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História Epilogue - Capítulo Único


Escrita por: fuyuyuki

Notas do Autor


antes de vos desejar uma boa leitura, caso gostem de ler com música, recomendo muitíssimo lerem com a música everytime, da britney spears. e sim, da britney spears, não leram mal ghjklçfg mas acreditem, é uma música linda, emocionante e intensa, a meu ver, e que realmente me ajudou, e muito, a escrever esta fic.
deixo o resto para as notas finais e espero que gostem s2

Capítulo 1 - Capítulo Único



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- Sabes quem é que voltou, há pouco tempo? – entregou o copo com whisky ao melhor amigo, para depois se sentar ao lado do mesmo. – O Mark. – continuou, após o outro ter negado, com a cabeça.

Os olhos alheios arregalaram-se, em surpresa. – A-Ah sim? Que bom. – sorriu minimamente, ou pelo menos tentou, antes de entornar toda a bebida na sua boca, sentindo a sua garganta arder, mas não mais que o seu coração.

- Ah, vá lá, Jackson. – revirou os olhos. – Ele ter voltado é ótimo, principalmente para ti! Podes finalmente sair da fossa em que estás.

- Achas mesmo que só por ele ter voltado irá ficar tudo bem? – perguntou, um tanto alterado. Respirou fundo, passando os dedos pelos cabelos loiros, não se importando realmente por tê-los despenteado. – Lembra-te que foi ele que pediu o divórcio, há três anos. Foi ele que foi embora, sem dar nenhuma desculpa plausível. Lá por ter voltado, não quer dizer que seja por minha causa. Porque se ele gostasse de mim, nunca me teria deixado, nunca me teria feito assinar a merda daqueles papéis.

- Pensa que o facto dele ter voltado pode ser mais uma oportunidade que estás a ter, para o teres de volta…

- Eu nunca o devia ter perdido, em primeiro lugar! Eu nunca quis isto, porra, eu amava-o! Eu era completamente louco por ele!

- Eu sei que eras! Eu sei que ainda és, ou já o tinhas ultrapassado. Mas tu nunca o esqueceste ou fizeste qualquer esforço para que isso acontecesse. E eu, honestamente, estou farto de te ver nesse estado. Ele voltou e sozinho. Soube que terminou com o namorado há uns meses… Então porque não tentas, uma última vez? Eu ainda me lembro do inferno que foi tu conseguires conquistá-lo. E mesmo que tenha sido difícil, tu nunca sequer pensaste em desistir dele. Então, se o destino te está a dar mais uma oportunidade de o reconquistares, porque é que simplesmente não aproveitas? Onde está o Jackson de antigamente, uh? O brincalhão, o chato, o irritante, o feliz?

- Ele morreu quando terminou de assinar os papéis do divórcio. – bufou, pousando o copo vazio na mesa de centro, antes de se levantar. – Eu agradeço por tudo, Jaebum, mas não é assim tão fácil. – sorriu de canto. – Obrigado, mas não vale a pena.

- Claro que vale a pena, porra! Se já não o amasses, não te encontravas nesse estado letárgico há três anos. Três anos! Isso é ridículo, Jackson. Eu sei que sofreste bastante, eu assisti a tudo o que passaste, e sei que ainda sofres, mas tenta! Há pessoas que não têm uma segunda chance, como tu estás a ter. – o seu tom de voz tornou-se mais sério e rouco, fazendo Jackson engolir em seco. – Lembra-te disso. Tens duas hipóteses: ou continuas a ser teimoso e estúpido e acabas por perdê-lo para sempre, ou voltas finalmente a ser feliz. E eu acredito que o Mark teve uma boa razão para se afastar tão de repente, porque ele era tão louco por ti como tu eras por ele. Se ele não te explicou, provavelmente foi para não te magoar ou te fazer sofrer ainda mais, porque sabes muito bem que ele sempre foi incapaz de magoar alguém, por mais que o magoassem. E se achas que ele é a pessoa certa para ti, e eu sei que sabes que é, vai atrás dele. Não perdes nada.

 

 

 

 

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Apontar o facto de que Jackson estava nervoso era pouco. O homem andava de um lado para o outro, dentro do seu fato bem engomado, fazendo vários exercícios de respiração, que eram completamente inúteis, naquele momento.

Jaebum tinha preparado um jantar, entre velhos amigos. do tempo da escola. Convidou todo o grupo, incluindo Mark. E Jackson estava tão nervoso, que sentia que ia vomitar. Já não via o seu ex-marido há três anos, sequer recebeu qualquer notícia por parte do outro. A verdade é que Jackson também nunca mais disse nada, mas se Mark tinha pedido o divórcio e ido viver para o outro lado do mundo, provavelmente era porque queria cortar qualquer contacto consigo e ele apenas respeitou, mas não aceitou.

