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História Entrega - Apaixonada. E agora?


Escrita por: LizeFitz

Notas do Autor


Desculpinhas pela demora... Tinha muita coisa pra estudar.
Espero que gostem do capítulo.
Bjss

Capítulo 5 - Apaixonada. E agora?


Maxon

Senti-me um monstro por ter tratado America daquela forma, ela não merecia. A abandonei depois de termos feito sexo, não foi a sua primeira vez assim como também não foi a minha, mas mesmo assim a sua expressão de decepção ficaram gravadas na minha mente. Não podia ter relações com ela sabendo que amava outra mulher, que agora pertencia a outro homem, não era certo com as duas, porque me sentia culpado e traindo o amor da minha vida. Mas eu tinha que consumar o casamento era ordens severas do meu pai e eu sabia que qualquer passo em falso minha mãe pagaria. Meu pai era um ser doentio e sem escrúpulos.

Minha doce Kriss, eu nunca esqueci seus olhos, as suas lágrimas no dia em que foi arrancada de mim depois daquela tragédia. Prometi que lutaria por nós, mas não fui capaz de impedir seu casamento meu pai me deixou de mãos atadas. Casei-me com outra mulher que nunca vou poder amar, mesmo sabendo que não vamos ficar juntos. Pobre America está presa a mim, não quero faze-la infeliz, porém, de mim só vai ter amizade. Vou ser seu amigo e companheiro, teremos que gerar herdeiros, mas por hora não há tanta necessidade nem pressa, vou enrolando meu pai. Já fiz o que ele queria, casei, só de pensar que tudo foi sua culpa e de suas infidelidades me enche de ódio, mas não podia abandonar minha mãe com essse monstro. Sai do escritório e fui ao quarto me vestir. America ainda estava deitada na cama não quis olhar pra ela segui em direção ao banheiro para tomar um banho rápido, não podia deixar a fábrica nem a ferrovia no comando de outras pessoas.

America

Maxon estava no banheiro, minha cabeça doía cabeça de tanto chorar. Eu não vou deixar me abater por isso mesmo me sentindo rejeitada, vou me arrumar e descer pra tomar café como se nada tivesse acontecido pra não gerar comentários entre os criados, mas falar com ele isso eu não quero fazer!

Esperei ele sair e caminhei até o banheiro fechando a porta com força atrás de mim sei que não nos amávamos e tínhamos que consumar o casamento, mas não precisava me abandonar daquele jeito. Eu nem sei por que isso me incomoda tanto, tinha que cumprir o papel de esposa e cumpri. Mary não estava no banheiro então apertei a campainha, fiquei com Mary porque queria um rosto conhecido na minha nova casa. Estando pronta desci para o café, Maxon já estava tomando o seu, a criada me serviu e depois se retirou:

— Bom dia!!- que cínico, olhei o fuzilando.

— Bom dia!!- sorri falsa, sem olhar pra ele.

— Desculpa pelo que aconteceu mais cedo- nossos olhos se encontraram, aqueles olhos castanho escuro... O que eu estou fazendo? Eu não posso estar mexida por ele, não depois de tudo que passei. Estava quase chorando. Senti uma mão tocando a minha- Minha querida?

— Não sou sua querida! – senti uma corrente no meu corpo ao sentir seu toque, eu não posso me apaixonar por ele. Levantei-me da mesa e sai correndo precisava ficar sozinha, me acalmar. Então fui aos estábulos tinha que cavalgar sentir o vento nos meus cabelos, mas não tinha ninguém.

Fiquei um tempo andando até parar em um lago, caminhei pelo deque e sentei na ponta tirando minhas botas em seguida colocando os pés na água. Suspirei e deixei as lágrimas descerem sem saber o motivo, só queria chorar.  Depois de um tempo voltei pra casa dei as ordens do dia e segui para biblioteca, não tinha nada pra fazer, não sabia onde Maxon estava e nem queria.  Só que não achei nada interessante, queria bordar, mas não gostava de fazer isso! Vou subir e ver o que encontro por lá. Olhei a casa toda pra conhecer o lugar onde moro e fui para meu quarto, acabei encontrando Maxon sentado na cama massageando as têmporas ,ao me ver fez um gesto para que me sentasse ao seu lado na cama. Sentei:

— Minha que... Tenho que ser sincero com você - assenti para que continuasse- a verdade é que já amo outra mulher e se você tem algum sentimento por mim, sinto muito, mas não poderei corresponder – Na lata! Que sincero, não sei por que isso me incomodou tanto. Se controle America, você não pode se apaixonar por esse homem – vou propor um trato a você – fiz um sinal para que continuasse - Podemos ser amigos e só agir como casados em público – meu queixo caiu!

