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História Entre o céu e o inferno - Medo


Escrita por: DD_Asawtthe

Notas do Autor


Olá frores, eu refiz boa parte e revisei sapoha umas mil vezes, mas como eu sou batata ainda deve ter alguma coisa incoerente ou zuada kk (eu espero q ñ tenha)
1 semana certinho (até parece que sou pontual)
"Ah, só vai ter gif do Dean?" Não. Não precisam me bater. Digamos que o Dean tenha mais expressões faciais que o Cas, mas planejo botar dele tbm. >.<
Vou ficar enrolando não, podem ir ler e.e

Capítulo 2 - Medo


Fanfic / Fanfiction Entre o céu e o inferno - Medo

Eu não fazia ideia do que havia acontecido, tudo parecia girar, enquanto pontadas agudas quase insuportáveis atingem minha cabeça, ando com um pouco de dificuldade até o guarda roupa; não posso ficar choramingando, meus irmãos são mais fortes que eu, eles podem se cuidar, preciso dar o fora desse lugar, seja lá quem eram aquelas pessoas, poderiam haver outros com armas poderosas como a faca de caim, não sou capaz de enfrentar algo assim sem sair gravemente ferido. Visto uma roupa e ponho algumas coisas em uma sacola, pego minha faca angelical na primeira gaveta e saiu cauteloso do quarto, olho para os lados mas tudo parecia muito vazio, a angustia começou a me pegar; aquele castelo enorme sempre lotado, e cheio de gritos de meus irmãos por todos os lados agora estava completamente silencioso, calmo. Consigo sair tranquilamente de casa, os guardas estão espalhados pelo chão, sangrando, checo o pulso de alguns, mas nada; mortos, todos eles mortos; sinto algo diferente que não sei como nomear, um calafrio pelo meu corpo somado a um embrulho no estomago. Saio andando pela cidade angelica, que parece indiferente, provavelmente nem sabem o que aconteceu, visto que os anjos continuavam a fazer suas tarefas diárias normalmente. Eu poderia ir conversar com o rei e conseguir proteção, seria o mais inteligente a se fazer; mas não quero proteção, preciso descobrir sobre minha família, eles não me abandonariam assim nunca, talvez o Lucy, mas Miguel e Gabe, NUNCA. Sigo andando para o único lugar que poderia ir, a região dos humanos, minha melhor chance de entender o que estava acontecendo era encontrar o amigo antigo da família, um mero humano, no entanto um pouco mais peculiar que os outros, fora que a terra deles é considerada região neutra, anjos e demônios não podem se atacar e matar, ou serão cremados.

 

Dean- 13:00

Após algumas longas horas de caminhada, agradeci mentalmente quando pisei de volta no inferno, não aguentava mais Sam falando sobre como o território dos anjos era mais legal e bonito que o nosso, seguimos direto para relatar tudo a John, conhecido mais como Belzebu, mas que eu deveria chamar de pai. As ruas desertas antes de chegarmos, agora estavam preenchidas de pessoas, ou “demônios” se preferir, que vieram nos receber, os adultos buscavam noticias, esperança de que tivéssemos alguma boa e as crianças vinham simplesmente por estarem felizes em estarmos bem. Sempre que podia passava à tarde no vilarejo, brincando com elas ou contando minhas historias de guerreiro lotadas de hipérboles, mas que as mesmas adoravam. Ouço os mais velhos perguntarem “e ai?” apenas aceno um “não” com a cabeça, vendo o semblante de todos, inclusive dos menores, passar para tristeza, sinto uma dor no peito, mas continuo andando. Chego ao castelo, que mais parecia uma prisão e já na sala de meu pai me perco em pensamentos. “A culpa era minha, podia ter trazido aquele Novak, mas não só menti para meu irmão como acobertei o moreno, e o porquê disso? Não faço ideia, sempre fui cruel e odiável, nunca senti pena de ninguém, então o que aconteceu naquele castelo?! Olhar para os olhos azuis abatidos dele me fez fraquejar, não sei explicar, apenas aconteceu.”

