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História Entre o céu e o inferno - Entre a mente e o coração


Escrita por: DD_Asawtthe

Notas do Autor


Eae frores
Eu não revisei esse capitulo tanto quanto gostaria, achei bem chatinho escrever ele, mas sla, foi meio necessário e o final compensou um pouco eu acho :x
Mas ta ae, vão lá vão :*

Capítulo 3 - Entre a mente e o coração


Fanfic / Fanfiction Entre o céu e o inferno - Entre a mente e o coração

Castiel-19:00

“-QUERO VOCÊ”

Percebo o que acabei de dizer e sinto minhas bochechas queimarem, Dean permanece me encarando indiferente apenas com um leve rubor. Trato de explicar ou ao menos tentar:

-N-Não quis dizer isso. Q-Quer dizer... E-Eu – Ele me interrompe ainda indiferente

- Quer que eu haja como seu informante, é isso? – faço que sim com a cabeça percebendo ele soltar um suspiro e o rubor em sua pele sumir. Agradeço mentalmente pelo mesmo não ter feito nenhuma piadinha ou comentário desagradável.

- Preciso descobrir onde está minha família

-Tudo bem, eu vou te ajudar, do jeito que eu puder.

-Sem mortes Dean!- Digo com minhas mãos em cima de seus ombros

-Pediu ajuda, e vou ajudar. Mas vai ser do meu jeito.- Ele retira minhas mãos de forma calma.

-Então nem precisa! Deixa pra lá. – Encaro seus olhos, como olhos tão bonitos podiam ser tão frios?!

-... – O loiro suspira – O que você tem ein, por que se importa tanto com a vida de simples insetos?

-São pessoas Dean. Como nós; são apenas mais frágeis.

-Exato! São fracos, foram feitos apenas pra apanhar e morrer – A indiferença com que ele dizia aquelas palavras me embrulhavam o estômago .

-Deixa pra lá. Eu esqueci. Você é um demônio... – Fiz que ia embora esperando que ele me parasse, mas quando virei ele não estava mais lá.

Na mesma velocidade que chegou foi embora, sumindo que nem um fantasma; como convivi com Lúcifer achei que já estaria acostumado a sumiços repentinos, mas com Dean foi diferente, vê-lo desaparecer doeu. Decido voltar para casa antes que Bobby chegue antes de mim e me dê um sermão. Vou até o fundo abrindo a porta de trás, que fica destrancada, afinal, não havia por que ficar trancada, se um ladrão entrasse sairia morto, e demônios e anjos ficariam presos pelas milhares de ciladas espalhadas pelo local. Subo as escadas tirando e jogando os sapatos de qualquer jeito, sigo para o quarto em que estava dormindo caindo de costas na cama, minhas dúvidas permaneciam e pareciam só aumentar.  Oque eu sabia era que os demônios não estavam apenas querendo ganhar espaço, queriam dizimar os anjos, e o loiro estava na capital para avisar aos humanos que quem mandava agora eram eles; minha família fugiu e me deixou pra trás, o porquê eu não sei, preciso encontra-los. A maioria das minhas dúvidas eram em relação a Dean winchester, suas atitudes simplesmente não faziam sentido, seu modo de pensar é totalmente deturpado, e mesmo assim, desde que ele sumiu sinto um vazio, um embrulho no estômago, uma vontade de vê-lo de novo. Sem perceber acabo pegando no sono.

Dean

Volto para a hospedaria em que combinei, Benny estava parado na frente da porta do local me esperando com cara de irritado, mas estou bem pior, ouvir Castiel falar aquilo, como se eu não tivesse sentimentos, me irritou, sai de lá antes que o machucasse.

- Finalmente né! Onde diabos você foi?!

-NÃO TE INTERESSA! EU NÃO TE DEVO SATISFAÇÃO ALGUMA!- Gritei o empurrando e passando direto

- Por que ta tão zangado?! Apenas fiz uma pergunta. – Ben me seguia pelo corredor

-Uma pergunta que não quero responder! – sorri sarcasticamente em sua direção

- Olha, realmente não tem que me dar nenhuma satisfação – fez uma pausa – Mas eu estava preocupado, apenas isso, não suma assim do nada. Okay?! – Respiro fundo tentando me acalmar, quando um de meus soldados aparece.

- Senhor, o senhor poderia me dar u- Antes que ele pudesse terminar levo minha mão até sua testa e com um peteleco faço um furo em seu crânio. Benny me observa por um tempo, estático e inexpressivo, logo depois suspira.

- O rapaz só queria pedir para ir conhecer a cidade, era a primeira vez dele aqui e você o matou assim... O que à com você Dean? – Permaneço em silêncio, agora mais calmo  pelo sangue espalhado no chão.

