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História Entrega - Chegada de um velho amigo


Escrita por: LizeFitz

Notas do Autor


Há quem diga que o ódio e o amor andam lado a lado.

Capítulo 14 - Chegada de um velho amigo


 America

Os dias vão se passando lentamente, Maxon mal aparece em casa depois da nossa ultima conversa  e também porque eu não quis sua presença em meu quarto. Pra falar a verdade, eu nem me importo dele ficar longe de casa, eu o odeio com todas as minhas forças. Afinal, o amor e o ódio constituem duas faces de uma mesma moeda, é como se existissem duas forças dentro de mim em relação a Maxon: a do amor, que só o quer por perto e pensa em perdoar tudo que ele me fez e a do ódio que só quer vingança, mexer com a cabeça dele e com seus sentimentos e me entregar ao primeiro homem que eu me interessar. Eu não sei quem vai vencer o jogo da minha cabeça, estou dividida e confusa.

Estava almoçando sozinha como todos os dias e Carson, nosso mordomo aparece com uma carta enviada da França. Para minha surpresa era a Marlee avisando que viria nos fazer uma visita com a família do marido no próximo mês. Eu não podia estar mais feliz, finalmente iria conhecê-los. É uma pena que eu e Maxon estamos desse jeito, porque não queria deixar as pessoas no meio dessa situação desagradável e a par desse péssimo casamento.

Fui para o quarto pegar minha menininha e levá-la para dar um passeio nos jardins de casa. Era bom que ela pegasse um pouco de sol. O jardim da mansão não poderia estar mais lindo, com certeza Amberly iria amar passear no nele. Sentei em um banco próximo e fiquei ninando Elizabeth até ela pegar no sono. Fui para mansão a entreguei a Anne e decidi ir até o lago que encontrei outro dia.

Demorou um pouco para chegar até o lago e estava extremamente cansada. Mas era maravilhosa a visão do lugar, a ultima vez que estive aqui foi no meu aniversário eu e  Maxon estávamos nos acertando, mas isso já é passado. Olhei para o lago tão límpido e pensei que seria ótimo me banhar ali, já que a água parecia tão fresca e eu estava morrendo de calor. Fui tirando roupa por roupa até as roupas íntimas e entrei no lago, a água estava maravilhosa nadei me sentido revigorada até que ouvi um cavalo se aproximando e me encolhi na água, mas aqueles cabelos loiros eu conhecia de longe, então não liguei.

— Está ficando louca? Te procurei por todo lugar e te encontro nadando pelada, onde está o seu pudor? — Ele parecia possesso ao descer do cavalo, mexia nos cabelos e andava de um lado para o outro.

— Eu só estou nadando e eu não tenho que dar satisfações da minha vida pra você. Se for cobrar de alguém é da sua amante. E meu puder está aonde a sua fidelidade e o seu caráter foram parar.

— Você é minha esposa me deve respeito. 

Ri muito dessa frase, o que deixou ele mais vermelho de raiva ainda.

— Quantas vezes eu vou ter que repetir que eu não te devo nada? Vê se enfia na sua cabeça, eu só sou sua mulher apenas no papel de resto é a senhorita Kriss Ambers, a sua meretriz. Então vê se me esquece!

Levantei-me e senti seus olhos sobre mim, deixando minhas pernas bambas.

— Recomponha-se America alguém pode te ver. 

— Quem você? Porque só tem você e eu aqui e você já me viu nua muitas vezes.

Ele não se convenceu e tentou me cobrir com o seu paletó, me esquivei e fui vestir minha roupa de baixo, mas estava afim de irritá-lo mais um pouco. Me deitei embaixo de uma arvore e fiquei só com a roupa de baixo.

— Você não vai se vestir decentemente America?

— Não! Maxon eu vim aqui relaxar, você não liga para o que eu faço e mal aparece em casa. A propósito Marlee, Carter, os pais, Daphne e o marido estão vindo nos visitar espero que você apareça em casa pelo menos para ver seus familiares.

— Eu vou aparecer — se deitou perto de mim, enquanto eu recebia os raios do sol sobre a minha pele — só quero que entenda que eu não quero ficar longe de casa, mas eu não aguento o seu desprezo eu só quero ter você de volta.

— Isso quase me tocou, sério. Só que já é meio tarde pra isso, quem me desprezou primeiro foi você enquanto eu esperava um filho seu.

— Eu sei que eu errei, mas eu já vi meu pai trair minha mãe tantas vezes que aprendi a não confiar nas pessoas. E eu vi as provas, as malditas cartas, eu sei que já é tarde, mas eu ainda amo você.

