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História Entre Herdeiros (Pausada) - Eu não esperaria isso de você.


Escrita por: larirabello_

Notas do Autor


☆ Olá amores!

☆ MOTIVOS DA DEMORA NO FINAL.

☆ LEIAM AS NOTAS FINAIS.

☆ Boa leitura!

Capítulo 14 - Eu não esperaria isso de você.


Fanfic / Fanfiction Entre Herdeiros (Pausada) - Eu não esperaria isso de você.

Carson Walker

Las Vegas – Estados Unidos

06h34

Ouvia alguns barulhos fracos e distantes. Sentia minha cabeça latejar e meu corpo dormente. Abri os olhos lentamente dando de cara com uma claridade enorme que me fez piscar várias vezes até me acostumar com tanta luz. Tudo estava branco. As paredes, os móveis, os lençóis, exatamente tudo.

Senti uma fisgada forte no meu pé esquerdo, então me lembrei de estar fugindo dos capangas do Kastiel, ter pulado da varanda e ter visto Justin, mas depois disso não me lembrava de mais nada, como se tivessem feito uma varredura no meu cérebro.

Olhei para o lado e Derek dormia sentado em uma poltrona. Desvie o olhar para uma porta e vi o letreiro Dr. Henry Clinica só então me dei conta de onde estava. Sentei-me com um pouco de dificuldade, me sentia fraca e estava com um gesso enorme que começava no pé e terminava quase no joelho.

Ótimo era só o que eu precisava.

Chamei por Derek umas três vezes, mas ele dormia tão profundamente que nem se mexia com meus gritos. Olhei para os lados vasculhando o lugar, até parar meus olhos em um pequeno copo plástico vazio em cima de uma mesinha bem ao lado da cama. Agarrei o objeto e mirei em Derek jogando-o logo depois, para a minha sorte acertou no seu nariz e ele acordou rapidamente um tanto assustado.

― Porque fez isso? ― perguntou indignado passando as mãos no rosto para espantar o sono.

― Porque eu estou te chamando á um tempão e você roncando aí. ― respondi no mesmo tom fazendo o mesmo revirar os olhos.

― Como você está? ― falou se ajeitando na cadeira.

― Um trapo. ― rimos.

― Essa foi por pouco. ― comentou sério.

Eu ainda estava muito confusa. Não me lembrava de como tinha vindo parar aqui, parecia tudo muito estranho, apagar na casa de Kastiel com vários homens me perseguindo e acordar em uma clínica com Derek dormindo em uma poltrona ao meu lado.

― Como vim parar aqui? ― perguntei intrigada.

― Você não se lembra? ― falou surpreso.

― Se me lembrasse, não estaria perguntando. ― fiz uma careta.

― Dá pra ver que você está bem melhor já. ― revirou os olhos ― Justin voltou te buscar e nós trouxemos você pra cá depois de sermos perseguidos pelos capangas do Kastiel por todo o território dele. ― explicou.

― E porque eu não me lembro de nada depois de ter visto Justin?

― Porque você simplesmente apagou. ― afirmou sério.

― Que ótimo. ― revirei os olhos ― E Jason? ― encarei seu rosto ― Como está?

― Mal. ― foi direto ― Um braço, uma perna e duas costelas quebradas. Alguns cortes profundos, fora os arranhões e hematomas. ― falou desolado.

― Que droga. ― resmunguei com raiva de mim mesma.

― Mas, ele está vivo e é isso que importa. ― deu um meio sorriso ― Já que você acordou eu vou sair pra comer alguma coisa e chamar o médico, você quer algo? ― se levantou ajeitando sua roupa. O encarei pensativa, minha barriga estava roncando e convenhamos que comida de hospital é horrível.

― Um café com leite e algo bem gorduroso pra comer. ― deitei novamente na cama e ele me olhou com humor. ― Que? ― perguntei sem entender.

― Tem certeza? ― arqueou uma sobrancelha.

― Mas é lógico. ― ele negou com a cabeça e saiu do quarto fechando a porta logo depois.

Eu simplesmente odiava hospitais com todas as minhas forças. Aquilo era lugar pra gente doente e não pra mim. Eu só estava com um pé quebrado, nada demais. Minha cabeça doía um pouco e o quarto girava a cada vez que eu fechava os olhos. Sentia-me sonolenta e meu estômago não dava uma trégua, pedindo por comida de segundo em segundo.

