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História Entre Reinos! - Segredos


Escrita por: Lupina2 e Felina1

Notas do Autor


Lupina: Oiee gente! Bem vcs não estão vendo muito a felina é pq ela esta sem net no pc.
Trazemos mais um cap, esse ta bem fofinho, mesmo que a principio nossa intenção não fosse essa kkkkkkk, talvez pra preparar seus corações para que estar por vim kkkk
Teremos uma lembrança do Lóis, e esta está indicada em italico.
Um cheiro e nos deixem sabem o que acharam.Fantasmas digam oi

Capítulo 17 - Segredos


 

 

Já caminhavam há horas, por causa da distância não galopavam a fim de não maltratarem os pobres cavalos. Will ia à frente guiando o grupo tendo Lóis ao seu lado, estavam calados, talvez muitas dúvidas giravam em suas mentes mais o medo das respostas os faziam preferirem o silêncio.

Henry não desgrudava do marido preocupado com ele, Lucca estava se fazendo de forte, mais o tigre temia que a pancada tivesse sido mais impactante do que o coelho queria demonstrar.

Hanna mantinha-se afastada do grupo poucos centímetros, pois queria por sua mente em ordem, estava preparando todas as perguntas e afirmações que faria quando se encontrasse com Fenrir, sabia que ele estava por perto, ele havia prometido que não se afastaria do grupo, mais não podia ser visto nem por eles muito menos pelos deuses, não poderia interferir em nenhuma prova.

Oliver até tentou se aproximar um pouco de Ravena, claro que com a intenção de lhe tirar informações valiosas sobre os planos dela e do reino, queria saber se os lobos brancos estavam preparando uma espécie de motim com o antigo conselheiro. Mais a princesa fora vaga em todas suas respostas e não deu abertura alguma para o rei investir mais ou obter informações, então o filho do  alpha achou melhor deixar aquilo quieto, pelo menos por hora.

- Acho melhor pararmos para acampar. Aqui parece um bom lugar. – Will disse diminuindo os passos do cavalo, até para-lo totalmente.

- Não deveríamos acampar em um lugar mais próximo de água ou estrada? – Ravena perguntou com ar entojado.

A loba branca não era assim normalmente, mais havia ouvido falar que os lobos de Okami se achavam melhores, e não os consideravam bons o suficiente para ter uma autoridade própria, por isso tinha que mostrar que não era assim. Ela tinha o objetivo de mostrar que os lobos brancos sabiam se cuidar sozinhos e eram tão fortes e inteligentes quanto os outros, talvez fosse apenas uma necessidade muito grande de se auto provar, já que rainhas solteiras não eram vistas com bons olhos. Mais se Hanna havia conseguido ela também iria.

- Tem um rio aqui perto, mais aqui é melhor por ser mais escondido de possíveis ladrões de estradas, e por ter várias vias de fuga. – Will explicou apontando as passagens, ele mesmo havia acampado ali quando estava indo para Quimera, já estavam dentro das terras da floresta central, mais em uma parte que era comum os humanos ou shifter’s passarem, a parte mágica ainda estava longe dali poucos seres de seu mundo arriscavam a passear por ali, sabendo o perigo que corriam.

A princesa não disse mais nada, viu que ele tinha razão.

Assim todos desmontaram de seus cavalos e prepararam tudo para passar a noite, em pouco tempo tudo se tornaria escuro. Como era uma viagem de urgência, e que requereria rapidez, não montaram barracas, apenas uma fogueira no centro e todos se deitariam ao redor formando um círculo a fim de se esquentarem quando as chamas se apagassem.

Cada um se encarregou de uma tarefa, quase que automaticamente, sem precisar muitas palavras ou nada parecido. Na verdade todos pareciam evitar conversas, cada um preocupado com suas particularidades, mais todos compartilhavam de um único medo, mesmo que não soubessem: O medo do inesperado.

Lucca foi com o marido pegar lenha para fogueira, enquanto Oliver foi ao lago próximo com Will e Lóis para dar água aos cavalos e pescar. Hanna e Ravena ficaram encarregadas de  prepararem a comida, apesar de nenhuma delas gostarem muito de cozinhar.

