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História Entre Mundos - É amanhã.


Escrita por: Quelquinveiga

Capítulo 33 - É amanhã.


Fanfic / Fanfiction Entre Mundos - É amanhã.

— O palco chegou? - perguntei para Kareen.

— Chegou ontem, já montaram, quer dar uma olhada? - perguntou sorridente.

— Ainda pergunta? Só me leve. - digo envolvendo meu braço ao dela e a acompanhando.

— SURPRESAAAA! - dou um pulo com Kareen, Kero e Ykyar gritando.

— Santa Madalena! - digo surpresa. - Vocês são extraodinários. - digo pulando e os abraçando.

 

Faz quase um mês que venho trabalhando duro neste evento, ainda mais depois do que aconteceu no porão quis deixar minha mente ocupada para não me magoar. Ezarel e eu conversamos casualmente, é incrível, ele age como se nada tivesse acontecido isso me fere de uma maneira cabulosa, por isso ponho todo meu foco no evento, o mascarado apareceu algumas vezes em meu quarto para contar histórias e garantir que eu fosse dormir bem, mas já faz uma semana que ele não aparece, talvez seja por que o evento aumenta a quantidade de guardas então deve estar impedido de me visitar, é incrível a falta que ele me faz. 

 

Drogon é meu maior companheiro, nunca pensei que ia me sentir tão conectada ao um mascote, semana passada fui levá-lo as colinas para sentir-se livre, novamente ficou imenso e após voar feliz, aterrissou, abaixou a cabeça era como se dissesse "suba" e então vivi uma das melhores sensações da minha vida, voei com Drogon, voamos por toda extensão de El e como é linda lá de cima, árvores, as vilas e o Castelo, o mar e quando Drogon estava indo longe demais pedi para que voltássemos.

 

Minhas terapias não acabaram, estou tendo muitos avanços. Resolvi meus problemas com Alajeah, não tive fé que ela apareceria no dia seguinte após o lago, mas apareceu, eu com uma ressaca daquelas ouvindo suas lamentações, na verdade ela só é apaixonada pelo Nevra e pensou que eu o queria, enfim estamos de bem... mas ainda não confio nela, Valk e eu estamos mais amigos do que o normal, eu consegui anima-lo para os eventos e ele me encheu de ideias e ontem até foi comigo para averiguar se as vilas já estão preparadas para receber os convidados, Nevra também entrou na brincadeira e participou na decoração e nas musicas, que por sinal me surpreendi muito com seu bom gosto, concordamos em muita coisa. E quem mais me surpreendeu foi Chrome e Leiftan, os dois se aproximaram e se mostraram se preocupar comigo, principalmente Chrome, no começo quando todos ainda estavam mal humorados com os eventos, Chrome fazia questão de passar o dia comigo, fazendo piadas, muita coisa ainda estaria atrasada se não fosse ele e Leiftan. Quando me encontrava triste pelo cantos Leiftan compartilhava suas doces palavras que acolhia meu desanimo.

 

E agora meus amigos não apenas me mostram o palco montado, mas também como decorado, que cortinas lindas,os bordados, os tons alegres, tá fantástico.

 

— Vocês realmente me surpreenderam, mas eu também tenho uma surpresa! - digo fazendo mistério.

— Opa, conta. - Ykyar disse batendo palmas.

— Minha surpresa virá mais tarde querida amiga, infelizmente só saberão amanhã. - digo os deixando curiosos. - Drogon! - vejo drogon atrás deles é o chamo que vem e o pego no colo.

— Cachorra suja, fazendo segredo, odeio isso! - Kero reclama.

— Eu sei! - digo orgulhosa.

— Espero que seja muito bom, por que eu já estou de olho nesse seu segredinho a semanas, você nem dormiu semana passada por quanto disso. - Kareen falou.

— Você é uma bisbilhoteira. - digo dando língua, Kareen e sua mania de querer saber de tudo.

— Você fica que nem barata tonta pra lá e pra cá e espera que eu não desconfie de nada? - Kareen dá uma risada e eu dou de ombro pirracenta.

— Podia ter feito a sonsa. - digo fazendo carinho em Drogon.