— Por mim tudo bem. Agora nem tente se apaixonar por mim senhor Schereave – arqueei as sobrancelhas num tom brincalhão. Apesar de tudo que aconteceu com ele pelo menos está sendo sincero e era tudo que eu esperava desse casamento, que pelo menos sentíssemos  amizade um pelo outro.

— Mas, uma hora teremos que dar herdeiros para linhagem Schereave se não meu pai me mata, resolvemos depois temos todo tempo pra isso – corei com isso. Que calor! Só de lembrar a noite anterior... Meu eu interior me traz de volta ao planeta terra.

Ficamos conversando por um tempo e depois tive que começar a me arrumar para o jantar, depois da nossa conversa me sento um pouco mais leve. Apesar de estar incomodada por saber que ele ama outra e que nunca nutrirá sentimentos por mim. Será que eu sou tão azarada que estou me apaixonando por ele? Não posso deixar isso acontecer, não suportaria outra decepção. Vou ser amiga dele e fazer de tudo para não me apaixonar, seria mais fácil se ele fosse um machista como Kota ou me tratasse mal, só que ele é muito doce, compreensivo, companheiro, bonito, seu corpo, seu beijo, seu toque... O que tá acontecendo comigo? Ele não sai da minha cabeça.

 

Já fazem três meses que estou casada, o Conde e sua esposa voltam hoje de viagem, não sei como vai ser com eles aqui, estava acostumada em sermos só eu e Maxon. Sem falar que esse Conde me dá arrepios, dei as instruções do dia aos empregados e segui pra os meus afazeres. Conforme o dia foi passando eu fiquei mais ansiosa não sabia ainda como ele iriam me tratar e como seria minha convivência nessa casa.

Maxon já tinha chegado do trabalho e estava no banheiro enquanto eu estava terminando de me arrumar para o jantar, nossa amizade vem crescendo a cada dia, nesses meses ele tem se mostrado uma pessoa admirável. Acho que estou começando a me apaixonar por ele o que é um erro muito grave, já que ele ama outra pessoa:

— Ames? Ames? – Mary me tirou dos meus pensamentos. Agora é isso toda hora pensando nele.

— Oi! Estava perdida pensando em algumas coisas.

— Em algumas coisas ou em alguém? Eu já percebi Ames, eu vejo como você olha pra ele.

— Falamos depois – falei já ruborizada e cochichando – ele está no banheiro.

— Eu só queria saber qual vestido à senhorita irá usar hoje à noite – queria causar uma boa impressão – pode ser o preto de veludo.

— Vai ficar linda senhora! – ela pôs meu vestido, já tinha feito um coque com fios soltos, me maquiado, só faltavam as joias. Escolhi o conjunto de esmeraldas que Maxon me dera antes do casamento. E nessa hora ele saiu do banheiro com a camisa aberta. Meu Deus que barriga é essa? Fiquei olhando por alguns minutos até que:

— Senhora desse jeito ele vai perceber, já já a baba cai – falou Mary baixinho antes de se retirar entre risos, não me contive ainda bem que Mary me alertou imagina se ele tivesse percebido. Mas que ele tira o meu folego tira mesmo.

— Ames pode me ajudar com a gravata? Dei um jeito na mão cavalgando hoje e está doendo um pouco.

— Só se você me ajudar com esse colar, não estou conseguindo prender – sorri e fui retribuída com o mais lindo dos sorrisos. Como ele podia ser tão lindo? Controle-se menina, ele só te vê como amiga, mas fica difícil ele estando com o peito à mostra – Você tem que fechar a camisa primeiro – fiquei da cor do meu cabelo.

— Tá te incomodando querida? Vem fechar você – arqueou as sobrancelhas e riu malicioso o que me deixou mais vermelha do que eu já estava. Rolei os olhos, caminhei até ele e fechei botão por botão, estava com o coração tão acelerado só faltava ele sair pela boca e minhas mãos tremiam mais de que tudo. E por fim coloquei sua gravata.

