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História Entre Mundos - O impossível


Escrita por: Quelquinveiga

Notas do Autor


CAPITULO NOVOOOO

Capítulo 30 - O impossível


Fanfic / Fanfiction Entre Mundos - O impossível

Acordei com uma tremenda dor de cabeça e com a assombração da lembrança que Clarisse ainda está viva, por que é tão difícil eliminar alguém? 

 

Faço um carinho em Drogon que está deitado ao meu lado.

 

— É Drogon, sua dona está enfrentando sérios problemas e não sei resolver nenhum ainda. - me deito novamente com a mão na testa, olhando para o teto e refletindo.

 

O vilarejo está na miséria, vários pessoas estão passando fome, feridas, crianças foram capturadas e o que a Miko está fazendo? Está com o rabo sentado, ditando ordens que não resolveram nada, ao menos ela tentasse visitar os vilarejos para ver a realidade. Eu preciso fazer algo, mas eu não posso simplesmente chegar até a Miko e gritar com ela, olha que eu teria muitas coisas para dizer.

 

Agora é melhor focar na terapia que vou ser obrigada a frenquentar. Levanto e me arrumo para ir fazer minha consulta e me livrar de uma vez disso, já perdi a manhã toda. Vou até a enfermaria e procuro por Ewelein.

 

— Ewelein!? - a chamo.

 

Após alguns segundos ela surge de trás de uma parede.

 

— Olá! Você deve ser a Hope, muito prazer. - ela estendeu a mão e a comprimento.

— Podemos fazer a sessão agora? - pergunto direta.

— Oh! Claro. - ela senta num sofá e indica que eu sente ao seu lado.

 

Dou um sorriso amarelo tentando ser simpática.

 

— Então Hope, pelo laudo que me passaram você passou por muita coisa desde que chegou aqui, como está se sentindo com tanta informação, como se sente por estar vivendo está vida que é tão desconhecida para você? - Nossa ela é forte, nem enrolou, foi direto a pergunta objetiva.

— Bom... no começo eu achei tudo muito complicado, mas agora acho que me adaptei bem. - digo nem um pouco sincera.

— Hope, você pode deixar sua armadura lá fora, mas a parti do momento que entrar aqui tem que ser você mesma, eu entendo que lá fora você precise passar a imagem de mulher forte e adaptável por causa que entre nós está indefesa, porém tem que ser franca, vim aqui para se enganar não vai fazer que se sinta melhor, então podemos fingir que eu acredito no que você está falando ou pode ser franca comigo e termos uma conversa produtiva, eu prometo que o que é dito aqui não sairá daqui. - ela me estapiou e eu pensando que era uma boa atriz, ela disse com uma serenidade, por que essa mulher tem que ser tão genial?!!

— Ok, vou tentar novamente, vem sendo um inferno desde que cheguei, tem momentos que supero, que consigo me sentir confiante, mas isso dura tão pouco, as confusões voltam, a saudade de casa, o medo e me incomoda saber que escondem coisas de mim e a forma como esse mundo vive. - digo lembrando de tudo que vem me ocorrendo. - E ainda passei por um abuso. - Disse abaixando minha cabeça envergonhada.

— Hope, eu posso imaginar como você está se sentindo, uma dor constante... Não só pela sua vida que mudou completamente, mas sim pelo o que você vem sendo obrigada a enfrentar, tenho noção nesses meses que já esteve aqui teve que aceitar e fazer coisas no qual não concordou e não gostou e sobre o abuso, não se sinta envergonhada ou culpada, Incubus é um demônio e seu mal é abusar mulheres para carregarem seu mal, você não é o problema, você não errou em nenhum momento. - apreciei cada palavra que me atingia intensamente.

— É você pode imaginar minha dor, vivê-la está sendo uma tortura, é trabalho todo dia, pressão, saudades de casa e ninguém confia em mim, sempre estão duvidando e me testando constantemente, isso é enlouquecedor, não sei o que querem de mim ou o que esperam de mim, nem eu sei o que esperar de mim. - explodi. 

— Essa pressão que está sentindo só te trás visões negativas a respeito de sua vida agora, entendo sua aflição por ver que todos, especificamente a Miko te testam por ser nova e de uma espécie de fada que ninguém conhece e isso te assustar, você está na busca por sua identidade, essa nova pessoa que você se tornou, tem que fazer essa procura da melhor maneira que puder lidar, vamos calcular... não teve ninguém que valeu a pena conhecer, não se sente bem com ninguém que conheceu aqui em Eldarya? - me perguntou.