Jackson nunca aceitou o divórcio, nunca aceitou o facto de ter sido deixado. Não porque isso feria o seu orgulho, mas porque feria o seu coração; porque Mark era tudo para si. Amava aquele homem mais do que era permitido, tanto que nunca chegou realmente a ter o suficiente, do outro. Pois quanto mais tinha, mais queria. As saudades, então, corroíam-no e as lembranças torturavam-no; mas, em poucos minutos, aquilo não mais o iria afetar. Porque Jackson iria, finalmente, voltar a ver Mark, pessoalmente.

 

 

 

 

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Após estacionar o seu veículo, dirigiu-se para o interior do restaurante, vendo a maior parte dos seus amigos numa enorme mesa, conversando alto e rindo. Ainda não estavam lá todos, ele ainda não estava lá e, por momentos, o homem desejou que o seu ex-marido não aparecesse, pois talvez fosse o melhor para os dois, ou apenas para a sua sanidade.

Foi muito bem recebido pelos amigos que não via há muitos anos, aproveitando para meter a conversa em dia. Todos pareciam estar bem na vida: ótimas carreiras, famílias construídas, sonhos realizados… Menos Jackson e Jaebum.

- Mas então o Mark? Não pôde vir? – Youngjae perguntou, inocentemente.

- Eu… Eu não sei. – lambeu os lábios em nervosismo, sentindo-se um tanto confuso.

- Não me digas que o deixaste em casa a tomar conta das crianças! É verdade, vocês sempre adotaram? – Yugyeom juntou-se à conversa, deixando Jackson ainda mais desconfortável. Então, os seus amigos não sabiam…

- E-Eu e o Mark divorciamo-nos, há três anos. – sorriu cordialmente, sentindo o seu coração pesar apenas por proferir aquelas palavras.

- Eu… Eu não fazia ideia, Jackson… Lamento imenso.

- Eu também lamento. – tentou brincar com a situação, não conseguindo realmente. Jaebum, notando o claro desconforto do melhor amigo, propôs que os que estavam presentes se sentassem e fossem começando a escolher o que iriam desejar jantar, naquela noite.

Mark!

Jackson sentiu o seu coração dar um solavanco, no peito. Os seus olhos continuavam cravados na ementa, porém assustados. Claramente não estava suficientemente preparado para aquela situação. Não estava preparado para o ver, depois de tantos anos. Engoliu em seco, levantando os olhos lentamente, deixando-os cair na figura esplêndida que caminhava na sua direção.

O chinês ofegou. Mark estava absurdamente lindo. E Jackson sentiu vontade de chorar ao ver que o seu ex-marido usava o cabelo penteado da mesma forma que usou no casamento dos dois. Jackson iria sempre preferir vê-lo com os fios naturalmente lisos e meios compridos caindo sobre a sua testa, mas amava quando Mark os penteava de forma a deixar um dos lados rapados à mostra, enquanto que os fios loiros, selvagemente, se encontravam numa espécie de topete não muito rigoroso, formando uma espécie de franja lateral.

Após observá-lo minuciosamente, o seu olhar foi de encontro ao do outro, que o olhava um tanto surpreso, provavelmente não contando com a sua presença ali. Todos se levantaram para cumprimentar o recém-chegado, enquanto Jackson continuava sentado, sem qualquer reação. Bem, Jackson queria extravasar muitas das reações que sentia, mas não podia. Não podia correr e abraçá-lo, beijá-lo, apertá-lo nos seus braços, como tanto desejava, há tantos anos.

Durante o dia, o chinês lidava relativamente bem com a ausência do americano mas, quando a noite caía, fria e solitária, Jackson encolhia-se na grande cama de casal, sentindo-se demasiado só. Lembrava-se com exatidão de como, todas as noites, Mark se enroscava contra o seu peito, alegando estar com frio. Jackson costumava ser quente, demasiado quente. Porém, com o tempo, foi esfriando, ao ponto de sentir os seus dedos doerem, de tão gelados que se encontravam. E sorria, meio que sofridamente, pois Mark sempre tinha as mãos geladas, o corpo gelado. E Jackson costumava sempre aquecê-lo. Mas agora, quem o iria aquecer? Ninguém. Porque ninguém o aquecia da forma que Mark o fazia, com um simples sorriso.