- DEAN WINCHESTER! você está me ouvindo?! – A voz grossa do rei do inferno ecoando pelo local seguido do barulho e da dor de meus ossos do braço sendo deslocados me faz acordar, assustado e gritando, de meus pensamentos – Além de voltarem aqui sem nenhum dos Novak ainda fica distraído perante minha presença... Qual o seu problema Winchester?

-Desculpe-pe, isso não vai se-se repetir...- Falo em meio a arfadas e gemidos de dor

- É bom mesmo! – A frieza do olhar de John era intimidadora, quebrar o braço ou o corpo todo de seus filhos parecia não significar nada para ele. Sam permanece imóvel olhando fixamente para frente, não o culpo por isso, se tentasse me ajudar acabaria apenas deixando o pai mais irritado e pioraria as coisas. - Mudando de assunto – Fez uma pausa antes de continuar- Tenho trabalho pra vocês. Sam, preciso que descubra onde a família Novak está se escondendo, precisamos acabar logo com eles para manter a vantagem que conseguimos. E Dean, use essa vantagem, vá ao território humano, até a capital, e avise que toda a produção que eles mandavam para os anjinhos agora vai ser entregue a nós, deixe bem claro a situação em que eles se encontram, pode levar quantos exércitos quiser. Dispensados!

Me levanto ainda sentindo a dor no meu braço direito e me desloco até a saída com Sammy que, assim que saímos se mostrou preocupado e insistia para que eu deixasse ele cuidar daquilo.

- Você tem muito que fazer, e eu também.  Não é como se eu já não estivesse acostumado.

- Mas você precisa dar um jeito nesse braço, ele tirou os seus ossos do lugar, vai continuar doendo se não me deixar tratar.

- já sofri coisa pior, eu dou um jeito nisso no vilarejo humano, tabom assim?! Não se preocupe...- Ele me olha com um pouco de receio até que cede, fazendo um “sim” com a cabeça e segue na direção oposta a minha. – TOME CUIDADO SAMMY!

- VOCÊ TAMBÉM!

Vou para os alojamentos, apesar de estar cansado e tudo oque quero é deitar e dormir, se não partisse imediatamente corria o risco de ter o outro braço esmagado, convoco  apenas trinta demônios de minha própria tropa e meu subcomandante Benny. Não levo nada comigo além da faca de caim, que sempre ficava presa em meu sinto

-Aonde vamos Dean?- Benny fala parecendo preocupado, provavelmente pelo estado que meu braço estava.

- Território neutro, eu não seria tão inconsequente a ponto de me arriscar com um braço lenhado.

-De você eu não duvido nada amigo.- Nos olhamos por alguns segundos até que ele continuou.- No final vocês fizeram todo o caminho até o lar das fadinhas purpurinadas para nada... você deve estar bem zangado, quer dizer, talvez nem tanto, já que está com esse rabinho balançando sem parar a algum tempo, não consegue retrai-lo mais? Quem foi o “sortudo da vez"? Que fez Dean Winchester perder a capacidade de manter 100% a forma humana.

-É... – Normalmente eu teria ficado com raiva de seu deboche, mas não sentia como se precisasse dar explicações, aqueles olhos azuis pareciam ter me hipnotizado, me sentia mais tranquilo do que nunca. Benny sabia que eu estava escondendo algo, ele sempre sabe, mas apenas decide deixar o assunto para lá, e realmente agradeço por isso; mesmo sendo meu melhor amigo, não me sentia a vontade para lhe contar sobre como um dos Novak que deveríamos capturar me hipnotizou e eu o deixei fugir.

...

As cidades humanas cobrem a maior parte do mundo, sendo principalmente feita de pequenos vilarejos; mas a capital, era diferente, ao anoitecer conseguia ser tão bonita, ou até mais, quanto a cidade dos anjos, várias casas e tendas aqui e ali, crianças brincando na rua, pessoas fazendo “shows” de ventrículos, instrumentos musicais e palhaços, diferente do lugar que chamo de lar; era extremamente animado, penso em como todos os guris demônios iriam ficar encantados com tudo aqui. Os humanos ao verem meus soldados e eu, se afastam nos dando passagem, os adultos puxavam as crianças que olhavam sem entender, curiosas; não consigo evitar o sorriso presunçoso que se forma na minha cara.

