História Entrega - Descobertas

    América

Acordei no dia seguinte e encontrei  Maxon ainda dormindo, pra falar a verdade eu não consegui dormir direito pensando em tudo que aconteceu na noite anterior. O que será que ele pensou do nosso beijo? Não importa! O que tá feito, tá feito! Eu tenho é que descobrir um jeito de beijar aquele homem de novo. Fiquei olhando-o dormir, ele era tão lindo, eu quero muito que ele sinta por mim o mesmo que eu sinto, que ele saiba os meus sentimentos. Levantei e fui ao banheiro, fazer minha higiene matinal. Quando a mulher é casada ela tem a opção de tomar café da manhã no quarto, então sou vou me arrumar depois do café. Mas pelo menos o meu cabelo eu vou arrumar, porque não iria deixar ele me ver despenteada. Voltei pra cama e me deitei de lado com a cabeça apoiada no cotovelo, Maxon estava acordando:

-Bom dia! - falei um pouco receosa.

-Bom dia minha querida - abriu um sorriso - vai descer pro café?

-Não! Vou tomar aqui mesmo, preciso falar com Mary. Ah, eu preciso ir até o centro hoje.

-Vai fazer o quê? Precisa de dinheiro?

-Estou precisando de algumas coisas. Eu ainda tenho o dinheiro que sobrou da última vez que eu fui fazer compras.

-Tá certo, mas, não vá sozinha - terminou de se arrumar, beijou minha testa e desceu pra o café.

Assim que ele saiu toquei a campainha e logo Mary apareceu com a bandeja do meu café. Enquanto eu tomava café começamos a conversar sobre o nosso plano:

- Mary, vamos até a centro. E eu vou comprar tudo o que você disser. 

-Ames, temos que comprar roupas que deixem você mais atraente. Roupas apertadas, perfumes e roupas de baixo, do tipo que as francesas usam.

- Como são as que elas usam?

-Com rendas, sedas finas. As francesas são òtimas nesse quesito.

Terminei de tomar meu café e me arrumei. Eu e Mary pegamos a carruagem e seguimos em direção ao centro; comprei tudo que ela queria. Só espero que Maxon goste de tudo isso! Quando estávamos saindo da loja quem eu encontro? A mulher de Aspen: 

- América Schereave, que bom encontrá-la aqui. 

- Digo mesmo Celeste. Desculpa não poder ir ao seu casamento.

- Tudo bem eu não fui no seu - rimos sem graça uma com a outra -  venha à minha casa pra um chá, temos muito que conversar.

- Fazemos o seguinte,você vem a minha casa. Hoje a tarde mesmo - não podia correr o risco de encontrar Aspen.

- Então tá certo, mas o próximo será na minha casa.

- Agora vou pra casa, passei a manhã toda na rua e eu não sei se minha sogra precisa de mim.

Entramos no carro e eu avisei a Mary que teríamos visita para um chá. Queria tanto que Marlee  vinhesse, mas ela estava na França visitando os pais de Carter. Chegamos em casa e encontro Amberly sentando na sala de desenhos com uma cara nada boa: 

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto extremamente preocupada.

- Houve problema com alguns investidores e Maxon vai fazer uma viagem. Vai demorar um mês.

- Um mês? Tanto tempo assim. Ele vai sozinho?

- Não meu anjo,Clarkson vai com ele, mas dentro de uma semana estará de volta.

- Vou ver se Maxon precisa de alguma coisa.

Subi para o quarto e encontrei Maxon dizendo o que Bates, o camareiro de Maxon, o que ele  iria levar consigo. Sentei na ponta da cama e fiquei olhando pra ele triste, iria sentir tanto a sua falta e ainda por cima ficaria sozinha com os pais dele. Maxon nota minha presença e senta-se ao meu lado: 

- Tudo bem querida?

- Acho que sim - ele me olha como se soubesse que eu estou mentindo - na verdade não. Quando você viaja? 

- Hoje mesmo depois do almoço.

- Para onde você vai? Precisa ficar tanto tempo longe.

- Vou para Itália, tratar com alguns investidores. Vou demorar porque vai ser um pouco complicado consegui-los!

- Ah tá! Vou sentir sua falta - não podia esconder minha tristeza. Ele percebeu e me abraçou.