Vendo o olhar do ex-marido pousado em si, Jackson rapidamente levantou-se, um tanto atrapalhado, arrancando um riso fraco por parte do outro. Sorrindo um tanto constrangido, afastou-se da sua cadeira, ficando frente a frente com o americano. Podia sentir, até demais, a fragrância inebriante do outro, deixando-o levemente zonzo. Era doloroso estar tão perto dele, sem poder tocá-lo, da maneira que gostaria.

E Jackson petrificou. Como o iria cumprimentar? Abraçava-o? Depositava-lhe dois singelos beijos nas bochechas um tanto coradas, quando a sua real vontade era beijar os lábios cheios e avermelhados? Então, sem pensar muito bem, apenas levantou a sua mão, pedindo ao seu ex-marido um aperto de mão. Algo tão frio, sem a mínima intimidade. Mas, quando sentiu os dedos longos e finos abraçarem a sua mão, engoliu em seco. Um pequeno arrepio percorreu o seu corpo, mostrando o quanto Mark ainda o afetava.

- Jackson. – a voz alheia, tão grave e macia como se lembrava, talvez ainda mais, cumprimentou-o, juntamente com um pequeno aceno com a cabeça. Sempre educado, pensou.

- Mark. – fez o mesmo, vendo os lábios alheios partirem-se. Mas Mark não falou absolutamente nada, apenas desviou o olhar, um tanto constrangido, deslizou a mão magra da sua e afastou-se, sentando-se à mesa.

Já Jackson continuava parado, em pé, no exato lugar. O seu coração batia meio que descontrolado e estava a ser difícil assimilar aquilo tudo; estava complicado assimilar cada reação do seu corpo ao ex-marido, cada pensamento, cada vontade. Fazendo os mesmos exercícios de respiração que fez antes de sair de casa, o chinês logo se sentou à mesa também, mesmo à frente de Mark.

Iria ser uma longa noite.

 

 

 

 

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O jantar decorria tranquilamente, dentro dos possíveis. Os amigos conversavam animadamente sobre os mais diversos assuntos, arrancando pequenos sorrisos e risos dos mais calados, mais precisamente de Jackson e Mark.

- Jackson, estás muito calado. Isso não é normal. – todos riram, tirando um pequeno sorriso do chinês, que levou outra garfada de comida à boca. – O Jaebum bem tenta ser engraçado mas, ao contrário de ti, ele precisa de se esforçar e, mesmo assim, está muito longe de o conseguir.

Logo mais risadas ecoaram por aquele espaço, por causa de Jaebum começar a amaldiçoar o amigo de todos os nomes não-amigáveis que existiam. E Jackson deixou escapar um riso baixo, enquanto olhava para todos os presentes à mesa. E, quando o seu olhar caiu sobre aquela pessoa, ele não o conseguiu desviar.

Mesmo depois de tantos anos, Mark conseguia roubar toda a sua atenção. Chegava a ser ridículo, mas Jackson realmente só tinha olhos para o americano. E, infelizmente, parecia não ser o único, já que também era ridículo o quão Mark era lindo. Ele era bastante envergonhado, raramente participava em alguma conversa, mas por vezes sorria e Jackson sorria também, involuntariamente, porque não havia sorriso mais perfeito do que aquele, no mundo inteiro.

Ao sentir aquele olhar sobre si, Mark encarou-o de volta, os dois perdendo-se um no outro. Jackson queria tanto falar alguma coisa, mas sentia que iria fazer passar-se por idiota, caso tentasse abrir a boca. Mas estar ali, bem na frente de Mark, sem sequer falar com ele, era como um castigo.

- E então, Mark, soube que foste para a América, há três anos…

- Sim. – respondeu, evasivo, sendo notável o seu desconforto, principalmente para Jackson.

- Foste visitar a tua família e acabaste por ficar por lá?

- Não. – limpou, graciosamente, a sua boca com o guardanapo, antes de o pousar na mesa, ao lado dos talheres. O seu olhar voltou a encontrar-se com o de Jackson, antes de o desviar para o amigo. – Foi por questões pessoais. Urgentes.

Jackson sentiu-se magoado. Caramba, eles namoraram por cinco anos e ainda foram casados outros três. Achava que não havia segredos entre eles, que Mark confiava completamente em si, mas afinal não. Na troca de votos, no dia do casamento, eles prometeram, um ao outro, que iriam estar sempre juntos, fosse a situação boa ou má; que iriam conversar e resolver os problemas juntos, que não iam guardar nada um do outro, que iam ser completamente transparentes, como sempre foram. E Mark escondeu-lhe um grande segredo, o qual acabou com o casamento dos dois e até foi a razão pelo afastamento do americano, dali, de volta para a sua terra natal.

