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História Entre o certo e o errado, escolho você. - O que eu fiz...


Escrita por: CarlosCarol

Notas do Autor


Pessoal... Desculpa pelo capítulo curto para vocês, é que eu fiquei sem inspiração e aí eu não sabia como por as ideias na prática. Mas o próximo vai ser maior (assim eu espero).

Capítulo 7 - O que eu fiz...


Manuela

 Já passou uma hora que Laura foi para a cirurgia. Até agora… nenhuma notícia. Eu quero explodir… isso não pode acontecer… Ela não pode morrer! Ela não… de novo não…
 Mais meia hora se passam até finalmente conseguir ver o médico vir em minha direção. Levanto no mesmo instante.

 -Por gentileza, acompanhantes da paciente Laura Müller.
 -Sim senhor, estou aqui acompanhando ela. -Tento permanecer calma… mas é quase impossível. -Como ela está?

 Minha respiração já está sem controle algum, não consigo respirar corretamente nem com ritmo…

 -Nós conseguimos retirar o projétil do abdômen da paciente, por sorte nenhum órgão foi atingido ou danificado com a bala ou com o impacto. Porém, ela perdeu bastante sangue com isso e ainda não acordou, não podemos determinar quando acordará, só o tempo irá dizer.

 Perco a respiração… o oxigênio parece sumir… como o chão…

 Como ela não acordou ainda, ela… não pode me deixar.

  -Eu… posso vê-la? - As lágrimas já tomam conta de mim sem que eu consiga controlar.

  -Ela ainda está na UTI, mas irá para um quarto dentro em breve. Você deveria ir descansar um pouco, já está tarde e você está aqui desde quando ela veio. Qualquer notícia ligamos.

 -Obrigada… Vou seguir o seu concelho.

 Ando em direção a saída do hospital… minha camisa ainda tem o sangue dela… isso só torna as coisas mais difíceis. Ignoro todos os olhares direcionados para mim. Respiro fundo e pego o celular assim que atravesso a porta e ligo para o meu motorista, que a minha família contratou para que eu sempre tenha alguém… e agora eu preciso.

 Ele chega e me olha com sangue, mas não faz nenhuma pergunta, ele não é pago para questionar… entro no carro e sento no banco de trás, segurando as lágrimas que insistiam em descer mesmo sem o meu conceito. Chegando em casa, saio do carro e passo a mão no rosto, abrindo logo depois a porta da casa. Vejo meus pais logo que ponho o pé dentro de casa…

 Ambos me olham do sofá, minha mãe é a primeira a se levantar e vir até mim assim que vê o sangue.

 -Filha! O que aconteceu com você… está com sangue… -Minha mãe começa a se desesperar gradualmente.

 -Mãe… O sangue.. não é meu.

 Minha voz quase não sai e ela falha no meio do caminho… as lágrimas começam a voltar.

 -É de quem? Conte o que houve, Manuela. Está deixando eu e sua mãe assustados. -Pai se pronuncia e erguesse do sofá, vindo em minha direção e de mamãe. Ele põe a mão em meu ombro. -Filha… pode contar conosco… fale o que houve.

 Na sua última palavra, o abraço forte e começo a chorar muito relembrando de tudo que havia acontecido até aquele momento…

 -Foi… uma amiga minha… a gente estava no parque e… E… -Não consigo terminar a frase. Meu pai afaga meus cabelos e me acalma, fazendo com que eu respire fundo e controle o choro. -Nós fomos abordadas por um homem armado… ele nos xingou e ela não conseguiu não revida… e…. -Meu choro volta com tudo. -Levou um tiro…

 -Calma… ela vai ficar bem. Você precisa descansar primeiro de tudo.

 Respiro fundo e afundo o rosto na camisa de meu pai.

 -Tome um banho e durma… amanhã levaremos você até lá. -Mamãe completa as palavras de papai.

 -Obrigada… eu não sei… o que seria de mim sem vocês aqui comigo… -Volto a chorar assim que falo.

 Meu pai me aperta no abraço procurando passar conforto… que funciona.

 -Só não podemos ficar com você lá… mas qualquer coisa nos ligue que viremos assim que der. -Papai sempre teve a voz bem calma… que tranquiliza qualquer um… até nas horas mais terríveis.

 Concordo com a cabeça e passo o braço no rosto, tomando uma pequena distância de meus pais para poder olhá-los diretamente. Sorrio fraco para os dois.

 -Eu vou… tentar ficar bem com isso tudo… eu ligo para vocês.