- Vai passar logo o tempo. Você vai ver. 

Ficamos mais um tempo abraçados, depois descemos para o almoço e chegou a hora da despedida. Clarkson e Amberly se afastaram e então pulei em seu pescoço e dei um abraço apertado e pude sentir que ele me apertava ainda mais contra seu corpo.

- Maxon, tenha cuidado e escreva pra mim. Promete?

- Prometo! Digo o mesmo a você. Se for sair não saia sozinha.

- Está bem! 

- Eu vou ter que te beijar agora, se não vão desconfiar - assenti, porque eu queria beijar ele mesmo e não vou perder essa oportunidade. Ele me segurou pela cintura, me apertou contra o seu corpo, fez carinho na minha bochecha e me beijou. No começo foi um beijo casto e calmo, mas eu queria que ele pensasse em mim durante a viagem, então, intensifiquei o beijo e ele pareceu não se incomodar por que retribuiu com a mesma intensidade. Ouvimos alguém limpando a garganta e saímos do beijo. Eu estava mais vermelha e ofegante que tudo. Maxon partiu logo em seguida.

Por um momento esqueci que Celeste viria tomar chá comigo hoje. Amberly não iria ficar conosco, porque não se sentia bem. Maxon já tinha me falado que a mãe tinha uma saúde frágil e enquanto ele está viajando me sinto na obrigação de cuidar dela. Logo, chegou a hora marcada para o chá, mas Celeste se atrasou um pouco, conversamos sobre diversos assuntos. Celeste sempre me arrancava muitas risadas até que ela tocou em um assunto:

- Então, América como conheceu o Maxon? Sabe conheço ele desde criança. Meu sonho era se casar com ele, mas aconteceram tantas coisas que eu acabei desistindo. E sabe, nem gostava dele tanto assim.

- Conheci no dia do baile. Nosso casamento foi arranjado.

- Que triste casar assim sem paixão. Eu desde nova coloquei na minha cabeça que não me casaria dessa forma. E assim que conheci meu Aspen tinha certeza que ele era o homem da minha vida. Vou contar um segredo, já que eu sei você pode ser minha confidente - assenti, estava curiosa pra saber o que realmente tinha acontecido entre ela e Aspen - Eu sabia que ele era interesseiro e que além de mim ele se encontrava com outra menina. Eu o amava tanto que eu não queria perdê-lo. Meu pai não deixou que eu me casasse com ele e eu não queria fugir, não conseguiria viver sem a minha família e pior de tudo é que ele ia fugir com a outra; isso não podia acontecer, porque mesmo ele sendo interesseiro ele me amava e não sentia nada pela outra menina, ele só  iria fazê-lo infelizes e a mim também. Então pedi conselhos a minha mãe, que era muito inteligente nesses casos, ela era amante do meu pai. Por favor não conte a ninguém, quando ela engravidou do meu pai ele se divociou porque nunca consumou o casamento e vieram morar em Londres. Quando ele veio se despedir o seduzi e me entreguei a ele fazendo ele dormir no meu quarto e no dia seguinte papai nos pegou juntos. E ele não tem olhos pra mulher nenhuma, eu me certifico disso todas as noites, se é que me entende, fora que papai fez ele assinar um contrato, se ele me deixar ele não leva nada do meu dinheiro.

- Nossa! - estava paralisada diante de tudo que ouvi. Como ela pode fazer tudo isso? Mas se ele realmente  a amava só iria me fazer infeliz e melhor ainda se não a ama mesmo e  só casou por interesse está preso ela pra sempre. Nunca poderia sentir raiva dela por isso, porque se não  fosse por isso eu não iria me casar com Maxon - se vocês se amam, é isso que importa. E melhor de tudo isso é que você livrou a garota de um casamento infeliz.

Depois que ela se foi subi até o quarto de Amberly para ver como ela estava. Depois disso me arrumei para o jantar. Jantamos só eu e Amberly. Maxon fazia tanta falta, queria tanto receber notícias suas e aquele beijo de despedida fica martelando o tempo todo na minha cabeça. Depois do jantar fomos pra sala de música, toquei um pouco de piano e subimos para os nossos quarto, li um livro até que adormeci.