— Sim, eu fiz ótimas amizades tem os chefes das guardas e fora delas tem o Chrome, Mery e a Kareen. - digo pensando neles.

— E você acha que eles não te apoiam o suficiente? - ela me questionou.

— Bom... Nevra tentou muito me animar depois do que ocorreu com incubus, Ezarel não é forte em consolar, mas está sempre a me fazer rir com suas piadas, Valk ele sempre fala algo para aumentar ou incentivar minha alto estima, Kero e Ykyar me ajudaram muito no começo, agora infelizmente andam muito ocupados, Chrome somente me surpreende, Mery é uma criança adorável, quando estou com ele lembro de meus irmãos e tem a Kareen que acabei de conhecer. - digo reparando o quanto sou egoísta em não reparar como estão ao meu lado.  

— Você não pode julga los por terem dúvidas sobre você, mas deveria considerar por eles estarem ao seu lado, deveria se apegar mais a esse sentimento de amizade. - disse ajeitando seu óculos.

— Você tem razão, por mais que tenha muita coisa errada, ninguém faz nenhum mal a mim... Mas tem mais uma coisa. - ela me olhou curiosa e fez um sinal com a cabeça para que eu prosseguisse. - Eu não concordo com o jeito que a Miko governa, o modo como ela não interfere em outras vilas para ajudar, não se importa se estão vivendo na miséria, não se importa se as pessoas estão felizes, você tem noção do quanto são infelizes? - digo sem pensar, era tarde demais seu rosto já estava fechado numa careta.

— Por que acha que somos infelizes. - então era isso? Eles se consideram felizes? Será que eles têm noção do que ocorrem nos vilarejos vizinhos?

— Ewelein você já saiu desse QG? - perguntei.

— Sim, já fui à diversas ilhas dos nosso continente. - disse ainda sem entender o que isso tinha haver.

— Mas você sempre ia para as bases? - perguntei novamente.

— Sim, como visitante do centro devo ficar nas cidades bases. - Disse com normalidade.

— E nunca passou por sua cabeça em ir visitar vilarejos vizinhos? - Perguntei já indignada.

— Não, todos aqui se limitam pelas ordens de Miko, curiosidade às vezes é bom satisfaz nosso desejo, porém ela também tem um pé na sombra. - me explicou.

— Uma ova! Por Madalena vocês são cegos assim mesmo ou simplesmente não se importam? Sabe quantas pessoas estão sofrendo? Apesar de vocês terem uma vida razoável aqui no QG eu não chamaria de felicidade, nem aqui, nem lá fora, vocês estão tão obcecados por reatar o cristal e destruir os rebeldes que mal perceberam que eles já lhes derrotaram a muito tempo. - digo em pé em fúria.

 

Ewelein me olha assustada, sem reação, parece que dessa vez ela realmente não tem nada a dizer, eu só sinto meu corpo ferver, eles são tão molengos, palavras não vão resolver o caso das crianças desaparecidas ou centenas de criaturas feridas ou a miséria que está percorrendo Eldarya.

 

— Hope calma você está muito alterada, você saiu de Él? - ela disse se levantando e se aproximando com cautela.

— SIM EU SAI! - grito. - E ME DEPAREI COM COISAS HORRÍVEIS, QUE NINGUÉM ESTÁ SENDO CAPAZ DE MUDAR! - continuo com meu gritos.

— Hope, você precisa liberar está energia pesada que está dentro de você, vamos tomar um ar e conversar melhor sobre isso, está muito sobrecarregada como fosse explodir, prometo lhe ajudar com a Miko, se tudo o que diz é tão horrível assim, nós vamos dar um jeito. - ela me olhou chegando mais perto com cuidado.

 

Eu senti uma imensa dor de cabeça, meu corpo pesava, fiz a primeira coisa que me veio em mente, corri. Corri sem saber para onde eu queria ir, apenas queria sair do QG, nem sabia se Ewelein estava me seguindo, não parei para olhar. Minha vista estava embaçada mas notei que estava na colina, com a respiração acelerada ajoelhei no chão me apoiando com as mãos, o que está havendo comigo? Essa dor no coração. Uma redemoinho se faz a minha volta e só enxergo poeira agora, coloco o braço na frente de meus olhos.

