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História ENTRE MIL MUNDOS E SONHOS - O PERSEGUIDOR


Escrita por: julio_psicotico

Notas do Autor


É GRANDE, MAS VALE A PENA, APROVEITE COM CARINHO POR FAVOR.

Capítulo 1 - O PERSEGUIDOR


Fanfic / Fanfiction ENTRE MIL MUNDOS E SONHOS - O PERSEGUIDOR

A cada minuto que respiro me vem dúvidas... Eu não era confuso como John Forbes, mas ainda sim eram duvidas que merecem respostas. Alguém ai tem dúvidas? Ah, é claro que tem! O que seria de nossas vidinhas sem dúvidas, incertezas, confusões mentais e emocionais? Não tem como aprendermos sem precisarmos refletir, mas eu aos 15 não fazia ideia de quem seria... no meio de tantos amigos e pessoas que eu conhecia eu só conseguia perceber que não me encaixava nos mesmos padrões de sonhos, então eu precisei embarcar em uma coisa difícil... Eu nunca fui de me aventurar muito e talvez isso tenha me causado tantas incertezas. Eu estava lá, mas não me sentia ali. Me privava de uma das maiores raridades do mundo... Viver!!

Viver é um privilégio que eu vou ter que aproveitar para descobrir quem eu sou e quem eu posso ser, sair da zona de conforto não faz nada além de bem a minha vida. Vou precisar me arriscar no momento que perceber que estou preso a dúvidas que não posso ignorar, duvidas e escolhas... Escolhas importantes. E no momento que eu perceber que minha vida passou e eu não me preocupei em tentar coisas diferentes, vou acabar me perdendo, ou pelo menos saindo do caminho. Sentir-se perdido, na verdade sempre, em toda a minha vida foi o meu pior pesadelo. Era a coisa que mais me atormenta desde a morte de David Bowie...

Ele sim é um exemplo da música, além de possuir duvidas demais, suas letras sempre foram bem inspiradas e muito bem escritas, ouvi-las era como deitar nas nuvens e viajar para outro mundo. Meu corpo ficava parado, mas minha alma se movimentava de um lado pro outro e pra mim isso valia muito mais que balançar a bunda por ai em boates. Bowie também é um cara que possuía muitas dúvidas, uma prova disso é o trecho da musica Changes:

Eu ainda não sei pelo que eu estava esperando
E meu tempo estava passando muito rápido
Um milhão de ruas sem saída

Eu não gosto de me gabar dizendo que sou igual ao David Bowie, mas é exatamente assim que eu me sinto, de cada coisa na vida que eu posso decidir, eu tenho mil opções e no final apenas pensar no que posso ser não me levava a lugar nenhum. Como estar andando em um caminho que não se consegue saber se é o correto. No final dava apenas em uma parede gigante da qual eu tentava pular, ou escapar, mas ela me encurralava, e tudo se tornava impossível. Porem quando eu relaxava, com um fone de ouvido e três playlists de rock clássico as coisas facilitavam. Me sentia como se o caminho certo não importasse mais diante de tudo o que eu tinha, de tudo que eu sentia e acima de todas as coisas, diante do potencial que eu tenho pra ser quem eu quiser. Porem quem sou eu? Não existe nada mais libertador do que descobrir uma porção por vez sobre si mesmo. E é isso que vou narrar.

Em uma noite de outubro, quase oito horas da noite, uma semana antes do halloween, eu, Julien, perneava a passos leves indo até a casa de Andréia, minha melhor amiga. De cabeça baixa e um capuz fixo a minha blusa preta, atravessava a cada rua prestando total atenção do que girava a minha volta. A cada quarteirão que passava não tirava suas mãos do bolso. Virava a cada esquina com medo de se aproximar de um marginal de rua, a última coisa que eu precisava no momento era ser assaltado. Eu já não tinha dinheiro direito, era capaz de atirarem em mim se olhassem os fundos de meus bolsos vazios, com apenas moedas batendo umas nas outras fazendo repetidamente um barulho metálico

Ao avistar a enorme casa de Andréia, eu e minha mente maligna e sombria concluímos que seria bom assusta-la com minha nova máscara do Freddy Krueger, eu escalo até o telhado para me aproximar da janela sem enxergar direito as coisas. Apoio meu pé em uma arvore apoiando, sentindo a borracha em minha cara apertando meu rosto. Pego impulso com meu pé, segurando no telhado da casa, ao fazer força arranho meu braço –Ai... Merda. –Suspiro e tentando fazer silencio. Ainda em cima do telhado, próximo a janela do quarto dela localizado em cima.

Eu ficava olhando de fora, observando ela mexer em seu computador, enquanto assistia vídeos de terror. Os passos mais leves da minha vida foram aqueles que dei para chegar até o outro lado do quarto. Fiquei por traz dele, enquanto minhas mãos se aproximavam de seus ombros, quando finalmente toquei neles ela virou em uma violência, que sua mão automaticamente socou meu rosto e de sua boca saiu um grito de alguém aterrorizada. Ao me ver caído no chão, levantou e se apoiou em seu joelho enquanto eu gargalhava sem parar. –Você quer me matar do coração desgraça? –Disse Andreia assustada olhando com os olhos arregalados.