- Isso me lembra um pouco da vez em que saímos em busca da Luna, foi quando começamos a nos conhecer. – Henry disse a Lucca enquanto catavam os gravetos para a fogueira.

- Verdade, mais eu não fazia ideia de que ia me apaixonar tão perdidamente pelo tigre metido. – Brincou e Henry fez cara de ofendido, puro drama, e Lucca sabia.

- Pois eu sempre soube que estava caindo de amores por ti, desde que te vi pela primeira vez e esse seu cheiro me prendeu. – Respondeu indo para próximo do marido e lhe beijando no pescoço carinhosamente.

- Mais eu não exalava cheiro algum. Estava sob feitiço. – Pediu curioso.

- Então talvez tenha sido a falta de cheiro.- Riu e deu de ombros continuando. – De qualquer forma, eu sabia que me apaixonaria por ti, e não estava errado.

Lucca sorriu. Sua vida com Henry era agitada e às vezes complicada, graças aos seus cargos importantes e seus poderes, mais ter simples momentos como aquele era divino, mesmo sua mente lhe lembrando do por que estarem ali.

- Acho que já está bom, vamos logo antes que fique ainda mais escuro e não possamos ver mais o caminho de volta para o acampamento.

Lucca deu de ombros e fechando os olhos, irradiou uma luz tão forte que mais parecia dia e não o comecinho da noite, e olhando para o marido com desdém sorriu.

- Às vezes esqueço que sou casado com uma lanterna humana. – Recebeu um pequeno graveto na cabeça. – Não vou liberar essa. – Ameaçou e correu atrás do marido, mesmo os dois estando com as mãos cheias de madeira.

Lucca tropeçou nos próprios pés e caiu espalhando tudo e deixando o marido louco de preocupação.

- Coelhinho... Céus! Machucou? – Pediu atordoado.

- Acalme-se Henry, foi só um tropeço. Não vou quebrar. Andas tão desesperado. – Disse estranhando todo aquele cuidado do tigre.

Henry apenas acenou e ajudou o marido a levantar, pela vontade do tigre Lucca estaria dentro de casa muito bem protegido e paparicado, mais já que precisavam estar ali, cuidaria ao máximo do menor.

- Vamos de uma vez. – Lucca disse se pondo em pé e juntando os gravetos novamente, seu corpo ainda brilhava, o que ajudou muito a acharem o caminho, pois a noite já havia caído.

Assim que chegaram, as garotas começaram a aquecer a sopa com algumas verduras que tinham trazido, quando Oliver trouxe os peixes os assaram e puderam comer, ainda em um quase silêncio. Era estranho, até os grandes amigos pareciam calados demais, mais ninguém estava com muito animo para começar conversas.

- Farei o primeiro turno. De duas em duas horas trocamos. Quem deve acordar para me substituir? – Oliver perguntou.

Estava tomando as rédeas da situação e mesmo a maioria ali tendo a mesma autoridade que ele ninguém estava se importando com isso, talvez apenas Ravena.

- Posso te substituir. – Hanna disse e cada um foi escolhendo o momento que ficaria de guarda.

Não era uma região perigosa, mais sempre era prudente ter alguém de vigia.

Pouco depois da escolha de turnos, todos começaram a se deitar preparando-se para dormir, Henry abraçou fortemente o marido, que não hesitou de se aconchegar o máximo possível nos braços fortes do tigre. Oliver sorriu com aquela cena e seu coração doeu por estar longe de seu lobinho e de sua linda filha. Lembrou-se então de um dos muitos privilégios de ser rei e sucessor do alpha, podia se comunicar com o marido mesmo se estivesse muito distante, como uma ligação, mais como os telefones de seu reino eram grandes, pesados e incapazes de funcionar sem eletricidade, era a melhor opção que tinha para matar um pouco pelo menos da saudade.

........................

No castelo de Okami James estava caminhando de um lado ao outro do quarto com a pequena Sophia em seus braços, a menininha custava a pegar no sono, talvez com saudade do outro pai que era quem geralmente lhe colocava para dormir.

- Vamos pequena, já está tarde. – Dizia enquanto a sacolejava nos braços alisando vigorosamente suas costas, na tentativa falha de lhe ninar.

- Papai... – Choramingava. James sabia que ela chamava pelo rei, geralmente falava papá quando queria se referir ao lobo menor.