Apesar de tudo eu estava feliz, não como gostaria, mas saber que Jason não estava mais nas mãos de Kastiel era como tirar um peso de cem toneladas das minhas costas. Mesmo ele estando todo machucado, eu tinha fé que ele se recuperaria e seriamos como antes, ele falando várias baboseiras idiotas me fazendo rir quando estou com raiva e depois me fazendo ficar com mais raiva ainda por ele ter me feito rir quando estava com raiva.

A maçaneta da porta foi girada me dando esperanças de que fosse Derek, mas meu sorriso logo se desmanchou quando Doutor Henry entrou com um largo sorriso no rosto.

― Bom dia moça. ― fechou a porta atrás de si ― Como se sente?

Como se um caminhão tivesse passado por cima de mim!

― Estou ótima, pronta pra ir pra casa. ― falei o mais convincente possível e ele gargalhou.

― Acalme-se. ― pediu enquanto anotava algo na sua prancheta ― Você acabou de sair da sala de cirurgia vai ter que ficar aqui por mais alguns dias.

― O que? ― falei indignada ― Eu estou ótima! Você não pode me trancar aqui nesse quarto.

― Olha o drama senhorita! ― ele resmungou.

― Não é drama. Eu estou falando a verdade. ― cruzei os braços ― Não posso ficar de molho nesse hospital, tenho coisas pra fazer, assuntos pra resolver e eu me sinto completamente bem. ― argumentei contrariada.

― Eu sinto muito, mas você vai ficar aqui até se recuperar, e não vou mudar de ideia. ― falou decidido e eu o encarei com raiva não queria ficar ali, eu queria ir pra casa, que droga. ― Agora eu preciso ir dar uma olhada nos outros pacientes, mais tarde passo aqui. Espero que fique bem. ― Abri a boca para protestar, mas ele bateu a porta e saiu sem esperar minha resposta.

Essa gente acha que manda em mim.

Infelizmente a clínica do Doutor Henry tinha dois andares e pela vista que a janela tinha eu estava no segundo, então nada de pular janelas altas por enquanto. Ouvi um barulho da porta novamente e pra minha felicidade era Derek com um copo enorme de café e um saco branco que deduzi ser minha comida.

― Meu Deus como você demorou! ― reclamei me sentando.

― Obrigada Derek por comprar algo descente para eu comer e por ter driblado os enfermeiros para chegar até aqui! ― dramatizou fazendo uma voz fina ― Não precisava agradecer Carson eu estou as suas ordens. ― revirei os olhos.

― Deixa de ser patético e me dá logo isso. ― estiquei minhas mãos até ele que me entregou o café e o pacote. Coloquei o café na mesa ao lado e abri o pacote vendo um sanduíche de peito de frango, olhei incrédula para Derek. ― O que é isso?

― Sanduíche de frango. ― deu de ombros ― Era a comida mais gordurosa que eles tinham naquela lanchonete, mas se você quer eu posso comprar uma salada de frutas que a moça acabou de fazer.

― Não, obrigada. ― revirei os olhos e tirei o sanduíche de dentro do pacote dando uma mordida logo depois.

― Está bom? ― perguntou com humor. Aquilo estava simplesmente uma delícia, mas eu não daria o braço a torcer nem a pau.

― Dá pra comer. ― murmurei quase me afogando com o pedaço de pão.

―Tô vendo. ― riu.

 

Quatro dias depois...

Estava lendo pela milésima vez o mesmo artigo sobre tartarugas marinhas e seus hábitos. Aquilo estava chato pra caramba, mas era o que tinha pra me distrair naquele bendito quarto. Eu sentia vontade de estrangular a Alana por não ter me trazido algo mais interessante pra ler já que são proibidos aparelhos eletrônicos nessa droga. Tanta coisa no mundo pra ser lida e ela me traz essa ninharia, minha vontade era de fazê-la ler por uns cinco dias direto esse maldito artigo sobre tartarugas. Vocês sabiam que a cada mil nascimentos de tartarugas somente uma ou duas sobrevivem? Isso me lembra do meu trabalho, um pouco diferente claro, mas lembra, a cada mil pessoas que me enfrentam uma ou duas sobrevivem, mas claro sem língua pra não ficarem se vangloriando de ter saído vivas das mãos de Carson Walker.

Ouvi um barulho na maçaneta da porta e então ela se abriu e pra minha não tão agradável surpresa quem entrou foi nada menos que Justin Bieber. Ele vestia uma calça jeans escura, um tênis dourado ridículo que chegava me arder os olhos de olhar pra tanto brilho, uma camiseta cinza, uma jaqueta de couro bege que parecia mais o estofado dos bancos do meu carro e um óculos escuro que tirou assim que entrou.

