História Entre amigos - Descoberta Interessante

Temari era impulsiva e estressada e suas amigas sabiam que ela odiava ser deixada de fora de alguma coisa. Havia passado a semana inteira esperando um bom momento para que pudesse chamar as amigas para dormir e quando o pai finalmente viaja e gasta horas planejando tudo, Ino diz que não haverá festa?

E por que Tenten e Sakura tinham passado a tarde inteira tentando distraí-la? Algo não estava certo e ela estava louca para descobrir o que era. Com passadas firmes, se encaminhou para casa. Ouviu as amigas chamarem, mas ela não quis mostrar que ouviu.

No entanto, as passadas firmes cessaram quando ela chegou na frente da casa. Havia um bilhete preso a porta. Inicialmente ela pensou ser de Gaara ou de Kankuro, mas conforme se aproximou, viu que não pertencia a seus irmãos.

Quer uma surpresa? Procure pela chave...

Temari enrugou as sobrancelhas e percebeu que a chave não estava com ela. Tateou o corpo em busca da mesma, mas sentia que não acharia. Olhou debaixo do tapete e não encontrou nada. Procurou pela varanda, mas nada encontrou. Então analisou um vaso de flor, ele nunca estava bonito, mas hoje estava, como se tivesse sido trocado.

Ela ergueu o vaso e encontrou a chave de casa, e com ela, pendurado como se fosse um chaveiro, um bilhete de papel em forma de coração. Ela o abriu e havia uma letra de música.

And there’s you and me, all of the people, and I don’t know why, I can’t keep my eyes off you...

Ela olhou para o bilhete e se lembrou de todas as vezes em que passara com ele ouvindo a esta música. Curiosa, pegou a chave a abriu a porta. A sala estava pouco iluminada, e a pouca iluminação provinha de velas. Ela olhou para o chão e viu que haviam setas, como se mostrassem o caminho.

Ela pegou pela direita e subiu as escadas. Respirou fundo quando viu que as setas guiavam para o quarto dela. Ela continuou a segui-las e quando entrou em seu quarto, quase não o reconheceu.

A cama estava enfeitada com pétalas de rosas, mas não foi isso que chamou sua atenção. Descidas do teto, como cordões, estavam dezenas de fotos. Shikamaru havia colado três fotos em cada cordão e Temari observava cada uma com atenção.

Pareciam ter sido colocadas em ordem cronológica. Ela suspirou. Olhou para o canto e viu que os bichos de pelúcia, os quais ela havia devolvido para ele no rompimento, estavam de volta. Pegou cada um e analisou.

Os olhos encheram de lágrimas ao lembrar de tantas coisas. Tantas coisas que foram destruídas, tantas coisas que a destruiu...

~*~

Tanto Ino quanto Gaara se afastou do beijo com os olhos arregalados. Ino se levantou desajeitadamente e Gaara também o fez, indo para perto da cama da loira. Ambos não sabiam como reagir após tal acontecimento.

– Eu... – Ino tentou dizer. – Vou levar as louças lá pra baixo.

Gaara ficou encarando a loira sem saber o que falar e se odiando por isso. Finalmente um beijo que ele estava sonhando tinha acontecido e os dois só sabiam se encarar. Ele observou a loira sair do quarto constrangido e após alguns minutos de recuperação, ele desceu as escadas atrás dela.

– O que foi isso?                  

Ino levou um susto, estava de costas, deixando as coisas na pia, quando Gaara apareceu atrás dela. O beijo havia sido sem pensar, tanto de uma parte quanto de outra, afinal ela jamais se envolveria com ele.

Sabia como ele era explosivo e irritante, exatamente como ela.

– Foi um beijo? – Ela perguntou tentando levar para a brincadeira. – Qual é ruivinho, desencana.

Gaara parecia uma estátua parada no meio da cozinha de Ino. A loira riu forçadamente, como se a situação fosse hilária. O ruivo, no entanto, não demonstrava reação alguma.

– Eu acho que devo ir embora – ele disse por fim. – Vou pegar minhas coisas.

– NÃO!

– Por que não?

– Você não pode ir para sua casa – Ino disse agitada. – Vamos voltar a jogar, eu juro que me comporto.

– Porque não posso ir para minha casa?

– Ou então eu não me comporto, se isso for fazer você ficar.

Gaara se aproximou e grudou no braço de Ino.

– Por que me chamou aqui hoje?

– Porque... – ela olhou para os lados. Sabia que não poderia revelar sobre o segredo de Shikamaru, Gaara com certeza iria até lá e arrastá-lo pelos cabelos. – Porque eu estou apaixonada por você.

– Como é que é?

