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História Enygma. - A hóspede e o anfitrião.


Escrita por: bellarabella

Capítulo 11 - A hóspede e o anfitrião.


Ficou combinado que ela sairia com Baekhyun no sábado à noite. Como Sooan diria essa informação para Jongin, ela já não sabia.

Eles estavam à caminho do apartamento dele em Gangnam na BMW preta do Sargento. A noite estava quente, mas agradável. Não sabia bem o que aconteceria nos dias em que morasse ali, com ele. Flume miava baixinho, ainda revoltada com a ideia de se mudar novamente. Não levou muito tempo até que estivessem na garagem do edifício de Jongin, retirando as caixas, malas e Flume nos braços.

- Obrigada por me receber em sua casa. - Sooan disse de repente.

- Não há problema algum, é meu dever te proteger. Sou seu Sargento.

A subida do elevador até um dos andares mais altos do edifício foi silenciosa, a não ser pela gatinha cinzenta que ronronava assustada.

- Espero que ambas se acostumem com a casa provisória. - disse Jongin, olhando para a caixinha onde Flume estava. Sooan sorriu de leve, sem dizer nada. E assim que o elevador parou, e ambos entraram no apartamento de Jongin, Sooan fez um rosto de exclamação. Simplesmente, o apartamento onde o Sargento morava era do tamanho de uns 5 apartamentos seus, e 10 daquela moradia provisória da polícia. Desde a época do colégio, Sooan sabia que Kim Jongin era de uma família rica, mas ela tinha se esquecido disso completamente, ao ver o Sargento trabalhando na polícia. Lá, ele era o Sargento Kim Jongin, não Kim Jongin, o milionário.

- Seu… sua,,, casa é muito bonita. - elogiou Sooan.

- Ah, valeu. - disse Jongin, levando as coisas dela nos braços até um quarto que ficava em um dos extremos do apartamento. Era um quarto bem grande, que possuía apenas uma cama e um conjunto de araras para pendurar roupas.

- Vou te deixar à vontade para arrumar as coisas como queira. Se precisar de ajuda, estarei na cozinha preparando alguma coisa para comermos.

Ele saiu do quarto, deixando Sooan sozinha, contemplando a vista esplêndida da janela, que mostrava Gangnam com suas luzes brilhantes na noite quente. Os últimos raios de sol ainda davam adeus no horizonte.

- Vamos ficar bem, Flume. Vamos ficar bem.

 

 

Sooan saiu pelo longo corredor do apartamento, procurando a cozinha que ela lembrava de ter passado. A cozinha dividia o ambiente com a sala, logo na entrada. Jongin estava com um avental preto e as mangas da camisa branca levantadas até os cotovelos, enquanto preparava um rámen para a hóspede.

- Já terminou de arrumar tudo? - perguntou Jongin.

- Sim. Não era muita coisa… - Sooan respondeu, bocejando.

- Fiz um rámen para você.

- Para mim? Não vai comer?

Jongin olhou para Sooan rapidamente, dando um sorriso de desculpas.

- Hoje é quinta-feira, e é o dia em que eu e Hani saímos para jantar. Tinha me esquecido disso.

Sooan tentou manter a expressão mais neutra que conseguia.

- Entendo… Não precisava ter se incomodado em fazer alguma coisa que nem vai comer…

- Você é minha hóspede. Eu seria o pior anfitrião, se na sua primeira noite aqui não te preparasse algo. Mas, fique a vontade em comer e usar o que precisar se sentir mais fome, mais tarde.

Sooan balançou a cabeça, em negação. Ficaram em silêncio por um pouco, até que Jongin servisse o rámen à Sooan.

- É a minha especialidade. - disse ele, estendendo o bowl fumegante para Sooan. - Fique à vontade. Preciso me arrumar. - e sorrindo, ele saiu para o seu quarto.

O rámen estava uma delícia. Para Sooan, que estava acostumada a comer rámen pronto de mercado, aquele era um banquete dos deuses. E Jongin sabia cozinhar muito bem. Bonito, rico, Sargento de Polícia e ainda cozinhava bem… Sooan tinha de dar os parabéns à Hani. Terminou o rámen bebendo o caldo direto da borda do bowl e lavou a louça que Jongin havia deixado sobre a pia. Assim que terminou tudo, deu de cara com Jongin saindo. Era engraçado vê-lo sem o terno habitual de Sargento, e usando apenas uma camiseta, calça jeans e tênis. Olhando assim, ele até parecia ter 17 anos de novo.

- Bem, vou indo nessa. - disse ele, tentando ao máximo se despedir natural e confortavelmente de Sooan.

- Bom jantar para vocês dois. E muito obrigada pelo rámen, foi o melhor que eu já comi.

O sorriso dele alargou-se. Ele gostava de receber elogios.

- Obrigado Sooan, fico feliz. Até mais tarde. - e saiu. Assim que a porta fechou atrás de sim, um silêncio incômodo tomou conta do apartamento. Até Flume estava quieta, provavelmente dormindo entre as cobertas.

