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História ENTRE CORES - (Blue Boy)


Escrita por: nandakelly_ e Doce_puddin

Capítulo 7 - (Blue Boy)


Fanfic / Fanfiction ENTRE CORES - (Blue Boy)

Ao acordar ele colocou uma blusa de manga curta azul, seguido por um moletom preto, e uma calça jeans. Antes ele havia se olhado no espelho por alguns segundos, era como se sentisse vergonha do que via, marcas por quase metade de seu corpo.

Foi ao colégio, como uma pessoa normal. Passou pelo corredor e logo viu uma morena, a qual agora ele sabia o nome, era Riley.

- Oi - Ela sorriu virando a cabeça de lado e parando em sua frente.

- Oi - Ele sorriu de lado e seguiu seu caminho.

Sua próxima aula seria educação física. Ele foi até o vestiário masculino, onde todos estavam trocando de roupa, pegou seu uniforme no armário e pro outro banheiro. Já com o uniforme ele levantou um pouco sua blusa na frente do espelhou e observou uma cicatriz perto de sua cintura, ele lembrava muito bem de como tinha conseguido aquela cicatriz.

4 anos atrás

O garoto levantou da mesa do jantar com cuidado, não tinha visto uma tábua solta perto do chão, e ao tropeçar o prato em sua mão caiu espalhando restos de comida pelo chão. O garoto começou a tremer, sentiu um frio na espinha, ele sabia o que viria a seguir. Seu pai levantou já com raiva, o garoto recuou indo até a cozinha de costas.

Ainda sem dizer uma palavra o pai pegou cinto e começou a bater no garoto sem dó. Enquanto ainda no chão o garoto pedia pro pai parar desesperado, perto do balcão o pai acabou esbarrando no balcão, fazendo a faca que estava ali cair em cima do garoto.

Atualmente

Flashs de memória vinham a sua cabeça. Sua respiração ficou pesada e o medo e desespero vinheram, era como se revivesse aquilo. Ele colocou sua roupa normal outra vez e seguiu seu caminho até o canto mais escondido da biblioteca.

- Droga! - Murmurou colocando suas mãos na cabeça, sua vontade era de socar alguém, bater em alguma coisa. Levou os fones até seus ouvidos e colocou a música no máximo, fechou seus olhos e respirou fundo na tentativa de se acalmar - Ta tudo bem agora - Ele murmurou pra si mesmo.

O garoto vivia dessa forma quase que sempre, as lembranças sempre voltam. Ele gostava de basquete, na verdade amava, mas não conseguia mais jogar, a vida pra ele era um tanto perturbadora. Ele pegou um livro qualquer e foi até uma das mesas, se sentou e começou a ler qualquer palavra, sentiu alguém sentar ao seu lado e se virou para olhar a morena sorridente ao seu lado.

- Oi - Ela sorriu virando a cabeça de leve, seus olhos olharam diretamente pros dele.

- Oi - Ele sorriu de lado ao ver a garota , e logo voltou sua atenção para o livro.

Com o tempo, e insistência, a conversa foi fluindo.

- Acho que o que eu mais sinto falta do Texas, são os animais - Ele sorriu.

- Eu tinha um hamster - A menina sorriu entusiasmada.

- Eu tinha 24 cavalos.

- Ganhou - Ela deu uma leve risada, fazendo-o rir também - Continua falando.

- Uma vez, a sofia tava parindo, e não tinha ninguém lá, então eu liguei pro Dr. E fiz o parto seguindo as orientações - Sorriu com a lembrança.

- Mais - Ela insistiu pra que ele continuasse.

- Você sabia que um bebê cavalo fica de pé na primeira hora depois que nasce.

- Uau - Ela sorriu outra vez. Parecia realmente interessada.

- Foi incrível - Ele sorriu - Foi ali que eu decidi que queria ser veterinário.

- Que incrível - Ela sorriu ao olhar pra ele - O Texas devia ser um lugar ótimo.

- É... O Texas era mesmo - Ele ficou um pouco cabisbaixo, parecia misturar lembranças boas com ruins em sua mente.

- O que foi? - Ela pareceu perceber o desânimo do loiro.