- Ele está longe, mais se dormir, mais rápido vai vê-lo. – A menina continuava a choramingar, deixando o lobo ainda mais nervoso.

- James? – Luna chamou de leve, batendo na porta do quarto. E ouviu um pode entrar do cunhado.

- O que houve? Ela está sentindo dor? – Pediu preocupada com a sobrinha.

- Saudade de seu irmão. Ele a acostumou a dormir ouvindo histórias, e por mais que conte um milhão delas não consigo fazê-la dormir. – Soltou frustrado enquanto entregava a menina à tia.

- Pronto Sophi, quer que tia lhe conte a história da bela adormecida? – Pediu carinhosa e colocando a pequena sobre a cama.

Sophia sorriu pra tia e se acalmou. James jogou os braços pra cima depois os soltou ao lado do corpo, completamente derrotado.

- Eu não acredito nisso. – Disse meio zangado.

- Talvez seja o cheiro. Devo ter o cheiro do Oli. – Luna sugeriu alisando a menina e começando a história.

Antes que James retrucasse e dissesse que não era nada disso e que sua filha gostava mesmo era de vê-lo louco, ouviu uma voz. Não qualquer uma, a voz que sempre estivera em sua cabeça, que sempre fazia com que os pelos de seu corpo arrepiam-se, e dessa vez não foi diferente, a voz da pessoa por quem sempre fora apaixonado, seu primeiro e único amante.

- Oli... – Choramingou, teve quase certeza de que estava ficando louco.

- Oi bebê. Estou com saudade. – A voz disse e James imaginou seu marido o olhando bobo e alisando seu rosto.

Afastou-se da cunhada e filha, se era mesmo o esposo era melhor ter aquela conversa longe.

- Como isso é possível. – Mesmo sendo dentro de sua mente, ele não conseguia falar sem emitir som.

- Nosso vínculo. Por ser sucessor do alpha, ele tem um alcance maior. Mais como esta nossa princesa? – Pediu pela filha, estava igualmente com saudade dela.

- Tentando me enlouquecer. Ela é igualzinha a você, teimosa. – Brincou. – Não queria dormir de forma nenhuma, só pedindo por ti, foi só a Luna a pegar, que já esta ali na cama fechando os olhinhos. – Disse e olhou para as duas meninas de seu coração.

- Oh, estou louco para voltar. – Oliver lamentou. – Conversaram mais um pouco e Oliver contou o que havia acontecido com Kangae e como estava sendo a viagem.

A conversa foi encerrada quando Hanna chamou Oliver para trocarem o posto e o rei fora descansar um pouco para a viagem do dia seguinte.

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Hanna estava mastigando um pedaço de peixe, que havia sobrado do jantar, quando sentiu certa presença.

- Pode aparecer, sei que está aí Shén. – Disse sorrindo, mostrando que o grande lobo não podia se esconder dela.

- Como soube? – Perguntou confuso.

Hanna olhou o amado, ele estava diferente, com outra aparência. Há certo tempo Fenrir havia voltado ao seu hábito de mudar de aparência, era algo que realmente gostava de fazer, mais tinha parado quando começou o relacionamento com Hanna, a fim dela não o desconhecer. Mais a coiote era realmente fantástica e Fenrir tinha cada vez mais certeza disso, pois ela mesma havia lhe dito que poderia voltar a se transformar, ela sempre saberia quem ele era, ela tinha completa razão.

- Está lindo assim. Gostei do rosto liso, sem o cavanhaque. – Disse sorridente o beijando de leve enquanto alisava seu queixo. – Eu sempre sei quando está por perto. – Sorriu esnobe.

- Até quando te espio tomando banho nua na cachoeira? – Perguntou se sentando ao lado da rainha sobre um tronco de árvore.

- Nunca fiz isso. – Ela garantiu.

- Mais deveria. – Ele gargalhou, mais findou ao ver o rosto sério da amada.

- Temos que conversar? –Perguntou já sabendo a resposta.

- Sim. Escondeste-me coisas demais. Por que não me contou que era sua tia por trás dos ataques? Eu te perguntei. Mentiu para mim.– Tinha um tom baixo em respeito aos que dormiam, mais claramente magoada.

