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História Entrelinhas de um Karma - 01. Meu karma.


Escrita por: Samazing

Notas do Autor


→ Fairy Tail não me pertence.

→ Fanfic focada em Gajeel e Levy (GaLe/Gajevy), mas que conta também com outros casais de Fairy tail, sendo estes: NaLu, Jerza e Gruvia.

→ Fanfic também postada no nyah fanfiction, com usuário de mesmo nome.

→ Plágio é crime. Se encontrar a história em algum outro lugar com um nome de usuário diferente do meu, por favor, me avise ou denuncie por plágio.

→ Capa feita por mim, por favor, não reutilizar.

→ Créditos aos donos das fanarts.

Capítulo 1 - 01. Meu karma.


Delegacia de São Francisco, Califórnia.

Levy encarou os papéis espalhados por toda a sua mesa. Levantou-se, para que dessa forma tivesse uma visão mais ampla sobre as informações contidas em cada folha. Encarou-os como se tentasse unir os fatos. Contas de banco, figuras de câmeras de segurança, rostos de supostos suspeitos, relatórios; ainda assim, dados insuficientes. Passou as mãos pelos cabelos, impaciente, e começou a andar de um lado para o outro da sala, enquanto sua mente trabalhava de maneira veemente. 

— É coisa grande. — Murmurou para si mesma, logo soltando um suspiro. — Uma quantidade de dinheiro enorme, dinheiro do cofre, da conta bancária... — Falou, buscando conectar os fatos em sua mente. — Alguém os traiu. Alguém traiu os Vermilion.

A pequenina saiu da sala correndo, largando todos os papéis ainda desarrumados em cima da mesa. Apressada e desajeitada, ela quase derrubou pelo menos umas cinco pessoas em seu trajeto até a sala do delegado de seu departamento. Sem nem sequer bater na porta, ela simplesmente adentrou, com a respiração um tanto quanto ofegante.

— Eu já te falei para bater antes de entrar. — O loiro resmungou, de mau humor.

— Traição. — Ela disse, ainda em meio à respiração ofegante.

— O que você quer dizer com isso? — Laxus arqueou as sobrancelhas, confuso.

— Se esforce um pouco para pensar. — Ela disse, com um pequeno sorriso nos lábios. Ela adorava o seu emprego, era como um verdadeiro livro de mistério. — A senha do cofre, é quase impossível descobrir a senha do cofre da casa dos Vermilion. Eu já pesquisei nos computadores da delegacia, eles não declararam nem sequer para o Estado, apenas alguém de muita confiança dentro da casa saberia. — A menina parou por alguns segundos, pensativa. — Apenas alguém de confiança da família teria a senha, não é algo fácil de conseguir.

— Isso é insuficiente, McGarden. — Laxus suspirou, passando as mãos pelos cabelos, bagunçando-os.

— Nada é insuficiente em uma investigação, Dreyar. — Ela falou, revirando os olhos. — Eu passei na sala da Lucy mais cedo, ela me falou os dados que coletou do corpo. Ele foi esfaqueado, mas, na verdade, morreu por estrangulamento, o que demonstra que ele tentou reagir. Além disso, ela encontrou um leve ferimento no pulso do homem que demonstra claramente que ele reagiu. — Ela explicou, seriamente, mais uma vez, voltando a encarar o rapaz loiro.

— Não vejo nenhuma conexão aparente entre os dois pontos. — Ele falou, frustrado.

— Não acredito... — Ela revirou os olhos. 

— A policial investigativa aqui não sou eu, é você. — Retrucou, como se fosse óbvio.

A pequenina, mais uma vez, revirou os olhos e, após um longo suspiro, tornou a explicar a situação.

— Ele foi o traidor dos Vermilion. — Proferiu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Eles não poderiam deixar um traidor vivo e correr o risco de serem denunciados. Quem quer que eles sejam, não são amadores, ao contrário, são muito bons... 

— É, isso faz sentido, vamos considerar essa sua hipótese, ela é realmente bastante coerente. — Ele admitiu, logo soltando um suspiro. — Aproveitando que você veio até a minha sala, teremos uma reunião hoje, às seis da tarde, na sala de reunião do primeiro andar.

— É sobre a nossa nova equipe? — A azulada perguntou curiosa, arqueando as sobrancelhas. 

— Sim, eu já montei a equipe, só preciso apresentá-los devidamente.

— Não sei para que tanto mistério... — Ela resmungou, indignada. Levy era uma menina um tanto quanto curiosa. — Bom, eu estou indo, tenho uma grande quantidade de papéis para ler ainda. Te vejo às seis. — Ela disse, dirigindo-se até a porta.

— Não se esqueça da reunião. — Ele lembrou, seriamente.

— E quando eu me esqueço dos compromissos? Você sabe que eu sempre sou pontual. — Ela respondeu com um pequeno sorriso nos lábios, antes de retirar-se da sala. 

