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História Entre dois mundos - O nascimento de uma heroína


Escrita por: DillArmstrong2

Notas do Autor


Olaaaaaá!

Preparem os corações porque tem momento fofo nessa capítulo, não aguentei.

Capítulo 25 - O nascimento de uma heroína


Hospital em Santa Fé. Centro cirúrgico.

Os monitores cardíacos mostravam uma perigosa linha. O som forte e incisivo ecoava pela sala de cirurgia. O coração de James parara de bater.

Afastem! Vamos a 200! Afastem! – os médicos tentavam reanimá-lo, com desfibriladores nas mãos. Qualquer segundo faria a diferença entre a vida e a morte.

Luzes brancas. Sons de atritos. Odores metálicos. Uma voz conhecida ecoou ao longe.

-James... James... Jamie, você esta acordado?

-S-sim

-Sabe... Eu achava que você era um idiota arrogante, antes de te conhecer. Não me leve a mal. – ela disse em um esforço para estabelecer comunicação.

Silêncio

- James, eu estava brincando.

- Eu não estou sentindo minhas pernas... E minhas costelas doem. Muito.

- Eu sei. Mas você não pode se concentrar na dor. Você deve desviar sua mente para o mais longe possível. Pense em algo específico e se concentre nisso. Olha, eu vou começar- a garota lutava contra as dores em seu corpo, lutava contra o medo, contra a raiva. Ela precisava continuar forte.

- Quando eu era criança, bem pequena... – ela continuou- Eu tentei fugir de casa, depois de uma briga... Eu coloquei algumas roupas e um par de sapatos em uma mochila. Peguei uma bolsa para viagem que era quase do meu tamanho e coloquei alguns sanduíches e água... Eu esperei a madrugada chegar, desci as escadas e saí. Meu pai... Ele acabara de chegar e como sempre, foi ao meu quarto. Quando ele não me achou, a casa inteira quase foi abaixo. Minutos depois minha mãe me achou no jardim. Eu sabia que se corresse, seria pior...

James esboçou um riso. Estava funcionando.

- Sua vez.

- Eu era criança. Estava aprendendo a esquiar. Eu quis descer uma elevação, sozinho, pela primeira vez. E assim eu fiz... Eu estava em alta velocidade, tudo passava por mim como pequenos vultos, eu não sabia o que fazer. Estava tão assustado que não conseguia pedir ajuda, só tentava desesperadamente diminuir a velocidade, levantando meu corpo... Eu acabara de passar o fim da pista e estava voando em direção a uma árvore. Eu fiquei apavorado, pareciam os últimos instantes da minha vida. Então, um vulto passou por mim e me segurou pela mão. Era minha mãe. Nós caímos e rolamos na neve, enquanto ela me desviava para longe do obstáculo que poderia me matar. Quando enfim paramos de cair eu ainda sentia a mão dela segurando a minha. “Eu sempre vou estar aqui para segurar sua mão” ela disse. Eu não estava mais desesperado, porque eu não estava sozinho.

Aproximando-se o máximo que as correntes que prendiam seus braços permitiam, ela segurou sua mão. Seus dedos se entrelaçaram e assim permaneceram.  Ele não precisava se desesperar, porque não estava sozinho.

A voz se afastou e as luzes voltaram.

-Temos o paciente de volta. 80 bpm.

- - -

Terra Paralela

Selina e Helena haviam acabado de chegar a Torre da Liga, após um chamado de ajuda para J’onn.

- O que houve? Por que não nos chamou ao ver que estava em perigo?- perguntou Superman, que também acabara de chegar de uma missão.

- As coisas não saíram como desejadas. – respondeu Selina. – Aparentemente mais uma vez eu fui confundida com a Mulher-Gato desse mundo. Ela cruzou o caminho de Higgs de uma maneira não muito agradável...

- Não era um envolvimento comercial, do contrário teríamos descoberto- respondeu Batman.  

- Mas, nós conseguimos as informações. Esta tudo aqui. – Selina falou, colocando um diminuto cartão de memória em cima da mesa.