     – Você tinha que ver sua cara! –Começo a rir sem limites tentando respirar enquanto tiro a máscara que abafava minha voz. Olhei para a grande amiga ainda sorrindo e mexo em sua boca formando um sorriso –Vamos foi engraçado, sorria!! Eu te assustei, garotinha.

–Ei, não me chama de Garotinha, se não vou te bater de novo. –Se aproxima senta em sua cadeira e começa a rir. –E ai como é que esta sua priminha linda Radmilla? –Continua rindo maliciosamente e apoia seus pés na mesa ao lado de seu computador, suas risadas abafam seus pensamentos sombrios e maliciosos por traz desta pergunta.

Então eu o observo com um olhar esquisito –Está ai uma coisa que eu não pretendo ver. Você transando com a minha prima. –Coloco as mãos nos olhos tampando os mesmos, tentando privar minha mente de imaginar a cena que surgia ali no momento daquela conversa e que aos poucos para sua mente se tornava cada vez mais perturbadora.

–Ah é essa uma cena que eu adoraria ver. –Começa a rir e cutuca Julien com seu cotovelo. –Escreve o que eu digo, um dia vou ficar com sua prima, este dia está próximo. Tenho fé nisso. –Ele então sorri, levanta de sua cadeira cansado e deita em sua cama. –Eu preciso beber. Tem Uísque na geladeira, pega pra mim por favor. –Fecha a cara pra tudo ao redor e olha para o teto vazio de seu quarto.

Então preocupado alargo meus ombros. –O que? Aconteceu alguma coisa? –Olho com preocupação temporária com a atitude repentina de sua amiga que parecia triste e preocupada ao mesmo tempo, eu então sento ao lado de Andreia que deitara na cama com um olhar de cachorro abandonado. Aquele olhar que sempre deixa todos com os olhos cheios de lagrimas, estava desta vez na cara de Andreia Glass.

–Eu estou sendo perseguido cara... Um babaca da internet me manda mensagens falando coisas. –Diz Andreia com as mãos em seu rosto, com sua voz silenciosa e masculinizada, aos poucos fechando os olhos e calmamente tentando levantar de sua cama, preocupado e tentando esconder seu medo e preocupação.

–Que tipo de coisas ele anda falando? –Me preocupo, arregalando os olhos e levantando da cama, seguindo a companheira em passos firmes. Meus ombros se curvam e minha expressão fica como a de alguém realmente assustado e apreensivo enquanto desço as escadas da casa, olhando para o chão diante de minha amiga. Meus pensamentos corriam tentando imaginar a resposta que seria dada.

–Coisas... coisas como “Vai se arrepender por tudo.” Ou “Vai sofrer como eu sofri” ... E ontem ele me disse “Tudo em que acredita, tudo que sonha vai acabar, eu nunca perco.”, eu não sei quem ele é, mas acho que eu fiz algo errado, algo que não deveria ter feito. –Olha para os degraus com cuidado para não tropeçar, termina de descer as escadas e caminha até a geladeira pensativo.

–Olha será que consegue se lembrar de alguém que você tenha magoado em algum dia ou época da sua vida? Alguém que pareça vingativo ou algo do tipo? –Sento na cadeira da cozinha de lado para Andreia, apoiando na mesa, deixando os pensamentos dela resolverem tudo, espero ela pensar e fico olhando ela mexer na geladeira sem mover bebida alguma do lugar. –Magoou ou não? –Pergunto apressado com a resposta.

–Para de me apressar... –Fala largando a geladeira sem bebida alguma e sentando de frente pra mim, na mesa, olhando nos olhos e pensando em tudo que já fez na vida. –Cara, Magoei muitas pessoas na minha vida, acha que vou me lembrar justo dele? É como lembrar de todos os chocolates que já comi, ou mulheres que já beijei, a diferença é que não me arrependo de ter beijado mulheres algumas, ou de ter comigo chocolates. Ah só lembrando que já peguei o dobro de garotas que você. –Dá uma risada voltando até a geladeira devagar olhando para mim.

–Olha, sem querer ofender seus truques matemáticos, eu atenciosamente gostaria de lembrar que o dobro de zero é zero, idiota... –começo a rir com a cara na mesa, caindo de tanto sono.

–Babaca –curva os ombros e faz careta. –Quer alguma bebida?

–Bobona – retribuo a careta. –Não posso beber, hoje, ainda tenho que voltar pra casa, então seria perigoso.

–Dorme aqui cara, a gente pode beber e conversar. –Alarga os ombros com um sorriso e vira a cabeça, pegando o Uísque.

–E o seu pai? Ele me assusta... –Faço a pergunta com uma expressão forçada de medo, com um pequeno sorriso no canto direito da boca.

