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História Entre a Vida e a Morte - Anjos voam muito alto


Escrita por: Loryflyer

Notas do Autor


Olá gente,eu realmente não consigo postar no dia certo,mas foi só um dia de atraso,então relevem.Na minha opinião,este é o capítulo mais legal que eu já escrevi,embora ele não seja o melhor.Boa leitura,amores.

Capítulo 12 - Anjos voam muito alto


        Elie's P.O.V.
   Acordei com o despertador tocando,o que era estranho,normalmente eu acordava com a claridade do sol.Mas ao olhar ao redor lembrei que as coisas tinham mudado,haviam cortinas impedindo a luz do sol de entrar no quarto.Eu estava deitada realmente em uma cama,eu estava em uma verdadeira casa,era bom,apesar de um pouco desconfortável.Não a casa,claro,a situação.
   Eu não me sentia completamente bem em estar na casa de Justin,mas não consegui resistir ao seu pedido.Era quse impossível olhar para aqueles olhos castanho claro suplicantes me encarando e dizer "não".Eu não queria quebrar suas expectativas,aquilo parecia importante para ele,sei que ele ficaria bem triste se eu recusasse.Não era justo eu causar tristeza nele,logo ele que me queria feliz,aliás,era muito mais que querer,ele tentava me fazer feliz.Justin era tão especial,eu não poderia de maneira nenhuma magoá-lo,vai que ele achava que eu não havia aceitado por que não queria ficar na sua presença? Eu não poderia correr esse risco,naquela hora aceitar pareceu a melhor escolha para mim,mas acima de tudo para ele.
   Algo que não saía da minha cabeça era o nosso beijo.Por que ele fez aquilo?Ele é tão especial,não é para alguém como eu.Somos de mundos completamente diferentes,ele é apenas o meu anjo.Não somos iguais,eu o vejo de baixo.Como uma pessoa incrível,porém inalcansável.Sabe quando uma pessoa é tão perfeita que parece nem ser capaz de existir?É assim que vejo Justin.Como alguém que não está ao meu alcance,alguém que está longe de minhas mãos,apesar de fisicamente perto.É como uma servo servindo um rei,eles estão perto apenas fisicamente,pois um é completamente diferente do outro,há toneladas de coisas que os separam,ninguém pode dizer que eles são iguais,um é visto com admiração,respeito,e o outro às vezes nem visto é.Justin para mim é como um sonho extraordinário que temos,claro que você quer realizá-lo,mas ao mesmo tempo sabe que é impossível.
   Estava acabando de arrumar minha cama quando escuto uma batida na porta.Quanto tempo eu não escutava aquilo,eu nunca recebia visitas na minha "casa",e mesmo se recebesse, não ouviria aquele som,as portas que ainda restavam estavam completamente destruídas,um mínimo toque as fariam cair.
   — Entre — disse despreocupadamente,certamente era Justin que veio ver se eu havia acordado.Mas não.Me surpreendi ao ver uma cabeleleira loira,que em nada parecia com Justin,muito menos o rosto.Apesar de ambos serem bonitos,os seus traços eram muito diferentes,o que indicava que ele não era da família Bieber,pelo menos era o que parecia.
   — O que você está fazendo aqui? — ele pergunta espantado,aparentemente bêbado,pelo menos foi o que eu deduzi ao vê-lo tentar se escorar na mesinha e acabar deixando o abajur cair. — Você é uma assaltante? Se for,é uma assaltante bonita — ele elogia rindo.Não aguentei e deixei escapar um sorriso também.O jeito que ele falava era hilário,mas aí lembrei do porquê ele estar falando assim e voltei a ficar séria.
   — Eu moro aqui,você está no meu quarto,sou eu quem deveria estar fazendo as perguntas aqui — digo sarcástica,e ele me fita confuso.
   — Na verdade você é uma sequestradora e sequestrou o quarto? — ele pergunta confuso.Procuro um resquício de brincadeira na sua voz,mas não encontro.Ele realmente parecia falar sério,juro que tentei me controlar,mas não consegui evitar que uma gargalhada escapasse por minha boca.
   — O que a bebida não faz com as pessoas — resmungo.
   — Eu não be..bi — ele nega enquanto tropeça nos seus próprios pés.Quem diabos era ele?Um bêbado qualquer ou um bêbado amigo de Justin? Na verdade acho que isso não importa,o importante era retirá-lo do meu quarto.Mas como?O empurrar não resolveria,claro que ele era bem mais forte que eu.Chamar Justin não era uma opção,eu não sabia que horas eram,podia ser cedo e eu não queria acordá-lo,até porque por ser cantor ele deve ter pouco tempo para dormir,eu não podia estragar o pouco que ele ainda tinha.Será que fingir que realmente sou uma criminosa daria certo?Não custa tentar.
   — Nenhuma das opções anteriores,eu sou uma assassina,e se você não sair desse qurto agora eu posso te matar — fingo estar pegando uma arma no bolso traseiro da minha calça.Ele parece finalmente se assustar,mas,diferente do que eu pensei,ele não sai.Subitamente ele saca uma arma da sua calça.Ih,fudeu!Fico sem reação,agora era eu quem estava assustada.
   — Ei,calma,eu estava apenas brincando — mostro que não tem nada em minha mão a fim de que ele largue a arma.Mas eu já devia esperar que não funcionaria,ser lúcida com um bêbado não era realmente uma boa ideia.Com aquela arma apontada para mim fico desesperda,e esqueço de tudo que eu havia pensando antes,começo a gritar o nome dele,do meu anjo,ele era o único capaz de me salvar.
