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História Entre Reinos! - Um beijo Mortal


Escrita por: Lupina2 e Felina1

Notas do Autor


Felina: Olá leitores queridos.
bom estamos aqui mais uma vez, com mais um capitulo pra vocês.
Muito suspense, ação e amor. Aposto que vocês vão adorar.
Mas para sabermos que gostaram apareçam lá nos comentários.
Beijos e até mais

Capítulo 19 - Um beijo Mortal


Fanfic / Fanfiction Entre Reinos! - Um beijo Mortal

 

Luna estava passeando com o pai Laurence pelas ruas do centro de Okami, não era bem o que tinha planejado para seu final de tarde mais estava sendo bem agradável. Ao menos estava ajudando com sua ansiedade pela viagem dos irmãos e da saudade que sentia do jovem coiote. Não via Tyler desde seu baile de aniversário o que não era realmente muito tempo, mais algo dentro de si parecia estar mudando e uma necessidade muito grande de estar próximo do coiote crescia dentro de si a cada dia, era estranho, mais Melissa havia lhe afirmado que era algo normal quando se começava a gostar de alguém.

- Quer ir a algum lugar especifico ou somente a sorveteria? – Laurence pediu enquanto tinha o braço da menina preso ao redor do seu.

- Poderíamos passar em alguma loja de roupa? Estou precisando de uns vestidos. – Disse já olhando para uma vitrine onde um belo exemplar vermelho e mais curto do que geralmente usava, brilhou perante seus olhos.

- Mais vestidos? – Contestou, mais não pôde evitar, pois a menina já havia soltado seu braço e avançado para a loja.

- Seu pai não vai gostar desse, é ousado demais. – Ponderou, ao ver a princesa vestida.

Luna sequer ouviu a advertência do lobo mais velho, sua mente só lhe lembrava que Tyler havia lhe dito que ficara bonita em vermelho, e agora estava louca para ter o máximo de roupa possível com aquela cor. Era realmente estranho.

- Por favor papai. – Choramingou.

Laurence negou fazendo bico. Chris não ia gostar daquilo, era ciumento e conservador demais. Apesar de que ele mesmo também havia achado o vestido exagerado para a idade da menina.

- Olha querida, ele é realmente lindo e tenho certeza de que atrairia vários olhares se estivesse dentro dele. Mais creio que o mais importante é que a pessoa que realmente gosta de você, irá te notar vestindo qualquer coisa, até uma túnica de freira. – Disse e alisou o rosto da menina.

Luna ponderou, o lobo tinha razão, ela então desistiu do vestido que tinha um enorme decote que mostrara mais do que devia de seus seios, e ia bem acima de seus joelhos.

- Tem razão papai, não preciso me expor tanto não é? – Ela considerou e foi se trocar.

- Não. Por que é linda do jeito que é. – Ele sorriu e teve certeza de que havia sido muito bom viajar por vários reinos durante sua juventude e ter conhecido várias mulheres, isso havia lhe ajudado a conversar e vencer a teimosia delas, sem que ao menos percebessem que estava manipulando-as um pouco.

- Mais isso não me impede de comprar outros vestidos que estejam mais a minha altura. – Ela falou já saindo da loja e entrando em outra e indo provar mais vestidos.

- Não, isso não impede. – Ele sorriu derrotado, aquele passeio ia demorar mais do que o esperado.

Depois de muitas lojas visitadas e alguns vestidos e acessórios comprados, finalmente haviam sentado na sorveteria. A noite já começava a cair.

- Na próxima vez que quiser sair, chame a Mel ou a Hanna. Não suportarei mais um passeio de garotas como esse.-  Laurence disse enquanto tomava seu sorvete de chocolate.

Luna deu risada, sabia que tinha dado um trabalhão ao seu pai, mais realmente tinha sido uma tarde proveitosa. Enquanto terminava seu sorvete de brigadeiro e castanha, ela viu algo que realmente lhe chamou atenção.

Um rapaz alto e relativamente forte para sua idade, com roupas que quase sempre andavam sujas de farinha por ajudar na padaria do vizinho, e cabelos negros muito bem penteados, estava parado em frente a uma loja feminina. Seu coração bateu mais rápido do que o normal, parecia estar zumbindo em seus ouvidos. Seu corpo todo tremia, e seu estômago insistia em revirar como se houvessem centenas de pássaros batendo as asas dentro dele.