–Meu pai ta viajando, esquece ele, duvido que se importaria. Você dorme aqui e amanhã eu acompanho você até o colégio –Andreia senta na mesa, ao meu lado esquerdo, coloca o uísque no copo e dá uma batida nos meus ombros

–Faria isso? –Dou um sorriso verdadeiro e feliz com a atitude de Andreia.

–Claro vei você é o meu melhor amigo. –Confirma sorrindo e satisfeito com aquele momento.

–Olha esse momento aqui está muito bom Andreia... então guarda isso.

–O uísque? –Pergunta duvidoso.

–Não, a Estátua da Liberdade... É claro que é o Uísque, idiota. –Falo sarcasticamente.

–Por que eu faria isso cara? –Pergunta Andreia estranhando a minha atitude repentina.

–Porque você, é melhor do que isso. –Afirmo sem pensar. –Você não precisa de álcool, é bom do jeito que é. Além de que ele não vai te esconder, vai apenas deixa-la vulnerável em suas ações. E isso também estragaria a noite, olha está tudo perfeito. A gente conversou, riu, sentimentalizou de um jeito gay. Por que quer beber?

–Você está certo!! –Larga a garrafa na mesa e sobe correndo e quase tropeçando nas escadas. Ao chegar no quarto primeiro, ela comemora e me derruba no chão. Aquele momento não tem preço pra mim. Estar com alguém como ela tornava minha vida especial, eu saberia que iria apoia-la até o fim e iriamos estar juntos pra tudo. Como competir por garotas, secar as lagrimas um do outro, proteger um ao outro de perigo e acima de tudo estar disponível para dar um abraço no outro quando ele precisar.

Andreia liga o videogame, prepara a lista de series no netflix e nós dois ficamos até as três e meia da manhã assistindo, jogando, comendo salgadinhos, bebendo refrigerante e acima de tudo, conversando.  

–Sabe, o terror de hoje em dia não está mais bem representado. As coisas eram bem mais legais até os anos 90. –Reclamo deitado no colchão com as luzes apagadas.

–Não fode, a franquia “Insidious”.  –retruca Andreia de cara feia.

– Mas ainda assim, não se encontra personagens icônicos como Freddy, Jason, Michael Myers... entende? –Argumento criticamente e bocejo em seguida.

–Pode crer, esses são os mestres do terror. –ela então vira para o lado e se cobre com um cobertor de pele azul logo bocejando junto.

–Andreia, preciso dormir. Estou caindo de sono, boa noite. –Arrumo meu travesseiro e viro para o lado. –Amanhã vou dar um jeito de descobrir o “porque” de bocejarmos um em seguida do outro.

–Cara vai dormir, antes que fique mais demente do que já está, mas pensando bem, você não está errado... –começa a rir e fecha os olhos bem devagar. –Boa noite Julien, amanhã vou tentar descobrir quem é o desgraçado me perseguindo e você vai me ajudar!! Demorou?

–Boa noite Andreia. –Fecha os olhos e em seguida não resiste em pegar no sono naquele colchão confortável da casa de Andreia.

E ali fiquei eu... Dormindo, com meus pensamentos obscuros em formato de sonhos. Meus sonhos nunca fizeram sentido, em momento algum da minha vida. Eu acho que sonhos não precisam fazer sentido, quando fazem até se tornam assustadores. Os únicos sonhos que fazem sentido são os pesadelos. Isso significa que a natureza humana é ruim? Ou significa apenas que existem mais de mil mundos e eu não sei a qual pertenço. No meu sonho, eu estava boiando em uma lagoa!! A agua estava quente, eu sentia ela passar pela minha pele envolvendo cada parte de meu corpo. Barcos vazios passavam a minha volta e não me atingiam, por um momento eu me senti livre e relaxado, o que será que esse sonho significou? Me perguntei isso acordando pela madrugada. Eu olhava para cada canto das paredes daquele quarto e então me veio a resposta. Aquilo não significou nada! Por que significaria? É apenas um sonho!!

Pode até não significar, mas uma coisa que aprendi nessa vida, dormindo em diversos lugares e acordando em diversas casas, convivendo com diversos amigos, é que uma coisa não precisa ser significar algo pra ser importante, um simples gesto, um simples acontecimento ou uma simples visão de um paraiso, pode ser importante. Pra muitos isso não tem significado e tudo bem, mas é importante. Sonhar é importante, sonhar é uma parte do viver de cada um. Alguns acreditam que é apenas um detalhe da mente, e se for, acredito que seja um detalhe único.

