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História Entrega - Desabafo


Escrita por: LizeFitz

Notas do Autor


Capitulo com um pov surpresa da Kriss e o desabafo de America.

Capítulo 13 - Desabafo


Kriss

Minha mãe sempre me ensinou que o amor está acima de tudo e que por amor você tem que estar disposta a qualquer coisa. No começo eu não entedia porque sempre achei que minha mãe amava meu pai, na verdade ela tinha um caso de anos com o melhor amigo dele. Conheci Maxon com cinco anos quando meus pais vieram morar na Inglaterra, nos tornamos os melhores amigos nas primeiras horas de brincadeira e com o passar dos anos esse sentimento virou amor. Eu o amo com todas as forças que há em mim e com a minha alma.

Passar todos esses anos com aquele velho fétido e ridículo foi o pior castigo que já recebi em toda minha vida. Fazer sexo com ele era a coisa mais angustiante do mundo e depois eu me sentia tão suja que passava uma hora no banho para me sentir limpa e mesma assim continuava com a mesma sensação de sujeira em mim. E isso tinha que ser todas as noites e se me negasse o castigo eram dois dias trancada no porão sem comida, vivia em um inferno. Por sorte eu não podia ter filhos se não iria ter que aguentar uma criança com a cara feia daquele homem.

Meu refúgio era Alexei, um russo que conheci em uma das minhas viagens com o Matusalém, para minha sorte ele ajudou a me livrar do velho e me libertar daquela vida horrível que eu levava. Pena que tive que abrir mão dele para reencontrar o amor da minha vida, Maxon estava acima de qualquer homem, não importa o quão bom de cama ele seja.  

Depois que os pais de Maxon morreram e o bebê nasceu morto eu senti que ele iria me abandonar e ele não poderia fazer isso comigo. Passei a noite pensando em um jeito de isso não acontecer, até que achei a história perfeita. Chorei me desesperei quando ele veio com a conversa — desespero real diante da possibilidade de ficar sem ele de novo — e contei que tivemos um filho e que meu pai sumiu com a criança e que se ele me deixasse outra vez eu acabaria com a minha vida, o que é a mais pura verdade. Sem ele eu não vivo e se não for pra ficar comigo ele também não fica com ninguém, levo ele junto comigo.

America

Juntei todas as forças que tinha ao ver para Maxon encostado na porta, ele se aproximou e senti o cheiro da outra, que ficou entranhado no meu nariz .Me dava até ânsia. Estava prestes a explodir de tanta raiva.

— Que bom que saiu do quarto querida, fico muito feliz por vê-la bem.

— Não me chama assim nunca mais na sua vida seu canalha de merda. Você quem não estou bem, eu perdi o meu bebê e você não deu a mínima pra isso. O que eu podia esperar de um pai que nunca ligou para o filho.

— O que está acontecendo America?

— Não se faça de idiota, você sabe muito bem. No momento em que eu mais precisei de você, aonde estava?,Na cama de outra se divertindo. O que esperar de um homem que trata a mulher como um lixo enquanto ela está esperando um filho seu? Não é mesmo?

Ele me olhava com um misto de surpresa e perplexidade, mas não era isso que eu queria dele. Eu queria culpa, arrependimento e lágrimas, muitas lágrimas.

— Como você sabe sobre ela?

— Do mesmo jeito que você soube da minha falsa traição.

— Meu pai? A troco de quê ele faria isso.

— Pra me humilhar, se vingar porque eu não baixava minha cabeça para ele. Ela plantou essa dúvida e você acreditou.

Sentei em um dos sofás que tinham na sala de música e bati no assento ao lado para que se sentasse também. Coloquei o cabelo de lado e fixei seus lindos olhos marrons, ao olha-los por pouco não fraquejei. Contei tudo que o pai dele tinha feito comigo, as mentiras, as ameaças detalhe por detalhe e se ele quisesse acreditar ou não pra mim não fazia diferença, já não me importava com nada. Pelo visto ele parecia acreditar nas minhas palavras, colocou o rosto entre as mãos e chorou desesperadamente. Ajoelhou-se diante de mim e me abraçou aos prantos implorando perdão, permaneci imóvel até que ele se tocou e volto para o lugar. Pensei que ia me sentir bem com isso, mas o que eu senti foi pena e vontade de consolá-lo. Não. Pelo meu filhinho eu vou conseguir.

— Tudo esclarecido, agora você sabe que o filho era seu. Pois muito bem, pensei em ir para a Escócia morar com a minha vó, mas não vou, ficarei aqui e não pense que é por sua causa. Vou ficar porque a sua esposa sou eu e isso me dá direitos, essa casa é minha também, então não traga a sua amante para dentro dela que aquela cena não se repita. E a parti de hoje dormiremos em quartos separados, na minha cama cheirando a vagabunda você não dorme mais, já me instalei no quarto que era da sua mãe.