Sooan tentou de tudo. Assistir televisão, coisa que ela odiava, ler algum dos livros que haviam na estante de Jongin, mas não tinha concentração suficiente. Estava se sentindo uma menina idiota, pensando no encontro que o Sargento estava tendo com Song Hani. Ela se sentia ainda mais ridícula, porque Enygma estava à solta e espreitando sua próxima vítima. Então, resolveu pegar as pastas sobre o caso que ela tinha consigo e sentar-se na varanda, com um copo de chá gelado. Ela queria ser útil, e mais do que isso, queria pegar o assassino o mais rápido possível. Ela revisaria todo o caso primeiro, e aí seguiria sua primeira pista de verdade, Byun Baekhyun. Ele tinha a maioria das características do tal Enygma, além de ter tentado se aproximar de Sooan logo de cara. Ela ficava triste em ter de desconfiar de um colega de profissão, mas na situação vulnerável que ela estava, o certo era desconfiar de tudo e de todos. Enygma parecia a conhecer muito bem, e isso a assustava muito. O fato de ele desafiá-la a descobrir quem ele é, mostrava não apenas orgulho e auto confiança, mas também demonstrava admiração. Será que foi alguém que fez o teste para profiler, junto com ela? Ela pesquisaria se havia uma lista de candidatos ainda, nos arquivos da polícia, do ano em que ela fez o teste. E por ali, ela poderia obter mais uma pista, quem sabe… anotou a ideia num bloquinho e continuou a se concentrar. As horas passaram voando e de repente, ela conseguiu ouvir a porta se abrindo, com Jongin de volta. O relógio marcava ainda 01h da manhã. “Voltou cedo...”, pensou Sooan. Jongin percebeu a detetive aninhada na varanda da sala, com a infinidade de pasta e papeis em volta de si. Foi até a varanda e sentou-se com ela.

- Pensou ou descobriu mais alguma coisa?

- Apenas conjecturas… - ela disse, baixinho. Ficaram em silêncio por um momento. Jongin pigarreou e disse:

- Eu e Hani terminamos.

Sooan ficou surpresa com a notícia.

- Sinto muito, Jongin. - foi a única coisa que ela conseguiu formular para responder.

- Ela ficou magoada por eu ter aceitado que você se hospedasse aqui em casa. Eu disse que como Sargento, eu preciso fazer o que estiver nas minhas mãos para proteger os meus subordinados. Ela não entendeu…

- Me desculpe. Eu… eu me viro, arranjo algum lugar… não quero atrapalhar nada entre vocês.

- Você não vai à lugar nenhum, Sooan. Vai ficar bem aqui. - ele disse, olhando para o horizonte.

Sooan não ficou feliz com a notícia, por mais que não se desse bem com a detetive Hani. Passar o tempo com Jongin como parceiro, a fez admirar mais o rapaz. Para ele, o trabalho sempre vinha em primeiro lugar. O Jongin egoísta e cruel de anos atrás, agora era um homem responsável e bondoso.

- Jongin… preciso te contar algo.

- Diga… pelo seu tom de voz, eu não sei se ficarei feliz.

- Eu vou sair com Baekhyun no sábado.

- Ah…

- Espere, não estou falando de uma saída romântica, entende… eu tenho uma pista quente.

- Como assim?

- Sehun e eu, descobrimos algumas coisas sobre ele. Ele comentou conosco naquele dia, que estava cursando psicologia, certo? Bem, as primeiras graduações que ele teve, foram Biologia e Engenharia da Computação. Ele ganhou o prêmio de aluno com conhecimentos avançados em Física… e além disso, o trabalho dele como perito, o dá a chance de trabalhar com outra coisa durante o dia… como por exemplo, ser monitor ou professor particular…

Jongin amassava um papel em bolinha de papel entre os dedos. Ele parecia ter raiva.

- E você acha que eu deixarei você encontrar ele sozinha?

- Mesmo se ele for o Enygma, ele não fará nada comigo, pelo menos… não agora. Ele quer completar o marco de 12 mortes, para depois ir atrás de mim. Eu só vou analisá-lo, ver se eu acho algum traço de personalidade que bata com o perfil do assassino.

- Mesmo assim, é um risco que eu não sei se eu quero que você corra. Eu estarei por perto.

- Qual é, Jongin? Você não confia que eu consiga me virar sozinha? Acha que eu não sou uma detetive tão competente assim? - disse Sooan ofendida com o parceiro.

- Você não entende, Sooan… se algo acontecer à você… eu… nem sei o que aconteceria comigo.

- Tudo isso é o que? Remorso pelo que aconteceu no colégio? Se for, não precisa se incomodar até por q…

- Falaremos disso outro dia. - disse Jongin tocando de leve a mão de Sooan com a ponta dos dedos. - Boa noite, Sooan. 


Notas Finais


Eita...

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