— Ata! Agora não desgruda mais de Drogon, o mascote deve estar de saco cheio de você. - Kareen me zoa.

— Dracarys. - digo e Drogon cospe fogo e Kareen desvia, Ykyar e Kero se assustam.

— O QUE FOI ISSO? - ela falou assustada.

— HAHAHAHA. - rio de sua reação. - É um truque que ensinei a Drogon. - digo o acariciando com um sorriso maligno.

— E onde você aprendeu isso? - ela perguntou ainda chocada.

— Numa série de TV que passava em meu mundo. - digo. 

— Acho que foi um erro eu ter lhe dado esse mascote. - Kero disse me provocando.

— Você acha? Pois eu acho que Drogon foi feito para mim. - encostei minha cabeça a fuço de Drogon em gesto de carinho.

— Ok mãe coruja ou neste caso mãe draflayel, agora você tem mais trabalho a fazer. - Ykyar disse e deixei Drogon sair de meu colo.

— Ok! Vou atrás do Valk, eu realmente amei com o que fizeram no palco ficou fantásticos, beijos. - digo com gratidão para meus amigos e vou me embora.

 

Corro para me encontrar com Valk que está na ferraria, reparando armas.

 

— Toc Toc, quem é o ferreiro que vai salvar está bela dama de seus problemas na loja? - brinco com Valk num tom como se estivesse em apuros.

— Não tema linda dama, Valk está aqui para salvar o dia. - diz heroico e dou um sorriso grande. - Mas primeiro é necessário 100 maanas. - meu sorriso se fechou.

— Mercenário. - digo com desagrado.

— A gente tem que viver de alguma maneira. - ele diz rindo.

— Sabia que é um crime roubar de fadas? - digo.

— Ah é, por que? Me diga oh grande fada. - falou sarcasticamente.

— Ué? Não é óbvio? Somos seres de pureza, tirar algo de nós é como roubar os céus ou de bebês e tenho certeza que não é só na minha terra que isso é crime. - digo sabichona.

— Mas não estou roubando, estou solicitando um preço por meus serviços. - disse me dando uma volta na minha própria história.

— Touché. - digo levemente irritada.

— Fechado? 100 Maanas? - diz sorridente.

— Fechado! 100 bofetadas. - digo no mesmo tom de exaltação dele. - Anda vamos, preciso que vá comigo nos mercados terminar de fazer as compras e redistribuir aos vilarejos de El para receber os convidados. - digo pidona.

— Vamos ter que voltar nas vilas de novo? - perguntou no susto.

— Não, já arrumei pessoas para fazer isso, um momento, você disse "vamos" quer dizer que já topou? - digo.

— Pare de comemorar, vamos embora antes que eu me arrependa.- ele disse pisando duro e mesmo assim comemoro.

 

Conversamos durante o caminho, Valk  me contou que sua família chegará amanhã e que não se sente nem um pouco feliz com isso, sinto me culpada por seu sofrimento, não sabia que trazer seus familiares traria dor a eles, se fosse eu estaria ansiosa e entusiasmada para reencontrar meus familiares, mas eu não sei suas histórias antes da guarda então fico sem palavras.

 

— Chegamos! O que exatamente você quer lady Fray? - falou cheio de pose.

— Bobão! Lady? E me chamando pelo segundo nome? - dou um sorriso divertido, ouvir meu sobrenome me faz sentir uma sensação de saudade é uma lembrança de onde pertenço, às vezes é bom lembrar de minha raiz.

— Qual o problema? Sou um cavalheiro. - disse fazendo graça.

— Você é um ator, um péssimo ator. - brinco e o empurro.

— Se um dia formos a terra serei a estrela do seu filme. - disse.

— Com certeza, será um verdadeiro Leonardo DiCaprio. - digo o zoando.

— Não faço ideia de quem é esse, mas serei melhor. - Disse adentrando a loja convencido. 

— Hahaha Não duvido nada. - digo olhando em volta. - Bom precisamos de um material de alquimia para fogos de artifícios. - digo olhando em volta.

— Opa, essa não é minha área, por que não chamou Ezarel? - me lançou um olhar questionador.