-Nada, estou bem.

-Não acho que esteja; mas mudando de assunto – Fez uma pausa- Estava te esperando por que senti um anjo na cidade.

- É, eu sei, e fui procurar, mas rodei a cidade inteira e não achei nada, deixa pra lá.

-Dean... – Benny segurou meu ombro me fazendo parar e encarar seus olhos azuis, que não consegui deixar de achar patético perto dos de Castiel. – Não sei o que está planejando, também não ligo se não quiser me contar; mas saiba que estou aqui, prometi lealdade e vou a cumprir não importa o quão errado você esteja. - faço um “sim” com a cabeça e entro no meu quarto, deixando o demônio preocupado para trás.

“Não sei o que está planejando” aquelas palavras rodavam na minha mente. O que eu estava planejando?! Não fazia ideia, desde que encontrei com aquele Novak a lógica havia me abandonado, a única coisa em que conseguia pensar era nas coisas que me continha para não fazer com ele, eu o queria como nunca quis nada na vida, e isso me matava e sufocava, querendo admitir ou não, aquele sentimento me perturbava. Vou até a janela e me segurando nas frestas entre os tijolos subo para o telhado da casa, deito lá e me permito observar as estrelas. Todas elas são tão brilhantes que me irritam, ficam lá indiferentes, quietas; sempre foi assim, ia procurar consolo as observando mas em nada adiantava, não fazia sentido esquecer os problemas apenas por estar vendo um ponto de luz inútil, tão longe. Começo a lembrar de coisas que me esforcei para esquecer, a morte de minha mãe e meu irmão, os surtos de meu pai, os assédios de meu tio; a minha infância miserável e patética, sinto vontade de fazer algo que não faço a anos; chorar. Minha mente me leva ao moreno de olhos azuis, ah, o que será que ele está fazendo agora? Fecho os olhos e me concentro tentando sentir a aura do anjo. Nada. Não havia sinal algum dele. Sinto as lágrimas insistindo em querer descer, mas seguro-as, não iria derramar uma se quer, não mais; nunca mais voltarei a ser um fraco, que chora e se lamenta por tudo, ninguém nunca mais vai pisar em mim; a única pessoa que ainda suporto é meu pai, e faço isso por Sammy, se dependesse da minha vontade, ele já estaria morto. “Deixa pra lá. Esqueci que você é um demônio...” as palavras de Castiel voltam a mim, é , sou sim, mas isso não é justificativa para como eu ajo, demônio é só um nome, o nome da minha “raça”, a maioria de nós são pessoas harmônicas, gentis, amorosas e honestas, usar isso como se fosse predefinido que demônios são maus só mostrava o quanto ele era ignorante, o quanto não sabia sobre nós, sobre o meu mundo; mas não o culpo, provavelmente isso foi cravado em sua cabeça quando pequeno assim como foi cravada na minha que, sejam humanos, anjos ou até seres da minha própria espécie, as pessoas são cruéis, e sobrevive nesse mundo quem é forte, ou seja, os desprezíveis, os que pisam nos mais fracos para conseguirem o que querem. O mundo é um lugar cruel.

Castiel – 20:30

Acordo com o barulho de uma porta batendo, levanto meio sonolento e desço para ver se quem chegara fora Bobby, e lá estava ele, jogava as chaves de casa junto a seu boné em cima da mesa. Pairava sobre si uma seriedade e nervosismo incomum, me pergunto se por conta das palavras e maldade de Dean mais cedo ou se por ter descoberto algo. O velho estava tão distraído que não me percebeu e ao olhar para minha direção tomou um susto.

- Droga Cas! Não me assuste assim, seu idiota. – Falou meio alto passando por mim e se jogando no sofá.

- Me desculpe, não foi a intenção. – Disse cabisbaixo

- Ah, ta tudo bem. – Bob parecia pensativo, passei alguns minutos o olhando, esperando que me contasse o que o incomodava, mas não contou. Já ia voltando para o quarto quando ele me chamou – Cas?

- Sim?- voltei a encara-lo

-Encontrou alguma coisa? – O encarei, devo estar meio pálido agora – Oque foi? Não achou que eu realmente pensei que você fosse ficar aqui esperando né?!- tento falar alguma coisa, mas não paro de gaguejar e me embolar com as palavras então desisto – Novak! Você é um adulto, pode fazer o que quiser, não vou te bater ou algo do tipo; só não quero que se machuque.

-O-okay.

- Mais uma coisa; queria te pedir um favor.

- O que é?