- O que houve querida? Seu sorvete esta quase derretendo. – Assim que o lobo virou para onde a filha estava olhando entendeu todo o espanto e mudança de comportamento dela.

Sorriu de lado. Não era preciso ser nenhum gênio para saber que Luna estava se apaixonando pelo coiote, mais todos também sabiam o quanto o alfa poderia ser ciumento e protetor.

- Sabe, se seu pai descobrir ele irá ficar uma semana sem falar comigo e provavelmente me fará dormir no quarto de hospedes. – A garota então olhou para o padrasto, enfim lhe dando atenção. – Mas não posso não fazer nada além de ajudar quando vejo dois corações apaixonados. – Sorriu e suspirou lembrando-se de seus dois maridos.

- O que quer dizer pai Lauren?

- Vá falar com ele. Espero-te aqui, só não demore muito e nem saiam de minhas vistas. – Alertou. Se Chris descobrisse ele estaria encrencado e com certeza teria uma greve de sexo, e nem Mike poderia o salvar, mais achava que o alfa era duro demais, eram apenas jovens que se gostavam.

Luna agradeceu e esquecendo seu sorvete que já estava derretido, levantou da cadeira tomando coragem e imaginando o que podia falar.

O rapaz continuava parado em frente à loja admirando algo, como se ponderasse se deveria comprar ou não. Sequer percebeu a presença de  alguém perto.

- Não acho que isso ficará bem em você. – A princesa soltou naturalmente, e só depois percebeu o que havia dito e corou.

O rapaz tomou um susto e gaguejou ao perceber de quem se tratava. – Lu- naa. Nãooo ti-vii cheg-aar.

Ela riu do nervoso do outro, pois estava na mesma situação.

- Desculpe não queria ser indelicada. Bem talvez esteja comprando um presente para alguém especial, desculpe por atrapalhar, já estou indo. – De repente a insegurança falou mais alto e ela se recriminava por isso, quando tinha oito anos, tudo era mais fácil.

- Não. Não estou comprando para ninguém especial. Na verdade estou, mas não é isso que esta pensando. Ahhh. – Jogou os braços pra cima rendido, havia se embolado todo na explicação, com medo de perder a presença da princesa.

- Acho que não fez muito sentido. – Ela sorriu de lado.

- Não fiz mesmo. – Sorriu envergonhado. – Estou comprando algo especial, mais não pra qualquer pessoa, e sim pra minha mãe, será o aniversário dela no mês que vem e não queria dar o mesmo cachecol de sempre. – Ele conseguiu enfim explicar.

- Ah entendo. Bem se quiser posso te ajudar. Acho que entendo um pouco de coisas femininas, mesmo tendo pouco tempo com essa idade. – Ofereceu.

- Seria ótimo, e ter sua companhia, me agrada demais. – Tyler estava se esforçando para ser galante, sem parecer conquistador e sem deixar seu nervosismo e insegurança prevalecer, era difícil para um garoto de quase 16 anos, apaixonado.

- Só não posso ir muito longe. – Luna apontou para o pai, que tentou disfarçar, mais que fora pego olhando os dois com cara de bobo.

- Tudo bem. Ficaremos apenas nessas lojas aqui. – Ele sorriu e lhe ofereceu o braço.

Luna aceitou e mais uma vez seu estômago revirou, era difícil conter suas emoções.

- Mais por que veio comprar aqui? Digo, as lojas de Hú Láng também são muito boas. – Tentou mudar o assunto e desviar do fato de que estavam de braços dados passeando em uma loja de roupas no cento da cidade.

- Bem... – Ele não tinha certeza se devia contar a verdade, mais sua mãe sempre lhe ensinara que mentir era feio, ainda mais para alguém de quem se gostava tanto. – Tinha esperanças de poder te encontrar, e parece que não estava errado.

Luna corou mais do que era possível a um ser humano comum.

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Assim que passaram pelo portal se arrependeram imediatamente, pois o frio estava muito grande e já havia anoitecido, impedindo que continuassem e dificultando um lugar para se abrigarem da nevasca que caia. Parecia outro lugar, não podiam voltar pois o portal havia sumido e Will garantiu que se não passassem logo ele desaparecia sem eles e a deusa não abriria outro.

