Anteriormente:
*Adelaide- Cuidado, preste atenção por onde anda sua desastrada.
Nathaniel- MÃÃÃE?*
Adelaide- Mãe não progenitora, por que sua mãe mesmo eu não quero ser!
Valérie- E Nathaniel deve dar graças a Deus por você não querer ser mãe dele!
Adelaide- O que você disse?
Valérie- Eu gaguejei? Ou você é surda?
Adelaide- Quem você pensa que é?
Valérie- Eu sou a mulher que jamais expulsaria um filho de casa por preconceito, aliás, eu sou mulher já você é uma cobra.
Adelaide- Você não me conhece para...
Valérie- Eu conheço você sim, você é o tipinho de pessoa que quer que todos pensem ser perfeita e ter a família perfeita, mas a família perfeita não é formada de filhos héteros que vão encher a casa de netos, a família perfeita é formada por filhos de todos os jeitos e gêneros e de qualquer sexualidade, a família perfeita é formada de amor e carinho. Coisa que a minha tem e sempre terá de sobra, e agora eu queria te agradecer, pois o filho que você não quer, é o que eu sempre quis! E não precisa se preocupar, o tanto de amor que eu vou dar para ele vai fazer com que ele jamais te procure novamente.
Minha mãe virou as costas depois do “lacre” e já ia começar a andar quando a mãe do Nath começou a gritar.
Adelaide- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FALAR ESSAS COISAS, VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE ESSE GAROTO.
Valérie- Realmente, eu sei muito pouco sobre ele, eu sei que ele é um excelente aluno e tem as melhores notas da escola, sei também que ele tem muitos amigos que o adoram, sei que ele é esforçado, sei que ele é carinhoso, meigo e educado, e sei que ele faz meu filho feliz. Isso para mim é mais que o suficiente.
Adelaide- Se gosta tanto dessa coisa, pode ficar eu não faço questão de ter um filho gay.
Valérie- Você não tem coração.
Jean- Vamos querida, já basta!
Tenho certeza que se meu pai não interferisse as coisas ficariam feias, apesar do pequeno conflito nosso passeio em família continuou e logo fomos para uma lanchonete que minha mãe sempre gostou, pedimos nossos lanches e minha mãe puxou a cadeira para sentar ao lado do Nath, ela lhe deu um abraço e um beijo na bochecha.
Valérie- Querido, não se abale com isso, não é o fim do mundo e mesmo que você não tenha o amor deles, você tem o nosso! Eu cuidarei de você como se fosse meu filho e mesmo que eu passe a maior parte do tempo longe eu juro que farei de tudo para que se sinta sempre amado!
Nathaniel- Obrigado tia Valérie.
Estava tudo ótimo até alguém nos jogar suco e quando vimos foi a mãe do Nathaniel.
Adelaide- Vocês são patéticos, eu o deixaria na rua, jamais acolheria um gay, ainda mais se ele ficasse agarrando meu filho, vocês são ridículos, jamais terão netos desse jeito. Parece que não pensam no futuro.
Valérie- Você parece não entender as coisas, não nos interessa ter um monte de netos, nós queremos apenas ser feliz independente de ter a casa cheia, e eles podem sim nos dar netos!
Adelaide- Não podem não, eles vão máximo adotar uma criança remelenta que jamais terá o mesmo sangue que vocês.
Valérie- Não me importo de eles adotarem uma criança, vai ser nosso neto de qualquer forma, tendo ou não nosso sangue. Além do mais, adotar é um gesto tão nobre.
Adelaide- Jamais será nobre como eu e você parece ter uma solução para tudo espertinha, arrume uma solução para isso então.
A mãe do Nathaniel partiu para cima da minha mãe e estava preste a lhe dar um tapa quando Nathaniel se pôs a frente levou o tapa no lugar de minha mãe.
Nathaniel- JÁ CHEGA! CHEGA DE MACHUCAR AS PESSOAS. Eu não vou permitir que faça isso, você sempre foi assim, sempre gostou de humilhar os outros, sempre se achou superior a todos só por que veio de uma família “nobre”. Que tipo de nobreza faz isso? Se ser nobre como nossa família é ser arrogante e mal educado, eu prefiro não fazer parte dessa família!
Adelaide- Como ousa encostar em mim? Fez-me sujar minhas mãos com você e vai se arrepender por isso.
Valérie- Obrigado por me defender querido, mas não era necessário!
Minha mãe se colocou na frente do Nath e ficou de frente para a mãe dele e lhe deu um tapa bem no rosto.
Valérie- Não ouse jamais encostar um dedo nos meus filhos sua vadia nojenta.
Adelaide- COMO OUSA?
Eu me pus à frente e fiquei bem sério e a olhei nos olhos, meu corpo inteiro fervia de raiva e por um momento pensei que seria capaz de mata-la com um olhar.
Castiel- Acho melhor você dar o fora daqui, eu tenho sido paciente e bonzinho, mas não respondo por mim se você se atrever a fazer mais alguma coisa contra MINHA mãe ou MEU Nathaniel!
Ela me olhou assustada, e não era para menos eu tive medo de mim nesse momento. Ela deu as costas e foi embora praguejando. Sentamo-nos novamente e minha mãe sorriu pro Nath que me olhava assustado.
Valérie- Bom isso não vai estragar nossa noite em família, e parece que nosso lanche está chegando.
Nosso lanche chegou e nós começamos a comer, eu ainda estava com raiva, como aquela mulher pôde dar um tapa no MEU loirinho, e como se atreveu a levantar a mão para bater na minha mãe, se ela fizer algo parecido novamente eu vou ser preso com certeza.
Terminamos nosso lanche e continuamos a caminhar pelo shopping, minha mãe viu que tinha um filme que ela queria assistir em cartaz, mas eu já tinha assistido e Nath também, então ela nos deu dinheiro e disse para continuarmos passeando, pois ela assistiria ao filme com o papai. Eu e Nathaniel ficamos dando voltas pelo shopping e olhando vitrines, até que passei na frente de uma loja de joias e vi algo que Nath gostaria, pedi para ele ir comprar um sorvete para nós e enquanto ele foi eu entrei na loja, pedi à moça o que queria e sai para esperar Nathaniel voltar, logo ele voltou com um sorvete em mãos.
-O que você comprou?
-É surpresa e você logo descobrirá.
Tomamos o sorvete juntos e Nath parecia nunca ter comido um pelo tanto que se lambuzou.
-Hahahaha, você nunca tomou um sorvete antes loirinho?
-Já Tiel, mas eu sou um desastre.
-Você é muito fofo
Roubei-lhe um beijo e ele ficou extremamente corado.
-Castiel, as pessoas estão vendo!
-Não me importo.
-Ah, pare, me diga logo o que tem ai!
Eu tirei da sacola uma caixinha e mostrei para o Nathaniel dois colares com pingentes um deles era o rosto de um gatinho e o outro de cachorrinho.
-Nath, você fica com o de cachorrinho, que sou eu, e eu fico com o de gatinho que é você!
-Tiel eles são lindos!
Logo acabou o filme e mamãe e papai voltaram, para então irmos para casa, tivemos um dia incrível apesar que tudo, e teremos uma noite maravilhosa com certeza.
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