- Me perguntou se eram meus pais, e realmente não eram. Não podia te contar. Querida, os deuses têm regras demais, principalmente quando se trata de manter mortais longe, não quero quebrar uma delas e ter que ser forçado a me manter longe de ti. Seria um martírio terrível pra mim. – Falou baixinho e passou o rosto lentamente no rosto da mulher, a fazendo sentir cosquinhas com o contato com o rosto liso.

- O que mais me esconde? – Pediu cedendo ao carinho que o outro fazia, não conseguia se manter muito tempo irritada com o lobo.

- Fui convidado a me tornar um deus elementar. Algo que sempre quis. – Soltou deitando a cabeça no colo da coiote, precisava daquele contato gostoso com ela. Ele se descobrira incrivelmente preso a Hanna e sem vontade nenhum de ficar livre daquilo.

- Isso é bom não? Não entendo muito das regras divinas, mais acho que seria como uma promoção? – Perguntou afagando os cabelos negros, e lisos daquela aparência que o outro exibia naquela noite.

Se algum dos que estavam naquela jornada, acordasse naquele momento diria que Hanna estava traindo o grande deus lobo, pois aquele em seu colo nada se parecia com a imagem que Fenrir havia adotado perante eles.

- Sim, ótimo na verdade, só tem um único problema. – Disse sem se atrever a levantar, não queria ter que olhar nos olhos dela quando lhe desse a noticia.

- Que seria? – Ela incentivou.

- Como deus elementar, eu teria duas vezes mais poder, mais com isso veria a responsabilidade de me manter afastado dos mortais, já que poderia mata-los se vissem minha “glória” de perto. Ou seja...

- Não poderíamos mais ficar juntos, ou eu seria tostada. – Brincou mesmo sabendo que era sério.

- Basicamente isso. Mais não se preocupe, já recusei.

- Não quero que abandone seus sonhos por mim. Acima de tudo quero que seja feliz. – Disse com os olhos repletos de lágrimas, sua alma doía dizer aquilo mais ela precisava.

- Acha que seria feliz sem você? – Perguntou finalmente levantando e olhando a rainha nos olhos. – Promoção nenhuma me faria mais feliz do que você faz. – A beijou apaixonadamente.

Aquele assunto não fora mais mencionado. Fenrir sabia que havia um jeito, ele poderia ter as duas coisas que queria: Ser um deus elementar e ter Hanna para si, mais não faria sua amada ter que passar por algo tão difícil, apenas “esqueceu-se” de dizer a ela que havia uma opção.

Hanna sabia que Fenrir lhe ocultava mais alguma coisa, mais não iria forçar, ela mesma tinha seu grande segredo, mais sabia que uma hora toda a verdade teria que vim á tona, só iria atrasar o máximo que pudesse.

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Erick havia acabado de acordar, mais como seu trabalho exigia já estava se arrumando para ir a Tora, seu coração ficava apertadinho por ter que deixar Dhaniel dormindo sozinho na cama deles, mais precisava chegar cedo, ainda mais que tinha a obrigação de olhar Leopoldo de perto.

Henry não podia deixar o general no comando de Tora por ele não ser um nobre, então fora obrigado a deixar seu pai, já que acreditava que esse havia mudado, mais Erick era responsável por vigiar cada passo do ex rei, não podiam arriscar, sem dizer que o povo não havia gostado da ideia, e tendo o amado general por perto tranquilizava-os mais. Sendo assim se arrumou, comeu rapidamente e escreveu um bilhete para o marido o prendendo na geladeira e saiu de casa.

Assim que chegou ao império de Tora, recebeu a noticia de que os desaparecidos haviam voltado enviados pelo reino de Okami, que os alimentou e cuidou dos ferimentos.

- Disseram que foram sequestrados por um Kangae Nishi, que é um shifter lobo que não consegue mais se tornar humano, esse tentou atacar a menina turquesa assim que saíram, mais foi derrotado e os pobres cidadãos foram cuidados pelos lobos e enviados aos seus respectivos reinos. Esses são os nossos. – O mensageiro deu o recado perante o general e o ex rei.

- Obrigado Armando. – Erick agradeceu ao homem e se voltou aos homens, mulheres e crianças que haviam desaparecido. – É bom ver que estão bem, estivemos procurando por vocês todo esse tempo. Agora acredito que estão cansados e loucos para voltar aos seus familiares, assim estão dispensados.

