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História Entre o Sol e a Lua - Capítulo 9


Escrita por: SamOne

Capítulo 9 - Capítulo 9


Bom dia cidadãos da ilha XVII! É com um enorme prazer que anuncio que estarei à frente das notícias durante essa ditadura. Foi uma honra ser escolhida e… esse roteiro não tem pé nem cabeça. Por fim, estaremos nessa até segundas ordens. Por hoje à notícia é, aproveitem o dia como qualquer outro, nada mudou. Parece que é isso, boa sorte.

Era meu primeiro dia de trabalho, cheguei na hora, e ele ditou as regras. E elas se resumiam a: Chegue na hora e faça o que eu disser. Nada como trabalhar para um megalomaníaco. Ainda não tinha voltado a falar com o David, e nem pretendia, ele nos abandonou totalmente. Pelo menos estava sendo útil na polícia. Atrás a prefeitura havia uma passagem secreta que levava ao porão, onde era o escritório do Luna. Era um lugar até arrumadinho e altamente tecnológico. Ele me indicou meu local de trabalho e eu fiquei lá. O que eu tinha que fazer era catalogar arquivos, cuidar da agenda, apertar alguns parafusos, trazer café. Fazia de tudo. Era um pouco cansativo trabalhar naquelas condições escravistas.

Um dia, estava escrevendo um artigo sobre o que estava acontecendo mundo afora e ele estava no laboratório tentando consertar um erro em uma arma ou algo do tipo. A porta do laboratório estava meio aberta e da minha cadeira conseguia vê-lo trabalhar, era lindo como ele colocava a alma naquilo. Mas as vezes colocava alma demais. Do nada ele teve um ataque de raiva, totalmente inesperado.

-Mas que droga!

Ele gritava, xingava tudo e todos com os piores palavrões possíveis, quebrou diversos objetos e me pareciam importantes. Inicialmente fiquei com medo, mas não podia deixá-lo estragar o seu trabalho por nada. Eu entrei no laboratório com o objetivo de acalmá-lo.

-Ei…- Ele não escutou- Ei. Para com isso!

Ele olhou pra mim, estava ofegante, fora de si. Virou e encarou alguns papéis. Começou a arrumar a tragédia que tinha feito e eu me juntei a ele. Erik não falou nada, não emitiu um som sequer. Ele se encarregou de juntar e reorganizar os papéis e peças, eu cuidei em limpar o local e reorganizar as ferramentas. Varri cacos de vidro, limpei óleo derramado e até conversei uma chave de fenda quebrada. No fim, estava tudo melhor do que antes. Menos Erik, ele estava abatido e confuso.

-Ei, não tenha medo.- pus a mão em seu ombro para acalmá-lo- seja o que for, você vai conseguir resolver. Sei que vai.

Ele continuou calado, sem nem olhar pra mim. Me retirei e fui até a cozinha, peguei um pouco de água, biscoitos e um energético que ele ama, e deixei numa mesa que tinha no laboratório. Ele nem percebeu minha presença, estava concentrado demais, mas uma hora ele ia ver a comida. O importante é que se acalmasse. Depois do ocorrido, ele começou a me tratar melhor. Aos pouco é claro, mas depois de uma semana ele até pareceu ter coração.

-Desculpe, não lido muito com pessoas. Meus projetos geralmente demoram a ficar prontos e enquanto isso não saio daqui.

-Tudo bem, não é tão ruim.

-Olha, eu pensando em fazer um evento para alegrar mais a cidade. Não é esse o plano, precisamos viver normalmente enquanto ele é executado.

-Há mais pessoas envolvidas? Mais vilões?

-Vilões?- ele caiu na gargalhada- você não está pronta para isso, ainda acha que tudo se resume em o bem contra o mal. Por favor, me passe aquela chave de fenda.

Passei a chave, admirada pelos modos que ele tinha aprendido no decorrer das semanas.

-Parece que a fera está virando príncipe, parabéns.

-Faço o possível



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