 

— HOPEEE - ouço a voz dela.

— Ewelein??? O que está acontecendo??? - pergunto desesperada sem saber o que fazer, tento me levantar mas caio, o vento está muito forte.

— Acho que são seus poderes, você não sabe controlá-los, está fora de controle. - ela tenta me explicar.

— Ok, entendi, mas idai??? O que eu faço??? - pergunto jogada no chão querendo sair dali desesperadamente.

— Sinceramente eu não sei. - Ela falou meio perdida e mal por não poder me ajudar.

— Ótimo. - grito ironicamente.

 

Levanto com muita dificuldade, eu não sei o que fazer, então apenas farei, levanto minha mão e tento sair para fora do redemoinho, falhei ao chegar perto fui jogada longe novamente. 

 

— DROGA! - digo olhando para minhas mãos. - Concentre se. - digo pra mim mesma, levanto e fecho os olhos, fico alguns segundos sentindo aquele furacão que levantei ao me redor, sinto sinto sua euforia, a minha euforia, como é forte, abro os olhos. - AHHHHHHHHHHHAHHHHHHHHHHH - grito com toda a força e levanto minhas mãos.

 

O impossível aconteceu, a poeira do furacão virou pó dourado e cobriu toda a colina, eu me ajoelhei na grama e por instinto pus a mão nela, senti em minhas mãos o poder sair sobre elas e a minha volta plantações começaram a crescer, muitas plantações, eu levantei pausadamente maravilhada, o pó ainda flutuava pelo local, essa é coisa mais linda que já vi na minha vida, uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

 

— Seus olhos, suas asas, você como?! - ouvi a voz baixa, sua feição era assustada, olhava para tudo sem acreditar no que realmente via.

— Olhos? Asas? - eu perguntei não entendo o que ela quis dizer.

— Sim seus olhos brilharam, verdes como se estivessem vivos e suas asas apareceu por instantes. - ela disse ainda abalada por tudo.

— Eu não compreendo como fiz isso tudo - digo olhando para o pé de batata que cresceu, vários tipos de plantações.

— Hope você é mais poderosa do que nós pensávamos. - Agora finalmente consegui ver uma reação no rosto de Ewelein, sorria feliz.

 

Eu também sorri em felicidade, eu deixei uma parte do solo de Eldarya fértil, agora temos alimentos.

 

— O que houve aqui? - escutei uma voz dura e irritada, quando me virei era Miko que agora estava assusta e surpresa com o que via. - Por deuses, o que é isso? - ela disse deixando seu cajado cair no chão e pondo a mão em sua boca.

— Hope fez isso Miko. - Ewelein falou e Miko focou sua atenção a mim, ela parecia pensar muito, por que estava me analisando profundamente.

— Miko? - chamei seu nome para vê se saia do transe.

— Como fez isso? - ok, eu esperava um obrigada, mas eu esqueci que estou falando com a Miko.

— Eu não sei. - digo a verdade.

— Não é possível que você nunca saiba de nada, eu vi aquele redemoinho vai me dizer que não sabe também? - falou grossa.

— SIM EU TAMBÉM NÃO SEI! - grito. 

— Sai da minha frente. - ela falou e antes de passar por mim eu dei um piso forte no chão e uma parede de caules espinhosos cresceu em volta da plantação. - Agora eu sei o que eu fiz. - digo a desafiando.

— Hope, não se meta comigo. - diz ela fechando os olhos para não perder a calma. - Desfaça. - Mandou.

— Não! Eu tenho algumas propostas a fazer. - digo cruzando os braços confiante.

— Propostas? - sua paciência se foi, ela me empurrou no chão. - Como ousa me confrontar? - Perguntou e fogo azul saia de suas mãos, sua raiva era nítida, ok! Não vou negar, bateu um medinho. 

 

Quando ela ia lançar fogo em mim eu já tinha levantado a mão para me proteger e dessa vez não senti um pingo de magia, mas mesmo assim a levantei, na hora escutei um rugido de dragão, olhamos para o alto surpresas. Drogon meu mascote estava enorme, devia estar com uns 70 metros, ele pousou e se colocou entre eu e Miko e rosnou para ela. 

 

— Drogon!? Como cresceu tão rápido garoto? - toquei nele e ele me olhou protetor.