Todos agradeceram ao general e saíram. Mais antes de dar as costas e entrar como Leopoldo fez, Erick observou algo incomum. Em um cantinho do pátio em que estavam um pequeno volume se amontoava, agachado, tremendo e choroso. Aquilo chamou atenção do general que se aproximou com cautela.

- Você esta bem? Sente algo? – Pediu se abaixando para ficar na mesma altura.

Lentamente como se medisse cada movimento que fazia, a pequena bolinha ia se desenrolando revelando um lindo garotinho de olhos verdes vivos e pele quase avermelhada. Um menino de seis anos mais ou menos.

- O que houve pequeno? Onde estão seus pais? – O tigre perguntou calmo, não queria assustar o menininho, que continuava a tremer, mesmo ali estando quente.

O garotinho não conseguia dizer nada. Apenas balançou a cabeça em negação.

- É um tigre? – Perguntou achando o cheiro dele diferente da sua espécie.

O garoto apenas negou.

- Como veio junto com os tigres então?

O menino então esticou o bracinho fino e apontou uma carruagem, Erick notou que embaixo dela havia uma espécie de bolsa, presa às ferragens, provavelmente o menino havia viajado clandestinamente nela.

- Então acredito que não passou pelos cuidados de Okami. Esta com fome? – Pediu e finalmente recebeu uma reação mais animada do garoto, que balançou a cabeça fervorosamente.

Erick sorriu e se levantando o levou pela mão até a cozinha do castelo, depois o entregaria a uma das servas, para lhe dar banho e cuidar de possíveis machucados, quando estivesse bem, procuraria saber mais.

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Era a vez de Will fazer a guarda, apesar de todos saberem que ele escondia algo, estranhamente confiavam nele, algo incrivelmente novo para Will, já que elfos demoravam muito para confiar em alguém. O dia ia amanhecer dali pouco tempo, mais ele podia ainda se dar ao luxo de se perder nos pensamentos antes de partirem de volta ao seu lar, o engraçado era que ele não estava nem um pouco ansioso para voltar.

Em Quimera Will descobrira um mundo que nunca imaginou, ele fora criado por pessoas preconceituosas e cheias de regras e tradições, foi ensinado a obedecer e ser igual a todos, os elfos odiavam tudo que era diferente. Por isso mesmo não sendo igual Will se forçou para se encaixar nos padrões de seu povo. Ao ser mandado pela deusa para uma missão no meio dos shifter’s teve a oportunidade de conhecer outra realidade e de tirar de si todas as tradições e preconceitos que tinha. Sua missão que antes lhe parecia um fardo trouxe-lhe o que mais desejava: ser quem era.

Olhou então para Lóis e suspirou. Era bom não precisar manter a postura dura e machona de sempre, havia visto em Quimera, vários homens que se trajavam como mulheres, que se cuidavam e vestiam apenas o que lhe era confortável, queria poder se tornar um deles. Mais a mãe natureza ainda o estava controlando, mesmo que com outra missão, essa mais leve segundo o elfo. Lóis ronronou e se mexeu durante o sono, e isso trouxe a memória de Will momentos bons.

Lembrou-se de sua primeira vez. Bem na verdade não era bem a primeira vez dele, havia se deitado com uma mulher uma vez, na sua primeira missão fora do reino élfico. Havia saído com seu pai, que era o melhor guerreiro de seu povo, tinham que capturar um unicórnio que tinha se perdido antes que esse fosse parar em terras humanas e fosse usado para estudos.

Seu pai queria lhe ensinar o máximo que podia, talvez prevendo sua morte eminente, ele estava com doença de fada, uma febre alta e incessantes dores no corpo, que atingia aos seres mágicos, uma das poucas doenças que podiam pegar. Mesmo carecendo de repouso o velho elfo insistiu em levar o filho para a missão, e logo depois de capturarem o animal, o pai insistiu para que se disfarçassem e fossem a uma aldeia humana que havia ali perto. Como seu pai sempre fora fiel a mulher, ele empurrou o filho para uma das prostitutas que se jogou em cima deles no bar. Will já sabia há algum tempo, ou pelo menos desconfiava, de que as mulheres não o agradavam muito, mais talvez fosse por que nunca tinha estado com uma, então aceitou a proposta, queria a todo custo ser igual aos outros.

