo dela, que estava sem ação.

- Boa noite, “beautiful lady” – Nick falou e fez uma mesura. Lisa tentou sorrir, mas parecia que todos os seus músculos estavam em transe.

Foi então que Nick tomou sua mão direita e a levou aos lábios, dando-lhe um beijo e sorrindo novamente, antes de afastá-la de sua boca. O frio na barriga de Lisa só aumentou, seu coração batia ainda mais acelerado. Nick se pôs ao seu lado, deu-lhe o braço, que ela tomou timidamente, e os dois seguiram em direção a limusine. 

Nick parou, abriu a porta e fez sinal para que ela entrasse. Depois deu a volta e entrou pelo outro lado do veículo,sentando-se de frente para Lisa.

 

No interior da limusine, Lisa olhava para todos os lados, menos para Nick, que por sua vez não tirava os olhos dela. “Como é linda”, Nick  pensava. Ela queria conversar, mas as palavras lhe fugiram. Ele também não sabia o que dizer, então decidiu abrir o champagne, que espumou e derramou um pouco, fazendo com que Nick desse uma gargalhada, e com aquele som Lisa não conseguiu se conter e riu também.

Nick serviu em duas taças de cristal, entregando uma a Lisa.

- Imagine só o desastre se eu tivesse derramado tudo em nós.

– Nick comentou rindo, enquanto recolocava a garrafa de champagne no balde de gelo.

- Posso imaginar. – ela concordou.

- E então, Lisa – ele começou e o coração dela deu mais uma cambalhota ao ouvir seu nome sair da boca dele. – me fale um pouco sobre  você.

Ela bebericou de sua taça para ganhar um pouco de tempo. Nem mesmo em seu imaginário mais fértil ela poderia ter criado uma situação daquelas com Nick. Depois de algum tempo ela o respondeu com outra pergunta.

- O que quer saber? – sua voz falhou, saindo quase um sussurro.

- O que você faz da vida, se é solteira...  – ele mesmo riu do que disse. – porque a única coisa que sei sobre você, é que você é brasileira, e eu gostaria de te conhecer melhor.

Era impressão dela ou Nick Carter acabou de lhe passar uma cantada?

- Bem, eu... sou brasileira sim, e tenho uma academia no Brasil.

- É mesmo? Então é por isso que você tem esse corpo tão sexy.

Débora quase engasgou. E enquanto tentava se recompor Nick ria, porque afinal de contas, a intenção dele era justamente fazer ela cair na dele. A diferença era que dessa vez ele não estava enxergando alguém que iria topar qualquer proposta dele logo de primeira, mas ele não podia deixar de reparar em como ela era diferente das outras mulheres, porque ele estava acostumado a muitos sorrisos vindos de quem estivesse com ele, mas Lisa, ao contrário, parecia tímida, e isso fez com que ele sentisse vontade de descobrir o que havia por detrás daquela timidez toda.

- Você ainda não respondeu a minha pergunta. – Nick provocou.

Lisa abriu a boca para responder, mas a limusine parou e Nick disse:

- Não precisa responder agora, porque a gente ainda vai ter muito tempo pra conversar.

Então ele desceu do carro, deu a volta até o outro lado novamente, abriu a porta e estendeu a mão para Lisa. Ela segurou em sua mão sentindo-se um pouco trêmula, e apertou com força aquela mão tão quente. Ao descer, Nick lhe ofereceu o braço, como fizeram na saída do hotel.

- Está nervosa? – ele perguntou.

- Um pouco. – ela respondeu e olhou para baixo.

- Não precisa, sou apenas eu.

Ok, legal, era apenas ele, Nick Carter. Aquilo não serviu muito para acalmá-la.

- Grande consolo. – ela deixou escapar.

- Por quê? Sou tão ruim assim? – ele perguntou, parecendo realmente magoado.

- Não, Nick! – Ela riu alto pela primeira vez.  – É que saber que estou ao seu lado não vai me acalmar, vai é me deixar ainda mais nervosa.

Nick sorriu mais uma vez.

- Eu já disse que não precisa. Venha, quero que aproveite essa noite tanto quanto eu estou aproveitando.

Lisa a engoliu em seco.

O jantar não iria ser em um restaurante, como ela imaginara, seria em outro hotel, mais luxuoso do que ela poderia desejar. Ao avistar a mesa, notou que os dois estariam sozinhos ali, e percebeu que uma parte do hotel foi reservada para aquele momento. Um novo arrepio passou pelo seu corpo.