O que é um sonho para alguns é uma realidade melhorada da qual não queremos acordar para outros, pelo simples fato de voltarmos a ser quem éramos, ou estarmos onde realmente estávamos localizados, ou voltarmos a estar com pessoas que não lhe agradam no dia seguinte, como Isabelle Morbes, a garota mais irritante da escola. Manda em todos os caras que são afins dela. Uma vez fiquei com um olho roxo porque neguei emprestar um lápis pra ela, estava chegando em casa depois da aula e um cara me cercou num beco perto da casa da Andreia, ainda não sei se foi por isso ou por ter chamado ela de “vadia burra”. Foi triste, mas a Andreia deu uma surra nele, por sorte ela estava perto, se não seria um “adeus” Julien. As vezes acho que ela tem medo de algo e tem que usar seu cabelo, boca, peitos... Resumindo, sua aparência, contra os outros, para se sentir no poder. Mas o que quero dizer é que sonhos nos abrem momentos de inspiração e ordem mental do qual não queremos sair. Talvez essa noite eu reflita mais do que durma. Aquela noite fria me abria cada vez mais pensamentos obscuros e distantes da realidade de vida que estou acostumado a viver no dia a dia, era algo mais complexo do que apenas risos e brincadeiras. Sem resistir mais aos meus pensamentos eu caio de cabeça para o meu lado e uma intensidade de sono bate em meu corpo, me fazendo desligar da realidade e voltar a dormir.

Tão confortável estava eu, deitado naquele colchão mergulhado em mais sonhos diversos que minha mente apagou com o tempo, uns tinham haver com escola, outros com minha irmã, Natalia metida em problemas com seu namorado Daniel. O único que eu me lembro era sobre eu, sozinho, em um campo colorido. Uma visão inesquecível de um eterno sonhador, logo depois naquele mesmo sonho aparecia uma mulher linda ao meu lado, com uma pele pálida, cabelos claros e um vestido. Ela se aproximava com um olhar sedutor. Me encarava sentada do meu lado direito. Eu ficava ali, parado, apenas admirando tal beleza, que na suavidade lhe tocava nos ombros, até deitava em minhas pernas enquanto ficava deitado apoiado na arvore. De longe escuto –Acorda Julien!! –Ainda entretido no meu sonho sem querer acordar e nem mesmo diferencia-lo da realidade. –Acorda idiota, vai se atrasar pra aula Julien!!

Devagar vou despertando, enquanto sinto as mãos de Andreia em meus ombros, eu abro um de meus olhos e me assusto com a luz que penetrava em meu rosto, causando um grande e devastador incômodo, fazendo com que eu fechasse novamente eles, espero meu corpo acordar e sinto sair uma lagrima fugindo de meus olhos. –Já está na hora da escola? Pensei que começasse uma e meia. –Estranho usando um de meus dedos para tirar sujeira dos olhos e um fio de cabelo que grudou ali, incomodando minha vista.

–São duas horas. Aliás, você ronca mais que um porco, na verdade, os porcos sentiriam inveja, serio mesmo!! –Sorri sentando ao meu lado com um copo de agua na mão direita e na outra um pente para usar em seus longos cabelos pretos. –Você precisa ir rápido, sabe que se chegar depois das três, sem chance de entrar né?

–Como sabe? –estranho levantando do colchão e a passos firmes indo para o banheiro.

–Olha, não fica puto, mas você estava dormindo tão lindamente que eu não consegui te acordar. Eu liguei para a escola e vi até que horas dava para te deixar dormindo. Diz ai, eu sou um ótimo amigo não sou? –Sorri levantando da cama fazendo pose de superman com as mãos na cintura.

–Você o que? –A raiva então bateu, virei de frente para Andreia bravo, encarando ela.

–Eu não resisti, você estava muito bonitinho, tirando os roncos que pareciam com os de um dinossauro durante um parto. Mas se não pensar nisso isso estava ótimo! Na verdade... Também estava babando no meu travesseiro de um jeito bem nojento. Pensando bem... Não estava nada fofo, acho foi ilusão minha!! Entende? –Olhou para cima com as mãos no queixo pensando no que fez.

–E agora o que a gente faz? –Grito preocupado, enquanto escovo os dentes, deixando cair espuma de pasta no chão do quarto.

–Primeiro de tudo. –Explica com o dedo levantado. –Para de gritar comigo. –Retribuí o grito. –Segundo: Meu pai deixou a moto dele comigo e com as chaves, talvez eu tenha roubado mas quem se importa? a gente chega lá em uns minutos.

–Perfeito, vamos nessa. –Corro para a porta de casa ainda usando apenas uma cueca de pijama. –Espera, minhas roupas...

Então eu me vesti bem rápido, Andreia pegou as chaves e montou na moto e montei atrás dela. Assim ligou a moto e saiu a milhão enquanto eu soltava gritos de diversão misturados com adrenalina. Ela acelerava um pouco e diminuía, aquilo já ficava assustador, mas não posso negar que estava me divertindo, estava incrível, jogar vídeo game, comer besteiras, dormir na casa dela, conversar eram coisas das quais não queria me desapegar. Minha melhor amiga é ótima. A cada rua que ele virava era um berro que eu soltava, segurando nela firme e rindo sem parar, diminuiu a velocidade, então tentei pegar forças e parar de rir, assim que me acalmo, a velocidade aumenta e um grandioso grito é soltado por nós. Mas não era um grito qualquer, era um grito de adrenalina, de alguém que não se imagina em outro lugar. Ela chegou na rua da escola e parou, ainda estava com um monte de pessoas do lado de fora, então observo bem. –Andreia. –Estico o “a” tentando entender aquela situação. –Por que tem uma galera aqui ainda se são duas e meia?