 

CASTIEL- 17:30

-Os sons pararam... -Disse ao reparar com minha “super audição” que toda a barulheira lá fora havia cessado. Vou olhar a janela mas sou interrompido por um Bobby preocupado.

- Nem pense nisso! A essa altura é bem possível que existam demônios na cidade, se botar um dedo se quer fora dessa casa eles podem perceber sua aura e vir atrás de você, apenas fique quietinho ai sem demonstrar nenhuma emoção. - Faço um bico me sentando novamente no sofá, já ia retrucar quando o senhor continua – Além de que não deve ser nada de demais, daqui a pouco eu vou descobrir o que foi.

Bobby Singer, o amigo mais antigo da minha família, apesar de ser um simples humano, ele sabe muitos truques para enfrentar tanto demônios como anjos, um cara que apesar de não parecer é bastante perigoso. Ele me deixou ficar em sua casa de bom grado, e prometeu me ajudar a descobrir onde está minha família, me sinto aliviado por ele estar lá, principalmente agora, que eu parecia não ter ninguém... “Não ter ninguém”- pensei, o loiro de olhos verdes começara a dar voltas em minha cabeça, ele me ajudou, não ajudou?! Lembrei-me de sua mão passando pelo meu corpo, ainda podia sentir de leve as marcas dos arranhões que fez, um arrepio correu pela minha espinha.

-O que foi? Você está parecendo um tomate. Se ainda está achando que é um incomodo para mim- o interrompi

-Não é nada disso... – Ele balançou os ombros com indiferença voltando a prestar atenção na frigideira em suas mãos. – Hey, no castelo, eu vi alguém, ele carregava a espada de caim e provavelmente a marca também, era loiro e os olh...

- Dean winchester...

-Conhece ele?- Levanto as sobrancelhas surpreso

- Estou surpreso que você não o conheça, ele é famoso por todos os lugares.- Fez uma pausa colocando o ovo frito que fizera para mim no prato e me entregando- O filho mais velho de Belzebu, o inconsequente e sádico Dean Winchester. Um rapaz realmente perigoso; a maioria aqui morre de medo dele- O velho voltava para cozinha- Como conseguiu não ser detectado por um cara como esse?

-Não consegui. Ele simplesmente me deixou ir...- Do jeito que Bobby falava parecia que o loiro era um monstro, mas eu não conseguia ver isso, quer dizer, se é filho de Belzebu então quer dizer que é um demônio dos fortes, nunca vi nenhum deles deixar um anjo fugir. – Me ameaçou mas depois foi embora

-Como assim, foi embora?! Não devemos estar pensando no mesmo cara. O winchester seduz anjos, dorme com eles e depois os tortura até a morte arrancando suas asas, pena por pena. Não julgo ele te deixar fugir algo possível.

-É, pode ser- Olho para o ovo e dou uma garfada- Mas supostamente, se eu quisesse encontrar o tal do Dean, onde poderia?- O velho me observava meio incrédulo

-Nem pense nisso...

- É só uma hipótese. Por favor.- Singer cogita um pouco antes de se render

-O território do inferno fica para lá- ele apontou com o braço para o que eu julgava ser o Sul e continuou- Belzebu não tem cara de quem gosta de ser discreto, então sua casa deve ser bem marcada, a construção mais extravagante provavelmente é o lar do tal do Dean.

Sorrio para Bob e volto a comer os ovos. Poucos minutos depois, o idoso pega a chave de casa e sai atrás de informações. E claro, que eu não ficaria lá parado fazendo nada enquanto espero ele voltar, engulo a comida o mais rápido que posso e vou dar uma volta pela cidade, que desde aquela hora não está mais tão barulhenta. As ruas estão praticamente desertas, ando um pouco até ver um conglomerado de gente, fofocando coisas como “oque será que veio fazer aqui?”, “Meu deus como ele é bonito” e “Eu não me importaria se ele abusasse de mim”. Um rapaz alto de olhos azuis e uma barba esperando para ser feita, em cima de uma pedra grita ordenando silêncio, o que faz com que todas as conversinhas cessem; ao seu lado subindo na pedra, era ele, Dean Winchester, meus batimentos se aceleram e me sinto nervoso.