- Nós?- perguntou Superman.

- Eu estava lá. – Helena respondeu do fundo da sala.

- Você não deveria.– Respondeu Superman.

- Ela se infiltrou para me ajudar. Fui capturada por um sádico descontrolado. Estava sem contato com a base. – explicou – Eu corria o risco não só de perder a missão, como também morrer. – Helena me resgatou e entrou no sistema de segurança para retirar as informações. Ela é quem deve receber o reconhecimento.  

Superman apenas acenou com a cabeça, encerrando a reunião.

As duas estavam quase saindo quando Helena ouviu uma voz grave dirigir-se a ela.

- Como você se infiltrou na mansão? – perguntou o Cavaleiro das Trevas.

- Eu descobri que Higgs recebe modelos internacionais que trabalham como prostitutas de luxo, sempre nos mesmos dias e horários. Eu criei uma identidade falsa e me tornei uma delas em menos de algumas horas. Era arriscado. Mas, às vezes é necessário quebrar algumas regras para que o mundo seja salvo no final do dia.

Um quase indetectável olhar de aprovação se formou por baixo da máscara negra.

...

Selina fechou a porta atrás de si e observou a filha deitada na cama, exausta.

- Eu deveria brigar com você, garota. Você não deveria ter feito aquilo. Mas, eu estou muito, muito orgulhosa, minha gatinha. – disse encostando-se na cama e lhe dando um beijo na testa. Helena encostou-se no colo da mãe, pensativa, passando uma corrente entre os dedos.

- O que esta se passando, minha pequena gênio?

- Nada. – respondeu, desviando o olhar.

- Helena Kyle-Wayne, não tente me enganar. Eu posso ver em seus olhos... Hey, você se alistou no exército ou isso pertence a um corajoso soldado com um belo sorriso?- Selina levantou uma sobrancelha.

- Ah, não é uma dog tag propriamente dita. James Stark me deu como lembrança.

Flashback on

- Helena você tem uma visita e é a mesma de ontem. – disse a enfermeira, sorrindo, enquanto abria a porta para um jovem homem com muletas.

- Olha só... Eu diria que você esta quase 100%. Nem parece que você esta completamente quebrado- Helena falou, rindo.

- Pelo menos eu já fui pra casa.- James respondeu.

- Idiota.

Ele riu e sentou-se na poltrona.

- Quando você vai sair?

-  Amanhã a essa hora já estarei em Gotham. Finalmente vou voltar pra casa.

James a olhou por alguns segundos. Aqueles olhos azuis, sempre instigantes lhe roubaram a atenção desde a primeira vez em que se viram.

- Helena, eu vou cursar o próximo ano em Nova York.

- Então... Nós não vamos mais nos ver.- falou surpresa.

- Não com tanta frequência... Mas eu faço questão que você não esqueça da minha cara “quebrada”.

Ela sorriu.

- Eu tinha lhe prometido entregar o protótipo do sistema que criei. Eu estava com a memória dele no dia em que fomos raptados. Não sobrou muita coisa... – Ele mostrou em sua mão uma pequena placa, de 2 cm quadrados.  – Eu quero que você sempre se lembre de que foi uma heroína, Helena.

Helena pegou a plaquinha na mão. O pequeno pedaço de metal fora polido e ganhara a inscrição de uma data, a data em que haviam saído do cativeiro.

Flashback off

- Nós não nos vimos mais depois que voltei para casa. É estranho, mas eu sinto falta dele... Eu queria saber como ele esta agora. Se ele tem tido pesadelos como eu tenho ou se ele se esqueceu de tudo.

- Vocês dois foram heróis, Hel.  – Disse Selina, colocando de volta a corrente no pescoço da filha. –  Tenho certeza de que ele esta bem. 


Notas Finais


Comentários, please! Como vou saber se vocês estão gostando?

Aguardem o próximo, porque vai ter foco em Helena's daddy. To com saudades do lindo. ♥

Beijos da tia!


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