–Duas e o que? Olha, você deve estar com sono, eu falei “Meio dia” e não “Duas e meia”. O calor deve ter abafado minha voz. –Tentou disfarçar com um biquinho nos lábios, desviando seus olhos dos meus.

–Cara são está fazendo 5 graus aqui fora. –Retruquei com uma expressão séria e uma das mãos na cintura. –Você me enganou para que eu me ferrasse.

–Não, te enganei para que você se divertisse. –sorri me dando um abraço. –Me fala uma coisa que pertença a sua zona de conforto que tenha te divertido tanto como hoje.

–Você tem razão, temos que fazer mais vezes. Vai que da próxima vez eu caio da sua moto e tenho uma concussão cerebral ou morte súbita. –Ri e retribui tímido o abraço da amiga.

Ao olhar para traz os olhos de Andreia se abriram, suas pernas ficaram bambas e ao seu redor tudo pareceu melhor, tudo isso ao ver Isabelle Morbes, filha do diretor rico da escola, a menina é linda mesmo, reconheço!! Tinha um cabelo ruivo perfeito, usava um óculos que destacava sua beleza, suas roupas eram todas de marca o que deixava forçado... E sexy!!  Não era a garota mais alta de todas mas está valendo aqueles 1,66. Andreia de boca aberta anda devagar até ela, tudo parecia lindo enquanto eu o seguia; –O que está fazendo cara? –Pergunto preocupado com um riso temerante ao amigo.

–Por que escondeu uma gata dessas esse tempo todo? –Fecha sua boca e cutuca o braço dele se aproximando da garota.

–Olha eu acho que ela não é lésbica. –Indico para certificar-me de que Andreia não faria uma burrada.

–Querido... Sabe quem eu sou certo? –relembra para se exibir.

–Você é Andreia Glass? –Questiono a mim mesmo duvidoso e confuso.

–Isso, eu sou Andreia Glass!! Se ela não for lesbica... Ela será. –Afirma sem pensar duas vezes para impor seu desejo e sua autoconfiança.

Então Andreia se aproxima tentando invadir o círculo de amigas com a velha desculpa estilo Andreia Glass. Normalmente ela usa coisas mais diretas, mas de longe ela percebeu que a garota poderia ser especial. Andreia suspirou e continuou e assim que chegou perto pensou em algo para falar sem ser chato pra ninguém ou parecer mal intencionado, mas é claro que nunca queria parecer um mané. Então Andreia ficou em meio termo; –Olá, não pude deixar de notar seu lindo óculos, ele envolve todo o seu rosto. –Mas meio termo nunca deu certo com Andreia, como perceberam, foi um mané bem discreto. –E qual seria o nome da dona?

–Isabelle... –Responde em vocabulário seco e rude.

–Ah, entendo. –Afirmou duvidoso, mas na verdade ela não entende, ninguém entenderia a grosseria repentina de Isabelle Morbes. –Mas então acabo de chegar aqui e estou com muita sede, pode me ajudar a achar o bebedouro?

–Claro vamos lá! –puxa Andreia para o corredor, caminhando até o lugar certo, passando ao lado de diversas portas estranhas e escadas. –É aqui!! Beba o quanto quiser, pode me deixar em paz pra eu voltar pra minha vida?

–Sua vida que inclui contrair DST e mandar em pessoas que te admiram pelo que você tem? Até parece divertido, mas a vida vai um pouco além disso. –A real então foi mandada pela primeira vez a Isabelle.

Isabelle então, bem devagar se vira, mexendo em seu cabelo, joga ele pro lado. Então ao ir para as ruas em frente ao colégio se depara com um mendigo. Sem ninguém ver, retira cinquenta reais de sua carteira e entrega rapidamente ao homem. A felicidade nos olhos dele era inexplicavelmente belo, era como se esperança ainda existisse. De longe e confusa, Andreia observava tudo sem tirar os olhos um segundo. Enquanto se dirigia a mim para se despedir antes que a aula comesse. –Julien estou indo! Até mais cara.

–Okay, eu te ligo hoje à noite quando chegar em casa. –Afirmo com um sorriso e o olho esquerdo semifechado sendo afetado por raios solares, que iluminavam meus cabelos loiros e minha pele bronzeada.

Em meio a tantas aulas, eu aguardava no corredor a chegada de um dos meus professores, do meu lado esquerdo havia uma garota, seus cabelos compridos que voavam sobre o vento, suas roupas eram simples, porém me chamaram atenção, ela era linda e me observava de longe, seu olhar era tímido. Nunca havia visto ela por aqui, parecia nova, não soube ao certo descreve-la, mas era linda, o sol atravessava a janela e penetrava seus olhos pretos e brilhavam em seu cabelo castanho. Depois de tantos elogios mentais e troca de olhares, o mínimo que eu poderia fazer era perguntar seu nome. Ela estava um pouco longe mas devagar eu caminhei até ela. Parecia fácil, meus pés se travaram quando percebi que não fazia ideia do que falar, não pensei duas vezes ao pegar meu celular e discar o número de Andréia, discretamente colocando o celular no ouvido e me jogando na parede de costas para ela. –Andréia!! Preciso da sua ajuda.