- ESCUTEM TODOS VOCÊS! SÓ VOU FALAR UMA VEZ!- fez um pausa para coçar a garganta e continuou falando alto, quase que gritando.- OS ANJINHOS DE VOCÊS, JÁ ERAM! TUDO QUE PRODUZIAM PARA ELES AGORA DEVERÁ SER ENTREGUE A NÓS! – a multidão se olhava, meio perdida.- VOU PERMANECER AQUI POR TRÊS DIAS, É O TEMPO QUE VOCÊS TEM PARA PREPARAR AS CARGAS.

- E COMO VAMOS SABER SE ISSO É VERDADE??- um dos humanos perguntou em meio a multidão, naquele momento vi os olhos do loiro passarem de verde para vermelho e sua aura tranquila ser trocada por uma paralisadora, que faz com que meu corpo inteiro comece a treme; finalmente entendo o que senti ao ver os guardas mortos, eu estava com medo, medo porque ele conseguiu matar tantos soldados sozinho, a ideia de existir alguém tão forte era assustadora.

. Um sorriso sádico se formava no rosto de Dean, em questão de segundos ele se pôs no meio da multidão e arrancou o coração do homem com apenas uma mão, logo depois voltando para o lugar que estava com o órgão na mão, jogando-o para o outro homem a seu lado.

-ALGUÉM TEM MAIS ALGUMA PERGUNTA?!- Todos ficaram abismados, as mães colocavam a mão tapando a visão dos filhos, que choravam e tremiam, enquanto isso o Winchester olhava de um lado para o outro pela multidão procurando se mais alguém tinha algo a dizer e limpava sua mão em um pano. Seus olhos vermelhos se viraram em minha direção, o nervoso e o medo que me atingia pareceu aumentar, pude perceber a sua aura assustadora e seu sorriso sádico serem transformados em confusão, os orbes verdes voltaram para sua cara, fazendo a pressão de sua presença diminuir. Meus pés se mechem sozinhos para longe da multidão a passos rápidos, parando em um beco um pouco longe do conglomerado de gente. Respiro profundamente tentando recuperar o folego, mas antes que minha respiração pudesse se regularizar, como se fosse um fantasma , o loiro aparece na minha frente.

-Realmente achou que podia se esconder de mim? Posso sentir seu perfuminho angelical de longe-disse se aproximando

-FIQUE LONGE DE MIM!- berro dando passos para trás, o outro me olha confuso sem entender a minha reação

– O que foi? – Esperava minha resposta, a qual não dei, não era possível ele achar o que fez normal- Não vai responder?Ah! Lembrei, vocês anjos morrem de nojo de nós, deve me achar tão tosco que nem quer gastar saliva comi- o interrompi impulsivamente

- NÃO É NADA DISSO! – Praticamente gritei fazendo-o se assustar, tentei continuar mas as palavras não saiam, como eu poderia falar, se não fazia ideia do que estava se passando comigo?! Seus olhos verdes não descolavam dos meus, isso me deixava ainda mais nervoso – Você... aquele cara... você matou ele, de forma brutal. Na frente de várias crianças, sem hesitar! – O loiro inclina levemente a cabeça pro lado e franze o cenho.

-Está com medo? É isso? Não vou te machucar... – Seu rosto, agora, triste olhava o chão, senti meu estomago doer. – Se quisesse te ferir, já teria feito.

O silêncio no ar era perturbador, mas ele esperava alguma palavra minha, e eu não queria dizer. O winchester se aproxima de mim colando nossos corpos e encostando a boca em meu pescoço, podia sentir sua respiração e sua barba roçar na minha pele, suas mãos coladas na parede me deixavam acuado, enquanto seu perfume inundava minhas narinas; um cheiro que parecia familiar, tudo nele parecia familiar, fazia eu me sentir confortável, e de algum jeito até protegido, nada disso faz sentido algum, nem se quer nos conhecemos direito e ele é um ser desprezível, então de onde esses sentimentos haviam saído?!

-Não quero que tenha medo de mim... – Sussurrou em meu ouvido de forma manhosa, logo depois dando beijos em meu pescoço, senti uma descarga elétrica passar por todo meu corpo, levo minhas mãos até seus cabelos, bagunçando-os carinhosamente.