Ergui a revista novamente tapando meu rosto como se estivesse realmente interessada em ler toda aquela baboseira. Justin limpou a garganta tentando chamar minha atenção, mas não dei á mínima e continuei concentrada em irritá-lo um pouco mais.

― Preservação da Natureza? ― leu o título da revista ― É sério isso? ― riu me fazendo abaixar a revista e encara-lo.

― O que você quer? ― falei grosseiramente, eu realmente não estava com saco pra ninguém nessa droga de hospital, muito menos para as ironias do Bieber.

― Vim saber como se sente? ― não consegui deduzir seu tom de voz, mas com certeza estava debochando da minha cara como sempre.

― Entediada. ― fui curta e grossa. ― Já decorei essa porra de revista de trás pra frente. ― fechei a mesma e joguei sobre a mesa ao lado.

― Dá pra ver que está ótima. ― ironizou me fazendo revirar os olhos.

― O que você veio fazer aqui hem? Porque eu tenho certeza que uma visita de cortesia não foi. ― falei brava.

― Nossa como você é mal agradecia, depois de eu ter arriscado a minha pele pra te ajudar você ainda me trata assim com tanto desprezo. ― se fez de ofendido.

Patético!

― Não espere que eu te agradeça porque isso não vai acontecer, e além do mais eu não pedi pra você voltar. ― esbravejei irritada com a sua prepotência.

― Eu não esperaria isso de você. ― negou a cabeça ― Sabe por quê? ― andou até os pés da cama e apoiou uma mão de cada lado das minhas pernas. ― Porque você é uma pessoa incapaz de ter gratidão por alguém. ― cuspiu as palavras e trincou o maxilar.

Aquilo não era verdade, eu sabia ser grata, talvez não com ele, mas eu já fui grata a muitas pessoas. Tudo bem, eu não me lembro de nenhuma agora, mas é porque eu estou em uma cama de hospital com um idiota quase em cima de mim me dando sermão e isso afeta um pouco o psicológico das pessoas.

― Você não sabe de nada. ― falei entre dentes.

― Eu sei, é claro que eu sei. ― sorriu ― Ryan fez um ótimo trabalho no tempo em que esteve na sua casa. ― debochou.

Eu não conseguia entender como consegui ser enganada por Ryan. Nunca, ninguém me enganou dessa forma. Lembro-me do dia em que estava chegando em casa de madrugada após passar á noite em uma balada, vi Ryan sentado na calçada do outro lado da rua. Ele estava sujo e com alguns arranhões, cheguei a pensar que fosse algum inimigo ― eu não estava errada, mas naquele momento ele não me parecia um por estar todo estraçalhado ― então desci do carro e andei calmamente até ele parando na sua frente.

Perguntei se estava tudo bem e ele me disse que sim, o que obviamente era mentira. Insisti mais um pouco então ele me contou sua suposta história de vida. Filho único de um homem que só bebia e quebrava tudo dentro de casa, sua mãe havia morrido á uma semana vítima de um dos ataques de fúria de seu pai, desde então as coisas só pioravam e ele não queria mais morar com aquele homem que em sua concepção o mataria sem remorsos.

Eu senti uma dor tão forte no peito quando Ryan me contou tudo aquilo. Senti vontade de abraça-lo e lhe dar um pouco de conforto, mas não podia fazer isso. Família é algo tão sagrado, eu não entendia como um homem poderia matar sua própria mulher e querer assassinar o próprio filho. Já tinha visto muitas coisas na minha vida, muitas pessoas morrendo e clamando por ajuda, mas nunca parei para ouvir suas histórias, talvez as doses de álcool que havia ingerido na noite me ajudaram de alguma forma.

Eu não podia lhe devolver sua família, mas poderia lhe oferecer talvez a minha amizade e foi o que eu fiz. Trouxe-o para morar na minha casa. Todos foram contra, mas como quem manda sou eu ninguém se atreveu a me enfrentar.

Butler passou seis meses na minha casa e nesses dias conquistou minha confiança de uma forma que ninguém conseguia. Ele se tornou meu amigo, eu abri a minha vida pra ele, minha história e tudo que já havia passado. Alguns segredos, minha vontades, meus sonhos, simplesmente tudo.

Então um dia eu acordei e Ryan havia sumido, me desesperei achando que algo de ruim poderia ter acontecido. Fiz meus homens vasculharem cada canto do meu território em busca do mesmo, mas nada. Eu havia ficado desolada pensando no pior, talvez seu pai houvesse o encontrado e resolvido se vingar. Meu coração doía tanto que eu nem sabia mais o que estava sentindo.