Levy saiu da sala do superior e seguiu diretamente para a sua própria sala. Ainda tinha uma quantidade razoável de folhas para ler e fatos para ligar, afinal, não era um caso nem um pouco simples. Ainda que estejamos no século XXI, muitas coisas não foram alteradas com o passar dos anos. A desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos ainda é o que move a economia até os dias de hoje e não poderia ser diferente no país em que ela mora. A família Vermilion, no caso, é uma das famílias mais bem sucedidas e rica de todo o país.

A economia é dinâmica e gira, basicamente, em torno de pessoas como essas. Não que sejam más pessoas, não necessariamente, mas conquistaram um papel de destaque e importância em meio a sociedade. Com uma grande quantidade dinheiro guardada nas contas mais bem protegidas do país, além dos cofres mais seguros do mundo, um assalto à essa família seria, basicamente, uma coisa inimaginável. Entretanto, isso aconteceu, mais especificamente, na Califórnia, onde mora Mavis Vermilion, a atual herdeira de toda a fortuna.

Desde o último domingo, a polícia anda trabalhando incessantemente em busca de pistas e soluções para o caso, contudo, poucas são as evidências encontradas. Exceto pelo corpo de Lewis, um dos empregados da família que acabou falecendo. Desde então, Levy McGarden, uma policial investigadora do departamento de São Francisco tem buscado, de todas as formas, conectar os fatos, de modo a desvendar o caso, embora soubesse que isso não aconteceria tão cedo. Talvez aquele fosse um dos maiores casos de criminalidade que o país já testemunhara. Não por causa da morte, mas simplesmente por ser relacionado à uma família considerada intocável.

A McGarden olhou para o relógio rapidamente e soltou um suspiro. Não imaginaria que o dia passaria tão rápido. Talvez a quantidade imensurável de papéis em seu escritório justificasse a velocidade anormal dos ponteiros do relógio. Ela levantou-se, dirigindo até o pequeno banheiro que tinha no próprio escritório e pôs-se de frente ao espelho. Seu pensamento imediato foi: "Definitivamente, eu preciso de café."

Ela tinha exatos quinze minutos, mas, graças aos céus, havia uma cafeteria ao lado da delegacia. Ela dirigiu-se até a cafeteria velozmente e, para a sua sorte, a fila não estava grande. Ela fez o pedido ao balconista rapidamente e, então passou a observar a movimentação local enquanto esperava o pedido. Só não esperava ver exatamente aquela figura por ali. Por um momento, ela congelou, enquanto encarava tal figura masculina. Embora não se encontrassem há anos, ela o reconheceria, mesmo há quilômetros de distância. Os cabelos negros e longos, a estatura, os piercings e, acima de tudo, o sorriso sarcástico e misterioso. Aquelas características ela reconheceria de longe, independentemente no tempo que não o visse.

— Só pode ser brincadeira, é apenas uma coincidência... — Ela falou, baixinho, buscando acalmar-se. E repetiu aquela frase pelo menos umas cem vezes em sua cabeça.

— Senhorita, seu café está pronto.

— Oh, obrigada.

Ela agradeceu e pegou o café, logo saindo apressadamente da cafeteria, sem sequer encarar o outro lado da rua, onde havia visto o rapaz. Tinha certeza de que era apenas a sua mente lhe pregando uma peça. Só podia ser aquilo, nada mais. Voltou para a delegacia e seguiu diretamente até a sala de reuniões, deparando-se apenas com Lucy Heartfilia, a antropóloga forense que estava trabalhando com ela no caso e sua melhor amiga de longa data.

— Ele já não deveria estar aqui? — Levy perguntou, olhando para o relógio de pulso. — Seis em ponto. — Ela resmungou, sentando-se ao lado de Lucy. — E ele achou que eu esqueceria da reunião.

— Que ultraje, você é sempre tão pontual. — Lucy disse, fingindo-se ofendida pela amiga. 

— Não é? Todos sabem disso. — Ela falou, convencida, logo soltando uma risada. — Então, o que sabe sobre essa reunião?

— Apenas alguns boatos que estão rolando pela delegacia. — A loira respondeu, dando um suspiro. — Não sei o que há de bom em fazer tanto mistério, isso tudo só me deixa mais curiosa.     

— E quais são os boatos? — A menina perguntou, em seguida, tomou um gole do seu café.

— Ouvi dizer que alguns policiais de fora estão na delegacia.

— Para o caso dos Vermilion?

Antes que loira pudesse responder, a porta da sala se abriu e Laxus adentrou o cômodo acompanhado de outras pessoas, provavelmente, policiais, já que Levy e Lucy não reconheciam todos os rostos. O Dreyar esperou que todos se sentassem de maneira acomodada para que, por fim, começasse a explicar a situação.