— Sabe como é Ezarel, odeia fazer favores... Quando faz é de má vontade, não estava afim de incomodar suas preciosas orelhas sensíveis como o mesmo diz. - minto evitando seu olhar.

— Está mentindo. - ele segura seu olhar em mim.

— Me chamou de mentirosa? - digo ríspida.

— Sim. - diz me incomodando.

— Pois eu não sou, agora me ajude com o material. - digo cortando o assunto.

— Sinto cheiro de intriga. - falou andando em direção ao balcão.

— O único cheiro que sente é do seu bafo de peixe morto. - o ofendi. 

— Acho que acertei! - cantarolou.

— Cala a boca. - mando revirando os olhos.

— Senhor Purroy! - Após rir ele chama  o Purreko que é responsável pela loja.

 

Depois de uns instantes o esperando, finalmente o gato aparece, sou surpreendida, ainda não estou acostumada a ver animais falar.

 

— Como vai Purroy? Muito trabalho? - Valk pergunta agradável.

— Rapaz aqui anda uma loucura desde do primeiro dia que foi declarado as festividades, tudo por causa de uma mundana tola, sabe do que ela precisa? Uma missão bem longa e dolorosa, duvido que vai voltar tão rebelde. - disse inconveniente. - E quem é a bela moça? - diz se referindo a mim.

— A mundana tola, que precisa da longa e dolorosa missão, devido à rebeldia. - digo ironicamente com um sorrisinho falso. 

 

Purroy olha para Valkyon.

 

— Por que a trouxe aqui? - Perguntou para Valk.

— Ela precisa de material. - disse.

— Fale logo menina. - disse nada amigável.

— Quero material para fogos de artifícios, tudo que tiver. - digo e logo me encara nada feliz. - O que foi? 

— Você! - ele diz bravo. - Ao mesmo tempo que me traz lucro me deixa na falência no estoque e sabe o que acontece quando temos que pedir antecipado? - diz

— Não. - digo inocente.

— Pagamos mais caro! E só esse mesmo senhorita tivemos que pedir 5 vezes e você acha que Él está reembolsando? É claro que não. - olho para Valkyon constrangida. 

— Sinto muito. - digo.

— Suas lamentações não me reembolsaram. - ele desce da escada, pega todo o estoque que resta e traz a mim. - Tome, são 400 maanas. - ele diz.

— Aqui estão 600 maanas, sei que não é o suficiente, mas é tudo o que tenho. - digo pegando uma caixa pesada e Valkyon a outra.

 

Sai da loja, com o olhar de Valkyon novamente sobre mim.

 

— Acho que está apaixonado, não é a primeira vez hoje, que fica me olhando. - digo sarcasticamente.

— Foi legal o que fez lá dentro. - disse sorrindo ignorando minha provocação.

— Meu objetivo é que as pessoas se divirtam, não que percam cabelos por dívidas, no caso dele pelos. - brinco.

— Tem um bom coração Hope. - Disse.

— É... talvez. - digo sem nenhuma importância. 

 

Nós fizemos o caminho de volta ao QG e me ajudou a entregar os pacotes aos rapazes que seriam responsáveis pelo serviço.

 

— Bom... Mais alguma coisa Fray? - perguntou.

— Não, está liberado vassalo. - brinquei. 

— Quero vê essa marra depois da conversa com a Miiko. - Ele diz com um grande sorriso, conversa? Mas que conversa?

— Que conversa? Volta aqui e me explique isso! - grito mas ele já havia ido, maldito!

 

Passo para a próxima etapa do dia que é Música. Eu já sei onde Nevra está.

 

Quando entrei no lugar que era uma casa praticamente abandonada e transformamos numa boate noturna, fiquei orgulhosa de meu trabalho com Nevra e Chrome.

 

Nevra sentado sentado em uma plataforma olhando para um papel em suas mãos com a expressão bem assombrada.

 

— Algum problema? - cheguei mansa.

— Nada. - ele escondeu rapidamente a carta atrás de si.

— Sério? Isso foi patético, eu já vi a carta. - digo sentando ao seu lado.

— É só uma carta da minha família. - disse evazivo.

— Posso saber o que dizia na carta? - insisti.

