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História Enygma. - Flume.


Escrita por: bellarabella

Capítulo 15 - Flume.


A foto de Enygma estava percorrendo toda a 1ª Delegacia. Todos sabiam que a Detetive Lee Sooan e o Sargento Kim Jongin estavam fazendo progresso na caçada ao assassino. O Capitão Park se sentia satisfeito com o atual trabalho dos dois.

- Finalmente pararam de tatear no escuro, hãn? - disse o homem, alisando os bigodes.

- O Senhor nos disse que não admitiria mais erros. Levamos à sério. - disse Jongin.

- Estamos chegando ao encalço desse louco, mas ainda assim algumas perguntas não foram respondidas ainda. - o Capitão respondeu.

- Quais perguntas, Senhor Capitão? - perguntou Sooan.

- Primeiro: de onde o Enygma conhece você e o seu trabalho, detetive? Por que ele propôs essa caçada à você?

Sooan ficou quieta por alguns minutos, era óbvio que ela não sabia a resposta. Realmente, nunca tinha parado para pensar o por quê, dentre tantos oficiais, detetives dentro de 5 delegacias de crimes especiais, ela tinha sido a escolhida para brincar de gato e rato com ele.

- Não sei lhe dizer, senhor.

- Isso dá muito o que pensar. Talvez, o motivo para esse cara saber tanto sobre você, a polícia, e os seus métodos de investigação, seja porque ele trabalha para a delegacia. Quando vocês prenderam o perito Byun Baekhyun isso fez muito sentido para mim. Ficou claro que o pobre Byun não é o culpado, mas bem que podia ser…

Jongin ficou tenso. Uma veia em suas têmporas latejava, com a possibilidade.

- Ou seja, mesmo aqui dentro Sooan pode estar correndo perigo?

- Acredito que sim. Talvez até o ar que a detetive Lee respire, pode estar contaminado com Enygma.

Sooan sentiu as pernas amolecerem e os joelhos enfraquecerem. Afundou-se ainda mais na cadeira do chefe. Ela nunca tinha se sentido tão perto do perigo, da morte. Em cinco anos trabalhando para a Polícia, ela nunca experimentou esse calafrio que estava sentindo. Se ela pensasse demais nisso, o medo podia até paralisá-la, e ela nunca se perdoaria se isso acontecesse.

- Eu volto a perguntar: Sooan precisa mesmo continuar nesse caso? Olha, eu poderia muito bem transferi-la temporariamente para Busan ou outra cidade no interior… e isso seria apenas entre eu e você, Sooan. Nem Jongin saberia.

- Senhor…?

- Sim, Jongin. Nem mesmo você. Todo cuidado é pouco.

Jongin sentiu-se profundamente ofendido com o que o Capitão disse. Sooan pensava à mil por hora, sobre que decisão deveria tomar.

- Eu… eu preciso continuar aqui. Essa é a minha profissão. Quando decidi que trabalharia como investigadora e profiler na Polícia, eu assinei um termo comigo mesma, que eu não fugiria das minhas obrigações. Se eu tiver que morrer… morrer para que a Polícia apanhe esse monstro, estarei cumprindo com o meu trabalho.

Jongin virou o rosto para Sooan, com os olhos cheios de dor. Não queria deixar que esse caso chegasse a esse ponto… se ele tivesse que morrer no lugar dela, ele morreria. Finalmente, ele faria a coisa certa com relação à Sooan.

- Não deixarei que isso aconteça, Sooan. - disse ele, desejando abraçar a parceira que novamente se via em lágrimas.

O Capitão Park suspirou.

- Voltem ao trabalho. Eu vou reunir todos os oficiais e investigadores para uma reunião para tratar sobre a possibilidade do Enygma ser um de nós. Vocês, revisem o caso quantas vezes for preciso até acharem uma brecha. Eles sempre deixam uma brecha. Dispensados.

 

Jongin sorvia o Bubble Tea com avidez. Ele e Sooan estavam naquela cafeteria havia um tempo… apenas revisando o caso, pela décima vez desde que entraram nele. Perfil das vítimas, nome, sobrenome, idade, faculdade, endereço… algo ali tinha que formar um padrão. Mas o único que achavam era que realmente todas cursavam exatas.

- Isso pode demonstrar muita coisa. Às vezes, o fato de todas as vítimas serem de exatas, não significa que o Enygma odeie mulheres de 20 e poucos anos que cursem exatas, mas sim que elas são as vítimas mais fáceis para ele. - disse Sooan.

- Realmente, acho que faz mais sentido. É por isso que não houve resposta da população sobre suspeitos ou perfis próximos que batessem com essa característica.

- E o pior é que não tem nenhum conselho regional de monitores e professores particulares de física, onde nós pudéssemos procurar o perfil de alguém…

- Se você fosse dar monitoria ou aulas para alguém, como você ofereceria essas aulas?

Sooan teve um estalo mental.

- Qual o melhor jeito de você oferecer algo com total sigilo num mundo cibernético como o de hoje?

Jongin não soube responder.

- Minha cabeça está fritando nesse calor, não faça perguntas difíceis Sooan!

A detetive levantou-se da cadeira, e atravessando a rua da cafeteria, comprou um jornal na banca logo à frente.

- Jornal! Como não pensei nisso antes?

- O que seria de você, Sargento, sem mim?

Jongin deu um sorriso vadio à Sooan, que automaticamente abriu o jornal para não olhar mais para ele. Foi direto ao caderno de classificados, e deu duas das quatro folhas da seção para ele.

