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História Entre amores e cafés - Capitulo 1


Escrita por: Ommadosdrama

Notas do Autor


AVISO - É uma história cheia de clichês românticos

Começando o perfil do zero com novas histórias.

Boa leitura...

me dá uma chance vai, lê o capitulo inteiro e mesmo que não favorite, só me diz o que achou.

Capítulo 1 - Capitulo 1


Fanfic / Fanfiction Entre amores e cafés - Capitulo 1

 

“E eu passei os últimos oito meses

Pensando que tudo o que o amor faz
É quebrar, queimar e acabar
Mas em uma quarta-feira, em um café
Eu o vi recomeçar”

- Begin Again

 

O dia estava chuvoso, mais que o de costume frio e totalmente cinza, mas eu gostava desse clima, me lembrava minha antiga cidade, Curitiba capital do Paraná, como eu adorava aquele clima louco de três estações em apenas um dia, adorava o fato de não saber se eu voltaria para casa suada ou encharcada pela chuva, a Coreia tinha dias bem parecidos com aqueles nestes últimos anos.

Me mudei pra cá com 15 anos, meus pais separados decidiram me mandar para longe da confusão em que se encontravam, e apesar de ama-los eu preferi morar com minha avó, bom fiz isso por três anos até seu falecimento, vovó era uma senhora doce e me ensinou muito da cultura e principalmente o idioma, ela tinha uma boa vida morava em Gangnam, uma boa casa, e uma empresa reconhecida da qual se orgulhava tanto, ao descobrir que estava doente a vendeu e passou seus últimos meses no hospital... Ah vovó esses dias nublados me lembram tanto da senhora, me trazem tantas saudades do seu cheiro, do seu café, e é por isso que estou a caminho de um.

Sempre que chovia eu ia para o mesmo café ao lado da Yonsei University, universidade a qual cursava Administração, vovó me deixou uma grande quantia em dinheiro e exigiu que eu estudasse naquela universidade, eu a agradeço tanto vovó. Entrei e me deparei com o café praticamente vazio, poucas mesas ocupadas. Próximo a entrada encontravam-se um grupo de garotos que falavam animados sobre algo que não me importei em escutar, seguindo três mesas deles uma moça jovem lia algum livro sobre anatomia, deduzi que era estudante, mais algumas mesas, afastado estava um garoto coberto pela máscara com uma câmera fotográfica a qual dedilhava provavelmente revendo suas fotos. Adentrei ouvindo o som do grupo que eu tanto amo Bangtan Boys ou BTS como os conheciam também, eu realmente amava suas músicas e essa em questão Butterfly era uma das minhas preferidas. Pedi o Capuccino de sempre e escolhi uma mesa afastada e próxima a janela, adorava ver as gotas escorrerem lentamente e a forma como deixavam a janela totalmente embaçada, a iluminação de minha mesa também me agradava sem dúvidas era minha mesa favorita do café, e uma das menos ocupadas isso também me deixava feliz pois sempre que vinha podia ocupa-la sabendo que ninguém estaria ali.

Observava os movimentos abstratos e irregulares da fumaça que se elevava do liquido em minhas mãos, a forma como sumia lentamente no ar permitiu que meus pensamentos voassem sem direção, apenas mergulhei em lembranças do passado.

Fui tirada de meus pensamentos ao sentir uma luz forte em minha direção, a princípio me assustei, mas logo entendi do que se tratava ao ver o garoto com a câmera totalmente envergonhado, mesmo de longe era capaz de ver por entre o boné e mascara o quão vermelho ele se encontrava. Apenas o encarei por milésimos segundos quando ele rapidamente abaixou a cabeça, ninguém pareceu notar o flash disparado, ou estavam todos tão ocupados em seus mundos que nem se permitiram enxergar. Digno daqueles micos de quando se quer uma foto do crush e acaba saindo um flash sem querer, apenas dei uma risada abafada, não iria jamais tirar satisfações com o garoto que parecia se encolher cada vez mais, eu já havia passado por essa situação algum tempo atrás, não sou o que podem chamar de bonita, mas o fato de ser estrangeira e olhos claros chamam a atenção dos coreanos, o que no resto do mundo seria apenas mais um rosto aqui é tido como diferente e para alguns até de uma forma interessante bonito. Não liguei para tal feito com o flash e apenas voltei a minhas ações até terminar o café e me colocar em pé para sair do estabelecimento, não antes de encontrar os olhos do garoto assistindo meus movimentos a distância, não me importei e fui embora do local voltando a minha vida normal.

