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História Entre eu e você - Para sempre amor


Escrita por: Liely

Notas do Autor


"A morte de um ente
querido é uma coisa
estranha.
É como subir a escada para
o seu quarto no escuro, e
achar que tem mais um
degrau…quando não tem.
O seu pé afunda no ar, e
acontece um grande
momento de grande susto".

- Lemony Snicket
Via Desventuras em série

Capítulo 16 - Para sempre amor


Fanfic / Fanfiction Entre eu e você - Para sempre amor

         Dia 24 de junho de 2016, várias pessoas vestidas com roupas pretas, a maioria com seus guardas-chuvas. Do céu lindamente escuro, gotas d'água fria caíam no chão insistantemente. Não havia conversas, discursos, lamentações, apenas murmuros. De longe, já se percebia o clima triste. Em plena 3 horas da tarde, parecia-se noite de tão nublado que estava.
        Havia somente um garoto - triste - chorando em seu silencio. Ele estava ajoelhado frente à um caixão branco, seus cabelos e roupas encharcados, e os céus davam sinais de que tudo iria piorar, alguns relâmpagos iluminavam por um breve instante. Alguns em meio a multidão já se dispersavam.

      De repente, sai um garoto em meio aos outros, vestido com uma camisa social preta, uma calça de mesmo tom, que constratava com sua pele branca, seus cabelos pretos e cacheados. Se aproxima do caixão e em cima deixa um rosa vermelho, a única flor que havia agora no local. Pedro o olha confuso, afinal, não conhecia ninguém daquele lugar, além de um senhor e sua esposa que venderam sua atual casa para ele e o pai.
       Lucker, o amigo mais próximo que a Lys tinha, logo atrás dele aparece uma garota loira, cujo nome era Maria, com algumas lágrimas nos olhos. Tocando o ombro de Lucker cochicha algo inaudível aos demais, ele apenas assente e os dois vão embora sem delongas.

       Quando o coveiro chega roubando a atenção de todos.

       - Com licença, meu jovem, está na hora de se despedir pela última vez. - O senhor, simpático, toca o ombro do jovem expondo um singelo sorriso, o garoto o olha com olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Uma lástima!
       - Tudo bem, - responde o menino tocando a mão do senhor e forçando um sorriso. Olha para o caixão mais uma vez, aquela caixa de madeira que agora representaria seu fim ainda em vida. Suspira, e por fim sussurra - Eu te amo Lys!

       Pedro levanta e se afasta observando colocarem o caixão em uma cavidade no chão. Uma mulher se aproxima, dona Iara, a mãe dá garota que morrera.

       - Feliz aniversário, querida - O rapaz a observa incrédulo. Era hoje o aniversário de sua garota? Antes que ela pudesse se afastar Pedro a chama.
       - Senhora, por favor - diz aproximando-se  - você....quem é você?
       - Dona Iara, mãe daquela garota - diz apontando para o caixão quase completamente coberto em terra - Por que? E você quem é?
       - Eu... - pensa bem - sou o namorado dela - a mulher se engasga no mesmo instante. *Namorado daquela feia? Impossível.* Pensa a desprezível mãe
       - Como assim? - a mulher continuara incrédula.
       - É que nos conhecemos por pouco tempo - sente-se sem graça e coça a nuca.

         *É uma puta mesmo.* Pensou a senhora

       - Alias, hoje é mesmo o aniversário dela? - Pergunta Pedro.
       - Seria, não é?! Porém ela está morta agora. - diz saindo sem ao menos dizer "tchau".
   
       *Como ela poderia falar dessa forma? Era a própria filha dela.* Pergunta a si mesmo - intrigado - com certa raiva, que o faz cerrar os punhos.

       *Droga, Lys, eu queria tanto me casar com você, af, você era o amor da minha vida... Não... Com certeza você foi o amor da minha vida. Ah, eu te amo tanto,  por que isso tinha que acontecer logo agora? Porra! * Pensava o garoto, com muitas lágrimas em sua face; lembrando-se de momentos juntos à sua amada; o primeiro beijo do casal, que também fora o primeiro de ambos; nos planos que sua mente já criava; queria viver a vida toda apenas ao lado dela, a Lys, única garota que o fazia esquecer de todas as maldades do mundo. Pena que essa tragédia tenha destruído tudo!

       - Eu irei concertar as coisas Lys - Diz Pedro se abaixando para pegar um punhado de terra molhada. - Eu prometo! - seu tom de determinação chegava a ser tenebroso. Infeliz aquele que ousar cruzar seu caminho.

       Pedro passou horas e horas naquele mesmo local, diante da sepultura, planejando oque fazer. A Chuva tinha parado logo após o coveiro sair, restando apenas o rapaz. Já era noite e a lua cheia voltava a iluminar, mas agora no ponto de vista do garoto, ela não tinha mais o brilho especial de antes. Todas as coisas perderam suas cores desde aquele maldito dia. *Talvez, se estivesse com ela no momento, ela estaria nos meus braços agora.* Pensava ele.

     - Eu tenho que ir agora, meu amor, mas juro que resolverei tudo, mesmo se eu precisar vender minha alma. - Seu semblante era sombrio, mesmo com poucas lágrimas em seu rosto.

       Após dito, o jovem se levanta de queixo erguido para fora do cemitério. Passa pelas ruas sem ao menos olhar para os lados. Entra em uma loja, uma das poucas abertas aquela hora, que já estava fechando, mas resolve atender o último cliente do dia. Pedro pega alguns venenos para insetos, e agrotóxicos indo direto para o caixa e depois após pagar vai em direção à rua. Seus passos eram apressados, suas mãos carregavam as sacolas, suas vestes eram totalmente negras, quem o vesse na rua se tremia diante de sua pose.
       Quase chegando em sua nova casa, ao alcançar a última esquina por qual passaria naquela noite, ele avista duas garotas que mais pareciam prostitutas, ao julgar pelas roupas que vestiam e o modo como conversavam. Pedro não deu a mínima importância, não parava de pensar em sua garota que acabara de morrer. Porém, ao passar em frente as garotas, uma delas o chama e a outra apenas ri, o garoto nem se sequer olhou e continuou seguindo normalmente, até que uma delas se levanta praticamente o obrigando a parar. Pela expressão que ele faz, fica explícito que se não fossem mulheres se dariam muitíssimo mal agora.

       - Ei gatinho, espera - agora tenta parecer sensual, colocando a mão no ombro dele, cujo única reação foi a olhar raivosamente.
       - Ah, poxa lindinho! Vem comigo que eu te faço relaxar.
       A garota desce mais a mão a passando por cima do peito de Pedro. Ele fecha os punhos e os olhos, seguido de um longo suspiro. Sacode levemente agressivo o ombro fazendo com que a menina parasse de o tocar.
       - Acontece que eu não me misturo com putas, vadias e idiotas igual à você e a vaca da sua amiguinha - as duas arregalam os olhos - Agora tratem de nunca mais cruzarem meu caminho. - Depois de terminar nem se sequer olha para as duas, segue com passos firmes até a sua casa.

       Ao chegar, sente-se um pouco aliviado. Coloca as sacolas sobre a mesa e se joga no sofá, pensando em tudo que havia ocorrido, a dias que mal dormia preocupado com a Lys que estava em coma, e agora dormiria muito menos.


Notas Finais


Bis dann!! ^^ rsrs


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