1. Spirit Fanfics >
  2. Entre o céu e o inferno >
  3. Melhor parte de mim

História Entre o céu e o inferno - Melhor parte de mim


Escrita por: DD_Asawtthe

Notas do Autor


Olha a sumida votou e.e
Como eu disse, ta bem difícil organizar minha vida esse ano, quero raspar as grades da janela da escola(é, tem grades) e me jogar tt~tt
É muita matéria acumulada, muito problema de saúde, boy escroto, falta de criatividade, provas, atividades extras, muito filme bom saindo no cinema e muito sono. To escrevendo 5 fanfics destiel ao mesmo tempo, mas as ideias começam a aparecer e eu não consigo não escrever e.e
Enfim, ces não tão aqui pra ouvir minhas reclamação. Agradeço a paciência de vcs e pra quem lê minha fanfic: <3 amo vcs.

Capítulo 12 - Melhor parte de mim


Fanfic / Fanfiction Entre o céu e o inferno - Melhor parte de mim

Castiel levanta eufórico ao ouvir as três palavras ecoarem em sua cabeça, a voz parecia a de Dean, mas o demônio não conseguia nem sussurrar quanto mais falar, a ideia de que ele realmente conversava com o moreno por telepatia, ou sei lá oque, parecia absurda de mais na cabeça do anjo.

-Disse que me ama? Não é coisa da minha cabeça né?!  Ouvir você dizendo coisas em pensamento... –Ele limpa as lágrimas com as mãos, sem desviar o olhar, sempre atento ao Winchester.

“Consegue me ouvir?” –Dean pensa, mas a feição do Novak não muda, denunciando que o mesmo não havia escutado.

-Acho que estou ficando maluco mesmo, desculpe. –Diz voltando a lacrimejar e a se enterrar no loiro.

“Ele não pode te ouvir” –A voz feminina já conhecida por Dean soa em sua mente, o fazendo fechar os olhos para poder conversar com o ser imaterial.

“Acho que já percebi...” –Fala de forma quase rude. –“Por que está fazendo isso comigo?”

“Me disse a algumas horas atrás, quando encontrou seu amiguinho semimorto, que queria morrer.  Estou apenas realizando seu desejo.”

“Não devia acreditar em tudo que um homem triste diz, sabia?! “

“Eu estava brincando. Encare isso como uma lição, não quero te matar Dean...” –A sinceridade no dragão era plausível despejando um pouco de tranquilidade ao demônio.

“Lição? Uma droga de lição logo agora?!”

“Se você continuar como está, instável desse jeito, vai acabar perdendo não só esse anjo como também o seu amigo.”

“Você sabe muito bem o porquê disso, quem me ensinou a ser assim foi a senhorita, se não lembra. Fora que já perdi o Benny, caso não saiba.”

“Ah, faça-me o favor! EU te ensinei a deixar de ser um bebê chorão, não a virar um babaca sem coração." –Diz com uma leve irritação na voz. Dean se preparava para retrucar, mas o dragão não queria se aprofundar em uma discussão estúpida então mudou o rumo da conversa.  – "E o coração do seu amigo ainda bate, talvez até mais do que o seu.” –A feição do  Winchester é um misto de indignação, pela petulância do animal, e pesar, pela lembrança de que seu amigo não viveria por muito mais.

“Por pouco tempo...” –Dean tentou inutilmente esconder o tom de tristeza em sua voz, sem saber que nunca conseguiria. Graças a marca, o dragão sentia tudo que o demônio sentia, tanto que as vezes explodira junto ao rapaz em seus acessos de raiva.

“Não se impedir, você ainda pode salvá-lo, Winchester. Então pare de se lamentar e tente fazer alguma coisa!” –Gritou quase indignada.

O Winchester levanta bruscamente acabando por assustar o Novak que dormia em seu peito, ele olha para o relógio, confirmando que havia dormido durante algum tempo. Ja tivera encontros assim com a espada algumas vezes então sabia mais ou menos como funcionavam. Ele percebe que o peso em seu corpo parecia ter sumido, apesar de ainda se sentir fraco devido a falta de alimento e excessiva perda de sangue.