Nick a conduziu até a mesa, puxando uma cadeira para que ela se sentasse, e depois disso se acomodou em sua cadeira.

- O que achou? – ele perguntou, animado.

- Lindo!

- Você merece.

Lisa sorriu para Nick, mas agora ela não sabia mais se tudo o que ele estava dizendo era espontâneo, ou se ele estava dizendo apenas por figurino.

- Então... – Nick começou, novamente. – Qual a sua banda favorita?

Lisa riu até não poder mais.

- Você ta de brincadeira né?

- Não, eu falo sério. – ele tentava fazer cara de sério, mas não estava funcionando.

- Ok, eu respondo. – Lisa pigarreou – N’Sync.

Nick estreitou os olhos para ela, que explodiu em mais um acesso de riso.

- Hmmm, muito esperta! Você me pegou nessa... – ele apontou um dedo para ela. – Mas vai ter troco.

- O que você vai fazer? – ela desafiou, tentando continuar a brincadeira.

- Ainda não decidi. Mas que vai ter troco vai.

O clima entre os dois estava muito agradável, pois ela se sentia finalmente a vontade para falar do que quer que fosse. Nick, como sempre, fazia graça de tudo.

A sobremesa foi então servida. Lisa se sentiu envergonhada, pois até a sobremesa era sugestiva. Eram frutas, morangos, uvas, kiwis, e uma cauda de chocolate para mergulhá-las.

Ao ver tudo aquilo, Nick parou de falar, mas mantinha um sorriso torto em seu rosto. Mesmo achando aquilo clichê, ele tocou a mão de Lisa sobre a mesa. De início, ele pensou que ela fosse recuar, e ela mesma pensou em fazer isso, mas acabou se deixando levar pelo momento, e fechou os olhos por um instante, sentindo o toque de Nick acariciando sua pele.

Com a mão livre, Nick pegou um dos morangos da bandeja, mergulhou no chocolate e levou em direção a boca, sem interromper o contato visual com ela. Lisa sentiu as bochechas queimarem, pois não conseguiu evitar o pensamento de como aquilo era sexy.

Nick se levantou, puxou a sua cadeira para mais perto dela, se acomodou novamente e pegou outro morango, só que dessa vez, ele não levou à própria boca, e sim, aos lábios entreabertos de Lisa. Ele passou o morango pelos lábios dela, primeiro pelos inferiores, depois pelos superiores, deixando um fino rastro do chocolate que ainda estava derretido. Ela nem se importou, pois não sabia como agir. Enfim, deu uma mordida na fruta. Nick sorriu, pegou mais um morango, e repetiu o ritual de levar aos lábios dela e contorná-los, porém, ele não deixou que ela mordesse, ao invés disso ele afastou a fruta dela e ele próprio a mordeu.

O coração de Lisaa batia forte contra suas costelas. Ela achou que a qualquer momento ele iria sair do seu peito, tamanha a força com que ele batia.

- Está um pouquinho sujo aqui. – Nick falou, colocando seu polegar sobre os lábios dela, em seguida acariciando seu rosto. Ele começou a aproximar seu rosto de Débora, e chegou a roçar sua boca na dela, mas ela se afastou, pegou um guardanapo e retirou os vestígios de chocolate que havia ali.

Nick poderia ter ficado frustrado, mas ele entendeu aquilo como um desafio e não tentou mais nada, por enquanto. O que fez então foi mergulhar mais um morango no chocolate e tentar Lisa, dando uma lambida antes de devorar sua fruta.

- Não quer mais? – ele perguntou.

- Não, já estou satisfeita.

- Então isso sugere que o nosso jantar está quase no fim. – ele fez beicinho. Lisa voltou a sorrir.

- Tudo bem então! Minha vez! – ela disse, pegando um morango e imitando Nick, levando até a boca dele que ameaçou morder os dedos dela.

- Oh! Olha como você é?! – ela brincou.

- Você ainda não viu nada. – ele ergueu uma sobrancelha só, fazendo-a rir. Na verdade ela ria para não parecer nervosa, e ao mesmo tempo se perguntava se estava funcionando.

O tempo deles estava acabando. Nick tinha que devolver a sua cinderela ao local de onde a tirou. Mas ele não queria.

De volta a limusine, Nick a olhava sem desviar nem por um  segundo.

- Já está quase no fim. – falou.

- É... eu sei... – ela concordou, e involuntariamente suspirou.

- Mas pode não acabar.

Lisa arregalou os olhos ao levantar a cabeça para olhá-lo, que por sua vez completou a frase:

- Só depende de você.