- Mas… está tudo bem?

Mark assentiu, com um pequeno sorriso nos lábios. E Jackson sabia muito bem que o ex-marido estava a mentir. Claro que não estava tudo bem. Era impossível estar. Mark nunca foi um bom fingidor. Ou era isso, ou Jackson simplesmente sabia lê-lo melhor do que ninguém, desvendá-lo por, para si, ser tão óbvio, mas ser o maior mistério, para os outros.

Kunpimook propôs que fizessem um brinde à amizade que carregavam nas costas, por tantos anos. Foi pedida uma garrafa de champanhe e, após os copos estarem cheios com aquele espumante dourado, todos se levantaram, levando os copos até ao centro, tilintando-os, uns contra os outros.

Porém, um som estridente chamou a atenção de todos. O olhar de Jackson rapidamente caiu sobre Mark, que agarrava na própria mão, a qual segurava o copo com champanhe, antes deste cair.

- Estás bem, Mark? – perguntou, após pousar o seu copo e andar até ao lado do americano, que ainda encarava a própria mão de forma estranha, enquanto fazia pequenos movimentos com a mesma, como se ela estivesse dormente. O seu ex-marido assentiu e olhou-o nos olhos, com um pequeno sorriso nos lábios, que não foi o suficiente para descansar Jackson, já que tinha visto muito bem quando o outro engoliu em seco, antes de o olhar. – Tens a certeza?

- Sim, o copo apenas escorregou. – riu baixinho, tentando confortar todos ali presentes. – Eu sou meio desastrado, às vezes, vocês sabem.

Jackson não sabia, até porque Mark era tudo menos desastrado. Será que tinha mudado assim tanto naqueles últimos três anos? O chinês achava tal coisa improvável.

- É melhor irmos embora. – Jackson segurou, carinhosamente, no braço alheio, incentivando-o a caminhar na sua frente.

- Jackson. – o seu tom foi sério. – O jantar ainda não acabou. E aliás, eu vim com o meu próprio carro e não quero ir já embora. Quero aproveitar o máximo que conseguir. Não sei… Não sei se irei ter outra oportunidade.

Os amigos encaravam aquela cena um tanto confusos, especialmente após as palavras de Mark. Jackson também o olhava um tanto confuso, enquanto tentava encontrar alguma resposta nos olhos negros e brilhantes do americano.

- Nós precisamos de conversar, Mark. E tu sabes disso.

- Eu sei… Eu sei que precisamos. Mas… – Jackson notou que o seu ex-marido parecia estar num conflito interno, com ele mesmo. Como se quisesse, sim, falar com Jackson, mas, ao mesmo tempo, que algo o parecia impedir. – Tudo bem. – suspirou, derrotado. – Eu devo-te isso.

Após despedirem-se, ambos caminharam até ao carro de Jackson. O caminho até ao apartamento do chinês foi silencioso, um tanto desconfortável, até. Em cada oportunidade que tinha, olhava para a pessoa ao seu lado, que sempre encarava o que estava para lá do vidro do carro, por mais que estivesse demasiado escuro para se ver qualquer coisa em concreto.

Sabia que Mark o estava a evitar e não podia deixar de sentir algumas pontadas dolorosas, no seu coração. Já não sabia de nada. Não sabia se seguir o conselho do melhor amigo tinha sido boa ideia, pois nem fazia a mínima ideia se Mark ainda estava interessado em si ou se estava disposto a dar-lhe uma segunda chance.

Após abrir a porta do seu apartamento e ceder passagem ao seu ex-marido, notou como ele observava o espaço. Afinal, aquele também chegou a ser o seu espaço. Viu-o caminhar lentamente em direção a algumas fotografias dos dois emolduradas na parede do hall de entrada, os dígitos passando por algumas delas, enquanto que um pequeno sorriso nascia nos seus lábios.

- Está tudo exatamente igual. Nada mudou.

Mas tudo tinha mudado. Sabia que Mark apenas falava da disposição do apartamento mas, mesmo assim, tudo tinha mudado. E ambos sabiam muito bem disso. Algumas coisas permaneciam as mesmas, mas outras tinham mudado radicalmente. Seguiu com o olhar o seu ex-marido dirigir-se à estante de livros, na sala, onde continham mais algumas fotografias emolduradas dos dois, essas pertencendo ao casamento.