Andreia preocupada começa a falar. –O que foi cara? Você está bem? –Fala com a voz angustiada. Ao atender, em sua mente se bolou vários cenários macabros e sexuais.

Logo eu senti vergonha alheia, não sabia o que dizer, impaciente ficou Andréia com o silencio penetrava nossa conversa. –Fala logo cara, você está bem?

–Bom... Como se faz para falar com garotas? –sussurra no telefone de frente para a parede. Encolhido.

–Está falando sério? –Questionou Andréia sobre o ato do amigo no momento.

–Está falando sério? –Repetiu a garota, de cabelos castanhos cujo nome eu não identificava.

Logo um susto eu tomei, e uma vergonha que eu não sabia explicar tomava conta de meu corpo que eu o sentia bambo. A garota ouviu tudo e eu ficava ali sem saber o que dizer, eu me senti um fracassado. Não que eu não fosse um antes, mas antes ninguém se importava com a minha existência, diferente de uma garota notar isso com um sorriso parada na minha frente. Eu observava querendo enfiar minha mochila na cabeça, mas isso não iria resolver meus problemas, e Andréia aguardava no celular. Era como se eu estivesse paralisado com o ocorrido, mas logo tentei disfarçar o fato de que não sabia como chegar em garotas; –É... Eu tava pedindo ajuda porque... Eu queria falar com a........... –E logo um silencio tomou conta de mim, tornando difícil o pensamento, mas olha, quem diria, o tagarela Julien Mitch não saber o que falar, mas logo me ocorreu uma desculpa; –A minha mãe, é isso, eu preciso saber como falar com minha mãe.

Ela apenas me olhava com um riso de canto, eu pensei que estivesse tirando onda com a minha cara, ela não dizia nada, ficou me olhando com uma expressão de graça enquanto devagar ajeitava seu uniforme, assim que enfim ela decidiu acabar com as minhas duvidas, antes que eu começasse a suar. –Bianca... Meu nome é Bianca. Prazer!! E o seu nome é?

–Julien!! Julien Mitch. –Logo eu soltei um pequeno sorriso no canto da boca, aliviado por não estar sendo alvo de zoeira de uma garota, eu nunca esperei algo diferente de uma garota bonita, mas nem tudo é o que a gente pensa. Eu achava que tudo ia ser como Heath Ledger, em “10 coisas que eu odeio em você”, é mas eu felizmente não estou tento problemas com a garota. Vamos ver em que vai dar!!

–Você é engraçado, a minha aula vai começar!! eu falo com você depois então, acho melhor não deixar seu amigo falando sozinho. –Solta um pequeno sorriso passando pelo meu lado.

–Ah, não... Não é bem um cara. É uma garota. –Fala confuso. –Droga não devia ter mencionado essa parte né?

–Talvez. –Afirma com uma careta, rindo da situação, enquanto entra na sala.

Ao ver ela entrando devagar coloquei o celular no ouvido continuando a conversa com Andréia. –Cara, agora ela acha que eu sou um mané. Pedindo conselhos a uma garota.

–Primeiro: Eu sou mais homem que você; Segundo: Por que não chamou ela pra sair? –Grita no telefone.

Logo então, desliguei o telefone, voltando a minha aula. Aquele momento me surpreendeu. Neste colégio eu estou acostumado a lidar com falta de respeito e a opressão social. A única que tem respeito social é Isabelle e quem ela escolher, ela decide quem merece respeito ou quem merece apanhar, eu no caso fui a segunda opção. Aquela vac... Aonde eu estava? Ah sim, falta de respeito social: Me perseguiu por um tempo, mas a popularidade e o respeito é um luxo que eu não tenho, mas é um luxo que não me faz falta ao longo da vida. Só de pensar que posso ser igual a ela, me bate uma depressão. Ela não me causa nada além de nojo e um desejo intenso de suicídio moral. Então é bom para mim não ser idolatrado pelos jogadores da escola como ela é. Não vou planejar vingança, a minha vingança está em minhas conquistas, em meu futuro!! Isso sim é uma verdadeira vingança: Você saber que fez, o que ela não fez durante toda sua vida enquanto ela tentava te destruir e então, teve o futuro que ela sonhava em ter em meio a tanta humilhação e desordem escolar e quando ela me perguntar “COMO CONSEGUIU?”, eu sussurrarei em seu ouvido “ EU FIQUEI ATENTO EM MINHA VIDA”... E assim virarei as costas para a pobre Isabelle, profissionalmente destruída e sem planos. Não seria fácil pra mim... Portanto necessário!!