- Com certeza ele deve oferecer essas aulas na seção de Anúncios e Classificados. Procure atentamente qualquer anúncio de aulas particulares para universitários.

Os dois procuraram cuidadosamente nas folhas com anúncios intermináveis se achavam alguma coisa relacionada. Quando já perdiam a esperança, os olhos de Sooan brilharam.

- Bingo! “Ofereço aulas particulares e monitoria em Física, para estudantes que estejam cursando a Universidade. Atendo em todos os distritos de Seoul. Contate-me para dúvidas e orçamentos. Professor Eun YangMa. Telefone: xxxx-xxxx.”

- Eu não acredito que conseguimos pegar ele. Mas, e se esse número for mais um chip frio?

- Talvez não… se ele colocou o número aqui, é porque está esperando ligações de novos estudantes. Ele deve estar com ele ativo nesse momento, esse jornal é de hoje!

- Vou ligar para o estagiário! - disse Jongin.

- Pobre Sehun… vamos usar e abusar dos talentos dele, até que tudo isso acabe.

 

Os dois investigadores iam à toda velocidade em direção ao endereço que Oh Sehun passara por telefone. O chip estava localizado em algum lugar em uma esquina em Dobong. O local era um lugar ermo, sem muitas casas e poucos comércios.

- Onde esse maldito se esconde? - disse Jongin entredentes, enquanto procurava a rua onde o chip estava localizado.

- Parece que é aqui.

Tinham chego a uma esquina, onde havia um prédio abandonado.

- Será que ele montou um QG aqui nesse prédio? Esperto… - analisou Jongin, enquanto olhava o lugar. A maioria das pessoas devia sentir medo até mesmo de passar ali do lado, era o lugar perfeito para trabalhar sem ser notado. Os dois saíram do carro. Sooan decidiu ligar para o número indicado para tentar ouvir um toque. Eles puderam ouvir um zumbido em algum lugar, assim que a chamada foi completada.

- Eu estou ouvindo o celular vibrar… onde ele está? - Jongin já estava com a arma sacada e olhava em direção à todos os lados. Ambos estavam com coletes a prova de balas, mas ainda assim todo o cuidado era pouco. Com o ouvido aguçado, Sooan tentou procurar de onde vinha o zumbido da ligação.

- Tocou até cair na caixa postal. Vou tentar de novo.

- Cuidado, ele pode estar se movimentando…

O toque ficou ainda mais alto quando Sooan chegou perto de algumas lixeiras bem na esquina do prédio. Ela abriu a tampa de uma delas, e um celular brilhava com o número dela no visor, bem lá no fundo.

- Merda!

Jongin largou a arma no coldre novamente, passando as mãos sobre os cabelos.

- Sempre um passo a frente, sempre um passo a frente… maldito! - ele chutou a lixeira com o celular dentro. O rompante ecoou pela rua pouco movimentada.

 

O bairro de Gangnam estava um caos. Jongin e Sooan lutavam para voltar para casa, em meio ao trânsito, mas a parte do distrito onde ficava o edifício de Jongin estava sem luz há quase duas horas. Os semáforos piscavam em luz de alerta e os agentes de trânsito se desdobravam para manter a ordem entre carros e pedestres.

- Isso só pode ser brincadeira… - disse Jongin, exausto.

- Esse dia não foi dos melhores, Jongin… mas estamos cada vez mais perto. Eu sinto isso.

- Tomara. Esse cara tá acabando comigo.

Finalmente chegou a hora da fila de carros onde a BMW do Sargento estava, seguir caminho. Em 10 minutos, a SUV estacionava na garagem do edifício de luxo.

- Pronta para mais uma rodada de escadas? Dessa vez, são vinte andares…

Sooan suspirou só de pensar se aguentaria viva todos os lances. Subiram com calma, para não cansar, iluminando o caminho apenas com a lanterna do celular de Jongin. Quando estavam no 12º andar, um rapaz com capuz e um celular na mão descia os lances correndo. Ele era alto, mas o capuz escondia parte do seu rosto.

- Boa noite vizinhos, que dia hein? - disse ele. Ele tinha uma voz engraçada, anasalada…

- Nem me fale. Espero que a luz volte logo. - disse Jongin.

Finalmente chegaram ao vigésimo andar, onde ficava o apartamento de Jongin. E ambos foram surpreendidos com a porta aberta.

- Malditas fechaduras eletrônicas. - disse o Sargento abrindo a porta. Tudo parecia normal no apartamento no escuro.

- Pobre Flume… todo esse tempo sozinha, no escuro… - disse Sooan se encaminhando ao quarto dela.

Jongin ficou na cozinha, para beber uma água. O calor, os lances de escada e o dia estressante o deixaram sedento. Mal tinha colocado a água no copo de vidro e um grito lancinante vindo do quarto de Sooan o fez derrubar o copo e espatifá-lo no chão.

- Sooan? O que houve? - ele disse, correndo até onde a detetive estava. Ao chegar no quarto onde ela estava hospedada, viu Sooan ajoelhada, tremendo da cabeça aos pés. A gatinha cinzenta, jazia em seus braços.

- Ela foi estrangulada… ele matou ela, Jongin… Ah, Flume, Flume… - Sooan chorava em desespero.

Com a lanterna do celular, Jongin tentou procurar alguma coisa que evidenciasse que o Enygma estivera ali. Ele não faria aquilo sem deixar um recado. E logo ao lado de Sooan, onde ela recolhera a gata estrangulada, havia um papel dobrado. Com a luz da lanterna, Jongin leu:

 

“Não me faça ir atrás de você tão logo, detetive.” 


Notas Finais


:(

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