   — Justin! — grito repetidamente.O cara me olha franzindo a testa,ele relmente achava que eu era uma criminosa,e por isso não entendia como eu podia saber o nome do dono da casa,se tivesse um prêmio para as ideias mais burras do mundo eu com certeza ganharia.
   Justin chega alguns segundos depois,ele estava ofegante,certamente veio correndo.Ao chegar imediatamente se assusta com a situação.
   — Ryan,abaixa essa arma! — ele grita autoritário.O rapaz,que acabei de descobrir se chamar Ryan,fica indeciso quanto a obedecê-lo,mas por fim o faz. — O que aconteceu aqui? — meu anjo pergunta confuso.
   — É que ela é uma assaltante sequestradora que na verdade é uma assassina,e eu apontei a arma para ela antes que ela me matasse — Ryan explica,embora de uma maneira bem confusa.Justin olha para mim,esperando que eu diga o que realmente aconteceu,pois ele percebeu o estado de Ryan.
   — Ele chegou bêbado no meu quarto dizendo umas coisas meio sem sentido,aí eu me aproveitei disso para tentar fazê-lo sair,disse que realmente era uma assassina e que se ele não saísse o mataria — digo envergonhada pela minha ideia estúpida.Fiquei com medo dele me repreender por ter ameaçado o que suponho ser seu amigo,mas ele ri,não um sorriso fraco,ele solta uma gargalhada gostosa,que imediatamente me deixa aliviada.
   — Que loucura! — ele dispara,ainda rindo. — Ryan,o que faz aqui?
   O loiro para para pensar um pouco,mas acaba balançando os ombros demonstrando que não se lembra.
   — Quer dizer... — ele parece finalmente se lembrar — eu tava em uma boate aqui perto de sua casa,tava com preguiça de dirigir e vim para cá.Só que não queria te acordar,ia cair aqui num quarto de hóspedes,o resto você já sabe.
   Justin concorda com sua explicação,parecia algo recorrente,digo Ryan dormir na casa de Justin,mesmo que já fosse de manhã.
   — Eu pensei que seria de outro jeito,mas já que já se conheceram,de um modo nada convencional,devo acrescentar — ele solta um riso fraco. — Elie...meu melhor amigo Ryan.Ryan...Elie,a garota a quem devo a minha vida,e que se tornou a minha melhora amiga — sorrio com isso.Justin tinha amigos estranhos,tenho que confessar.O garoto de olhos azuis apertou minhas mãos meio desengonçadamente,ele ainda estava sob o efeito da bebida.
   — Justin,você não acha que é o melhor seu amigo ir dormir? — sussurro em seu ouvido,com medo que Ryan escutasse,apontando para seu amigo.O estado dele não era dos melhores,resultado de uma noite sem dormir,bebidas e sei lá mais o que.
   — Claro — ele concorda. — Vou levá-lo para outro quarto de hóspedes.Desculpe pelo... — ele tenta achar a palavra certa para denominar o que aconteceu — incoveniente. — É,acho que podíamos chamar assim,se a arma tivesse sido disparada teríamos que dar outro nome,quem sabe assassinato,mas certamente seria em légitam defesa,porque todos me veriam como culpada,mas Justin não parecia pensar assim,claro,ele não era como os outros.Ele conseguia ver em mim alguém merecedora de seu afeto.
   — Não precisa pedir desculpas,coisas como essa acontecem — sorri brincalhona,era claro que não aconteciam. — Eu também fui muito culpada nisso — digo séria. — Onde eu estava com a cabeça ao dizer que sou uma assassina para um bêbado? — volto a brincar,e ele sorri com isso.Ouço um resmungão de Ryan ao bater sem querer o dedo no pé da cama e nessa hora nos lembramos da sua presença.
   — Ah então vou indo — Justin diz.E em seguida arrasta Ryan junto com ele.
   Quando ele fecha a porta,me jogo na cama com um sorriso estampado no rosto.Uau!Que manhã louca,apesar de tudo gostei dela,era bom ter gente em volta,não viver sozinha,mesmo que nessa "gente" tivesse incluído alguém idiota.Já pensou se ele atirasse?Será que ele teria realmente coragem? Apesar de tudo,essa experiência me fez bem,me fez ver que eu ainda não estava pronta para morrer.Se eu quisesse morrer como antes eu não ficaria apavorada com a possibilidade dele apertar o gatilho,ficaria? O que me deixa com dúvidas ainda é que se matar é bem diferente de ser morta.No primeiro era eu quem tinha o poder,era eu quem decidia,e era disso que eu gostava.Todos os atrativos que tinham na primeira opção não tinham na segunda.Então acho que o medo que senti hoje não significa que desisti de me matar,ou salvar uma vida,apenas significa que eu não queria que Ryan me matasse,só isso.Eu não queria ter uma morte por engano,sem sentido,eu queria uma morte gloriosa,com algum próposito.E meu anjo havia me salvado do meu fracasso,ele havia me impedido de morrer como uma criminosa qualquer,claro que ele havia feito aquilo com a intenção que eu não morresse,independente de como.Ele não queria me ver morta,sendo uma morte gloriosa ou não,ele me queria viva,ele me queria ao seu lado,embora eu nunca pudesse estar realmente a sua altura.Anjos voam muito alto para que uma simples humana como eu possa alcança-los.


Notas Finais


Então,o que acharam? Gostaria muito que me dissessem.Obrigada por tudo,e até mais.


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