Enquanto isso na casa de Andréia, ela tentava descobrir quem era o perseguidor que mandava as supostas mensagens ameaçadoras. As mensagens eram doentias “Seu suicídio não será em vão”, essa foi a última que ele mandou, Andréia tentou ameaçar ele com algo tipo “Meu pai acaba com a sua vida, seu babaca”, mas ele é esperto e fala bem, usa uma conta anônima, sem fotos e nome falso. Logo cansado de esperar Andréia não resistiu em tentar descobrir mais sobre ele: “Então eu te magoei... O que fiz pra você me odiar?”. Um mistério então tomou conta do clima, enquanto ela pega uísque na geladeira e coloca com violência sobre a mesa, com as mãos no rosto preocupado com algo que nem eu saberia o que era. Logo seu celular vibrou, e ela não resistiu em ver as mensagens que o perseguidor enviava.

“Não te odeio, sou seu fã!!      Quem te odeia mesmo é a Vitoria. Haha e vai odiar mais.” Andréia logo sente uma dor em sua barriga o confundindo. Afinal, como o perseguidor misterioso sabe quem é Vitoria. –Ele está por perto. –Replica enquanto tira a tampa da garrafa e sem usar copos, começa a beber sem medo de ser feliz. –Você está vendo seu idiota. –Pergunta gritando. –Gosta de ver eu me destruir? –Bebe um gole do uísque, deita a cabeça na mesa e logo começa a chorar e assim passa o resto da tarde. Afogado em lagrimas e sentimentos, mas a pergunta que não quer calar é: Quem é “Vitoria”? Um mistério ainda não descoberto por ninguém.

E eu!! Chegando em casa, após três aulas de química, entro devagar para não acordar meu pai que caíra de sono no sofá velho, caminho em direção ao meu quarto, empurro a porta que se localizava quase fechada, vejo minha irmã no celular trocando mensagens com seu namorado Daniel, logo deito em minha cama ao lado da dela.

–Isso pode ser insignificante na sua vida agora mas eu cheguei!! –brinco soltando de leve um sorriso e pulando na cama.

–Insignificante não, cansativo talvez! –Afirma Natalia em tom sarcástico.

–Por que não joga uma pedra na minha cabeça enquanto eu durmo? –viro minha cabeça para a parede.

–Porque eu amo você e não quero que pare de me perturbar. –ela então larga seu celular se despedindo de Daniel, e logo sobre em cima de mim distribuindo cocegas em minha costela. Me contorço e a seguro, contendo os dedos dela.

–Eu preciso dormir. E sonhar!! A realidade já está muito difícil para o momento. –Então eu fecho os olhos e me imagino ao redor de uma fogueira, sentado de costas para o mar, balançando meus dedos dos pés com suavidade enterrando eles em uma areia, ao meu redor tenho amigos e família correndo fazendo guerra de areia. Logo essa imagem se prolongou se tornando um sonho enquanto eu dormia. De longe me aparecia o pôr do sol, meus olhos se fechavam e eu observava os meus lados sentindo nada mais e nada menos do que... Energia positiva!! Era um sonho melhor do que o outro, cada um com sua maneira mais profunda e realista de agir sob minha mente maluca.

Andréia ainda não parava de receber mensagens, mesmo assim não deixava de ignora-las, as vezes ela imaginava estar sendo observada, assim mostrava o dedo para as janelas, e bebia, bebia, bebia e bebia. Era bebida demais até para uma garota de 17 anos, mas ela não parava, parecia que sempre que olhava o celular batia cada vez mais uma depressão intensa. Ele então começou a olhar fixamente para o celular, e no mesmo havia uma foto de uma garota loira linda. Lagrimas descem pelo seu rosto e na mesma ele levanta chutando a cadeira. Pega suas chaves e caminha a passos firmes até a porta.

Eu dormia sem saber poder ajudar, porem ela era minha melhor amiga, eu deveria fazer algo, mas ao invés disto eu sonhava com o que eu pensava ser o mundo perfeito, a perfeição deveria ser encontrada nas pessoas com quem você divide momentos perfeitos, e isso eu e Andreia temos muito. Como quando fomos a praia e ela me derrubou na areia e me enterrou; Ou quando a gente fez uma sessão no psicólogo para resolver uma briga entre nós. Assim que ela viu que éramos idiotas de brigar por coisas infantis, Andréia ficou com a psicóloga.

E agora... Estou aqui sonhando. Sonhos deixam de ser importantes quando os colocamos a frente da verdadeira felicidade!! Eu nem mesmo imaginava que algo sério poderia estar acontecendo com Andréia, mas ainda sim me subia um vazio dentro de mim, eu sabia que algo estava errado mas ainda assim preferi ignorar. Idiota!!

Assim ela para em frente a uma casa grande e bonita, começa a socar a porta branca e soltar gritos. –Vitoria!! –Tropeça e encosta seu rosto na maçaneta da casa ficando de joelhos encostados no chão. Um bilhete lhe aparece passando por de baixo da porta, ele encosta no papel devagar e o abre, e assim começa a ler, “Eu tenho que seguir em frente e ser feliz, me deixe em paz”, ele então segura sua tristeza e soca o chão duas vezes seguidas, dois pingos de agua caem do céu sobre o papel no chão os joelhos de Andréia ficavam vermelhos apoiados na calçada, outros pingos caem ao redor dela atingindo a mesma, o que causava uma sensação de derrota, ao se sentir perdida, ela decidiu se perder mais, logo ela caminha até o bar, com raiva  e compra a maior garrafa de tequila e começa a beber, ao seu lado um cara, com uma aparência de alguém de vinte e seis anos o observa; –Você parece mal!! –Ele se vira e olha Andréia. –Precisa de ajuda?