-Dean? –A voz sonolenta do anjo chamou por Dean, que quando nota a presença do moreno sentado em seu colo sorri de ponta a ponta, um sorriso unicamente de felicidade em tê-lo ali. Na mesma hora o loiro se joga em cima do menor, espremendo-o contra seu corpo o mais forte que podia enquanto fungava o pescoço do mesmo como se a muito não o fizesse.

-Dean, está me sufocando. Você ta bem? Parece melhor. –Sua voz saiu abafada pelo peito do outro espremendo seu rosto. Dean começa a distribuir beijos estalados nas bochechas do menor.

-Claro. Que. Estou. Bem. –Dizia nos intervalos entre os selinhos, retirando risadas de Cas, tanto de felicidade quanto de cosquinhas pela barba roçando na pele dele. –Afinal eu tenho você. –Castiel observa os olhos verdes do outro, que pareciam estar mais perto de seu tom natural. Pensou que fosse só impressão sua, coisa de sua cabeça que torcia pela melhora do rapaz. –Eu te amo Cas. Te amo muito. Mais do que já amei qualquer coisa.

Os olhos do moreno começaram a lacrimejar, tendo de se segurar para não desabar novamente.  Ele estava feliz sim, pela declaração do maior, no entanto Dean morreria não é?! E apesar de finalmente terem assumido o que sentiam, nunca poderiam ter uma vida juntos, mesmo que tivessem que brigar e lutar para tê-la, ainda era melhor do que não poderem se amar nunca. Diante dos pensamentos Cas acaba por voltar a chorar, não conseguindo controlar tamanha a frustração que sentia. O demônio o encara sem entender o porquê de tantas lágrimas visivelmente de tristeza, até que a ficha caiu e ele se viu voltando a abraçar o moreno.

-Eii... Ei, vai ficar tudo bem, eu to bem. –Sussurra perto do ouvido do outro. Só de ouvir a voz Dean uma paz envolvia a Castiel, uma paz que ele não sabia explicar mas o fazia acreditar que tudo ficaria bem.  –A marca parou de me machucar,  eu vou viver Cassie.

O Novak afasta Dean pelo peito para poder encarar os olhos do mesmo, vendo a tranquilidade que precisava para se acalmar estampada neles, parecia ter conseguido respirar fundo pela primeira vez em muitos anos. Ele volta a se jogar nos braços do Winchester, e retorna a chorar, só que dessa vez de felicidade.

-Que bom. Que bom. –Repetia com a voz chorosa.

Dean o puxa para mais perto com uma mão e com a outra acaricia os fios negros do anjo afundando-o mais em seu peito, ele permanece assim, esperando até que as lágrimas do menor cessassem. Aos poucos a respiração de Castiel foi se estabilizando e as gotas d’agua diminuíram sua frequência, fazendo com que o pequeno conseguisse assimilar o que estava acontecendo. Ele passa seus braços pela cintura do maior o agarrando tanto quanto podia e aspira o cheiro natural do demônio, como se Dean pudesse desaparecer se apertasse um pouco menos forte.

-Dean? –Chamou pelo loiro, que grunhi para que o outro continue. –Isso não faz sentido algum, mas também não ligo para o que quer que tenha acontecido. –O moreno faz uma pausa, montando as próximas palavras a serem ditas, com cuidado. –Já fico feliz só de ver que está bem, e pra ficarmos juntos seria complicado demais, então...

Dean o empurra pelos ombros de forma brusca, não querendo que o moreno continuasse com aquele assunto. O Winchester já havia assumido com seus sentimentos, e mais nada importava, ele não iria dar pra trás de jeito algum, tudo que queria era poder viver com Castiel e... Nick. Sim. Ele pensou em Nick junto deles, apesar de não admitir nem pra si mesmo, Dean gosta do garoto e se pegou sorrindo ao imaginar-se discutindo algo trivial com o rapaz durante o café enquanto Cas revirava os olhos e ameaça-lhes tirar os omeletes que fizera a pouco. O loiro puxa o rosto do menor pelo queixo, para que pudesse falar olhando bem no fundo dos olhos azuis dele.