Na tarde do mesmo dia eu recebi um bilhete que me desmoronou mais ainda, era de Justin, foram poucas palavras, mas palavras que fizeram o meu mundo desabar sobre a minha cabeça.

“Ryan agradece a bela estádia que teve em sua casa Walker, agora ele está voltando para o lugar onde pertence, Bieber.”

― Carson? ― Justin me chamou e eu o fitei ― Está tudo bem? ― franziu o cenho.

Eu sentia as lágrimas queimaram meus olhos, mas não iria chorar. Não na frente de um Bieber. Ele pode saber tudo sobre mim, mas jamais saberá a dor que senti na pele e como seu joguinho de detetive destroçou o pouco de amor que eu ainda poderia sentir por alguém.

― Eu odeio você. ― falei entre dentes o deixando surpreso com minha atitude.

― A recíproca é verdadeira. ― me olhou com rancor.

A porta se abriu e Justin se recompôs voltando a se manter de pé e eu respirei fundo. Doutor Henry passou pela porta e veio até mim.

― Como se sente? ― sorriu.

― Cheia de ouvir a mesma pergunta de cinco em cinco minutos. ― revirei os olhos e ele riu.

― Então, eu tenho uma notícia boa pra você. ― checou algumas coisas nas papeladas ao lado da cama.

― Não me diga que a clínica está pegando fogo e todos os pacientes terão que voltar para as suas casas! ― fingi ânimo, pois sabia que isso seria impossível.

― Não. ― gargalhou ― Está querendo me dar prejuízo dona Carson? ― brincou.

― Não, só estou desejando não ver mais o senhor por um bom tempo... Sem ofensas. ― falei séria.

― Compreendo. ― sorriu ― A minha boa notícia é que você pode ir pra casa, sua cirurgia ocorreu tudo bem, caso sinta alguma dor pode voltar pra cá.

― Aleluia! ― levantei as mãos para o céu agradecendo essa benção ― Não se preocupe eu não vou sentir nada. ― neguei com a cabeça.

― Mas...

― Sempre tem um “mas” pra atrapalhar a minha vida. ― resmunguei fazendo ele e Justin rirem.

― Não deve ficar andando muito, nem apoiar o pé no chão, vai demorar um tempo até que se recupere totalmente. ― ordenou ― Eu vou até a recepção acertar os papéis da sua alta, sua roupa está no banheiro, pode se trocar lá e se precisar da ajuda de uma enfermeira é só apertar o botão na parede.

― Tudo bem.

Doutor Henry saiu fechando a porta atrás dele e novamente ficamos Bieber e eu no quarto. Não aguentava nem mais olhar para a cara daquele idiota debochado, não sei nem porque ele estava aqui ainda, pra começo de conversa ele não deveria nem ter vindo.

― Eu vou ficar lá fora te esperando. ― falou e foi até a porta.

― Como assim? ― perguntei confusa ― Me esperando pra que? ― ele me olhou de volta e sorriu de canto.

― Para te levar pra nossa casa.


Notas Finais


★ Eu preciso pedir um milhão de desculpas pela demora. É que quando tem feriados é bem corrido para mim, eu tive muito trabalho e depois fui viajar, aí não deu tempo de escrever, consegui terminar agora pouco e já vim postar para não demorar ainda mais. Fim de semana agora não vai ter capítulo porque tem Rodeio de Vila Oliva e eu vou então sem chances de tempo para eu escrever, mas prometo trazer outro capítulo o mais rápido possível, talvez no meio da semana que vem ou no sábado que vem, espero que compreendam <3

★ Espero que gostem dessa capítulo tanto quanto eu <3

★ VENHAM ME TIRAR DO TÉDIO!
*Ask: ( http://ask.fm/sissa_santos )

★ Style: ( https://spiritfanfics.com/personalizar/style/amber-heard-entre-herdeiros-6610881 )

★ Personagens:

*Alana Scott: ( http://i.imgur.com/IvLiJLA.png )
*Derek Baker: ( http://i.imgur.com/6JbY3zR.png )
*Jason Adams: ( http://i.imgur.com/TQRd6gb.png )
*John Smith: ( http://i.imgur.com/1ekBlXU.png )
*Will Parker: ( http://i.imgur.com/SnZ7IEm.png )
*Joe Williams: ( http://i.imgur.com/6Xeieto.png )
*Kastiel Morris: ( http://i.imgur.com/rbkGvS0.png )
*Henry Duff: ( http://i.imgur.com/IUiYU5P.png )

★ Trailer: ( https://youtu.be/u_ZcYvk3HLc )

★ BEEEEEEEEEEEIJOS E NÃO ME ABANDONEM NUNCA <3


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