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História Entre dois mundos - Uma trégua para o amor


Escrita por: DillArmstrong2

Notas do Autor


Quero agradecer os comentários lindos e os amores que favoritaram a fic!

Só quero dizer que a escritora aqui esta chateada com esses leitores fantasmas, viu? Que lêem e não deixam um comentário pra me dizer o que acharam. Hnf...
Eu escrevo com muito carinho e quero saber se vocês estão gostando, ok?

Até mais!

Capítulo 39 - Uma trégua para o amor


  

Dois dias depois – Palermo, Itália

Após retornar sozinha e sem qualquer notícia de Steven, Bertinelli acabara de chegar à mansão de Carlo Gavanno. Tudo fora clinicamente limpo, não havia qualquer indício de que ali acontecera um ataque e que um homem havia sido morto. O primeiro andar da casa estava silencioso, apenas com a presença de dois dos empregados habituais.

Subiu as escadas e encontrou Steven em um dos quartos, retirando todos os objetos pessoais de um dos armários e colocando em um saco plástico.

- Olá- ele falou, enquanto despejava em outro saco o conteúdo das gavetas.

- “Olá?” É a primeira coisa que você vai me dizer? – ela estava irritada. Dois dias antes, ao chegar ao apartamento que haviam invadido em Gotham, não havia sinal de Steven, nem qualquer mensagem de para onde ele iria. Por sorte, ela sabia que ele retornaria à mansão.

- Como assim? O que você queria que eu dissesse?

- Você simplesmente desapareceu. Não deu qualquer sinal de vida. Simplesmente saiu sozinho de Gotham depois de ser ferido. Eu não sabia nem se você estava vivo!

Ele rolou os olhos.

- Você sabe muito bem que nós não poderíamos ficar mais tempo lá. Você demorou demais, eu tive que voltar. Nós temos que limpar a casa o mais rápido possível e ir embora. Aqui não é mais seguro.

- Espera aí, eu demorei a voltar ao apartamento e você simplesmente voltou sozinho? Você esta esquecendo de que trabalhamos juntos?  Nós temos uma parceria, Steven.

Sacudindo a cabeça, incomodado com a repreensão, começou a arrancar todos os cabos dos computadores das paredes. Todo material eletrônico tinha que ser destruído. Depois de alguns momentos de silêncio, resolveu voltar à conversa:

- E por que você demorou, afinal?

- Eu estava resolvendo alguns problemas. Aquele menino que Mandrágora sequestrou, Oliver, ele não tinha pra onde ir...

- E...

- Eu providenciei que ele ficasse com um casal de empregados meus, em uma casa em Barcelona. Eles vão adotá-lo.

- O quê? – ele parou imediatamente e a olhou. – Onde esta a parceria agora?! Você simplesmente resolveu dar uma de Madre Tereza de Calcutá e não falou nada sobre isso. Falou?

- Eu não preciso do seu sarcasmo. Aquele menino foi espancado e quase morto e de certa forma eu estava envolvida. Era o mínimo que podia fazer por ele.

Ele deu um risinho irônico:

- Você esta ficando um pouco bondosa demais. Acho que é isso que esta acontecendo.

Ela não quis responder.

- Se não for me ajudar a retirar os computadores do outro quarto, pelo menos arrume suas coisas. Nós precisamos dar o fora daqui, rápido e não deixar nada pra trás. Algo me diz que aquela garota não estava lá por acaso... Sem contar com aquele idiota do Batman e o amiguinho, Asa Diurna, Matutina, Noturna... sei lá. Não vamos deixar nada que possam ligar a nós. Nem um fio de cabelo sequer.

- - -

Gotham

Quase dois meses já tinham se passado após a conversa com os Stark e ainda não haviam encontrado nenhum crime que pudesse ter sido cometido pela Caçadora e o Vingador. O programa de reconhecimento facial e corporal que Bruce criara obviamente precisava de uma base de localidade e de alguns parâmetros. Mas, no momento, realmente não existia qualquer tipo de conexão para ser usada.

As patrulhas de Gotham estavam totalmente entregues a Bárbara e Dick, que estavam assumindo cada vez mais o papel de heróis da cidade. Helena decidira voltar para a faculdade, após mais de um ano afastada. Era uma de suas formas de lidar com o que estava acontecendo. Com muita insistência dos pais, estava sendo constantemente protegida por seguranças infiltrados no campus.

O casal Wayne estava aproveitando o tempo juntos, após o longo período de separação.  Apesar do momento não muito favorável, com tudo o que estava acontecendo com James (e a forma como isso afetava Helena), eles precisavam respirar por finalmente estarem juntos.