A noite passou tranquila, o dia nasceu, mas a chuva ainda não havia cessado então decidi que queria mais um delicioso café e assim o fiz voltei para o estabelecimento, novamente vazio, porém mais do que o dia anterior, não havia clientes, nenhum em nenhuma mesa, me dirigi ao balcão central fazendo meu pedido, porém a surpresa na hora do pagamento me deixou levemente incomodada, o atendente me entregou um pequeno papel ao qual estava dobrado e levemente amassado, abri me deparando com traços finos e uma letra delicada.

 

“Olá! Primeiramente peço desculpas pelo ocorrido com o flash, sua expressão despreocupada e distraída me chamou a atenção e eu decidi que deveria eterniza-la em uma foto, porém não havia pensado nas consequências tais como o flash que se seguiu, perdoe-me pelo ocorrido.

Deixo pago em sinal de desculpas o mesmo café ao qual você se distraíra com a leve fumaça, novamente perdoe-me por estragar seu momento de imersão, espero que volte a ter o sentimento que tinha quando te arranquei dos mesmos.

Com respeito e arrependimento

JK”

Me peguei de boca aberta ao terminar de ler, aceitei o café já pago pelo garoto do dia anterior, voltei a minha mesa favorita e me pus a saborear o café que parecia ter um gosto diferente de todas as vezes que havia o bebericado.

Decidi ao terminar o café que perguntaria se o garoto vinha ao estabelecimento com frequência ou se foi um cliente do acaso. Assim que o fiz notei um certo receio do balconista, porém me afirmou que era um cliente regular e muito discreto. Eu precisava deixar uma resposta, mesmo que não voltasse a vê-lo, não queria que se sentisse culpado por algo tão dispensável de pensamentos. Assim o fiz, me pus a escrever um pequeno bilhete agradecendo o café e pedindo para que esquecesse tal ocorrido, afinal acidentes acontecem, agradeci pelo olhar poético em tentar me eternizar em sua foto, mas ao terminar me deparei com algo incomum eu assinei meu nome completo, porem o garoto usou uma sigla “JK” o que obviamente para uma Army significaria Jungkook, mas para qualquer outra pessoa na terra teria outro sentido, deixei tudo como estava me perguntando qual seria o real nome do garoto.

Assim que sai do estabelecimento senti os tímidos raios de sol tocando minha pele, tive um sentimento único de liberdade ao fechar os olhos e deixar o vento bagunçar meus fios loiros. Segui em direção a universidade para mais um dia normal, entretanto fui surpreendida com uma enorme multidão próximo a entrada, logo recebi a informação de alguns colegas de sala, BTS estava gravando um comercial para a universidade, apesar de estar extremamente feliz por saber que eles estavam a poucos passos de distância não me atrevi a tentar enfrentar a multidão para vê-los. Segui meu percurso até a sala que obviamente estava praticamente vazia visto que metade da universidade estava em volta do tão amado grupo.

O dia terminou normalmente e assim como os outros dias iria seguir para casa, mas desta vez resolvi fazer um pequeno desvio em direção ao café pois gostaria de saber se obtive alguma resposta do garoto, ou se ao menos ele havia recebido meu bilhete, assim que adentrei fiz a tão esperada pergunta ao atendente que me sorriu estendendo outro papel, o garoto havia respondido.

 

“Olá senhorita Beatriz! Fico feliz por saber que aceitou o café e também meu pedido de desculpas, não acho que seja algo que devesse passar despercebido, também gosto dos meus momentos comigo mesmo e por este motivo não costumo atrapalhar a privacidade das pessoas.

Espero vê-la novamente.

Jk”

Não pude evitar um sorriso e fantasiar estar em contato com Jungkook, mas logo voltei a realidade de que tal feito seria impossível, estava de saída quando o atendente me chamou a atenção dizendo que o garoto viria assim que chovesse, pois ele havia dado a informação que eu sempre estava lá quando as gotas caiam do céu. Não pude deixar um pequeno sentimento de felicidade me atingir, e assim terminei o dia fantasiando o rosto do garoto do café.

 


Notas Finais


Agradeço por ter lido até aqui.

Continua?


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