-O-O que pensa e-estar fazendo?- Falo com um pouco de dificuldade, tentando segurar os ronronados que insistiam em querer sair. Ele para os selinhos para olhar surpreso para mim.

-?

-Você sempre faz esse tipo de coisa com pessoas que nem conhece?!- Digo sorrindo torto e vejo o sorriso charmoso dele ser trocado por uma cara de bobo a qual achei extremamente fofa.

-Pelo jeito não está mais com medo.

-...

Não, no momento eu não sinto medo dele, mas quando seus olhos ficavam vermelhos e ele esbanjava sua aura demoníaca, sim, sentia medo, era atordoante, como se um leão estivesse perante um gato, me fazia parecer minúsculo, fraco. Como se não bastasse, o Winchester é um pouco mais alto que eu, com músculos definidos somados a todo o resto que o fazia excepcionalmente atraente o tornando ainda mais parecido com o animal.

-Dean...

-?

-Meu nome, Dean Winchester.

-Ah, sim, sei disso.

-Então você sabe quem sou- Fiz um sim com a cabeça. – Não vai se apresentar?

- Não precisa saber quem sou...

- Mas mesmo assim quero. Apenas me diga logo, sem doce. - O fato dele ser extremamente convencido irritava, quase tudo que saia de sua boca soava em um tom arrogante.

-Castiel Novak...

- Se não me engano é o irmão mais novo né?!- Afirmo novamente com a cabeça, vendo-o soltar um suspiro– Olha, se não ta afim de conversar então já vo indo, tenho trinta servos pra vigiar.

- Não vai me prender  e levar pro papai? Suponho que essa tenha sido sua missão no castelo.

-Agora não, não to muito afim, quem sabe outro dia.

Ele se vira para ir embora quando impulsivamente o seguro pelo braço, vejo-o gemer quase inaudível, só agora noto, que o seu braço direito está machucado, me pergunto o quanto aquilo deve estar doendo, e mesmo assim, ele o mexe sem demonstrar nenhum sinal de dor.

-Seu braço, oque houve com ele?- Dean olha o braço e volta a visão pra mim com o cenho franzido.

-Como você?

- Visão Angelical, ou algo assim. Mas e então...

-Ãhn... Problemas. De família- Responde tocando o membro ferido

-Seus pais fizeram isso com você?! Que coisa horrível! Monstruosa!- Dean ficou distantes.

-Não quero falar sobre isso. - Seus olhos verdes estavam mais escuros, frios

-Tudo bem. Vem cá, me deixe cuidar disso- Digo me aproximando, mas ele da um passo para trás. Pela primeira vez, por alguns segundos, sinto a sua autoconfiança diminuir, parecendo um pouco frágil e nervoso- Não vou te machucar. – Sorrio timidamente, voltando a me aproximar dele.

-Não conseguiria mesmo que quisesse. – Logo seu sorriso presunçoso e olhos brilhantes retornam, me fazendo pensar como ele conseguia ser irritante e apaixonante ao mesmo tempo.

Toco gentilmente no membro sentindo uma pequena retração no músculo provavelmente de dor, mesmo que sua feição não mudasse perante isso, seu corpo entregava que aquilo estava doendo; por não ser um ferimento tão leve, me concentro, canalizo minha energia na mão e em questão de alguns segundos seu braço está de volta ao normal. Me afasto um pouco, Dean mexe o ombro em círculos e depois fecha e abre a mão conferindo o meu trabalho.

- Wow! Então vocês fadinhas podem curar ferimentos também? multitarefas. 

- Anjos! Não fadas! E não, apenas eu posso, é como uma habilidade exclusiva; por exemplo, o Gabe pode ler a mente dos outros, o Lucy teleporta e o Miguel tem a capacidade física dez vezes maior que a nossa- Falei meio empolgado, mas logo fechando a cara ao ver o sorriso meio debochado de Dean.

- Foi mal, é que você está ai, em um minuto recuado e me olhando com raiva e no outro todo feliz contando sobre os poderes de seus irmãos para o inimigo, não pude deixar de achar engraçado. – seu olhar intercalava entre o meu e o chão, me dando nos nervos.