Aproximou-se cuidadosamente do outro, vendo os seus olhos marejados. Jackson lambeu os lábios em nervosismo e olhou para cima, durante uns segundos, tentando livrar-se daquela vontade insana de chorar, acabando por morder os seus lábios. As suas mãos trémulas dirigiram-se para os bolsos das calças sociais, enquanto brincava com a ponta do seu sapato e a encarava, como se fosse algo de interessante.

- Eu… Eu fiz algo de errado, Mark? – levantou o seu olhar para o outro. – Eu fiz algo que te magoou?

- N-não! Céus, Jackson, não. – riu, mesmo que não tivesse graça alguma, enquanto lágrimas grossas desciam pelo seu rosto e ele as limpava, ou pelo menos tentava, com as mãos trémulas. – Tu não fizeste nada de errado. Muito pelo contrário.

- Então porquê, Mark? Tu já não me amavas, era isso? Encontraste alguém melhor e não tiveste coragem de me dizer isso na cara?

- Não! – meio que gritou, assustando Jackson, já que o americano raramente elevava o tom de voz. – Eu nunca poderia encontrar alguém melhor do que tu. Por favor, nunca duvides daquilo que eu sinto por ti.

- Que sentes? Mark, eu- Eu só quero entender o porquê. Tu não tens ideia do quanto eu sofri, depois do divórcio. Pior, não imaginas o quanto sofri quando descobri que tinhas ido embora, para a América, através daquela merda daquele bilhete. Eu só quero saber o porquê! Eu era completamente louco por ti! E eu ainda sou, depois de três anos sem te ver, sem sequer ouvir a tua voz ou ter alguma notícia tua!

- Não é fácil… Não é fácil, Jackson…

- Tu ainda me amas? – perguntou, sério, olhando fundo nos olhos do outro.

- É claro que eu amo, Jackson, isso nunca esteve em questão. Acredita em mim, a decisão que eu tomei nada tem a ver contigo, nada. Eu nunca me quis afastar de ti! Eu pensava que era o melhor para ti, para mim, para nós… Talvez eu não tenha tomado a decisão mais apropriada, mas eu fui impulsivo. Eu amava-te tanto, aliás, eu amo-te tanto que não queria, de todo, que sofresses…

- Mas sofri! Achas mesmo que eu não iria sofrer contigo longe de mim?! – passou as mãos pelo cabelo, bufando de raiva. – Qualquer que tenha sido a razão para teres ido embora, devias ter falado comigo. Nós sempre falamos um com o outro! Não guardávamos nada, absolutamente nada! Sempre resolvemos as coisas a dois e resultava tão bem que estivemos juntos por oito anos e, por mim, estaríamos pelo resto da vida!

Mark tapava a boca, tentando impedir que qualquer soluço saísse. Sabia que Jackson tinha razão, mas ele apenas tomou a decisão que tomou porque pensava que era o melhor. E ainda pensava, por mais que quase tenha morrido por estar longe de Jackson, sem ter podido despedir-se em condições, sem sequer se ter justificado. Pensava que, daquela forma, Jackson iria ficar com tanta raiva sua que simplesmente iria seguir em frente, sendo feliz como realmente merecia.

- Por favor, não vás embora, outra vez. – abraçou o corpo alheio, sentindo o quão frágil estava. – Se me amas como dizes, por favor, não vás embora. Fica comigo, Mark. É tudo o que eu quero. É tudo o que te peço.

- Não me faças isto, Jackson… Tu não fazes ideia. Não compliques mais as coisas… Isto já foi difícil o suficiente…

Jackson ignorou-o, afastando-o um pouco de si, antes de colar os seus lábios aos alheios. As suas pernas quase fraquejaram ao voltar a sentir os lábios de Mark, a sentir o seu sabor, mesmo que algumas lágrimas salgadas se intrometessem, entre aquele carinho. O americano agarrava nos fios loiros do ex-marido com força, como se não o quisesse largar, como se tivesse medo que ele fosse evaporar, a qualquer segundo.

Jackson sentia o seu coração martelar contra o seu peito. Era indescritível voltar a ter o seu grande amor entre os seus braços, depois de tantos anos. O seu estômago revirava, como se aquela fosse a primeira vez que o beijava. Mas era sempre assim, quando o assunto era Mark Tuan, o seu marido. Tudo parecia sempre a primeira vez. E o chinês tinha a certeza que nunca chegaria a ter o suficiente do outro, porque sempre queria mais e mais e mais. E sabia que nunca se iria fartar, porque era impossível.

Uma das suas mãos apertava a cintura de Mark, enquanto que a sua destra se encontrava no rosto alheio, acariciando-o com tanto amor, carinho e cuidado que deixavam o americano com vontade de chorar, novamente. E, com muito custo, viu-se obrigado a interromper aquele carinho, que queria guardar para sempre.