 Ambos concordam com minha ideia e recebo dois beijos em ambas as bochechas. Suspiro e vou em direção as escadas, subindo-as degrau por degrau, tentando não desabar no meio delas em lágrimas novamente… Abro a porta do meu quarto, a fechando atrás de mim e tiro a camisa ensanguentada, pondo-a em um cesto de roupas sujas. Abro a porta do banheiro que fica dentro de meu quarto e entro, fechando a porta novamente. Tiro toda a minha roupa, a deixando no chão mesmo e ligo a água gelada…

 Entro embaixo da água e meu corpo inteiro se arrepia com o choque térmico… mas não dou a mínima… preciso esquecer, nem que seja um segundo…. Passo a mão em meus cabelos, sinto a água cair e escorrer por todo o meu corpo.

 Memórias de antes do assalto começam a vir a minha mente… ela sobre mim, sorrindo…. Fecho os punhos, apertando meus cabelos. Logo depois, o tiro… o sangue…. Olho minhas mãos e o sangue seco começa a sair das minhas mãos, pernas e coxas.

  Outras memórias… dele…. Ricardo…

 -Eu te amo! Manuela… eu… eu te amo… por favor, não faz isso. -Sua voz saiu falha e seu choro era eminente. O vento podia ser ouvido no áudio que ele me mandou… da sua morte. -Eu não consigo… viver sem você… -O seu choro só aumenta, o seu grito… que ninguém ouviu naquela noite. -Eu… não aguento mais essa vida… nós… nos veremos de novo… em um lugar melhor que esse mundo… meu anjo…. Eu te amo… -Suas últimas palavras saíram como um sussurro para a minha alma…

 Soco a parede e o meu choro silêncio se intensifica. Não quero lembrar… isso… não foi culpa minha… não foi.

 -Não foi? Claro que foi! Tudo isso é culpa SUA! Somente sua! Você matou meu amigo… porque fez isso…? -Alice me olhava com os olhos cheios de lágrimas. Tento me aproximar, mas… já é tarde demais. Ela tinha ido… para longe de mim…

 Respiro fundo, calando minhas lágrimas e cerro os dentes, calando a minha mente com suas lembranças… não quero lembrar…. Desligo o chuveiro, pegando a toalha e parando em frente do meu reflexo. Minha pele está mais pálida que antes… meus olhos cansados, minha boca rachada… tem muito tempo que eu não fico assim…. Sorrio e nego com a cabeça, me enxugando por completo, envolvo meu corpo com a toalha e retorno para meu quarto.

 Visto meu pijama e deito na cama, olhando para o teto totalmente branco e agora escuro, sem luz alguma no quarto. Respiro fundo e fecho os olhos, ajeitando meu corpo na cama….



 Os olhos dela… me enlouquecem… sua pele… me chama com todas as forças… seus cabelos… formam uma cascata negra que… eu não consigo resistir.

 -Manuela… para. -Sua voz sai baixa e rouca… minha mente perde a sanidade com isso. Seguro sua coxa com mais força ainda, tirando um gemido de sua boca e fazendo ela curvar as costas contra a parede de meu quarto. Contraditório com seu pedido, ela puxa meu corpo para mais perto do seu, dando um chupão em meu pescoço e arranhando meu ombro.

 -Porque… diz o que não quer… que eu faça. -Mordo de leve a orelha dela, tirando um suspiro de seus lábios. -Se entrega pra mim… farei tudo que você quiser…. -A beijo com intensidade e recebo retribuição imediata.

  Retiro sua camisa de uma vez, jogando a peça de roupa no chão e a seguro em meu colo, ela envolve meu pescoço com seus braços e segura em meus cabelos com um pouco de força. Deito ela na cama e no mesmo instante ela troca de posições, arranhando meu abdômen e tirando minha regata preta. Seus cabelos levemente sobre seu rosto corado me levam a perdição total. Sento na cama e seguro sua nuca, a beijando com todo o desejo que eu tenho por ela…. Troco de posição novamente, pondo uma perna entre as dela, recebendo como resposta ela dobrando a perna esquerda, fazendo o mesmo entre minhas. Sorrio a olhando. Nossos cabelos se misturam… nossos corpos estão em completa sintonia… em um ritmo perfeito um com o outro…

 -Eu te amo… Alice. -Olho nos olhos dela enquanto digo as palavras que eu guardei para mim….

 -Eu te amo… -Alice responde e nós duas sorrimos, ela passa a mão pelo meu rosto e volta a me beijar….



 Sento na cama, ofegante e minha respiração acelerada… meu coração quase pula de meu peito com tanta força que bate dentro dele. Passo a mão nos cabelos e respiro fundo, tentando me acalmar.

 Meu celular toca e eu olho o nome… Gustavo. Atendo e ponho o celular na altura de meu ouvido.

 -Oi Gustavo… o que foi? -Engulo em seco… porque ainda tenho esperanças que seja ela…

 -Como tu tá? -Seu sotaque de Florianópolis e bem evidente…. -Sei que é uma pergunta idiota, mas eu tô aqui para o que tu precisar.

 -Obrigada Gusta… eu preciso mesmo de um amigo agora…. Eu vou passar na escola antes de ir para o hospital….