- Inimigo? Não te vejo assim. – Seus olhos pararam de observar o chão e foram de encontro aos meus, fazendo meu coração bater mais rápido e minha respiração começar a pesar- Q-Quer di-dizer, vo-você, me ajudou, hoje cedo, e-e...– me embolava nas palavras me sentindo um pouco patético, Vejo Dean se aproximar e recuo um pouco, mas o mesmo não para e sela nossos lábios em um movimento hábil. O beijo, diferente do outro no castelo, foi calmo e demorado, não foi algo que imaginei que pudesse acontecer, sendo ele um demônio tão voraz e bruto, sua língua pede passagem e eu a libero sem se quer perceber, o loiro tinha esse efeito em mim, me fazia agir como um bobo distraído e perdido, ele brinca com a língua dentro da minha boca mexendo com meu psicológico, decido utilizar a minha também, colando uma na outra algumas vezes, dançando entre o beijo; paramos apenas quando faltou ar, enterrei meu rosto em seu pescoço me permitindo sentir seu cheiro, uma mistura de baunilha, suor, cigarro e álcool. 

- Você gosta de ficar me fungando? Sabe, isso é muito estranho...- Ao ouvir isso me afastei um pouco zangado, até ver que ele estava corado; minha raiva toda se dissipou naquela cena adorável.

- No castelo, você me beijou para que seu amigo não visse meus olhos, e encobriu minha aura angelical com a sua luxuria não foi? – Ele apenas fez que sim com a cabeça – E dessa vez? Por que me beijar? – O loiro pareceu um pouco pensativo e franziu o cenho para responder.

- Precisa de um motivo?! Você é atraente e seu nervosismo estava me irritando. – E de novo seu sorriso de deboche me irritou – Só isso.

Não entendo direito o porquê mais me sinto puto, estava com raiva, dele, daquele tom de indiferença em sua voz, do modo como sua feição mudou de vergonha para deboche em instantes.

Dean- 18:30

“Só isso”, não, não era só isso, eu sabia, o que eu sinto vai muito além disso, mas não quero lhe dizer, me sentiria patético em admitir sentir apego por alguém que acabei de conhecer, um anjo ainda por cima, a raça que mais torturei e odiei em toda minha vida. Não havia como negar, com ele era diferente; claro que eu queria transar com Castiel, estava louco para joga-lo na parede e comer ele ali mesmo, mas não era só isso, sentia uma necessidade de me controlar, de controlar meus instintos. Perto dele fico mole, como se aquele moreno fosse um tranquilizante e também uma droga em que me viciei.

- Eu... – Minha mente parecia não me escutar, utilizar esse tom manhoso é algo que nunca fiz nem faria, mas junto dele pareço outra pessoa. Olho nos seus olhos azuis, aquele azul torna ainda mais difícil para eu manter o controle, eles me enlouquecem– Já que concertou meu braço, te devo uma. Então, pode pedir ou perguntar o que quiser.

- Mas você me salvou no castelo, então estamos quites- sorri de leve

-Não; considere como um “desculpa”, pelo que fiz agora pouco.

-Acha que pode compensar uma vida e a sanidade mental das pessoas com um “desculpe”?!- Ele estava zangado e eu não entendia o porquê. Para mim não passavam de humanos insignificantes e descartáveis como insetos. -Isso é serio mesmo?!– O moreno diz em tom de descrença, solto um sorriso torto em retribuição e ele logo continua- Mas, tem algo que eu quero sim...

- E o que é?- Digo concentrado esperando sua resposta.

-Mas isso não compensa o que você fez hoje!

-Ta, tudo bem, desembucha logo. O que quer?

- Você.


Notas Finais


E ai? espero estar aceitável, hehe
Só estou aqui pra dizer que não vai ter putaria pesada (AKA lemon) no começo ñ, respirem fundo.
Pra quem quer Sabriel, vai demorar, mim dixculpen ;--;
Eu não quero que o castiel transforme o Dean em um moço belo, recatado e do lar; gosto de escrever ele como um pau no cu ;-;
Enfim, deixem aquele feedback se possivel, se não, ta, ok. Q?
Bjunda e té semana q vem :x


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