— Não. - disse não grosso, mas demonstrando que não queria falar sobre.

— Eu também não me dava muito bem com minha mãe, na verdade eu fingia que concordava com ela, fingia para ela ser uma pessoa no qual não era, aquilo me irritava e me fazia sentir raiva dela por não perceber que na verdade eu não gostava de nada que ela queria que eu seguisse. - disse me abrindo para ele esperando que ele fizesse o mesmo. - Na noite em que vim a esse mundo, tivemos uma briga muito feia, disse coisas horríveis, explodi e ela também... Eu fugi de casa e ela junto com meu pai foram me procurar, quando estava presa no portal eu os escutava ouvia os me chamar, mas eu não conseguia os responder nem mesmo ir até eles e antes de eu apagar por completo minha mãe disse "Volte para casa querida, nós te amamos". - digo me emocionando um pouco ao lembrar de meus pais.

— Sinto muito. - Nevra disse e me abraçou e o olhei com esperanças que me contasse sobre sua família. - Você venceu! - soltou um suspiro longo e começou a falar. - Meus pais são os líderes das ilhas Shadow, o que me torna sucessor, mas eu não sou o mais velho então nunca me preocupei com a liderança, mas o poder sempre convém aos meus pais, eles queriam que eu casasse com uma menina de família poderosa e eu desde de novo gosto de viver minhas aventuras, casar não estava em meus planos e ainda não está, briguei com meus pais por meu futuro e a única forma que vi de escapar disso foi me juntar a guarda de El, meus pais não concordaram, nem falavam mais comigo, parti sem dizer adeus assim como eles não se despediram. - observei sua expressão triste. - Mas esse não foi o maior problema para que toda relação com minha família fosse quebrada, no dia em que embarquei já nas águas em caminho para cá, quando fui abrir um de meus caixotes Kareen estava lá dormindo, ainda mais nova do que é, eu a acordei e discuti com ela, a verdade é que ela estava fazendo o mesmo que eu, fugindo de um casamento arranjado, mas meus pais não viram dessa maneira me acusaram de eu a influência-lá a este caminho, sei que desde de sempre fui grudado a minha irmã, mas quando decidi ir embora de Shadow eu também aceitei o fato que teria de deixá-la, mas quando ela apareceu ali escolhendo fugir comigo, não tive coragem de manda-la de volta, aceitei que ela viesse comigo e eu cuidaria dela. - eu realmente estou surpresa, sempre soube que Nevra era protetor, mas não dessa maneira, isso é algo que nunca esperaria dele. 

— E o que eles disseram na carta? - perguntei.

— Que eles irão trazer um pretendente a ela e que não há nada que eu possa fazer por que eles a levarão, não importa os meios. - Disse afogando suas mãos em seu rosto. - Eu não sei como irei contar isso a ela, está tão feliz, não quero acabar com isso. 

— Você teve muita coragem Nevra, não conhecia nada aqui, não devia nem saber como seria seu estabelecimento aqui, se seria algo permanente, mas ainda assim decidiu se responsabilizar por ela, você pensou primeiro na sua irmã, vai falar com ela, vocês precisam conversar. - digo o encorajando.

— Mas e você? - perguntou.

— Eu me viro, vai logo, nem é tanta coisa assim a se fazer. - E na verdade não é mesmo, só preciso checar a playlist e vê se os rádio, microfones e luzes que concertei estão realmente funcionando. 

— Obrigada! - Nevra disse é depositou um beijo em minha bochecha antes de ir.

 

Agora entendo mais ainda por que todos odiaram a minha ideia de unir ilhas num evento de 3 dias, apesar de ser algo que seja para divertir os visitantes e também a nós, talvez minhas boas intenções tenham trago discórdias não resolvidas entre familias e possa acontecer brigas feias durante as festividades, se Kareen for embora me culparei eternamente por sua partida, do que depender de mim isso não irá acontecer.

 

Verifiquei os aparelhos e por fim decidi que estava tudo certo, o baile que aconteceria no último dia também estava tudo correto, conclui que já podia voltar ao meu quarto, amanhã começava os eventos e eu estou mais que ansiosa.

 

 



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