 

Miko estava com os olhos arregalados, hoje não é o dia dela, Drogon abaixou a cabeça e subi em cima dele. 

 

— Miko se não aceitar minhas propostas e vou voar com Drogon e queimarei tudo, não estou blefando quando digo que não faço ideia como fiz essa plantação crescer. - digo firme, segurando meu olhar ao seu.

— Tudo bem! O que você tem a oferecer? - disse com raiva se rendendo, mas sem sair da sua pose de líder.

 

Desci de Drogon e como mágica ele voltou ao seu tamanho normal, estou gostando cada vez mais do meu mascote. 

 

— Eu não quero mal a sua terra, nem a seu povo, quero ajudar, por que dúvida tanto de mim? - pergunto deixando de lado a minha raiva.

— Confiança não é algo que distribuímos é algo que se é conquistado, me surpreende você não saber, já que este ditado vem de sua terra. - diz dura.

— É, mas eu venho sendo extremamente fiel a vocês. - me defendo.

— Será? Por que não nos disse que o mascarado lhe libertou do calabouço, no seu primeiro dia aqui? E a essa altura tenho certeza que sabe, que ele não é amigo da guarda. - infelizmente eu não tinha resposta para isso, mesmo quando estou por cima Miko consegue me tombar. - Não quero ouvir suas desculpas agora, apenas diga o que quer.

— Agora que teremos alimentos suficiente, podemos chamar os vilarejos e ilhas vizinhas para comemorar... 

— Comemorar com seus filhos desaparecidos? - pergunta querendo estragar minhas ideias, droga ela não facilita para mim.

— Sim... quer dizer não, podemos enviar guerreiros aos vilarejos, quebrar esse padrão de nunca ir até lá, mostrar esperanças a eles e sim festejar, sabe o quanto seu povo é infeliz? Qual foi a última vez que pararam para dançar? Ouvir uma música ou simplesmente ficar em paz? Os jovens não saem, não se apaixonam, os pais não criam seus filhos de maneira certa e as crianças não brincam, se continuar assim, os rebeldes já ganharam a guerra, por que tiraram toda a vida que essa terra tinha. - digo triste e com olhos fixos no de Miko para que ela entenda o que quero dizer.

— Quer criar um festival? Certo, crie!Mas você será responsável por tudo, vou separar um comitê para te ajudar e sobre os vilarejos podemos fazer umas visitas, mas as buscas pelas crianças perdidas ainda serão de minha responsabilidade eu resolverei isso e você apenas obedecerá. - diz mandona.

— Feito. - digo aceitando e estendo a mão para selar nosso acordo e ela o aperta.

— Agora abaixe esse muro antes que eu atire meu cajado nessa sua cabeça. - diz e por incrível que seja achei até graça nesse comentário e posso jurar que vi um sorrisinho em seu rosto. 

 

Me virei para o muro levantei meus braços, abri as mãos e senti meu poder sair delas e os galhos foram saindo aos poucos, olhei para Miko que já não tinha a atenção em mim, somente na plantação a sua frente, parecia estar emocionada, entrou para dentro sem olhar para trás, uma mão foi posta em meu ombro.

 

— Você nem percebe a mudança que está fazendo. - era Ewelein, nossa para mim ela estava até morta já que não fez nada esse tempo todo. - Vamos deixe a Miko ter o momento dela. - disse me puxando para sairmos.

— Drogon vamos! - chamei meu lindo mascote e agora estou cada vez mais ansiosa para preparar as festividades.

— Ewelein, cadê os meninos? - perguntei, não os vejo desde ontem, tudo bem que não é um tempo muito longo, mas mesmo assim, já era para eles terem aparecidos.

— Não ficou sabendo? Ontem logo depois da reunião, eles foram para uma missão em busca das crianças. - falou.

— Imagino por que não me contaram, eu ia querer ir. - digo, pego Drogon no colo e fico perturbada por pensar se eles vão demorar muito para voltar.

 


Notas Finais


Gente sei que os meninos estão meio sumidos, mas foi por isso que fiz o especial do dia dos namorados voltado para eles e nesse não teve nada deles, mas no próximo eles já estão de volta, é importante a Hope ter esse momento dela, pq o enfoque agora está mais nas mudanças que ela vai fazer em eldarya, porém com essa festividades, podemos esperar muita coisa, BEIJÃO 😘


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