 -Tem certeza?

 -Tenho… eu só vou para a aula de física e filosofia… não posso faltar.

 -Nós vamos juntos para a aula e depois para o hospital então, pode ser?

 Confirmo com a cabeça… mas me lembro que ele não pode ver meus atos.

 -Tudo bem… Obrigada de novo….

 -Não precisa agradecer. -Posso ver o sorriso dele. -Estou aqui para no que puder ajudar. Vou me arrumar e te encontro na frente do parquinho.

 -Combinado. Tchau Gusta.

  Desligo a ligação. Não vou para a escola… não vou a lugar nenhum hoje…desculpa Gusta... talvez amanhã….


 Alice



   Não acredito que isso vai se repetir…. Deixo o celular de lado na cama e passo a mão nos cabelos, isso não vai acontecer. Cubro meu corpo com o lençol e levanto, pegando uma roupa e indo tomar banho rapidamente…. A água bate em meu corpo e eu lembro de tudo o que aconteceu…

  -Eu te amo… não posso mais ficar com ele…. Sei que você sente a mesma coisa que eu… Alice.

  -Eu… não posso mais…. Ele precisa de você….

  -Não me importo… eu não consigo….

 Sinto duas mãos envolvendo minha cintura e meus pensamentos são cortados. Breno beija meu ombro.

 -Não te encontrei no quarto… eu só vou na escola entregar um trabalho e volto para ficar com você.

  -Tudo bem…. -Meu coração está acelerado. -Eu vou ficar aqui… lendo ou mexendo no seu computador.

  -Obrigado pelo comunicado. -Ele ri e me abraça. Não consigo relaxar. -O que foi…?

  -Nada… não foi nada. -Viro de frente para ele, sorrindo fraco e o olhando nos olhos. -Eu só… estava pensando em coisas que eu não deveria. -Suspiro cansada e encosto na parede atrás de mim.

  Breno chega mais perto, acariciando meu rosto. Fecho os olhos, aproveitando aquele momento. Abraço a cintura dele, pondo meu rosto em seu peito, a angústia começa a ir embora junto com o nervosismo. Sinto as mãos dele massagearem minha cabeça lentamente e com cuidado. Engulo em seco… imagina se ele soubesse o que eu fiz… ele nunca estaria aqui agora…. Sinto as lágrimas descendo pelo meu rosto e começo a deixar que o choro me domine…. Começo a soluçar, Breno me abraça forte.

 -Eu tô aqui com você… seja o que for. -Ele sussurra em meu ouvido. Abraço o pescoço dele e escondo meu rosto ali. Por que tinha que ser tudo difícil…. Eu simplesmente poderia esquecer tudo de ruim que aconteceu na minha vida… tudo que eu fiz de errado… tudo….

 -Desculpa… me desculpa…. -Minha voz sai baixa e falha com o choro.

 -Amor...  não me peça desculpas por nada…. Você é a melhor coisa que me aconteceu em todos os anos que eu já vivi até agora e vai continuar sendo assim para sempre… não importa o que aconteça, eu vou sempre te amar.

 As palavras dele me acertam como lâminas afiadas, ele me ama… eu amo ele… mas não o mereço… não depois do que fiz. Meu choro já não tem controle. Desabo nos braços dele e ele me segura com firmeza, pegando-me no colo. Minhas lágrimas se tornam presentes assim que ele desliga o chuveiro e deita na banheira já cheia com a água que caia. Breno me põe sobre o corpo dele e não para de fazer carinho em meus cabelos. Não consigo largá-lo em momento algum….

 -Não vou mais… vou ficar com você… outro dia eu entrego o trabalho…. -Ele beija minha testa, já estou bem mais calma que antes… ele vai ficar comigo… não vai me deixar sozinha como sempre fazem.

 -Eu te amo…. -Sussurro ao pé do ouvido dele.

 -Também te amo, meu amor… sempre. -Breno beija minha testa e logo após a ponta de meu nariz.

 Seguro a nuca dele e o beijo… ele retribui na mesma hora, de forma calma e me abraçando de forma mais confortável para ambas as partes…. Como é bom essa sensação. Nossos corpos se encaixam com perfeição… temos uma sintonia incrível. Consigo relaxar nos braços dele. Breno separa o beijo com selinhos demorados e me olha nos olhos.

 -Vamos voltar para a cama, preparei um café para você, vou trazer na sua cama. -Ele sorri de uma forma doce.

 -Você não existe… não sei o que fiz para te merecer na minha vida….

 -Você somente me deu o sorriso mais lindo do mundo. -Ele acaricia meu rosto com delicadeza. Fecho os olhos e aproveito o tempo com ele….  


  


Notas Finais


Espero realmente que vocês tenham gostado do capítulo e mais uma vez, perdão por ser curto. Sábado que vem terá mais um, como sempre. Beijos seus lindos ^^ S2.


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