-Nem venha com esse “mas”. Não vou desistir de você, já lhe disse antes, mas repito quantas vezes forem necessárias, sou todo seu. –O tom de voz do Winchester era tão calmo que nem parecia ser ele mesmo. Desde que conversou com o dragão se sentiu cada vez mais leve, como se tivesse ficado a vida toda arrastando um peso enorme, como um burro de carga, e finalmente esse peso estava sendo retirado aos poucos.

As lágrimas quase voltaram a cair pelo rosto de Castiel, mas ele se segurou ao notar a lenta aproximação do demônio, o qual encaixará o nariz na bochecha do menor e selou seus lábios em um beijo apaixonado, vagando entre as bocas, explorando-se. Não precisavam mais pensar no porque do ato. Já sabiam. Se amavam e não necessitavam mais de justificativas ou desculpas, se beijaram porque queriam se beijar e só, tornando o momento muito mais intenso e carregado. Se separaram pela falta de oxigênio que já causava alguma consequência em seus pulmões. Dean tratou de juntar suas testas, negando a se separar do anjinho cujas bochechas se encontravam em um tom forte de vermelho muito fofo aos olhos do demônio.

-Dean, eu... –O moreno fora interrompido pelo barulho da porta se abrindo. O Winchester em um pulo pôs-se de pé em frente a Castiel, em defensiva.

A porta se abriu e os músculos de Dean relaxaram ao relatar que a pessoa entrando era apenas seu irmão mais novo. Sam, por outro lado, sentiu enorme alegria ao ver seu irmão de pé e aparentemente bem. Em questão de segundos o homem foi parar nos braços do mais velho, o apertando tanto que fizera o mesmo soltar algumas reclamações que retiraram risos dos outros dois.

-Ta bom Sam. Já deu.

-Nem acredito que está bem! O que você fez Cas?! –Era fácil perceber que Sam lutava contra as lágrimas, sua voz saia chorosa e seus olhos brilhavam pelo líquido se acumulando ali.

-Nada. –Disse sem um tom específico. –Ele melhorou do nada. –O Winchester mais velho o fitava com ternura, abobalhado ainda pelo momento de segundos atrás, as vozes dos rapazes entravam por seus ouvidos e saiam sem que o outro conseguisse assimilar, Dean só queria pular a parte das perguntas e passar o resto do dia trancado no banheiro com o anjo. Sem dúvida o mérito de sua melhora deveria ir todo para Castiel – pensou.

Não só pelo ótimo tratamento hospitalar que o moreno o prestara no chuveiro, mas também por permanecer vivo. Talvez se o Novak não houvesse ficado ao seu lado todo esse tempo, Dean tivesse desistido, quem sabe até se matado. Talvez se Cas não existisse a vida de Dean nem faria sentido. De algum jeito estranho era como se estivessem ligados durante todos os longos anos de suas vidas, e o único motivo do loiro ter suportado os infortúnios de sua infância fosse pelo simples sentir da existência do outro. O viver de Cas era o suficiente para diminuir o peso que Dean carregava na alma.

-Dean? –A voz doce do anjo soou por seu ouvido e cabeça, fazendo-o olhar pra ele, realmente olhar para ele. Cada detalhe de seu rosto, desde os olhos até a curvatura do rosto. Ele suspira calmamente, se perdendo nos traços finos e delicados do outro, sentia como se Cas pudesse se partir em mil pedacinhos caso fosse bruto demais. –Você tá me assustando, oque foi? –O Winchester se permite dar uma curta risada do rosto confuso do moreno antes de respondê-lo.

-Você. Se estou vivo agora é por sua causa. –A feição de Sam era uma completa confusão, já Castiel queria beijar o loiro loucamente, seus olhos azuis brilhavam em meio aquele quarto, mas se contentou momentaneamente com o toque suave da mão de Dean sobre seu rosto.

