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História Entrevistando o Coringa - Capítulo Único - A Entrevista


Escrita por: Apolys

Capítulo 1 - Capítulo Único - A Entrevista


Fanfic / Fanfiction Entrevistando o Coringa - Capítulo Único - A Entrevista

Já havia se passado três dias desde que o Coringa tinha se deixado ser capturado pelo batman. Desde então a prisão de Arkhan nunca fora tão movimentada, Coringa já tinha conseguido deixar dezessete guardas gravemente feridos e cinco mortos, claro que isso não passava de um simples passa-tempo pra ele, se quisesse fugir já o teria feito.

Mas não fugiria, pelo menos não ainda. Amanhã chegaria uma entrevistadora para o intrevistar, por um motivo um tanto quanto desconhecido ele queria falar com ela, já estava na hora de alguém o entender e ele sentira que essa entrevistadora seria capaz disso, ninguém sairia do Brasil para ir a Gothan city se não estivesse disposto a ver os dois lados da moeda.

Então assim ele dormiu com um sorriso no rosto pensando o quanto agradável seria o dia de amanhã.

( ....)

O sol ainda não havia nascido quando barulhos de saltos se fizeram presentes dentro da prisão Arkhan, a entrevistadora havia chegado.

E incrivelmente ela não trouxera nada além de uma caneta e um simples bloco de notas, sem gravador de áudio, sem câmera. Só uma caneta e um simples bloco de notas.

Vestida com um sobretudo preto que ia até a altura dos joelhos, uma calça jeans azul escura e uma regata cor vinho que continha preso um crachá com seu nome para que pudesse se identificar, ela tinha um enorme sorriso no rosto. Mal acreditava que iria entrevistar o cara que era considerado o maior piscopata do mundo.

Enquanto andava em direção a sala de interrogatório seguida por dois guardas para a sua segurança, em um pequeno momento de distração ela sem querer deixou o pequeno bloquinho cair no chão, rapidamente o pegou e voltou a andar, indireitou os óculos de grau que usava e tratou de analisar o cabelo para ver se ainda estava preso no coque frouxo que fizera quando chegara, sim, estava tudo certo.

Depois de alguns segundos viu que havia chegado a sala de interrogatório, segundo as informações que receberá coringa já devia estar lá dentro sentado em uma cadeira algemado a esperando.

Estava parada em frente a porta, incrivelmente não se encontrava com medo, só curiosa em saber como ele a responderia. Suspirou, estava na hora, endireitou a postura e encostou na maçaneta mas antes de girar foi interrompida pela voz de um guarda.

- Cuidado, não iremos entrar com você mas estaremos aqui fora esperando, ele está algemado só que se tratando dele qualquer cuidado é pouco   - Alertou o guarda friamente, só devia estar falando isso pois era seu serviço.

- Certamente  - Respondeu a intrevistadora indiferente, não se importou com o comentário do guarda, por algum motivo ela sabia que ele não a atacaria.

Girou a maçaneta e entrou logo fechando a porta atrás de si.

Lá estava ele, com seus cabelos verdes e dentes metálicos, possuía um enorme sorriso no rosto. Estava sentado em uma cadeira e tinha as duas mãos algemadas em cima da mesa, do outro lado da mesa tinha uma cadeira ao qual andando tranquilamente ela foi e se sentou.

Por minutos ninguém falou nada, só ficaram analisando um ao outro como se estivessem tentando achar algum ponto fraco no oponente para ter alguma vantagem.

- Então senhorita Cecília, não vai me perguntar como estou?  - Perguntou o Coringa de forma debochada, havia lido o nome dela no crachá.

Cada palavra que saía de sua boca causava um arrepio na entrevistadora, Cecília sempre pensará como seria ouvir a voz dele mas nada era igual a agora, não era um sonho estava mesmo acontecendo.

- Talvez, ainda estou pensando  - Respondeu ela enquanto um sorriso brotava em seus lábios.

Não planejara nada do que iria falar, igual a uma certa pessoa ela não gostava de fazer planos.

- Sabe que está falando com a pessoa mais temida de todo esse mundo, certo?  - Perguntou o coringa sem nunca deixar que o sorriso lhe escapasse do rosto.

- E como sei, a propósito como está?  -Dessa vez quem perguntou foi Cecília.

Ela também era incapaz de deixar de sorrir.