Meu coração derreteu agora, as lágrimas queriam descer, mas eu não vou permitir que ele me veja assim. Levantei-me e corri para vestir minhas roupas no meio do caminho, Maxon gritava no fundo, mas eu não quis ouvir, até que eu pisei em falso e caí descendo por um declive. Senti suas mãos me pegarem, meu braço esquerdo doeu e eu estava ralada suja de barro então não resisti a sua ajuda. Ele me vestiu, colocou no cavalo e me levou de volta para mansão. Sua respiração no meu pescoço e sua mão na minha me causavam arrepios, queria tanto sentir seu corpo no meu outra vez,estou tendo que ser muito forte pra não me entregar a esse amor outra vez.

Quando chegamos ele me desceu do cavalo e me pegou no colo me levando para meu quarto, era folga de Mary e não tinha ninguém para me ajudar a tomar banho, porque Maxon deu ordens para que não me ajudassem. Entrei no banheiro e ele me colocou na banheira e me ajudou a tomar banho e a me vestir. Pedi para que pegasse uma camisola e me deitei na cama.

— Obrigada, mas agora você já pode ir. Acho que você tem que estar em outro lugar.

— Eu não tenho que estar em lugar nenhum, meu lugar é com você meu amor.

Meu Deus me ajuda, não senta perto de mim Maxon, sentou e tentou segurar minha mão, merda!

—Sinto falta de você na minha cama ela fica vazia sem você. Só durmo no nosso antigo quarto porque ainda tem seu cheiro, mas você não está lá e é tão ruim dormir sem você deitada sobre meu peito, acordar e não ver sua cara amassada de sono, não fazer mais amor com você, minha vontade é fazer isso agora —  Eu tenho que resistir eu preciso, eu repetia na minha mente pra não beija-lo nesse momento, porque eu também sinto falta  e que também — A sua frieza e desprezo me matam a cada dia, não aguento ficar nessa casa e ficar perto de você sem poder te tocar. Eu te amo mais do que qualquer coisa que eu já amei na vida e me machuca essa nossa situação.

Ele aproximou nossos rostos e acariciou a minha bochecha, seus olhos me miraram de uma maneira tão intensa que senti meu corpo em chamas. Ele ainda mexe muito comigo e ficar longe dele está me matando, mas eu não posso ceder ele tem que pagar antes por tudo que me fez passar. Ouvimos batidas na porta cortando o clima, era Anne trazendo Lize para que eu a amamentasse, ela me ajudou com o bebê para que eu apoiasse com o braço direito e depois seguiu para porta,

— Anne, você tem que ficar pra me ajudar, machuquei meu braço.

— Não precisa Anne, eu vou ajuda-la— Maxon falou. Não mesmo!

— Anne você fica!

— Anne pode ir eu sou seu patrão e estou mandando.

— Sim senhor! — Falou e saiu do quarto.

— O que você quer Maxon? Não quero a sua ajuda, não quero você perto de mim.

— Seu braço está machucado vou te ajudar e ponto final!

Concordei a contra gosto,  Lize estava com tanta fome que tive que passar para o outro peito, meu braço doía então ele teve que segurar a menina. Pouco depois Lize pegou no sono e ele a deitou perto de mim.e Maxon fez o mesmo.

— O quê você está fazendo?

— A menina pode acordar durante a noite e você vai precisar de ajuda. Você fica linda amamentando,sabia? pensei no nosso filho.

— Por quê? Você nunca ligou pra ele quando estava grávida e precisei de você.

­— Liguei sim América! Sempre que seu sono era pesado eu acariciava a sua barriga e sentia o bebê mexer. Mas houve momentos em que eu não conseguia era mais forte do que, eu amava muito esse bebê e me arrependo tanto por tudo que eu não fiz todos os dias da minha vida.

— Está bem Maxon, eu não vou esquecer tão fácil. Mas eu acho que nem tudo pode durar pra sempre, vamos ver o que acontece, se você me provar que merece meu amor. Até lá eu vou continuar desse jeito.

Virei para o lado e adormeci, Elizabeth acordou algumas vezes, mas logo voltou a dormir e Maxon me ajudou todas essas vezes.

                                                                                                                        ***

Acordo com o chorinho de Elizabeth e Maxon já não está mais aqui, já deve ter ido encontrar sua amante, porque é sábado e como ele é o novo conde passou a ir ao Parlamento durante a semana. Ainda bem que meu braço parou de doer assim eu posso amamentar Elizabeth em paz. Estou terminando de me arrumar quando Maxon abre a porta de ligação apenas de camisa e calça.