- Oh, vocês são tão fofos que me dá asco. –A voz familiar entra no ouvido de todos, que assustados se viram em direção a ela, dando de cara com o baixinho moreno. Dean rapidamente envolveu Cas em seus braços, enterrando-o em seu peito e sacando a espada de Caim com uma das mãos. Sam se pôs na frente de Dean pronto para atacar caso necessário, atos esses cravados em seus seres meio animalescos. Foram treinados para reagir de forma rápida às situações, fazer o que fosse para sobreviver. –Ai, cadê o amor de vocês pelo tio?! Sem Abraços?!

-O que quer Crowley? –Sam pergunta com sua habitual calma.

-Apenas quero conversar com meu sobrinho querido. –Sorriu forçadamente na direção de Dean.

O peito do Winchester mais velho subia e descia de forma descompassada sobre a cabeça do anjinho, o loiro havia travado no lugar e parecia extremamente receoso. Castiel jurara que suas mãos sempre firmes haviam falhado em pequenas tremedeiras. O moreno envolveu seus braços na cintura do outro a fim de acalma-lo e logo depois abaixou a mão que segurava a espada de forma lenta. Ele saí do meio da proteção do loiro e segura sua mão enquanto o puxa para mais perto do homem, deixando um Sam confuso alguns passos atrás. O moreno parou na frente de Crowley e deu uma última olhada para Dean, silenciosamente dizendo “agora é com você. O que quer fazer?”. O demônio apertou mais forte a mão sobre a de Cas e suspirou fundo, absorvendo toda a coragem que o anjinho o passava por estar ali.

-O que quer? –Perguntou da forma mais fria que pôde.

-Primeiramente gostaria de saber o que um Novak faz aqui e ainda por cima de agarração com você, se seu pai descobrir...

-Suponho que você não vá contar nada, sei muito mais podres sobre você do que você sobre mim. –A voz de Dean saía tão afiada quanto o esperado, mas o tio não demonstrava estar nem um pouco abalado, ele apenas da de ombros e sorri amarelo para o sobrinho.

-Vim falar sobre a sua coroação.

-Eu adoraria ter de novo essa conversar com você, mas tenho algo mais importante pra resolver. –O mais velho não esperou por uma resposta do tio. Olhou para Sam em um sinal cúmplice e saiu levando Cas consigo, o mais novo não ficou pra trás e em questão de segundos os alcançara. Crowley nem fez menção de segui-los, apenas revirou os olhos e seguiu seu caminho pelo casarão.

-Preciso ver o Benny. –Samuel apenas afirma com a cabeça e se põe em frente aos dois, guiando-os pelo percurso silencioso.

Entraram sem rodeios no quarto, sem nada de especial, apenas alguns armários e bancadas e a cama de solteiro onde o demônio ferido estava deitado ainda desacordado. Sam e Cas abriram espaço para que o loiro passasse, ele dá passos lentos até perto do homem. Havia pedido para vê-lo completamente confiante em si mesmo, mas não tinha ideia alguma do que fazer a seguir. Apesar de a espada ter lhe dito que podia salva-lo, Dean não conseguia ver como. Permaneceu olhando para o corpo desacordado do homem esperando que alguma solução caísse do céu, mas nada, nada vinha.

-Dean? Você tá b-

-Não sei o que fazer. –O loiro começa a morder a unha do polegar sem desviar a visão ou espalhar os pensamentos a mil por hora. –Ela disse que eu poderia curar ele, mas não sei como.

-A-A marca? Você falou com ela de novo? Talvez seja algum tipo de feitiço ou quem sabe um ritual ou invocação.

-Sam, eu não sou nenhum vodu não.

A pequena conversa entre os irmãos rendeu alguns risos ao moreno, que nostalgicamente pensava em suas discussões com Gabe sobre coisas idiotas, como o novo soldado gostoso que seu pai mandara para lhe proteger. Gabriel ficou durante meses colado 24 horas em Castiel apenas para poder passar mais tempo comendo o rapaz com os olhos.

-O que você acha Cas? –O anjo balança a cabeça a fim de afastar as lembranças e a felicidade que os pensamentos trouxeram, e que logo viraram tristeza. A incerteza se iria ver seus irmãos de novo ou não o estava consumindo em uma angústia perturbadora.

-Ãhn, não sei, por que não tenta falar com ela de novo?

-Não sei como fazer isso. –Admitiu.