- Estou bem obrigada por perguntar, eu até te perguntaria como você está mas não me interessa  - Respondeu o Coringa com uma tranquilidade invejável.

Mesmo depois dessas palavras grossas a entrevistadora não deixara de sorrir, era com o Coringa que estava falando, já esperava isso dele.

- É sincero, admiro isso nas pessoas  - Confessou Cecília, não precisava mentir só tendo os dois ali.

- Então você me admira?  - Perguntou ele irônico, sabia que ela havia falado sobre a sua sinceridade não sobre si mas queria tirar um pouco de proveito dessa situação.

- Não distorsa minhas palavras Senhor Joker, pra mim era eu que teria que fazer isso com as suas respostas depois que saísse daqui  - Ela respondeu agora com um sorrisinho de canto.

Ele nada respondeu, não que estivesse sem palavras, era o Coringa, era porque queria ver o que ela iria fazer em seguida.

- Por que você quer matar o Batman?  - Cecília decidiu que já estava na hora de começar as perguntas, então foi para uma ao qual sempre quis saber a resposta.

- É direta, gosto disso nas pessoas  - Ele fez uma observação, realmente gostava de pessoas diretas, ele mesmo era uma delas.

- Então você gosta de mim?  - Perguntou a entrevistadora sarcástica, estava fazendo a mesma coisa que ele havia feito a alguns segundos atrás.

- Vamos por partes  - Avisou Coringa dando risada e balançando levemente a cabeça enquanto ria.

Ela esperava por tudo menos por essa resposta que a pegara totalmente de surpresa, mas isso não a impediu de dar um risinho contido e balançar a cabeça como se estivesse a fazer um não.

Devagar a risada do Coringa foi sessando e ele foi ficando mais sério, continuava a sorrir só que com menor intensidade, parecia que estava pensando em algo importante, Cecília nada disse só ficou a observar-lo.

- Sabe, eu não quero matar o Batman ele até que é divertido, nem destruir Gothan como muitas das pessoas acham. Eu quero implantar medo nas pessoas, terror psicológico talvez, porque quando elas sentem medo é que elas são postas à prova, demonstram quem realmente são. Vocês acham que sou um terrorista, pois bem. Terroristas derrubam prédios, eu derrubo máscaras.

Enquanto Coringa falava Cecília anotava tudo, na verdade já esperava uma resposta assim mas não pode deixar de ficar impressionada, ele havia falado com tanta certeza que ela até pensou que porventura do destino ele tivesse ensaiado para essa entrevista. Impossível, como todos sabem Coringa não é um cara de se programar ou fazer planos.

- Ótima resposta mas continuando, por que você se tornou o Coringa?  - Ela perguntou sem ao menos olhar para ele, estava muito concentrada olhando para o bloco enquanto esperava ele a responder para que pudesse anotar.

- Porque a vida quis que isso acontecesse  - Ele respondeu simplismente, como se não fosse nada.

- Então está querendo dizer que a vida quis que você matasse milhões de pessoas?  - Cecília perguntou mesmo sabendo que estava distorcendo as palavras dele, mas ela queria ver como ele reagiria.

- Não ponha palavras na minha boca!  - Exclamou Coringa um tanto quanto irritado.

- O que eu disse foi que a vida quis que eu virasse o Coringa, quem eu sempre deveria ter sido. Agora sobre matar as pessoas, quem quis isso fui eu. Gosto do que faço  - Ele falou dando de ombros, como se não fosse nada.

- Por que você tem esses tatuagens?  - Perguntou Cecília parando de escarar o bloco de notas e olhando dentro dos olhos dele. Essa pergunta não fazia parte da entrevista, ela havia perguntado porque realmente estava curiosa.

- Porque esses cabelos pintados e esse sobretudo?  - Perguntou Coringa com um sorriso de deboche.

- Faz parte da minha personalidade  - Ela respondeu de forma rápida sem nem pensar duas vezes.

Então um sorriso maior ainda do que o que estava antes tomou o rosto do Coringa, ela entendera aonde ele queria chegar com aquilo.

- Não me responderá, por que essas tatuagens?  - Ela já havia entendido o que ele queria dizer mas queria ouvir as palavras saindo da boca dele.

- Faz parte da minha personalidade  - Repitiu ele as palavras que ela havia dito a alguns mínimo  atrás.