Fica comigo. – e o chão pareceu ter fugido debaixo dos pés de Mark quando viu o chinês retirar, do bolso do casaco, dois anéis de prata, que ele conhecia tão bem. Até o seu dedo anelar conhecia, sendo que a marca daquele objeto ficou sempre ali, lembrando-o de tudo.

- E-Eu não p-posso, Jackson… Eu não posso! – tirou-a do seu dedo, voltando a entregá-la, com a mão demasiado trémula. O seu choro começava a tornar-se incontrolável, ainda mais quando viu o olhar magoado de Jackson, seguido de lágrimas grossas. Mark odiava-se tanto por fazer quem ele mais amava no mundo sofrer, daquela maneira.

- Porquê, Mark?! De uma vez por todas, explica-me o porquê! Se dizes que me amas, que não foi por causa de outro que me deixaste, que não me queres fazer sofrer… Porque é que me rejeitas?! Porque é que me deixaste, há três anos?! – à medida que andava, via o americano recuar, fugindo de si.

Mas assim que o viu perder a força na sua perna e quase cair, o chinês rapidamente avançou em seu auxílio, abrigando-o nos seus braços. Mark chorava desalmadamente contra o seu casaco, enquanto socava o seu peito. E não havia dor maior para Jackson do que ver aquele homem chorar, ainda para mais de maneira tão sofrida.

Amor

Eu estou doente, Jackson! – levantou o rosto. – Eu estou doente. Muito doente.

Jackson estava completamente chocado. Ele não conseguia digerir as palavras alheias, ele não as queria aceitar. Tal como há três anos não aceitou ter perdido Mark, assim do nada.

- Eu fui diagnosticado com ELA há uns anos, Jackson.

A doença do Stephen Hawking? – sussurrou, tão baixo que Mark quase não conseguiu ouvir.

- Sim… Eu fui diagnosticado dois anos depois de nos casarmos. Eu achei que podia viver com isso, que nós conseguiríamos viver com isso, até que, um ano depois, eu caí. Eu caí na banheira, Jackson, porque as minhas pernas falharam. E eu não me consegui levantar. Tive sorte que tinha o telemóvel perto de mim e consegui ligar à minha mãe. E ao ver a reação dela, eu soube, naquele momento, que eu tinha de te proteger disto. Eu não iria aguentar um único olhar de pena por tua parte. Tu sabes que eu odeio ser dependente de quem quer que seja e eu não te queria proporcionar um futuro onde terias de andar comigo ao colo, dar-me comida à boca, lavar-me. Eu não podia, Jackson. Eu não queria isso para mim e muito menos para ti. – acariciou a face alheia, limpando algumas das muitas lágrimas que caíam, sem parar. – Então eu tomei a difícil decisão de pedir o divórcio e simplesmente voltar, com os meus pais, para a minha "casa". Eles cuidaram este tempo todo de mim, mas eu não aguento mais. É cada vez mais frequente alguma parte do meu corpo falhar e, honestamente, ainda não sei como ainda consigo andar. Aliás, eu já não me aguento em pé por muito tempo. Eu perco a habilidade motora das minhas mãos com frequência e, infelizmente, hoje também aconteceu, no jantar.

Jackson deixou-se escorregar pela parede próxima a si, com as mãos sobre os cabelos. O seu corpo tremia, involuntariamente, enquanto que o seu lábio inferior era maltratado pelos seus dentes, numa tentativa vã de controlar o seu choro e, principalmente, de controlar a dor absurda que sentia.

- Eu não queria ter voltado. Eu não queria deixar-te nesse estado, Jackson. – olhou para o chinês preocupado, que repetia, incansavelmente, um Não pode ser baixinho. – Eu sei que é muito injusto para ti, mas… Eu voltei, sim, por tua causa. Mas porque eu tenho um enorme favor a pedir-te. E tu és a única pessoa que me pode ajudar. – viu os olhos alheios levantarem-se e prenderem-se nos seus, fazendo um pequeno sorriso brotar nos seus lábios, mesmo que a sua maior vontade fosse chorar e gritar. – Eu não quero deixar que esta doença me afete mais do que já afetou… Eu não quero chegar ao ponto em que vou estar numa cadeira de rodas, sem qualquer controlo do meu corpo, sendo tratado por alheios. Eu não aceito isso. Então, eu queria pedir-te…

Não

- … que me ajudasses a… ir embora… – riu, com o termo que utilizou.

Não...