-Como assim não sabe?! –Sam pergunta, não havia lógica alguma envolvendo o relacionamento complexo entre a espada e seu utilizador, causando confusão e agonia no grandão viciado em cálculos e estatísticas.

-Nunca tentei falar com ela, sempre era ela que vinha até mim. Ao menos acho que era assim.

-Então porque não tenta dessa vez?! –Sugeriu o moreno.

Dean balançou a cabeça em concordância e então veio a fechar os olhos, tentou mentalizar o ser, chamar por ele, até mesmo assobiar mentalmente, apesar de se sentir extremamente idiota por fazê-lo. Mas não importa o que o demônio tentava, não funcionava. Ele bufa cansado e se senta na ponta da cama, ao lado do amigo.

-Droga. –Disse por fim, sinalizando sua desistência. Cas se aproxima sentando ao lado do loiro e unindo suas mãos, o loiro não recua, muito pelo contrario, ele entrelaça seus dedos com o do outro e apoia sua cabeça na do mesmo, aproveitando-se da diferença de alturas.

-Vocês dois estão namorando?

-SAM! –Dean grita de forma exaltada e defensiva.

-O que foi? –O mais novo não compreende o que havia de errado com sua pergunta, era mais do que com fundamentos.

-Agora não é uma boa hora pra isso... –Sam, por hora, aceita a justificativa do irmão, apesar de saber muito bem que o motivo da exaltação era unicamente pelo fato de Dean não saber se abrir com os outros e se sentir desconfortável em ter que falar ou explicar o que se passa em seu coração. Cas rebate o olhar de ternura de Sam, e assente sem nenhum motivo aparente, apenas uma espécie de agradecimento silencioso pela compreensão e apoio do mais alto.

Como em um estalo, Dean se levanta afobado, e cata a espada da sua bainha, ele coloca a espada encardida de sangue sobre a marca em seu antebraço. Antes que os dois rapazes pudessem indagar qualquer coisa, o loiro corta sua própria carne e deixa com que as fileiras de sangue descendo por seu braço caiam sobre o ferimento do amigo. O liquido escarlate ia caindo e assim que entra em contato com o machucado semi aberto de Benny, uma fumaça meio negra começa a suspender no ar, espalhando pelo quarto um forte cheiro de queimado.

-O que você fez? –Quem perguntara fora Samuel, espantado e preocupado com o que estava acontecendo. Dean soava mais despreocupado do que deveria, deixando o irmão ainda mais confuso, ele da de ombros e guarda de volta a arma. Castiel que já se encontra de pé ao lado do loiro, tenta puxa-lo para que fizesse algum curativo naquele ferimento, ao contrario do mais alto, Cas percebia a autoconfiança que o primogênito esbanjava, e não teve uma pitada se quer de duvida sobre o loiro saber ou não o que estava fazendo. No entanto sua preocupação caíra sobre o fato de Dean já ter perdido sangue demais por uns bons meses, sendo que sua pele ainda se encontrava bastante pálida, não tinha condições dele ficar com aquela enorme ferida aberta jorrando sangue.

-Ta tudo bem, Cas. Olha aqui. –Ele passa a mão sobre onde deveria estar o corte, afastando o sangue para dar visão ao local, só que não acha mais corte algum, tanto a marca quanto a extensão do antebraço estavam intactos. –Já to bom.

Cas inclina a cabeça para o lado, confuso demais com a situação para fazer qualquer pergunta. Decide apenas por voltar a se sentar ao lado da cama, se esforçando para afastar a dor de cabeça que chegava por conta do cheiro dispensável que pairava por todo o cômodo. Se perguntara como Dean e Sam pareciam nem um pouco afetados, apesar de seus olfatos serem muito melhor que o do anjinho. Mas como poderiam?! Os Winchesters eram guerreiros, vivam lutando em ambientes caóticos, fogo, poeira, pólvora, sangue, tudo isso fazia parte da vida deles; já sentiram tanto esses odores que nem um pingo de agonia os causava, na verdade, era até gostoso ao nariz dos irmãos, como uma nostálgica lembrança das carnificinas que tanto amavam quando pequenos.