Ele odiou a experiência, nada do que a mulher fez lhe agradou, gozou, mais dentro de si sabia que não era aquilo que queria, durante todo o ato, sua mente só lhe lembrava de seu belo amigo Alster tomando banho pelado no rio.

Will riu com a lembrança. Era tão ingênuo. Mais uma vez lembrou-se de sua noite de paixão com Lóis, mais dessa vez permitiu que as imagens tomassem sua mente e revivesse cada parte daquele momento.

“ Eles já tinham se afastado a muito tempo da casa de Lucca e Henry, era a noite do cio e ambos haviam tentado terminar o casamento dos reis de Tora e Usagi, mais falharam miseravelmente. Estavam agora próximo a um lago, trocando beijos calorosos após uma conversa esclarecedora.

Will não tinha esperança de um relacionamento com Lóis, até porque teria que voltar a seu reino uma hora ou outra, mais ter uma noite de prazer com alguém que lhe era querido, seria muito bom. Ao menos precisava comprovar se gostava mesmo de homens ou não, ou pelo menos de ter sexo com eles, por que seus corpos sempre o, atraiu. Mais aquela noite não seria apenas um tira teima, seria a realização de um desejo seu, estava tão acostumado a sempre fazer o que mandavam, ou queriam ou esperavam dele, que era rara as vezes que fazia a sua vontade.

Então quando Lóis lhe perguntou se queria mesmo aquilo, ele não teve dúvida.

O coelho lhe alisou os mamilos enquanto levantava a blusa calmamente, apesar da euforia do cio, o coelho mostrava-se incrivelmente calmo naquele momento. Passou a língua por toda a barriga de Will, e esse suspirou. Enquanto Lóis descia a mão para sua calça e lhe roubava a boca em um beijo, sua mente lembrou-se de sua experiência desastrosa de sexo com uma mulher, não havia sentido nada de bom, a não ser o alivio de gozar, talvez por que indicava que finalmente havia acabado. Mais aquele momento era completamente diferente, só os beijos do coelho o incendiavam de uma forma a fazer-lhe perder a cabeça.

- Maiss... – Sibilou.

O castanho apenas obedeceu arrancando a peça de roupa que lhe atrapalhava o caminho. Desceu aspirando o cheiro da pele do elfo. Foi direto para seus pés e começou a beija-los e subiu passando a língua, dando beijinhos, adorando o corpo do elfo que estava à beira de um colapso.

- Lóissss. – Gemeu ao ter as bolas sugadas.

Will não fazia ideia de como aconteciam as coisas entre dois homens, nunca houve um elfo gay, pelo menos não que soubesse. O que era irônico se pensasse pelo lado que os deuses que os haviam criado junto com Clay, eram gays ( Sean e Heaven), mais os elfos eram preconceituosos demais. Will não pôde mais pensar sobre aquilo, já que teve seu membro tomado pela boca de Lóis.

Gritou de repente e gozou na boca do amante. Ficou envergonhado, com certeza aquilo não deveria ser feito daquela forma.

- Me desculpe é que... – Tentou explicar, mais foi impedido.

- Não diga nada, é bom saber que esta gostando. – Sorriu e começou a se movimentar em cima do elfo, esfregando os membros, o que foi extremamente gostoso.

O loiro então resolveu explorar um pouquinho do outro. Realizaria um sonho antigo, tocar em um corpo masculino que não fosse o seu. Se pós em cima do outro e o derrubou sobre a grama.

- Posso? – Pediu ainda envergonhado. Havia perdido sua postura dominante.

- À vontade. – Sorriu, Lóis era um homem vivido, já tinha experimentando sexo tanto com homem como com mulher, e descobrira que gostava de ambos.

Will então se sentiu a vontade. Tocou, beijou, arranhou de leve e até se atreveu a lamber, toda vez que via Lóis fechar os olhos perdido nas sensações seu ego inflava em saber que era ele a fazer aquilo com o coelho. Retirou toda a roupa do homem maior, e tomando coragem, fez o que ele fizera em si. Completamente desajeitado, pegou o membro do castanho nas mãos e foi colocando devagar na boca. Lóis percebeu que Will não tinha experiência alguma, mais estava muito bom, até por que na situação que estava pelo cio, qualquer carinho de outra pessoa era bom, ainda mais de alguém que já era de seu agrado.