- Will, que lugar é esse? Ainda estamos na floresta central? – Lucca perguntou se aconchegando ainda mais ao casaco grosso, que a deusa tinha ofertado para cada um deles.

- Sim estamos. Mais é uma parte não muito frequentada e que praticamente não é habitada.

- Nem imagino o porquê .- Ravena ironizou.

- Mais o que estamos fazendo aqui então? – Foi Lóis que perguntou.

- A próxima tarefa é a da deusa Lilith, a ninfa da floresta, não sei bem o que vai acontecer, mais com certeza deve ter haver com natureza e animais. – Foi sincero.

- Então por que estamos nesse fim de mundo? Não a natureza alguma aqui, muito menos animais. – Hanna estava tremendo e batendo o queixo de frio apesar de estar com o casaco.

- Não julgue pela aparência rainha. – Will sorriu misterioso.

- Acho melhor procurarmos um lugar mais aquecido para passarmos a noite antes que congelemos. – Como sempre Oliver foi responsável e líder.

Todos assentiram e passaram a caminhar atentos a qualquer possível esconderijo. Como haviam visto pelo portal que o lugar era muito frio, optaram por deixar os cavalos na colina que estavam antes, sendo garantidos por Will que eles estariam lá quando voltassem. Encontraram uma pequena caverna encrustada nas rochas, não era tão grande ou muito quente, mais daria para passar a noite.

- Não é um quarto do castelo, mais dá pra sobreviver durante essa noite. – Henry brincou.

Por causa da neve que caia constantemente não puderam acender uma fogueira, já que não havia madeira seca para isso. Assim comeram o restante da comida que haviam levado e deitaram bem perto um do outro para se esquentarem.

Como estava muito frio e não havia presença de ninguém naquele lugar, não se preocuparam em manter guarda como na noite passada, a sobrevivência era o alvo agora.

Lóis não estava tão próximo de Will como gostaria. O elfo ainda continuava com o pensamento de manter o “relacionamento” deles em oculto por mais que sentissem que estavam entre amigos e que eles não os julgariam, já que a maioria ali era também gay. Algo em Will parecia desprezar sua verdadeira natureza, Lóis às vezes tinha a impressão de que o elfo lutava contra ele mesmo, como se quisesse mudar o fato de gostar de outros homens. Achava que sua família talvez não aceitasse. Will uma vez lhe dissera que em seu povo relacionamentos entre iguais não era normal, e nem aceito tão bem como nos reinos shifter’s.

No alto da madrugada enquanto dormiam, um ser misterioso e sem corpo físico passeava pelas montanhas cobertas de neve. Uma belíssima mulher, de enormes cabelos negros, olhos da mesma cor, mais que não possuía íris, muito menos vida. Boca tão vermelha quanto o fruto proibido. Andava lentamente como se lamentasse algo, passeava por cima da neve branca mais não deixava marca se quer, mais parecia que flutuava do que verdadeiramente andasse. Alguns talvez dissessem que nem pé ela tinha.

Sabia onde estava indo, o que ia fazer e o porquê daquilo, mais não esboçava sentimento algum, rancor, dúvida, arrependimento, muito menos alegria. Era como uma alma sem vida , bem talvez ela realmente fosse isso.

Assim que chegou à caverna, observou todos os seus ocupantes. Cinco belos homens e duas fortes e obstinadas mulheres, qualidades que presava, se fosse qualquer outra situação talvez não atacasse, eles não haviam lhe feito mal algum e eram belos demais para morrer, mais havia recebido um pedido e teria que realiza-lo. Não era do feitio da bruxa da neve fazer favores, mais devia algo á aquela mulher, e se tinha uma coisa que cumpria era sua palavra, mesmo que isso não lhe agradasse.

Movimentou as mãos e o vento aumentou ainda mais lá fora, a neve que caia calma e lenta, agora tinha ganhado volume e força, os ventos frios assobiavam no topo das montanhas. Os viajantes da caverna tremeram ainda mais do que o normal, ali havia gelado ainda mais.

Olhou bem para cada um e rapidamente escolheu sua vitima. Era um homem forte, de barba espessa, e olhar sedutor, provavelmente tinha uma posição alta, sem dizer que parecia apaixonado. Graças aos seus poderes a bruxa da neve podia sentir alguns sentimentos que as pessoas tinham, mesmo quando adormecidas.