O último aniversário de casamento passara enquanto Selina ainda estava em outra dimensão, então Bruce resolvera preparar uma surpresa discreta e pessoal, fechando um restaurante para os dois. A noite fora incrivelmente calma e romântica, como há muito tempo não puderam ter. Agora, estavam apenas aproveitando a música ao vivo, “River flows in you” sendo tocada de forma magistral no piano e violinos.

- Eu tenho algo pra você- Bruce tirou uma caixa quadrada do bolso. – Eu sei que as pérolas têm um grande significado para nós e continuarão tendo... Mas eu sei que você também gosta de diamantes.

Selina riu, de fato era uma verdade.

Bruce pegou sua mão direita e colocou em seu dedo anelar uma das joias mais lindas que Selina já vira em sua vida. Um anel com um diamante negro no centro, cercado por várias pequenas pedras em forma de triângulo, na volta. Um sol negro em um engaste de ouro branco.

- São 22 pequenas pedras. – Ele falou enquanto ela admirava os detalhes da joia. – Os 22 anos mais felizes da minha vida, que ao contrário desse anel, não têm preço.

Selina sorriu emocionada e o beijou carinhosamente, era um presente lindo que representava sua história junto com o homem que mais amava no mundo.

De repente Bruce notou que o estonteante sorriso de Selina dera lugar a uma expressão estranha.

- Sis... Selina, esta tudo bem?

Ela acenou com a cabeça:

- Sim, eu só preciso ir ao banheiro.

Tão rápido quanto tinha ido, tão rápido voltou, pálida como um papel.

- Querida, o que aconteceu? – O semblante da esposa o deixou preocupado. Ela mudara tão subitamente.

- Nada, só estou um pouco enjoada e com frio.- respondeu.

- Vamos pra casa, então. – ele prontamente se levantou da mesa, tirou o casaco e colocou sobre os ombros de Selina, passando um dos braços ao redor dela. Logo a limusine que os levara até o restaurante parou em frente à entrada. O motorista que os acompanhava há alguns anos estranhou a volta adiantada.

- Senhor Wayne, esta tudo bem?

- Sim, acho que sim. Podemos ir diretamente pra casa.

O motorista, que já sabia o caminho de olhos fechados, ligou o carro.

Quando chegaram, depois do que parecia ter sido uma eternidade, Selina começou a se sentir nauseada novamente. Ainda no hall, arrancou os sapatos e subiu as escadas correndo.

Bruce não teve tempo de reagir, a não ser ver o vulto de vestido longo, subir os degraus.

. . .

Ela se sentou irritada no chão do banheiro de sua suíte, depois de vomitar todo o conteúdo do jantar. Ela simplesmente odiava passar mal e era no mínimo o pior momento para isso acontecer. Todos os planos para a melhor parte da noite estavam arruinados.

Levantou-se e encarou o espelho. Pelo menos precisava colocar sua aparência no lugar.

Depois de um minuto, ouviu batidas na porta.

- Selina, o que aconteceu? Será que tinha alguma coisa errada com a sua comida?

- Eu não “shei”- ela respondeu, enquanto escovava os dentes.

Alguns segundos depois, abriu a porta, recebendo um olhar de pena do marido.

- Ai, Bruce, por favor... Não me olha assim. Eu sei que estraguei a noite.

- Não, esta tudo bem. Pelo menos você não vomitou na minha roupa.

- Engraçadinho. Por pouco que isso não acontece – se atirou na cama, frustrada - Que inferno! Ontem eu acordei com essa náusea, mas não dei muita importância. Mas, hoje de novo: esse mal estar maldito e uma dor chata na cabeça...

- Você não esta se resfriando? – Bruce encostou-se à cama, ficando apoiado em um lado do corpo.

- Não, é diferente. Eu não me lembro de ter ficado assim desde... – parou de falar. As peças começaram a se juntar em sua cabeça. Ela estava definitivamente atrasada, pelos seus cálculos. Talvez seu ciclo reprodutivo estivesse chegando ao fim precocemente e por isso os sintomas. Mas, também não estava tomando muito cuidado com as pílulas recentemente...  – a enxurrada de pensamentos foi cortada:

- Você não se lembra de ter ficado assim desde...  – ele não estava compreendendo.

- Desde que estava esperando a Helena. – Ela o olhou, mordendo os lábios.

- Selina, será mesmo...

- Eu acho que sim. Talvez.

Os dois ficaram se olhando por alguns segundos, numa mistura de sentimentos.

- A gente pode descobrir amanhã. Eu ligo para o médico logo pela manhã. – ela tentou mostrar tranquilidade.