— O que faz em casa uma hora dessas? Não devia estar em outro lugar?

— Não! Estou exatamente onde deveria.

— Hoje temos o jantar de aniversário do meu pai. Não que seja da sua conta, mas eu vou comprar uma lembrança para ele hoje. Então se for almoçar em casa vai ficar só. E se você tem consideração pelo meu apareça pra irmos juntos, se não, eu vou mermo assim.

— Creio que Mary vai te fazer companhia quando sair, certo? Eu não perderia o jantar de aniversário do seu pai.

— Errado! Vou com Branson apenas. E não tenho hora pra voltar, pretendo fazer uma visita a minha amiga Celeste.

— Eu vou com você!

— Eu não te chamei pra ir comigo, mas se quiser ir vá. Eu vou fazer as minhas coisas.

Mary terminou de arrumar meu cabelo e ajeitou o chapéu em minha cabeça e depois saímos, não sei o que Maxon pretende indo comigo ou passando o dia, ele devia estar com a mulherzinha dele.

Chegamos ao nosso destino e eu tratei de me separar de Maxon, depois de terminar o que vim fazer  fui até a casa de Celeste. Seu filho estava cada vez mais lindo, era a cópia escrita do pai, não deixei de lembrar do meu filhinho. Passamos a tarde tomando chá e conversando sobre roupas, os nossos bebês e falando mal dos maridos.

Ao passar pela rua que tem uma perfumaria francesa resolvi parar e olhar quais eram as novidades. Resultado, segui a rua inteira comprando sapatos, luvas, chapéus e brinquedos para Elizabeth, o normal seria Mary fazer essas coisas pra mim ou comigo, mas eu não resisti e sai comprando muitas coisas. Ainda bem que tinha saído com dinheiro. Passei também na joalheria do meu pai e meu irmão Kota me deu de presente um lindo conjunto de brilhantes, depois que se casou creio que mudou muito, parece até outro homem.

Tinha que esperarMaxon em frente ao café onde conversava política com seus amigos, Branson foi chamá-lo. Resolvi descer um pouco e tomar ar até que um homem se aproximou:

— Não acredito que no meu primeiro dia em Londres encontro a menina que colocou tinta no meu chá.

Não estava ligando o rosto a pessoa, mas só foi com um menino que eu preguei essa peça. Não acredito. É ele!

— Oliver Marshall?

— Confesso que estava nervoso por não se lembrar de mim pimentinha.

— Como eu poderia esquecer você colocou um sapo no meu vestido.

Oliver Marshall, meu amigo de infância, que havia ido para os Estados Unidos, passava temporadas com os pais na casa dos avós, que era vizinha da nossa casa de campo. Sempre aprontava comigo, assim como eu e nas tardes ensolaradas íamos junto com meus irmãos tomar banho no riacho da casa dos seus avós. Seus olhos e seu sorriso com covinhas ainda eram os mesmo, mas de resto havia mudado bastante. Suas sardas haviam sumido deixando seu rosto bonito ainda mais bonito, era alto e carregava um certo charme e mistério.

Pegou minha mãe e depositou um beijo, deixando-me bastante corada. Seus olhos me miravam de uma forma diferente. Até que sinto uma mão em minha cintura, era Maxon com uma cara de poucos amigos.

— Eu não falei para me esperar no coche? E não gosto que fale com estranhos.

— Só que você estava demorando e eu precisei tomar ar. Esse é Oliver Marshall, meu amigo de infância — dei certa ênfase nas ultimas palavras — Oliver, esse é meu marido Maxon Schereave.

Apertaram as mãos de maneira cordial, mas lá no fundo Maxon estava profundamente irritado e eu adorando deixa-lo nesse estado.

— Você é o Conde de Angeles? Que sorte a minha vim à Londres tratar de alguns investimentos que a sua companhia irá fazer nas minhas empresas nos Estados Unidos.

— Creio que meu amigo August irá tratar disso com você na segunda, minha vida agora é no Parlamento, de acordo com a cadeira que herdei com a morte do meu pai. Até breve! Vamos querida?

— Creio que nos veremos mais tarde, estarei no aniversário do Sr. Singer. Então, até mais tarde!

Foi hilária a expressão de Maxon nesse momento, entramos na carruagem e voltamos para mansão. Maxon passou o caminho de volta todo calado, mas sei que quando chegar em casa o ele vai tentar tomar satisfações mas eu não sei se quero ouvir.


Notas Finais


Qual é a desse Oliver? Será que ele vai balançar o coração da Ames?
Até o próximo captulo!!
Bjss


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