Ela então se abaixou próximo a sua vitima e abrindo a boca se preparou para lhe sugar a alma através de um beijo mortal.

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 Fenrir estava em sua forma divina naqueles dias de jornada, a fim de evitar que seus amigos e amada o vissem por perto. Dessa forma ele não precisava dormir sequer comer, por isso naquela noite, ele estava vagando as colinas, enquanto Hanna estava se encaminhando á uma caverna para se abrigarem do frio na parte mais primitiva da floresta central.

A noite estava começando, ele tinha vontade de ir dormir com sua rainha, abraça-la e ouvir seu coração bater até ambos se perderem no sono. Mais não podia. Havia prometido manter distância, mesmo que ás vezes aparecesse para ela quando ninguém estava vendo ou a vigiasse a todo o momento, mesmo sem ser visto.

- O que tanto olhas?  - Perguntou ao seu primo que estava sentando mais uma vez sobra à alta colina, olhando meticulosamente para o reino élfico.

- Dessa vez realmente me assustaste. – Shine disse esfregando o coração, não havia percebido a presença do primo tão concentrado que estava.

- Estava observando os elfos de novo. Por quê? – Fenrir mostrou interesse.

Ele e Shine sempre foram muito amigos e confidentes, mesmo depois que Fenrir se afastou da família para viver seu amor com Hanna, o deus sol era o único que lhe apoiava e mantinha contato.

- Talvez algo tenha chamado minha atenção. – Disse misterioso.

- Ou alguém. – Fenrir completou um pouco sonso.

Mais antes que pudessem dizer mais alguma coisa, a atenção dos deuses foi roubada por uma cena um tanto quanto intrigante. Uma mulher alta, de cabelos longos e negros, vestido branco e detalhes vermelhos, parecia flutuar no chão, estava parada em frente a uma elfa, pareciam conversar e isso intrigou os dois.

- Por que a  Eretria está conversando com a O-Yuki? Ela é um ser maligno. – Shine ficou horrorizado.

- Do jeito que falas, parece que conhece bem a princesa elfa, ou gostaria de conhecer. – Fenrir sugeriu.

As duas se afastaram, tomando caminhos diferentes. Fenrir não fazia ideia de para onde a bruxa da neve estava indo, se soubesse teria saído desesperado na mesma hora. Mais continuou conversando com o primo.

- O que quer dizer com isso lobo? – Perguntou autoritário, ou ao menos tentou parecer.

- Estou dizendo, que parece mais interessado nos elfos do que deveria. Em uma elfa em particular. – Tinha um sorriso malicioso.

- Se isso fosse verdade, não poderia acontecer de qualquer forma. Mesmo não sendo humana, ela não é uma de nós. – Seu semblante era triste e Fenrir pôde ter certeza de que não era uma paixonite qualquer.

- E que graça teria se ela fosse? – Ele riu debochado. – O amor não escolhe por sermos iguais ou não. Não já dizem os humanos que os opostos se atraem? – Fenrir nunca havia sido preso à regra de ter relacionamento só com deuses, até por que não havia deusa alguma a não ser suas irmãs ou tia.

- Você nunca muda não é? – Shine riu descrente. – Não consigo ser igual a você. Não posso me arriscar em algo sem futuro.

Fenrir levantou, sabia que não podia dizer mais nada que fosse fazer com que seu primo criasse coragem e declarasse seus sentimentos por Eretria, então antes de sair apenas deixou um último conselho que achou que ele não seguiria ou daria ouvidos.

- Seu único defeito sempre fora esse primo. O de sempre fazer o que os outros querem. Lembre-se a vida é sua, e se não for para viver do jeito que quer, então pra que ela serve?

Fenrir nunca saberá o impacto que aquelas palavras causaram no deus sol, que levantou o rosto e chorou logo depois dele sair.

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Enquanto o frio tomava conta de tudo lá fora e a caverna se tornava cada vez mais gelada, a bruxa começou então a sugar a alma de sua pobre vitima, Lóis se contorcia mais não acordava, estava em uma espécie de transe. A alma do general coelho começava a deixar seu corpo, e a bruxa sem coração se satisfazia a cada minuto.