— Me perdoe America, me perdoe. Eu te amo.

Paralisei diante das suas palavras, as lágrimas queriam descer, mas eu fiquei firme Nunca achei que ficaria assim ao ouvir essas malditas palavras.

— Você não tem o direito de me falar isso agora. Quem ama não faz o que você fez com a mulher grávida, não desconfia e não traí. Essas palavras depois de tudo que você fez perderam o valor pra mim. E outra coisa, não quero mais você no quarto do meu filho, vai lá pra quê? Se lamentar? Já é tarde pra isso, você não deu a mínima pra ele.

Ele se retraiu e não falou mais nada,estava envergonhado e com muito remorso só que eu ainda não tinha terminado.

— Você pode fazer o que quiser com a sua amante eu não me importo. Você não vai tocar mais em mim mesmo e não pense que eu vou ficar parada olhando você esquentar a cama de outra sem fazer nada. Eu sou bonita, jovem e tenho certeza que candidatos a amante não vão me faltar. Se eu não te traía antes, agora eu vou, assim você ter fundamentos para suas desconfianças e também a certeza.

— Você não é louca a esse ponto, eu tenho as provas, as cartas que você mandou para o seu amante.

— E porque você não me perguntou? Eu te respondo. Porque você é um covarde. Eu não tenho mais nada para falar, vou para O MEU QUARTO. Boa noite, meu marido.

Sai corrento ele abriu a boca para se explicar, mas eu não queria ouvir mais nada e assim que entrei em meu quarto desabei, eu não acredito que depois de tudo que ele me fez eu ainda o amava. Que ódio! Eu só posso se masoquista é a única explicação para isso. Tiro a roupa sem a ajuda de Mary e visto minha camisola de renda preta. Vou até o berço de Liz e vejo que está com fome, a amamento e depois me enfio debaixo das cobertas e fico pensando na conversa até adormecer.

                                                                       ***

Acordo com o chorinho da Elizabeth e vejo que já amanheceu, Maxon tentou entrar na minha mente mais eu espantei esses pendamentos, pego a menina no colo e a amamento. Aperto a campainha e aparece Mary com meu café da manhã e Anne para cuidar da menina. Como me deliciando com cada comida que há na bandeja. Até que lá vem ele me perturbando meus pensamentos outra vez.

— Maxon já saiu Mary?

— Sim senhora, saiu á pouco.

— Menos mal não queria ver a cara dele hoje. Avise a sra Evangeline que para o almoço quero um Pernil assado com purê de batatas e de sobremesa uma torta de frutas vermelhas. Meu banho já está pronto? Arrume o vestido preto de renda vou até a modista encomendar algumas roupas novas.

— Quer que eu a acompanhe?

— Não será necessário.

— Mas o conde disse que a senhora não poderia ir sozinha.

— O conde não manda mais em mim, vamos logo que eu quero voltar antes do almoço. Preciso também comprar uma lembrança para o filho de Celeste.

Arrumei-me e Branson já me esperava com o coche, sei que uma condessa não anda sozinha por aí, mas eu precisava respirar e andar sozinha por um tempo. A cidade estava tão agitada, como eu sentia saudade de sair se casa, era horrível ficar o tempo todo no quarto. Encomendei meus novos vestidos de acordo com a moda parisiense e pedi urgência na entrega. Fui à confeitaria e não pude deixar de pensar em Amberly, sentia muito a sua falta.

Cheguei a mansão um pouco antes do almoço, entreguei meu chapéu a James e subi para olhar Elizabeth. Encontrei Maxon no meu quarto com a menina nos braços.

— O que faz aqui?

— Vim ver minha irmã, como você pode ver. Por que você saiu sozinha? Eu já falei que não a quero sozinha quando sair de casa. 

—  Me poupe, eu faço o que eu quero! Podia pedir para que levassem a menina até você, deixo a porta de ligação trancada justamente porque não quero você aqui no meu quarto.

Indiquei a saída.

— Você não pode me tratar assim para sempre, sou seu marido e tem obrigações para comigo.

— Vá cobrar obrigações da sua amante eu não te devo nada. A propósito o que faz aqui que não está na casa dela se divertindo?

— Queria te ver, sinto a sua falta — falou se aproximando.

— Meio tarde para isso. Não sinta a minha falta, vá ficar com a sua amante a senhora Kriss Ambers.

O afastei e ele caminhou em direção a porta, mas antes de sair virou-se e perguntou:

— É isso que você quer?

Meu coração doeu muito, mas eu tinha que dizer, ele me magoou muito não queria jogá-lo nos braços dela, mas tinha que ser assim.

— Pode ter certeza que sim.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Tá difícil para o Maxon, apesar de tudo não consigo parar de gostar dele.
Mas ele tem que sofrer pelo que ele fez. Espero que até aqui estejam gostando da história.
Obrigado por acompanharem...


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