As nuvens de sujeira finalmente começavam se dissipar e já era possível para o moreno assimilar a situação, apesar da dor de cabeça o deixar um pouco desconexo. Castiel leva sua mão até a testa de Benny e faz o mesmo procedimento do dia seguinte, afim de ver a situação interna do demônio. Dean e Sam esperam, inquietos, o anjo demonstrar alguma reação, qualquer traço que os fizessem perceber se a situação melhorara ou não. O coração dos Winchesters pareciam que iriam falhar a qualquer momento, ambos viveram momentos ótimos com Ben, o homem é como um irmão mais velho para os dois, sempre protetor e cabeça feita, fiel em níveis anormais, ambos amam ao demônio, do jeito deles, mas amam. Quando Cas retirou as mãos da cabeça do rapaz e abriu os olhos os irmãos leram rapidamente a expressão facial do moreno, em seguida não sabiam o que fazer, chorar?! Tudo que queriam agora era chorar, chorar muito.

 

 

As correntes apertam seus braços e pernas enquanto uma grade prende seu pescoço, mantendo sentado na cadeira de madeira. Perdera a conta de a quantos dias estava naquele lugar, as correntes começavam a machucar sua pele e sua visão ficara embaçada pela escuridão do local, o mínimo de sol que entrava pela pequena janela  se encontrava afastada de si. Ouve o barulho das portas se abrindo mais uma vez, mas ao contrario das passadas, quem viera não fora o homem encapuzado e sim uma mulher, ruiva de olhos claros –extremamente bonita –Pensou.

-Ora, ora. Ouvi dizer que não quer comer. –A ruiva pergunta em um tom sínico, não parecia se importar nem um pouco em esconder a arrogância em sua voz. –Talvez a comida não lhe agrade.

-Onde estão meus filhos? –Pergunta sem rodeios. A mulher começa a rir de forma exagerada.

-Devia se preocupar com você no momento, querido.

-Não vai me matar, pelo menos não tão cedo. –A autoconfiança na voz do homem irritou a ruiva e ao mesmo tempo deixou-a, de algum jeito, satisfeita pelo prisioneiro não ser burro como a maioria.

-Tem razão. –Admitiu.

-Sempre tenho. –Disse sem um tom de piada ou divertimento, apesar do jeito debochado. –Agora vai me dizer onde estão meus meninos?! –Ela levou o indicador a frente da boca, fingindo estar pensando se dizia ou não.

-Não. –Respondeu simples com a voz manhosa e logo depois voltou a gargalhar. O anjo começara a acha-la infantil e meio imbecil, como vilões de peças para crianças, e se viu revirando os olhos pela atitude patética da sequestradora. –Chuck Shurley Novak, diziam que você tinha senso de humor. Estou um pouco decepcionada.

-O que espera conseguir com isso tudo?! –Pergunta ignorando as provocações da outra. –E quem é você afinal?

-Ah, mas que chato você ein?! –A ruiva revira os olhos e abandona a imagem de adolescente retardada. Pelos olhos de Chuck ela havia mudado completamente, o ar em volta de si pesava, sua expressão, agora, era madura, séria, o impacto de sua presença aumentara consideravelmente. –Me desculpe, mas não estou muito afim de contar meu plano maligno pra você.

-Então acha que pode falhar. –Chuck provoca como uma última tentativa de conseguir respostas, se esforçando para não parecer desesperado.

-Boa tentativa senhor Novak, mas digamos que eu gostaria de evitar contratempos desnecessários. –Ela vira as costas já preparada para sair, mas para  e  da uma última olhada no homem. –A proposito, meu nome você pode saber. É Abbadon. E acho melhor você comer ou não vai viver para ver seus filhos de novo. –Foi a última coisa que disse antes de fechar a porta, deixando o Novak sozinho novamente.


Notas Finais


Só tenho pra dizer que as tretas da primeira fase vão começar a rolar.
Ah, eu to escrevendo em terceira pessoa, porque particularmente eu achei que minha escrita fica menos bagunçada assim, mas quem lê são vocês então se achavam melhor antes, na primeira pessoa, digam ae pf :3
Bjundas pra todo mundo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...