História Entrega - O começo de tudo...

America

Já passavam das nove horas da noite, todos em minha casa já se recolheram. Desci as escadas me esgueirando pela cozinha até chegar à estufa onde ele já me esperava. Está lindo como sempre, seus cabelos pretos bem arrumados me encarava com o sorriso no rosto, seus olhos verdes, capaz de ver o meu interior.

 Depositei a vela que segurava no chão, sentei perto dele e dei um beijo casto em seus lábios:
-Demorou Meri, estava a ponto de desistir de te esperar- falou se aproximando de mim- estava com saudades...
-Eu sei Aspen, mas hoje minha família demorou a dormir-falei o abraçando, hoje teria que conversar seriamente com ele- Queria ficar com você na frente de todo mundo, não aguento mais essa situação, meu pai já quer me arrumar um casamento Aspen, mas eu só quero casar se for com você- falei quase chorando. 

 Namoro escondido com Aspen desde que tinha quinze anos e não suporto mais namorar ás escondidas, vivo assim a quase dois anos e queria mostrar à Inglaterra inteira o quanto nos amamos.

 Comecei a chorar ao pensar em tudo isso.
Ele me abraçou, afagou meus cabelos e me acalmou, seus braços me passavam uma segurança e eu sentia que ali realmente era meu lugar.

-Meri, você sabe que seu pai nunca permitiria nosso namoro eu sou apenas um oficial do exército sem posses, mas tenho uma saída pra nós dois -ele se virou e pude ver o brilho em seus lindos olhos verdes.

-Fuja comigo amor- eu não sabia o que dizer, não podia abandonar minha família, meus irmãos- prove que me ama, só assim iremos ficar juntos- eu o amava muito, e sei que essa era a única chance de ficarmos juntos.

-Sim, eu fujo com você- falei o beijando calmamente e logo o beijo foi ficando mais intenso, nos afastamos por falta de ar.

-Vamos fugir e nos casar na proxima cidade. Vou acertar o dia e a hora e deixo uma carta no local de sempre -falou me beijando de um jeito que nunca tinhamos beijado antes

 Traçando uma linha de beijos pelo meu pescoço, levantou as sais do meu  vestido deitando-se entre as minhas pernas, pude sentir o volume nas suas calças, ele se levantou abriu o botão da calça, e deito outra vez, de repente senti seu membro em minha entrada, peraí, o que estou fazendo?

Parei com que estava fazendo antes dele aprofundar seus movimentos.

-Para!! - eu gritei, ele parou o que estava fazendo e me olhou assustado- não estã certo, não quero  agora só depois do casamento. 

Já estava arruinada o bastante apenas por estar nessa situação com um homem não poderia piorar as coisas.

-Amor, vamos nos casar uma hora isso tem que acontecer só estava adiantando as coisas- Aspen falou tentando me acalmar, mas algo em mim dizia que aquilo era errado eu não sabia ao certo porque minha disse que tem certas coisas que moças de família só devem saber no dia do casamento, acho que se referia desse momento.

- Então esperaramos, depois do casamento, quero tudo do jeito correto- pude vi a frustração em seus olhos - tenho que ir amor já está muito tarde- falei antes que ele começasse aquilo outra vez, beijei seus lábios e voltei para meu quarto. 

Tirei meu vestido, mas quando tirei minha roupa de baixo tinha um pinguinho de sangue. Não sei o que está acontecendo, acho que Aspen deve ter me machucado. Vesti minha camisola deitei tentado dormir em vão, porque não parava de pensar no meu amor. 

O dias foram passando e Aspen já tinha tudo pronto pra nossa fuga, claro que Anne sabia de tudo desde o início, iriamos fugir amanhã pela madrugada. 

Arrumei uma mala pequena só com alguns pertences, jóias e alguns vestidos.

Tudo pronto para minha partida, me despedi do meu quarto e deixei uma carta de despedida para minha família. Anne apareceu, ela tinha sido minha ama de leite e depois minha babá e confidente.

-Vai com Deus minha menina- meu deu uma abraço apertado entre lágrimas - seja feliz!!

Parti com o coração apertado, mas agora não tinha mais volta minha vida daqui pra frente seria outra com o homem dos meus sonhos.

Sai de casa por volta das quatro horas da manhã, era perigoso uma moça andar sozinha pela estrada, porém, a promessa de ter a vida que eu sempre sonhei me anestesiava do medo.

 Caminhei muito, até chegar em um local isolado no Hyde Park, Aspen não tinha chegado ainda, deve está atrasado logo ele chegará, eu sei... 

O dia foi amanhecendo e nenhum sinal dele, passaram-se horas e nada, acabei adormecendo, quando dei por mim já tinha passado uma eternidade e nenhum sinal de Aspen, estava angústiada, sozinha, com fome, e arruinada.

 Ouvi passos vindo longe, é ele, tratei de me arrumar logo e já estava sorrindo, mas esse sorriso desapareceu quando vi Kota, meu irmão mas velho furioso. Ele não falou nada, apenas me olhou com desprezo, pegando minha mala. Mas eu tinha que explicar:
-Kota me...-fui interrompida quando ele me proferiu um tapa, comecei a chorar não sei o que doía mais o tapa ou a dor da vergonha de ter sido enganada e abandonada.
-Nem mais um palavra, você é uma vergonha pra família- ia abrir a boca mais uma vez pra me desculpar e recebi outro tapa no rosto- América, não me tire do sério- falou Kota me puxando pelos cabelos a carruagem que estava escondida.

 Vou voltar pra casa e enfrentar meu pai e toda sua raiva e decepção. Afinal, tinha que assumir meus erros...