- Preciso da sua ajuda para prender Dean Winchester- por um segundo congelei, e ele pareceu perceber, continuando – Você viu o showzinho dele mais cedo não viu?! Sei onde está hospedado, não quero deixa-lo solto pela cidade, mas preciso da sua ajuda.

- Se você capturar Dean; o filho de Belzebu, não acha que ele vai revidar?! E vocês não tem mais os anjos para te protegerem...

- Não vai não. Ele é conhecido por ser um idiota que só liga para si mesmo. E destruir parte dos humanos não é bom para seus negócios.

-Ãhn, tudo bem- me esforcei para parecer indiferente – Suponha que seu pai não venha busca-lo, como pretende pegar ele? Quer dizer, ele derrotou toda a guarda do palácio.

-Basta retirar a espada de caim dele, e é esse o seu trabalho, ai posso usar métodos para simples demônios.

- Parece uma boa ideia, mas como diabos acha que vou conseguir fazer isso?!- levanto a sobrancelha e formo um sorriso sarcástico. Dean pode até não querer me matar no momento, mas ele não é idiota, nem burro; se preciso ele faria sem hesitar.

-Disse que o Winchester te deixou sair do castelo. Talvez possa se aproximar dele sem que ele te mate- Viro de costas e volto para o quarto, antes proferindo um “vou tentar”.

Meu estômago não parava de embrulhar, e meus pensamentos não saiam do loiro e das palavras de Bobby. Captura significava que ia rolar tortura, e depois morte. Eu mesmo já matei tantos demônios quanto Dean deve ter matado humanos e anjos, mas só a ideia de não tê-lo lá, doía, angustiava; ele era um dos meus únicos apoios no momento, sentia necessidade dele comigo. Vou até a varanda e fico olhando as estrelas; e meu deus, faz tanto tempo que não faço isso; desde que Gabe sem nenhuma razão se tornou distante, ele que sempre ia ao telhado do palácio para vê-las comigo, “talvez um dia possa observa-las com Dean”- penso.

- Haha, isso não parece muito do feitio dele. “Olhar as estrelas”- falo para mim mesmo em um sussurro

Fecho os olhos e tento sentir sua aura demoníaca, mas não a sentia nem quando estamos juntos quanto mais de longe. Como esperado, não acho nada, suspiro meio decepcionado, meio cansado e decido trocar de roupa e dormir.

Dean 20:20

Estava quase pegando no sono mas uma fragrância já conhecida me desperta, seu cheiro inunda todo meu ser e leva embora tudo que me afligia até pouco. Meu corpo se levanta e meus pés se movem em direção àquela sensação, pulando os telhados das construções; a cada passo meu coração acelerava e minha respiração ficava mais pesada, a ansiedade se instalava em mim de forma devastadora. Paro em frente a uma casa de porte médio, com um jardim que provavelmente só era regado pela chuva, as plantas e gramas morriam aos poucos; eu podia contar uma porta e três janelas no primeiro andar e no segundo uma varanda e é lá onde ele está, seus olhos azuis parecem distantes, perdidos em um tempo que eu desconhecia;  pensei em ir conversar, mas meus pés travaram no chão, eu havia sumido sem dizer nada, tudo bem que ele mereceu, mas foi uma atitude infantil, fora que não tinha nada para lhe dizer, então decido ficar ali o observando.

“Serio que estou hesitando?! Dean winchester nunca hesitou antes!”- penso

-Haha, isso não parece do feitio dele- Cas sussurra, mas consigo escutar com um pouco de dificuldade.

“No que será que está pensando, não é comigo de qualquer jeito então por que isso me interessaria?! Credo, além de hesitante estou inseguro?!”  Sou tirado de meus pensamentos com o moreno virando e saindo da varanda indo em direção ao guarda roupa, ele tira a camisa social fazendo meus olhos deslizarem por cada traço de sua coluna e nuca, onde seu cabelo meio bagunçado era muito fofo e os músculos não tão definidos do braço e costas ainda pareciam extremamente tentadores. Os pensamentos envolvendo saborear cada parte de seu corpo voltam a minha cabeça, mordo forte o lábio na tentativa de afasta-los, mas só serve para sentir o sangue escorrer e o gosto de ferro preencher minha boca. Castiel pega uma camisa branca dentro do armário e vira de frente para mim, ajeitando para vesti-la, minha visão passa para sua barriga e peitoral fazendo meus pelos se arrepiarem, o desejo parecia só aumentar a cada pequeno movimento dele.