- Tudo bem, então.

- Certo. Tudo bem. – ela falou as palavras, lentamente, enquanto olhava pra parede.

Os dois ficaram sentados na cama, lado a lado, meio paralisados, pensando na estranheza do diálogo que acabara de acontecer.

- Selina?

- Hm?

- Você quer realmente esperar até amanhã?

Ela apenas levantou uma das sobrancelhas e sorriu.

- - -

Helena acabara de chegar a seu apartamento, após a última aula da noite. Antes de fechar a porta, viu seu novo colega de bloco entrar no apartamento em frente. Um contador que trabalhava no campus e também um dos seguranças sob disfarce. Não era a melhor sensação do mundo ser vigiada por onde quer que fosse, mas, sabia que essa era uma medida necessária.

Foi para o quarto e atirou a mochila e os livros na cama e ligou a água para encher a banheira. Precisava relaxar um pouco após o dia corrido. Retirou toda a roupa, ficando somente com sua lingerie. Quando estava para entrar no banheiro, passou em frente a um grande espelho que cobria boa parte de uma das paredes. A visão de si mesma por alguns segundos lhe causou certa angústia, por a fazer lembrar do sofrimento que passara. Mas, aos poucos já conseguia ver toda a situação de outro ângulo. Com a ajuda de seus pais que estavam sendo extremamente compreensíveis e atenciosos e da terapeuta, Helena conseguia enxergar um significado a mais naquelas cicatrizes. Elas eram o símbolo de sua força e de sua garra. Eram a prova de que ela fora mais forte do que a tragédia que acontecera. Ela era uma nova pessoa.

Cada uma das marcas em seu corpo: o extenso corte em cima das costelas, as perfurações no joelho, a cicatriz da traqueostomia, todas elas eram um registro do que ela se tornara agora. Sua psicóloga dissera que era importante não fechar os olhos para o passado e as dores que ele causara, era importante encará-lo para poder seguir em frente. “Encarar o passado para poder seguir em frente”. Aquelas palavras estranhamente não saíam de sua cabeça.

Subitamente, um pensamento lhe veio a mente e Helena soube que poderia ser sua chance de resgatar James.

- - -

Mansão Wayne

Cinco testes, quatro positivos. Não havia mais dúvidas. Selina estava sentada na cama, segurando um deles que exibia um número 7 em seu display. Sim, ela estava grávida.

Bruce tentava discernir o que estava passando pela cabeça da esposa. Quando descobriram que estavam esperando Helena, Selina ficara apavorada. Fora no mínimo cômico, enquanto ele estava extremamente feliz, ela só conseguia repetir várias e várias vezes que não era possível e que não saberia ser uma boa mãe.

- Selina, eu estou começando a ficar preocupado, você esta há alguns minutos sem falar nada...

Do nada, ela começou a rir às gargalhadas. Era a última reação que ele esperava e começou a sentir medo de que logo em seguida ela começasse a chorar.

- O que foi?

- Bruce, nós temos uma filha de 20 anos... – Selina, parou de gargalhar e se virou para ele. – Nós temos uma filha adulta e agora vamos ter um bebê...

Ele ficou aliviado em ver que seus olhos estavam brilhando.

- Eu sei. – ele riu

- Ai, meu Deus- ela passou as mãos pelos cabelos lisos que caíam em sua testa. – Eu acho que não lembro mais como cuidar de uma criança...- brincou. Bruce a puxou para si, encostando as costas dela em seu peito. Ficaram por um breve momento assim, refletindo sobre como suas vidas mudariam mais uma vez. Ela se desvencilhou de seus braços:

- Você esta feliz? – ela perguntou, embora já soubesse a resposta. Ele sorriu de volta com aquele sorriso maravilhoso que somente Bruce Wayne possuía.

- Você sabe que eu sempre quis ter mais um filho...

Ela colocou a mão sobre a barriga ainda imperceptível, carinhosamente.

- Eu sei. E quem diria que depois de tanto tempo você ia conseguir o que queria. Parabéns.

Ele a encarou com um olhar irônico e sedutor:

- Por favor, Selina, você sabe que eu não brinco em serviço.

- Ah, cala a boca- ela riu e ele empurrou pra cama, cobrindo-a de beijos.


Notas Finais


Essa família merece um pouco de felicidade, depois de tanto sofrimento e separação. ❤❤❤
A NEW BABY IS COMMING 😍
Não se preocupem, tem James no próximo Cap.

BEIJOS DA DILL
* Não esqueçam de comentar, todos vocês que estão lendo, viu?*


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