— Pronto! Agora você vai me ajudar com o colar – quando ele tocou na minha pele pra prender o colar senti meu corpo se arrepiando por inteiro.

— Vamos já está na hora. Ah! E você está linda essa noite – sussurrou no meu ouvido e me causando arrepios, entrelaçamos nossos braços e descemos.

Ficamos conversando um pouco na sala de desenho até o jantar ser servido e irmos para sala de jantar. Falamos sobre diversos assuntos, a condessa era uma mulher adorável, mas o conde no pouco que falou deu pra perceber o quanto era ríspido e frio. A condessa elogiou o cardápio do jantar, que bom que ela gostou estava um pouco apreensiva, afinal, a casa era dela. Tudo caminhou bem, até que o conde Clarkson tocou em um assunto constrangedor:

— Quando vocês pretendem me dar o herdeiro? Espero que já esteja á caminho – Maxon engasgou com a comida eu com o vinho.

— Pai, ainda está muito cedo pra isso, quero conhecer um pouco mais a minha esposa – porque tinham tocado nesse assunto, minhas bochechas estavam queimando, bem que eu podia ter a sorte de engravidar naquela única vez que fizemos amor, mas não tive sorte. Se bem que repetir aquilo tudo não ia ser nada mal... Uma tensão na mesa e eu aqui pensando essas bobagens.

— Você já teve três meses pra conhecer sua esposa, quero me certificar que deixarei herdeiros para que meu nome não se perca.

— Pai, na hora certa o senhor vai ter os netos que tanto deseja.

— Assim espero...

Depois desse jantar tenso seguimos para sala de desenho novamente. Eu e Amberly jogamos cartas enquanto os homens falavam de negócios. Demorei um pouco e segui para meu quarto estava muito cansada e Mary já estava me esperado, preciso muito falar com ela. Enquanto ela estava penteando meu cabelo toquei no assunto:

— Mary, se lembra de que eu contei que Maxon  amava outra e que só queria minha amizade?

— Sim Ames e estou entendo aonde você quer chegar. Apaixonou-se por ele não foi?

— Foi – estava chorando, isso não podia ter acontecido – e agora eu não sei o que fazer?

— Calma Ames. Se você sente algo por ele, faça-o sentir também, conquiste seu coração.

— Como vou fazer isso? Sei nem por onde começar.

— Amanhã traçaremos um plano, descanse essa noite. Você vai conseguir o coração desse homem. Eu te juro!

Deitei na cama fiquei esperando Maxon voltar e me permiti pensar um pouco na minha situação. Realmente aquele homem mexia comigo de um jeito que Aspen nunca mexeu, tinha que conquista-lo e pode ter certeza que eu vou! Ele entrou no quarto bufando, estava nervoso, mexia nos cabelos e andava de um lado pra outro:

— Max tá tudo bem? – me aproximei dele, que estava sentado na beira da cama.

— Meu pai às vezes me tira do sério, nada que eu faço está bom. Estou cansado disso sabe Ames? – olhou pra mim com aqueles olhos que penetravam a minha alma – fora que fica me pressionando com essa história de herdeiro homem. Minha cabeça vai estourar.

— Olha todo pai é assim. Acredito que ele está querendo que você seja melhor do que ele já foi, por isso te cobra tanto, mas tenho certeza que ele sente orgulho de você. Só é o jeito dele de demonstrar. Não se cobre tanto – comecei a fazer uma massagem nas suas costas. Como eu comecei a fazer isso?

— Você não conhece o verdadeiro Clarkson Shereave, eu vou fazer de tudo pra que isso não aconteça. Nunca! Minha obrigação é protege-la – nossos olhos se encontraram acariciei seu rosto, sua boca; fui aproximando nossos lábios e beijei os dele de leve sendo correspondida.

— Desculpa por isso! – queria estar constrangida ou arrependida, mas não estou.

— Tudo bem vamos só dormir, vou me trocar – se levantou da cama e foi ao banheiro. Eu me deitei nas nuvens, sei que não foi um BEIJO, mas ele me correspondeu e isso pra mim foi tudo. Acabei adormecendo em seguida.

 

 

 



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