Mas antes que ela pudesse completar sua infame tarefa, um rugido pôde ser ouvido na caverna, e um grande lobo negro puxou o vestido da velha bruxa, acordando a todos e assustando o espirito. O-yuki não teve escolha  a não ser largar o corpo do homem ali estirado, antes de poder concluir sua tarefa. Poucas coisas assustavam um espirito, nem mesmo os deuses tinham tal poder. Mais contam as lendas que o velho espirito tinha medo apenas de um único ser, que para a vantagem de Fenrir, era o lobo. Mais ela não ia desistir tão fácil, e tentou avançar.

“ Mande os lobos transformarem”. – Fenrir disse a Hanna em sua mente e a rainha obedeceu imediatamente. Já havia reconhecido o amado assim que acordou.

- Todos os lobos se transformem. Agora.- Gritou, mesmo tendo todos apavorados e atordoados demais para pensar em qualquer coisa.

Assim Oliver e Ravena obedeceram e avançaram para cima da mulher juntamente com o deus lobo, O -yuki  não teve escolha a não ser fugir.

Quando tudo passou e se acalmaram voltando ao normal, tentaram entender o que tinha acontecido e Will correu em direção a Lóis para ver como ele estava.

- Lóis acorde... – Chamava desesperado.

Pouco depois o general coelho acordou, dando alivio a todos.

- Como se sente? – Will perguntou ainda preocupado com o outro.

- Como se minha alma tivesse sido sugada do meu corpo.  – Disse quase sem força.

- E era bem isso que estava acontecendo mesmo. – Fenrir disse se sentando ao lado de Hanna já em forma humana.

- O que era aquilo? Não me diga que era mais uma prova. – Henry perguntou assustado.

- Não. Aquilo era a O-Yuki ou mais conhecida como bruxa da neve. Ela não faz parte de nenhuma prova. Nem mesmo os deuses podem comandar espíritos como ela. É um ser que vive apenas para sugar dos outros sua vida, alegrias e lembranças. Vaga nas noites de neve, trazendo nevascas e matando pobres inocentes congelados. Não tem um pouco de humanidade ou respeito pela vida. Vive pela destruição – Fenrir explicou.

- E como algo tão maligno pode habitar na floresta central? Sempre ouvi que era um lugar de seres maravilhosos e bondosos. – Lucca disse um pouco decepcionado com tudo que havia aprendido, não era nada do que estava presenciando nos últimos dias.

- Espíritos desse tipo não podem ser contidos ou expulsos facilmente. Geralmente habitam lugares isolados como esse. Mais não é do feitio dela atacar se não for ameaçada. Alguma coisa não está certa. Provavelmente esta sobre ordens, mais quem poderia fazer isso? – Estava pensativo.

- Então esta dizendo que alguém a pediu que nos matasse? Legal, muito animador. – Ravena comentou.

- Mais o mais estranho é que ela não parecia ter interesse em todos. Digo, o mais lógico era ter atacado o Oliver que estava logo na frente da caverna.

- Obrigado pelo apoio Fenrir, também gosto de você cara. – Oliver debochou, horrorizado com o pensamento.

- Ele tem razão. Ela veio aqui especificamente para atacar o Lóis. Mais nem mesmo a mãe natureza poderia fazer com que ela lhe obedecesse. A bruxa da neve, tem suas próprias leis, a menos que devesse um favor a alguém. E só há uma pessoa na floresta central que pode ter feito um pedido como esse. – Will ponderou, mil pensamentos passavam por sua mente, mais não queria acreditar em nenhum deles.

- Se está pensando na princesa élfica,  pode ter sido ela. A vi conversando com a bruxa da neve mais cedo, enquanto conversava com o Shine, mais nunca imaginei que era isso que estava armando. – Fenrir disse entendendo o que Will estava pensando.

- Nunca vou me acostumar com o fato de você ser o deus lobo e falar tão intimamente do deus sol ou de todos os outros. – Oliver estava incrédulo, parecia que tinha caído em uma de suas fantasias infantis, onde imaginava ser amigo de todos os deuses.

- Acredite quando digo que não são diferentes em nada de vocês. Na verdade ainda prefiro vocês a muito deles. – Shén sorriu alisando o rosto da amada, aliviado por nada ter acontecido a ela.