- … enquanto ainda sou eu. – deixou um soluço escapar, rapidamente tapando a boca

Não, Mark, não… Tu não me podes estar a pedir uma coisa dessas. – falou meio embolado, por culpa do choro. – Eu achava… Eu achava que te ia ter de volta, entendes? Eu achava que era o destino a dar-me mais uma oportunidade de te conquistar e tu pedes-me para que eu te mate?

- E-Eu sei, Jackson, eu sei… Mas os meus pais recusaram prontamente e eu não tenho mais ninguém. E se eu posso ter a chance de escolher quem eu quero ver por último, essa pessoa serás tu. Eu amo-te mais do que tudo, meu amor. Desculpa por ter arruinado todos os nossos projetos para um futuro a dois. Tu não fazes ideia do quanto lamento não ser capaz de realizar todos os teus desejos e sonhos…

- Tu és o meu sonho, Mark. Sempre foste e sempre serás. – olhava bem fundo nos olhos alheios, antes de observar cada pequeno traço do rosto do americano. – Eu não vou conseguir perder-te novamente, eu não vou… – a sua expressão transformou-se numa pequena careta à medida que o choro voltava e as lágrimas embaciavam a sua visão.

- Desculpa fazer-te passar por isto… Eu sabia que não devia ter voltado. – tentou levantar-se do chão, mas foi impedido por Jackson, que o puxou para o seu colo, abraçando-o com toda a força que tinha.

- N-Não digas isso, por favor, não digas isso… V-Vamos… Vamos apenas aproveitar o tempo que nos resta, uh? – tentou sorrir, mesmo que as suas lágrimas banhassem todo o seu rosto. O seu polegar acariciava a bochecha alheia num carinho tão singelo que Mark não resistiu mais e beijou o chinês, entregando-se totalmente.

Jackson beijava-o com tal devoção que era impossível para Mark não se emocionar ainda mais. O seu casaco foi retirado e a sua camisa totalmente aberta, sentindo os lábios quentes de Jackson percorrerem todo o seu tronco, em pequenos beijos estalados e molhados. Logo os lábios foram substituídos pelas mãos, que acariciaram o seu tronco, antes de passaram por baixo da camisa, na parte dos seus ombros, e a retirarem, cuidadosamente.

Os beijos logo voltaram, desta vez começando no ombro desnudo de Mark, seguindo pelo seu braço, até chegar à mão. Jackson pegou-a, delicadamente, também distribuindo beijos incansáveis pela mesma. Logo tornou a pegar na aliança que Mark usou por três anos, tornando a colocá-la no lugar a que pertencia.

- J-Jackson…

- Foi a ti que o meu coração escolheu há oito anos atrás e se comprometeu há três. Não é uma doença que me vai fazer deixar de te amar, Mark. Estamos nisto juntos, como sempre estivemos, em tudo. Eu não te vou deixar, mesmo que me peças. E muito menos irei deixar que me fujas novamente. Eu amo-te, Mark. E nem venhas com aquele blablabla de que irei conhecer alguém melhor do que tu e que essa pessoa me irá dar o que eu sempre quis e o que tu não pudeste dar, pois não vai mudar nada. Porque aliás, tudo o que eu sempre quis, e continuo a querer, és tu. Não há espaço para mais ninguém na minha vida. És e sempre serás o meu marido. Entendido? – sorriu, beijando cada lágrima que escorria pelo rosto alheio, antes de o beijar e o tomar inteiramente para si, com as mãos entrelaçadas, as alianças juntas, os corpos conectados e os corações unidos.

 

 

 

 

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Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento –
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim – à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

 

- Esse poema é lindo, Jackson. – sorriu, entrelaçando a sua mão com a do marido, ouvindo as alianças tilintarem.

- É. – sorriu fraco. – Ele lembrou-me muito de ti, por isso é que decidi ler-to. – mordeu o lábio, tentando controlar as lágrimas.

- Por favor, não chores. – engoliu em seco. – Tu prometeste que não ias chorar.

Jackson olhava para todo o lado, menos para Mark, enquanto tentava controlar o choro alto que o consumia. Por mais que devesse olhar para o marido e decorar cada mínimo detalhe do mesmo, mesmo que o soubesse de cor, o chinês não conseguia. Ele tinha prometido ser forte e realmente conseguiu, durante aquele ano inteiro que tiveram, até os músculos das pernas de Mark fraquejarem de vez e o colocarem numa cadeira de rodas. Assim que chegaram a casa, naquele dia, e Mark o olhou, Jackson soube que estava na hora.