Ela respirou fundo e antes que Gaara pudesse fazer qualquer coisa, a loira o beijou. Inicialmente, o ruivo ficou um pouco tenso, mas depois deixou o beijo fluir. Suas mãos passeavam na cintura, na bunda e na nuca de Ino. A loira, que não parava de pensar no começo do beijo, agora estava entregue e deixava suas mãos percorrem os fios ruivos de Gaara.

Eles se jogaram no sofá e Ino foi por cima dele, beijando-o no pescoço e ele apertando a bunda dela. Voltaram a se beijar, dessa vez com mais fogo e desejo. Ino tirou a camiseta de Gaara e depositou beijos em toda extensão do peitoral dele.

Ele, por sua vez, sabia que se arrependeria disso no momento em que parasse, portanto não queria parar tão cedo. Sua boca percorreu a extensão fina e branca do pescoço de Ino e ele deixou beijos e mordidas na região.

Ino gemia baixinho enquanto Gaara apertava seus seios. Ele estava excitado, ela podia sentir isso, pois estava deitada em cima dele. Gaara começou a tatear a camiseta grande e colocou as mãos por dentro da mesma.

Ino estava sem sutiã.

Ele apertou os seios dela, sentindo a pele macia e sedosa da garota. Ergueu a camiseta e abocanhou um dos seios. Ino gemia e se roçava no membro de Gaara, escondido por peças de roupas.

Eles estavam prestes a arrancar o restante das roupas quando a porta se abriu, revelando os pais da garota.

– Ino! – A mãe gritou. – Minha nossa!

A mãe de Ino tampava o rosto enquanto o pai encarava Gaara com raiva. A garota abaixou a blusa e o garoto pulou do sofá. Não sabiam o que fazer, Ino nunca tinha sido pega em flagrante pelos pais e com toda a certeza eles tinham se adiantado do jantar.

Gaara pegou a camiseta no chão e fechou o botão da calça.

– Você – o pai dela disse com raiva. – Fora daqui!

O ruivo pegou o que estava calçando e saiu pela porta, com vontade de se enfiar em um buraco e morto de frustação por ter sido interrompido. Ino aproveitou a distração do pai e começou a subir os degraus, estava na metade da escada quando ele a chamou.

– E você, mocinha – ele disse sério. – Volte aqui. Vamos ter uma boa conversa.

A loira olhou para os pais. A mãe estava mortificada de vergonha e o pai estava fervendo em raiva. Ela respirou fundo e ergueu o queixo.

O que seria um mês de castigo depois de um amasso desses?

~*~

A loira continuou a olhar o quarto e ao olhar para o espelho encontrou outro bilhete.

Um jantar a espera...

Ela olhou curiosa e então foi até o corredor. Novas setas surgiram, desta vez a guiando para os fundos da casa. Enxugou os olhos e seguiu com os bilhetes encontrados na mão. As setas a guiavam para a porta dos fundos. Ela teve que respirar fundo antes de sair para o quintal.

Quando saiu, quase não reconheceu o quintal ao encará-lo. A árvore havia sido enfeitada com luzes pisca pisca e uma mesa com cadeiras havia sido posta. O caminho era iluminado até a mesa, onde havia dois pratos de comida tampados e uma rosa em um vaso no centro da mesa.

Temari suspirou ao pegar o último bilhete.

Vire-se

Ela olhou para trás e encontrou Shikamaru. Ele usava uma calça social e um blazer, estava nervoso e a encarava com ansiedade. Ela levou a mão a boca e suprimiu um choro. Shikamaru se aproximou em passos lentos e arriscou acariciar o rosto da loira.

– O que é tudo isso? – Ela sussurrou entre lágrimas. – Por quê tudo isso?

– Eu ainda te amo – ele disse secando as lágrimas de Temari. – E eu quero te pedir uma segunda chance. Eu sei que errei ao arruinar nosso namoro meses atrás e sei que agi errado na festa, mas quando te vi beijando outra pessoa parecia que você estava esmagando meu coração junto. Temari eu não sou bom com essas coisas, tive ajuda para fazer tudo isso, mas a verdade é que eu te amo e sei que posso te fazer feliz...

– Mas e tudo o que aconteceu? – Ela disse encarando ele. – Como posso esquecer?

– Pode tentar esquecer? – Ele disse aproximando o lábio da orelha dela. – Para termos um recomeço?

Temari sentiu o corpo arrepiar com a aproximação de Shikamaru e acabou deixando um suspiro escapar. O moreno aproveitou a deixa e colocou os lábios nos de Temari. Ela suspirou novamente e deixou se levar pelo beijo.

Então se afastaram e grudaram as testas uma na outra. Shikamaru sorriu e a guiou para mesa, puxando a cadeira para ela.

Eles sorriram um para o outro.

– Podemos jantar?

– Sim – ela disse sorrindo timidamente. – Podemos...