- Lembrei de uma coisa ruim - Ele fitoy o livro a sua frente em cima da mesa.

- Tudo bem - Ela encostou sua mão a dele, o qual tomou um leve susto, mas deixou a mão da garota na sua e deu um leve sorriso de lado ao observar a garota.

- Eu tenho que ir - Ele se levantou assim que o sinal bateu - A gente se vê - Seguiu seu caminho.

A morena o observou até a porta com precisão. Ele havia encontrado uma pessoa que não o questiona, que não julga e que escuta, a morena havia encantado o loiro de uma forma inimaginável.

Mais tarde ele a viu com uma loira, pensou em ir conversar com elas mas logo desistiu e sua tia chegou para le buscar.

- Tudo bem, querido? - A mulher que chama por Lizie o olhou pelo retrovisor.

- Na mesma - Ele deu de ombros e deu pequeno sorriso de lado.

- Estou te sentindo um pouco mais feliz, isso me deixa feliz - Ela deu um leve sorriso e o garoto fez o mesmo ao direcionar sua atenção para a janela do carro.

No outro dia, já no grupo de apoio, ele se sentou distante. Distante da morena sentada ao lado da loira, a qual estava do lado do garoto de cabelos castanhos.

- Hoje vamos falar sobre o medo - Julie falou ao se sentar na cadeira - Vocês tem algum medo? - Ela olhou em volta vendo todos recuarem.

- Tenho medo de nunca entender o amor - Uma garota de cabelos pretos e de óculos levantou com suas mãos cruzadas na frente, de saia colorida e um suéter azul claro, por cima de uma blusa branca de gola polo que era visível.

- Obrigada verde - A mulher deu um leve sorriso para a garota - Mais alguém? - Ela olhou em volta - Laranja?

- Eu... - Ele hesitou de primeiro - Medo de nunca ser normal - Abaixou a cabeça com certa vergonha.

- Acho que o normal é superestimado - A loira olhou pro garoto de lado, o qual deu um leve sorriso direcionado a garota.

- Tenho medo de ser consumida pelos meus medos - A morena confessou fitando o chão - Por que se isso acontecer, o mundo vai ficar preto.

Todos a olharam de alguma forma se identificando com ela.

- Vermelho. Também não tem medos?

- Eu não sei... Talvez - Ela recuou, e a mulher le olhou com insistência - Eu... Eu tenho medo de que as pessoas continuem indo embora, medo de continuar morrendo, medo de não ter ninguém, de ficar sozinha - A garota respirou fundo e fitou o chão.

- Ninguém está realmente sozinho - A mulher a olhou - Nunca.

- Eu não sei - Ela deu de ombros.

- Azul? Algo a acrescentar?

- Preciso? - Ele a olhou confuso e ela fez uma cara óbvia.- Tá... - Ele deu uma leve reclamada - Tenho medo do meu passado, de que ele volte pra me assombrar, medo de nunca esquecer, medo de nunca entender por que algumas coisas acontecem.

- Sabe qual é o bom do passado? - Ele a olhou confuso e fez um gesto de negação com a cabeça - É passado.

- Talvez - Ela respirou fundo e fitou o chão.

- Ter medo é normal, é  humano, faz de vocês quem são. Mas o que realmente importa não é o medo, é como você reage a esse medo - Ela olhou a todos com precisão - Mark Twain disse algo interessante uma vez, e é interessante porque é verdade. Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo.

Ele foram à suas casas pensando naquela frase. Coragem é o domínio do medo.


Notas Finais


O que acharam desse cap então?
Eu vi essa frase e eu gostei muito, então precisei colocar, até por que é bem verdade eu acho.

Eu sei que o Farkle ta aparecendo super pouco, mas é por que ainda ta no começo e o Farkle, aqui, não é uma pessoa boa de comunicação.

O que acharam de Rucas, cena da biblioteca da primeira temporada, precisava colocar gente 💙

Esse cap foi bem explicativo né, sobre um pouco do transtorno dele, como é, e o que aconteceu. Lucas Baby <\3
Admito que fiquei meio mal ao escrever <\3

Espero que tenham gostado do cap.
Bjs.
Bye.
💙🌍


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