No começo o Coringa tinha gargalhada de alguma coisa que Cecília falara,  agora era a vez dela rir. Achara extremamente bom ouvir essas palavras saindo do Coringa.

- Tabom, agora vamos para a última pergunta  - Avisou ela.

Ao invés de fazer a pergunta logo ela demorou mais do que o necessário.
Diferente das outras vezes ela não fitava o pequeno bloco de notas mas sim o Coringa, o analisava por completo sem deixar nada de fora, queria estar atenta a sua reação quando ela perguntasse o que tinha em mente. Cecília sabia que se perguntasse não poderia mas voltar atrás, mas quem disse que ela queria voltar?

- Por que você não é normal?  - Simples palavras ditas com tanta vontade que por um instante consigará pagar Coringa de surpresa.

Pronto, já era tarde de mais para a entrevistadora voltar atrás, agora ela provaria pro mundo que não fazia parte dele. Tinha ficado louca mas as vezes à loucura é a única coisa capaz de te salvar.

O Coringa a encarou olhando profundamente em seus olhos tentando ver se a pergunta realmente não era uma piada, não, não era.

- Normal... O que a senhorita considera normal? Eu vivo a vida que quero viver, sendo quem realmente sou e fazendo o que eu quero fazer. Muitas dessas pessoas normais Cecília, está hoje sendo quem não é, vivendo uma vida ao qual não pertence fazendo coisas que não querem. Vocês, pessoas "normais" são controlados como fantoches pela sociedade, eu cansei de ser controlado por isso controlo. Se o que sou não é ser "normal", tudo bem, talvez eu realmente não seja normal e seja só mais um louco por achar que não sou. Mas afina, vamos combinar, a normalidade não tem graça  - Ele disse tudo isso de uma forma calma.

Cecília nem se dei ao trabalho de copiar, sabia que não seria preciso. Por uns instantes nenhum dos dois falou nada.

Ela tinha um rosto surpreso pela resposta mas logo mudou sua expressão para um enorme sorriso. Levantou uma de suas mãos que antes se encontrava repousando em cima de uma de suas pernas para cima da mesa, a mesma se encontrava fechada em punho mas não conseguia se fechar totalmente como se estivesse segurando alguma coisa.

Então ela começou a arrastar a mão sobre a nossa até parar do lado das do Coringa que não estava muito longe devido ao fato da mesa ser curta, as mãos do mesmo estavam algemadas a mesa, sua palma se encontrava virada para cima e aberta como se estivesse esperando que Cecília colocasse o que quer que fosse que estava na sua mão na dele, mas antes dela fazer tal ato se viu pronunciando:

- Eu nunca disse que era normal Senhor Joker  - E realmente, ela não era.

Botou sua mão sobre a do Coringa, logo a abrindo e deixando que o pequeno "presente" caísse nas mãos dele. Retirou sua mão e deu um sorriso ao olhar para o Coringa e ver que ele se encontrava intrigado com o que ela estava fazendo.

Dando o maior sorriso que já dera em sua vida a entrevistadora se permitiu dizer:

- Você vai saber o que fazer  - Disse ela se referindo ao "presente" que havia dado a ele.

Assim que terminou de dizer essas palavras ela se levantou de sua cadeira e caminhou em direção a porta logo saindo da sala, a entrevista tinha acabado.

Com um sorriso maior do que o da entrevistadora Coringa olhou para as próprias mãos, nela se encontrava a chave de suas algemas.

( ... )

Quanto Cecília saiu da sala de interrogatório notou que os dois guardas que haviam a trago não estavam mas ali, não se importou com isso, eram dois idiotas mesmo. Nem perceberam quando ela deixara o bloco de notas cair e enquanto se abaixava para o pegar sem que nenhum dos dois notassem pegou a chave das algemas que prendiam o Coringa.

Eles não notariam que fora ela que libertara o tão temido Joker, nem pensariam nisso já que hoje eles estariam muito ocupados aqui no Arkhan, ela mesma tratara disso.

E como se algo estivesse lendo sua mente o alerme da prisão comecou a tocar. O lado Norte de Arkhan acabara de ser destruído por uma bomba altamente forte, agora qualquer bandido poderia fugir, agora o palhaço favorita dela poderia fugir.

Como ela mesma se encarregou de dizer; Nunca falara que era normal.



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