- Bem, acho que já está na hora de irmos para o que interessa. – Lóis falou tirando do elfo o seu mais novo e agradável brinquedo, recebendo um imenso bico de troco.

- O que quer dizer? – Perguntou em sua inocência.

Lóis quase não acreditou, mais viu ingenuidade no olhar de Will e teve certeza de que era a primeira vez dele.

- Nunca esteve com outro homem? – Perguntou, tentando não deixa-lo muito desconfortável.

- Não. De onde venho, não é muito normal isso. – Disse envergonhado.

O coelho apenas acenou e o beijou novamente. O deitou e levantou levemente suas pernas.

- Irei preparar esse lugarzinho aqui, para podermos nos unir, entendeu? – Tentou explicar, apontando para a entrada do outro.

Will não tinha entendido totalmente, mais não ia dizer isso. Então só assentiu.

Lóis então beijou-lhe as nádegas, depois foi lambendo lentamente sua entradinha rosada, cada lambida tirava um gemido rouco e alto de Will que estava indo a perder novamente. Após o tempo que jugara suficiente. Entrou com todo cuidado no esconderijo quentinho do elfo, que sentiu dor mais não protestou hora alguma.

- Tudo bem? – O coelho perguntou, enquanto retirava devagar o membro se preparando para entrar novamente.

- Sim. – Will não pode deixar de se comparar com uma mulher, mais diferente do que imaginou não era ruim, pelo contrário.

O elfo deu o aval, e o coelho começou a estocar cada vez mais fundo, aumentando a velocidade e força. Aquilo era perfeito, se sentia nos céus. Nunca tinha sentido nada parecido, era incrivelmente bom, parecia se fundir com o coelho. Agora entendia a expressão, se tornar um.

Pouco depois ambos gozaram e o pequeno elfo viu estrelas, literalmente já que estavam ao ar livre.”

- No que tanto pensas que sequer notou que já é minha vez de fazer a guarda? – Lóis perguntou assustando o loiro que quase caiu do tronco que estava sentado.

- Que susto! – Esfregou o peito. – Quase me mata do coração, Bado. – Usou o nome do meio de Lóis, que ele ocultava de todos e o elfo descobriu em um papel na casa do general em uma de suas muitas visitas para elaborar planos, que sequer foram colocados em prática.

- Sabe que não gosto desse nome.- Fez bico e se sentou ao lado de Will. -Ninguém me chama assim só você.

- Por isso o faço. Faz-me sentir que sou especial.

- Mais é. – Lóis disse e o beijou rapidamente.

Ambos sorriram. Sabiam que o que estavam fazendo era errado, proibido, principalmente para Will, mais não conseguiam evitar.

- Uma hora terei que saber de seus segredos, sabe disso não é? – O coelho soltou meio ofendido, não gostava de estar com alguém que só sabia malmente o nome.

- Sim. Mas vamos esperar a hora certa sim? – Pediu colocando a cabeça no ombro do outro, ao ver que todos ainda dormiam.

- E quando será isso? – Começou a acariciar a cabeça loira.

- Acho que está mais perto do que pensamos.

Eles não sabiam mais estavam sendo observados ao longe. Certa princesa havia saído a fim de colher algumas ervas para alimentar seu unicórnio. Ela estava fora das terras élficas, mais ainda dentro da floresta central, era arriscado ela sabia, mais seu animal gostava tanto daquelas plantas que só nasciam ali, que valia o esforço, por isso só ia ali de madrugada, antes do sol nascer.

Mais a elfa congelou ao ver uma cena que lhe chamou atenção, o seu amado Will deitado nos braços de outro homem, sentiu o ódio e o asco queimarem em seu estômago. Então entendeu o que a deusa Clay quis dizer que poderia se decepcionar com a volta de Will. Eretria deu as costas e jurou a si mesmo que ele a pagaria.


Notas Finais


Felina: Então pessoas, o que nos dizem deste capitulo?
O fim é apenas o começo kkkkkk, comentem , deixem-nos saber o que acharam.
Beijos e até o próximo.


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