-Se você não botar essa camisa logo eu vou enlouquecer- Falei para mim mesmo. 24 horas sem sexo, acho que nunca fiquei tanto tempo sóbrio assim; eu ia acabar perdendo o controle. Quando ele finalmente colocou a blusa percebi minha cauda balançando agitada, sempre consegui manter meus “sintomas” demoníacos recolhidos, mas com ele minhas emoções ficavam tão fortes que não conseguia controla-los. Meu coração que antes batia acelerado, quase explodindo, se acalma voltando a frequência normal e como não estava me incomodando decido deixar o rabo lá. Castiel apaga a luz e deita na cama, permaneço ali o observando por mais um tempo até que ele pegasse no sono.

“O que estou fazendo da minha vida?! Pareço um stalker psicopata” –penso

Pulo para a parte da varanda coberta pela cortina; agacho e me concentro na minha audição, ouço televisões ligadas, passos de algumas pessoas que ainda estavam pelas ruas, as ondas do mar batendo na areia, todas aquelas pessoas agindo naturalmente, apenas vivendo, me enjoava; Captei os barulhos da casa antes que acabasse vomitando, fora Castiel havia mais alguém, o barulho do bule com água fervendo no cômodo de baixo significava que, ou o Novak ia pôr fogo na residência ou tem outro ser ali; sinto a respiração do outro homem e rio um pouco com isso, “parece que ele não é um esquecido”, enfim me foco no moreno na cama do outro lado da cortina, tanto os batimentos quando sua respiração estavam calmos e regulares, ele já deve estar dormindo.

“Dormiu em 5 minutos, haha.” –penso me erguendo do chão e entrando no quarto.

Olho em volta em um sinal de precaução e me aproximo lentamente do outro, apesar de estar em uma cama de casal, Cas, diferente do que eu julgo normal, não estava esparramado na cama, ele ocupava apenas um dos lados, o que me fez soltar um riso nasal. “Parece até que você está me esperando”. Deito devagar de barriga pra baixo com metade do meu corpo no móvel, meus joelhos tocando o chão de um jeito que caso precisasse eu pudesse levantar de forma rápida. Apoio minha cabeça com meu punho e fico ali observando o movimento de seu peito, subindo e descendo calmamente; sua boca entreaberta por onde saia e entrava parte do ar, analisando todo o seu rosto, cada linha. Inclino um pouco a cabeça para o lado; o moreno é realmente muito bonito, tudo nele parece ter sido desenhado com um extremo cuidado, esbanjando serenidade. Levo minha mão os fios negros que, desarrumados, caiam pela sua testa, e sutilmente os jogo para trás.

-Ah, o que estou fazendo?!- Falo baixo desviando do rosto de Cas e levando minha cabeça em encontro ao colchão. Pensei em ir embora, mas meu corpo não conseguiu se mexer pois mãos começaram a tocar no meu cabelo de forma suave, vez ou outra alisando a parte de trás de minha orelha com o polegar, eu sabia muito bem de quem eram aqueles toques, e isso só torna mais frustrante, o fato de eu não conseguir controlar minhas ações perto dele, não tenho como me afastar nem se eu quisesse; acabo soltando ronronados, mas não me importava com eles, não agora, talvez mais tarde eu me atormentasse com isso, mas aquilo estava bom de mais para para-los, apenas fecho os olhos e aproveito o momento.

-Parece um gato- A voz baixa meio sonolenta saia acompanhada de risos. Eu viraria para ele e reclamaria, mas se virasse corria o risco dos carinhos pararem, e eu não queria isso. – Quero dizer, o seu rabo, balançando, haha, é meio engraçado, meio fofo.

“Ah, eu deixei ele solto, verdade.”- penso

- Não vai dizer nada? Não está surpreso por eu estar acordado e talz?! – O moreno pergunta

-Estou...

Castiel 20:50

A verdade é que não vi o loiro propriamente dito, me observando do lado de fora, mas algo muito perto do que senti no castelo parecia estar lá perto, sua esbanjada aura de luxuria. Aquilo me assustava mas também me fazia ter um enorme desejo. Apenas deitei e esperei, lutando para me manter acordado até que ele tomasse uma decisão do que ia fazer.

-Dean?

-Eu...?

-Por que veio até aqui? -Ele permaneceu algum tempo em silencio como se pensasse sobre.

-Não sei...

Dean se mexe fazendo com que eu prestasse atenção em seus movimentos e parasse os carinhos, logo ele se aprofunda na cama chegando mais perto de mim e enterrando a cabeça em meu peitoral, escondendo-a ali.

Não pare, por favor... -Sua voz saia abafada pelo meu corpo

O Winchester havia pedido “por favor”, com certeza algo não estava certo. Me pergunto o que está passando na sua cabeça, talvez algo esteja o perturbando, volto a acariciar seus fios.