Mil coisas passaram pela cabeça dela nesse momento. Ela queria ficar, mas ela o conhecia bem o suficiente para saber que ele poderia estar a fim de só uma noite e que talvez na manhã seguinte não lembrasse nem o seu nome. Além disso, o seu medo de sofrer a dominava.

Ela o amava. Sempre soube que era apenas um amor de fã por seu ídolo, só que naquele momento, tendo Nick tão perto de si, e ainda fazendo aquelas coisas, falando aquelas coisas, agora ela estava se convencendo de que era muito mais do que aquilo. Um amor de verdade, o qual ele jamais poderia retribuir, porque ao contrário dela que esteve acompanhando ele por todos esses anos, ele acabara de conhecê-la, e aquilo nunca daria certo, seria uma loucura sem tamanho imaginar que de alguma forma eles poderiam ser um casal.

Ela estava perdida em todos esses pensamentos, até que a voz  de Nick a despertou.

- Você ta bem?

- Sim, estou bem...

Nick não voltou a tocar no assunto.

Ao chegar à porta do hotel, depois de ter mais uma vez aberto a porta do carro para ela, Nick parou, olhando-a, mas sem nada dizer, pra não ter que se despedir. Ele estava adiando o momento da despedida.

- Quando você volta para o Brasil?

- Amanhã. Tenho coisas a tratar por lá.

- A que horas seu vôo sai?

Lisa levantou o rosto para fitá-lo.

- As 7h da manhã.

- Tão cedo? – ele franziu a testa. Ela balançou a cabeça em sentido afirmativo. Nick desviou os olhos e começou a morder a parte interna da bochecha. Lisa sorriu.

- O que foi? – ele perguntou.

- Você, mordendo sua bochecha. Sabe quantas vezes eu já reparei nisso? E eu nunca imaginei que veria isso tão de perto. – ela disse e Nick riu com ela.

- Bem, acho que acabou. – falou.

- É...

Os dois ficaram se olhando por algum tempo, em silêncio. A verdade era que Lisa estava morrendo de vontade de beijar aquela boca, mas não tinha coragem o suficiente para dar o primeiro impulso. Nick também estava tentando se controlar.

De repente, um abraço iniciado pelos dois, ao mesmo tempo.

Lisa fechou os olhos, sentindo aquele perfume, se perguntando quando poderia senti-lo outra vez, e desejando que fosse logo. Nick a apertava com força, seu corpo pequeno, frágil, quente. Ele tinha enlouquecido ou estava mesmo sentindo alguma coisa sem definição por aquela fã?

Lisa tentou interromper o abraço, mas Nick a manteve juntode si, então ela levantou a cabeça novamente para olhá-lo, e seus rostos estavam tão próximos que ela sentia o hálito dele direto em sua boca. E o beijo foi inevitável.

Os lábios de Nick eram tão macios e quentes. O beijo parecia infinito. Mas então, ela o afastou.

- M-me desculpe. – gaguejou. – Eu não deveria ter feito isso.

Nick não respondeu, a olhava calado. Aquilo estava saindo do seu controle. Não era assim que era pra ter acontecido. Não era pra ele ter se interessado por mais uma fã, e o pior, não era para ele ter se interessado tanto por uma fã.

Lisa se virou e saiu em disparada na direção do lobby do hotel. Nick pensou em segui-la, mas não conseguiu se mexer. Era novo para ele também, não se sentia assim desde seu amor de adolescencia.

Lisa correu para o seu quarto, fechou a porta e se encostou a ela. Colocou as mãos sobre o rosto e chorou.

- Não, isso ta errado! Não era pra ter acontecido! Não! Meu Deus! Eu não posso amá-lo! 

Ela tirou as sandálias e as jogou pelo chão. Foi em direção à cama, e sem tirar a roupa do jantar ela se deitou, abraçou um travesseiro e continuou a chorar até adormecer. Acordou no meio da madrugada com os olhos inchados. Seu coração apertou quando sentiu o cheiro de Nick em si, fazendo-a se lembrar que aquilo não tinha sido um sonho. Ela não conseguiu mais dormir pelo resto da noite, voltou para o Brasil sentindo como se uma parte dela tivesse ficado para trás, ficado nos Estados Unidos. Como se ela tivesse perdido um pedaço importante do que precisava para ser feliz.

Mas ela não contava com uma coisa: a partir daquele jantar, não houve um só dia em que Nick não tivesse pensado nela. E isso era só o começo.