–Cai fora. –ela virou a garrafa daquela tequila e bebeu como se fosse a ultima.

O Misterioso cara aproxima a cadeira; –meu nome é Gustavo, prazer.

–Cara, eu não te conheço, poderia me deixar em paz? –Retruca Andréia furiosa e irritada.

–Como não me conhece? Sou seu fã. –Gustavo então deixa escapar um sorriso assim ajeitando seu cabelo preto curto.

Andréia então olha confusa, reconhecendo a fala do maníaco que a perseguia, então ela larga a garrafa no balcão. –É Você? –levanta do banco e se vira até a porta.

Gustavo puxa seu braço antes que ela faça algum movimento, ele então levanta. –Acredita que pode mesmo ser feliz? Ela te abandonou, sua família está aqui? Cadê todo mundo?

–Eu posso ser feliz, eu tenho o Julien... Eu tenho o meu irmão, ele está viajando com meu pai, mas eu tenho ele, eu tenho pessoas que se importam. –retruca puxando o braço e indo em direção a saída. 

–Que fofo, aposto que acredita que isso é verdade. –Segue ela até a saída.

–Isso é verdade. –afirma e encosta na porta de um carro qualquer e fica parada olhando para a própria mão que se fechava conforme a raiva.

– Nathan não está só viajando com seu pai, ele também está fugindo de você, e se o que diz é verdade, estaria em qualquer lugar que não fosse um bar, mas olha pra você... Acabado!! –Ri tocando nos ombros de Andréia.

Andréia se vira. –Tira a mão de mim. –ela, valente e forte como eu sempre acreditei que ela era atacou ele com um soco no olho. –E agora? Quem é fraco agora? –Ela o segura pela camisa e o derruba no chão mostrando que as aulas de karatê e judô valeram a pena.

–Ainda é você, eu estou no chão, mas quanto mais você me bate, mais a vida bate em você, saiba que eu nunca perco... Nunca!!

–Está perdendo agora. –Ela então com mais força soca o rosto de Gustavo que começa a sangrar pela boca que havia sido cortada em seu aparelho.

–Sabe o que sangra mais que meu rosto? –Pergunta com sangue escorrendo pelos dentes. –Sua alma!!

Andréia o deixou no chão machucado, e caminhou devagar até a rua, pretendendo ir pra sua casa, ignorando o fato de estar tonta. Gustavo ainda tenta levantar e de joelhos ele grita. –Você daqui um tempo não vai ter nada além de uma arma, ai então não vai se importar em dar um tiro na boca, babaca!!

Andréia antes estava triste, agora sim ela está com raiva, sua vida inteira nas mãos de um perseguidor, tudo está fora de controle na mente dela. E com razão. Mas ela é forte lá no fundo, eu acredito nisso, sem incertezas. Ela sempre sobreviveu a dificuldades, encarando elas de seu jeito, mas sobreviveu!! Mas assim mesmo ela segue até sua casa, quando acaba de chegar encontra seu irmão na sala dormindo e logo vai para o quarto, acende um cigarro e bebe muito mais a tequila de seu pai que ela havia pegado quando o mesmo não estava.

Ele então sente um incomodo no interior da barriga, vomitando em seguida nos próprios pés, sua bituca é jogada por si mesmo no chão do quarto. Ele assim sente seu interior todo dolorido, olha de longe a porta, com suas pernas bambas ele tenta se levantar, mas não tem susseço, cai com o rosto no chão e sua dor aumenta a cada segundo. Começa a gritar. –Nathan!! Me ajuda, irmão!!

Nathan acorda e ouve os gritos repetidos, então corre em direção ao quarto preocupado, logo encontra sua irmã caída no chão sem nem conseguir citar uma frase, era uma dor incontrolável, Nathan grita para o seu pai que dormia sem ouvir nada através de paredes grossas.

Sem saber o que fazer ele a leva para o carro e dirige em direção ao hospital. E assim aparecem cada vez mais dúvidas como: “O que esse perseguidor sabe sobre Vitoria?”, “Quem é essa garota?”. Mas a minha maior duvida mesmo é: O que aconteceu com Andréia?

Se os papeis fossem invertidos e eu estivesse em seu lugar, ela estaria ao meu lado, no hospital possivelmente dando em cima de alguma enfermeira. Ela teve sempre um ótimo senso de humor então diria algo como “Adios otário”, mas a situação estava grave.

O que será que aconteceu com Andréia Glass? O que será que a espera naquele hospital? Como irei lidar com isso? Será que Nathan estava determinado a saber o que acontece com sua irmã? 

Essas definitivamente são otimas perguntas que serão respondidas, em breve!! Adios otários.



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