- Você não deveria esta aqui. – Hanna disse mesmo adorando a presença do outro. – Como soube que estávamos em perigo? – Pediu dando pequenos beijos nos lábios do lobo.

- Bem, sou um deus, sei quando minha pequena precisa de mim, mesmo que ela não saiba que precisa. – Ele sorriu adorando as caricias da rainha. – Eu disse, sempre vou te proteger. – Hanna adorou ouvir aquilo.

- Sim, mais ainda não esclarecemos sobre essa tal princesa. O que fizemos a ela? – Henry voltou ao assunto.

- Ainda não contou a eles sua verdadeira natureza? – Shén perguntou a Will como se estivesse escandalizado.

- Não. Preciso esperar a hora em que toda a verdade precisa vim a tona. – Will explicou e Fenrir entendeu perfeitamente do que ele estava falando.

Mais a conversa estava restrita somente a eles, já que ninguém mais estava entendendo o que falavam.

- Princesa o que? Por que ela quer me matar? – Lóis pediu se esforçando para levantar. Não deixaria o assunto morrer, sem saber o que tinham contra ele.

- Mais uma vez não posso te responder e sei que será difícil de me perdoar dessa vez, mais acredite quando digo que a hora da verdade esta mais próxima do que imagina.

Ninguém disse mais nada. Fenrir apenas fez o que queria desde cedo, se enrolou em sua amada e dormiu o restante da noite a protegendo e a todos que estavam ali.

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Na manhã seguinte Eric levantou cedo da cama e saiu sem ao menos esperar o marido acordar, apenas deixou o recado na geladeira. Queria saber mais sobe Samuel, conversar e fazer com que o pequeno se abrisse mais. Assim pediu a uma das empregadas do castelo de Tora que preparasse um belo café da manhã.

Assim que tudo estava pronto ele levou até o menino no quarto.

- Bom dia Samuel. Espero que tenha dormido bem. – Disse sorridente ao ver que a criança já estava acordada.

- Bom dia general. Dormi sim, obrigado. – Disse baixinho, ainda envergonhado e assustado.

- Pode me chamar de Eric. Trouxe para você. – Colocou a bandeja perto do garoto que arregalou os olhos ao ver tanta comida.

- Não vou conseguir comer tudo. –Disse baixinho quase que para si mesmo.

- Então posso comer com você se não se importar. Quase que não comi antes de sair de casa. – Disse envergonhado, estava tão ansioso para ver o menino que sequer tomara café.

O menino apenas assentiu e começaram a comer.

- Você ainda não me disse que espécie é. – Soltou tranquilamente tentando tirar mais informações do menino.

- Também não sei. Mais eu morava com os lobos brancos. – Falou mais calmo, começava a confiar em Eric.

-Ah então é de Bú Láng. Mais como assim não sabe? Seus pais não eram lobos brancos?- O general pediu enquanto mastigava um pedaço de queijo.

- Sim, mais eu nunca me transformei, então não sei. – Deu de ombros.

Eric estranhou, sabia que os lobos se transformavam desde crianças mesmo sendo doloroso e por isso o faziam poucas vezes.

- Acho que vou te levar para Okami, meus amigos lobos poderão te ajudar, sabe a descobrir o que aconteceu com seus pais e a te levarem de volta a Bú Láng.

- Não... – O menino gritou e pulou da cama rapidamente.

- Calma, o que aconteceu? – Eric pediu assustado.

- Não quero voltar, lá ninguém gosta de mim. Todos dizem que sou amaldiçoado. Só meus papais me amavam e agora eles se foram.

O menino chorou copiosamente e Eric não tinha o que fazer a não ser o abraçar mais forte que pôde e dizer que nada de mal aconteceria enquanto estivessem juntos.


Notas Finais


Lupina: Fala meu povo!
Voltamos, e ai o que acharam do cap? estão com os corações prontos para as próximas provas e aventuras?
Só uma informação a lenda da O-Yuki, já existe e é japonesa, mais claro que colocamos nossos toques nela. A imagem foi encntrada na net e tiramos a lenda e a imagem do site: Mundo- Nipo.
Esperamos que tenham gostado e que comentem, alguns sumiram e isso nos entristece, então aparecem apenas para dizer oi.
Bjão e cheiro a todos


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