— Como vocês sabem, o caso que envolve a família Vermilion é um dos maiores casos que já pegamos. Envolve uma família diplomata importante economicamente e, por isso, devemos resolver esse caso a todo custo. — Ele começou a explicar. — Para isso, eu resolvi reunir uma equipe com membros das mais variadas delegacias, para que pudéssemos obter informações dos mais diferentes estados americanos. Além disso, embora os Vermilion morem na Califórnia, essa é uma situação que abrange todo o país e, portanto, precisamos dos melhores profissionais para isso. — Ele continuou a explicar, voltando o olhar para as pessoas na sala. — Ao todo, será uma equipe de dez pessoas, com profissionais de diferentes áreas. Essa equipe será responsável pelas informações mais importantes, enquanto as equipes secundárias, também formadas por mim, irão lidar com informações menos relevantes.

— Dez pessoas? Então, não estaria faltando alguém? — A loira perguntou, um tanto quanto curiosa.

— Ele deve chegar logo. — Laxus explicou, dando um suspiro. — Enfim, eu vou apresentá-los. — Essas são Levy Mcgarden e Lucy Heartfilia, policial investigativa e antropóloga forense do departamento de São Francisco. — Disse, apontando para elas respectivamente. — Mirajane Strauss é uma perita em informática, Gray Fullbuster, um médico legista, Juvia Lockser, é uma artista forense. Jellal Fernandes, Natsu Dragneel, Erza Scarlet e...

De repente, a voz do delegado foi interrompida pelo som do estrondo da porta se abrindo. Levy deu um pulo ao deparar-se com a figura masculina que cruzou a porta despreocupadamente, como se nada tivesse acontecido. De repente, ela percebeu que sua mente não havia lhe pregado uma peça. Ele realmente estava ali. De todas as pessoas existentes no mundo, ele estava ali, parado na sua frente, era seu novo companheiro de equipe.

— E Gajeel Redfox, eles são agente da CIA, perito criminal e agentes do FBI, respectivamente.

Eram só aquelas duas palavras que ela precisava para que pudesse confirmar o caos interno que ela mesma estava vivenciando. Gajeel Redfox, que tanto lhe havia atormentado no passado estava ali e, a partir de então, ela teria que lidar com ele todos os dias e, de alguma forma, aquilo não podia afetar o seu profissionalismo, mesmo ele a tirando do sério em cada palavra que diz. Seria difícil, mas não impossível.

— Então é isso, começamos amanhã, estão dispensados por hoje. — Laxus falou e, então, retirou-se da sala. 

— Eu não acredito, mas que merda... — A pequenina murmurou baixinho, fazendo com que Lucy voltasse o seu olhar para ela, confusa.

— Do que você está falando? Achei que ficaria feliz do Natsu estar com a gente, não trabalhamos com ele há um tempo. — A loira disse, animada, com um sorriso presente em seus lábios.

— Não é disso que eu estou falando... — Ela revirou os olhos, impaciente. — É sobre o Gajeel Redfox.

— O que tem ele? — A loira entortou os lábios. — Eu nunca te ouvi falar sobre ele.

  — Então, eu o conheço há muito tempo... — Antes que ela sequer pudesse concluir a sua sentença, sentiu as mãos masculinas bagunçando seus cabelos azulados.

Enfurecida, Levy virou-se para trás, deparando-se com a figura masculina, alta e de olhos rubros. Ela suspirou e, interiormente, contou de um a dez, fingindo não estar incomodada com tal atitude, mas sua própria feição a denunciava.

— É, baixinha, quem diria que nos encontraríamos novamente? — Ele falou, em um tom provocativo, formando um sorriso sarcástico nos lábios. — De volta aos velhos tempos, parece que teremos que nos aturar como antigamente.

— Eu já te falei para não me chamar de baixinha... — Ela murmurou, impaciente. — E quem diria, não é mesmo? Estou começando a achar que você é o meu karma. — Suspirou, buscando qualquer coisa que a acalmasse em seu interior.

— Karma? Isso é apenas uma superstição idiota. Eu sou bem real. — Ele respondeu, ainda com um de seus sorrisos tortos nos lábios. — Nos vemos amanhã, baixinha.

O Redfox virou as costas e saiu.

Levy respirou fundo, buscando qualquer coisa que lhe trouxesse calma ou paz interior. Ela encarou-o até que, por fim, ele saísse da sala. Nunca sentira tamanha vontade de gritar quanto naquele dia — naquele momento. Ela suspirou novamente, dessa vez, contando de um a cem. Se Gajeel Redfox não era seu karma, ela não sabia o que era e não estava disposta a descobrir. Certamente, ele era seu karma e, a partir daquele dia, ela tinha certeza de que pagaria por todos os pecados que cometera em toda a sua vida. Todavia, querendo ou não, teria que lidar com sua presença todos os dias sem, de maneira alguma, interferir em seu profissionalismo. Com certeza, seria difícil, mas não impossível.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do primeiro capítulo e, por favor, não desistam de mim, é minha primeira fic de ação! ALKJFLAKDDFJ Bom, eu não sei se conseguirei postar regularmente, mas vou tentar ao máximo. Até o próximo capítulo, deixem as opiniões de vocês! ♥


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