-Você está bem?- Pergunto mas não recebo resposta- Não precisa responder; é só que isso é muito...

-Estranho?! – Dean tira a cara do meu peito e me encara, seus olhos levemente abertos- É... Tem um demônio na sua cama pedindo por atenção, não é algo que acontece todo dia. É estranho e patético, eu sei.

-Eu ia dizer inesperado- Ele inclina a cabeça para o lado em um ato de confusão extremamente... adorável?! Permanecendo em silêncio um tempo, voltando a deitar sobre meu corpo.

- Estou bem, eu acho... Não sei. – Continuo os movimentos em seu cabelo, vendo-o aos poucos pegar no sono.

-Não devia ter vindo- Sussurro para mim mesmo pois o loiro já deve estar dormindo- E agora? O que eu devo fazer?- suspiro

Passo minha mão sutilmente pelo corpo de Dean a procura da espada encontrando-a em uma bainha presa na sua cintura, tiro a cabeça dele de cima de mim com cuidado para não acorda-lo, retiro a arma e levanto da cama, vou em direção a saída do quarto parando na porta para olhar para o loiro deitado ali, dormindo serenamente mas uma vez.

-Cas...- ouço sua voz sonolenta chamar meu nome e meu coração dispara, talvez ele me matasse agora, não havia como saber, o Winchester é imprevisível . – Cas!

Me aproximo dele e quando chego perto, para minha surpresa, o mesmo estava dormindo, estava chamando meu nome, dormindo. A culpa começou a me consumir, eu não podia fazer isso com ele. “Que droga Winchester! Por que você tem que agir assim todo fofo comigo?!”- pensei.

-Cassie!

-Pssiiu. Estou aqui Dean, vou ficar aqui okay?!- Falei em seu ouvido enquanto alisava seu cabelo. Já ia devolvendo a espada de Caim ao seu lugar quando um barulho de tiro seguido por um grito reprimido ressoa pelo quarto. Dean se levantou em um piscar de olhos, ficando acuado em uma das paredes do cômodo com a mão apertando sua própria coxa como um animal abatido; a perna sangrava muito e seus olhos vermelhos esbanjavam raiva olhando para algo atrás de mim, me viro para descobrir o que ele observava, era Bobby segurando uma espingarda. O loiro faz menção de ir em direção ao mais velho mas no primeiro passo ele cai no chão gritando descontroladamente, por impulso corro me ajoelhando perto dele, que não parava de gemer de dor.

- MAS QUE DROGA VOCÊ ATIROU EM MIM?!FILHO DA PUTA!- berrou em meio a arfadas e gritos

-São balas com ciladas do demônio desenhadas; engole essa, seu idiota! – Bobby diz com uma cara convencida.

-Cas...- ele fez uma pausa tentando segurar os gemidos e fitou meus olhos. – Me devolva, a espada.

Eu não conseguia dizer nada, precisava escolher um lado, mas meu cérebro e meu coração não entravam em um consenso, Dean estava ali ferido, sofrendo, seus olhos verdes desesperados nos meus azuis, faziam meu peito doer imensamente e eu não fazia ideia do porque doía tanto, mas sabia que se devolvesse a espada para ele o velho estaria morto, e não queria isso, gostava de Singer e precisava dele. Me levanto e me afasto um pouco do demônio largado ao chão, trocando olhares com Bobby e me mexendo para perto dele, recebendo um olhar triste de Dean, que desvia a cabeça a jogando no chão em um sinal de desistência.

- Me dê a faca Cas- O mais velho diz

- Não, eu a peguei, eu fico com ela fica. – Disse saindo do quarto, Singer pareceu concordar e me deixou ir tranquilamente.

-Vou leva-lo lá pra baixo. Se pretender vir ver não traga a espada. Mantenha-a bem longe dele.

-OKAY!

Assim que saio do quarto desfaço minha pose de durão e corro para o banheiro do andar de baixo me trancando lá e escorregando até o chão colado a porta, permanecendo sentado ali enquanto as imagens de Dean jogado no chão gritando voltavam a minha cabeça e as lagrimas começavam a cair. “Eu escolhi isso, e eu nem conheço-o direito, então por que estou chorando?!” -falava para mim mesmo, mas não conseguia controlar os sentimentos que me atormentavam, então apenas desisti e permaneci ali, desmoronando, por não sei quanto tempo.


Notas Finais


Então galera foi isso ae kk
A partir de agora o Dean vai ficar full pistola e escroto :/
Na minha opinião com motivo, o Cas foi mto sacana com ele ;---;
Enfim, bjundas e té semana q vem ( se os deuses dos jogos e da falta de inspiração ajudarem)


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