Eu não consigo, Mark. Eu não consigo acabar com a tua vida. – soluçou, com a sua testa encostada às costas da mão de Mark, que sorriu fraco. – Eu não te quero perder pela segunda vez, sabendo que não me vai ser dada outra hipótese de te ter outra vez.

- Eu sei, meu amor. Eu sabia que não irias ser capaz… Então… – lambeu os lábios, tentando torná-los menos secos. – Deita-te ao meu lado, por favor. Abraça-me. Já não falta muito.

Jackson paralisou.

Não.

Mark não o podia ter feito.

Ia ligar para o número de emergência mas sabia que aquele era um desejo do seu marido, então não o iria contrariar. Deitou-se, então, atrás do americano, rodeando o corpo magro contra o seu. Os soluços altos balançavam o seu corpo violentamente, fazendo Mark chorar baixinho por ser a causa de Jackson estar naquele estado inconsolável.

Os seus olhos começaram a pesar e a sua respiração a ficar cada vez mais calma.

Eu vou estar lá à tua espera, Jackson. Obrigado.

 

 

 

 

↫ ••• ↬

 

 

 

 

Depois do enterro, as pessoas mais próximas do casal dirigiram-se para o seu apartamento, enquanto Jackson ficou mais um pouco no cemitério, sentado em frente à campa do seu anjo. As lágrimas continuavam a escorrer livremente, algumas encharcando o pequeno papel que segurava, nas suas mãos.

- Vamos, Jackson. – reconheceu a voz do melhor amigo, que lhe oferecia a mão.

Mesmo que contrariado, Jackson deixou o papel que continha o poema que lera a Mark, no topo da campa, antes de aceitar a mão do amigo e dirigir-se para a sua casa e de Mark, onde os seus pais, os seus sogros e os seus amigos o esperavam.

Assim que abriu a porta, todos os olhares caíram em si. E todos sorriam. Afastando-se, pouco a pouco, deixando o caminho de Jackson livre até à televisão, o chinês viu que passava um vídeo de Mark, da sua infância. E tantos outros vídeos passaram, desde vídeos sobre a sua infância, adolescência e até dia de casamento.

E Jackson, após tantas lágrimas, permitiu-se sorrir.

Porque sabia que não podia ter amado mais aquele homem do que amou.

E que, apesar de tudo, não podia ter sido mais amado do que foi, por parte de Mark Tuan, o seu marido.

 

↫ ••• ↬

 

 

 

 


Notas Finais


antes demais, ELA significa esclerose lateral amiotrófica, só para esclarecer as coisas e mesmo que não conheçam nada da doença, acho que toda a gente conhece o grande físico teórico e cosmólogo stephen hawking e o que a doença lhe provocou. e sim, é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal.

ora bem... acho que preciso de confidenciar o facto de que chorei, e como chorei, a escrever esta história. em primeiro lugar, porque retrata um assunto bastante delicado e iria retratar outro ainda mais e que causa demasiada controvérsia mas, no fim, não foi necessário recorrer a tal procedimento. porque é que eu chorei tanto? porque, pela primeira vez, esta história foi como se fosse praticamente na primeira pessoa. devem ter reparado que eu realcei bastante os sentimentos e os pensamentos do jackson, em comparação ao mark. isso porque eu coloquei-me no lugar dele; não fui uma espectadora da minha própria história, não; eu realmente tornei-me o jackson (ou tentei). e foi muito complicado para mim porque eu nunca estive numa relação, então haver um momento de reencontro entre duas pessoas que se amavam tanto e estavam juntas há tantos anos mas que não se viam à alguns, foi um desafio, confesso. e eu tentei, eu realmente tentei dar o meu melhor e mostrar cada sentimento do jackson e espero não ter falhado, ou morro GHJKLÇFG

quanto à história em si, eu espero que tenham compreendido os motivos do mark. porque eu tomava exatamente a mesma decisão: recorrer à eutanásia. tal como o mark, eu não iria aceitar o facto de estar completamente dependente de alguém. já não bastava a minha vida estar arruinada, não iria ter coragem de arruinar a de outra pessoa. eu já não me sinto à vontade para pedir um simples favor, seja a quem for, até aos meus pais, quanto mais precisar de alguém 24 horas por dia para me dar comida, para me lavar, para me vestir... não, eu não conseguia. mas bem, o mark sabia que, no fundo, o jackson seria incapaz de realmente realizar o seu desejo, por isso é que se adiantou e tomou uma dose fatal de comprimidos. espero que me tenha feito mais ou menos entender(?) principalmente o ponto de vista do mark, que pode ser mal interpretado como egoísta, etc, mas eu não concordo, de todo.

MEU DEUS, PEÇO IMENSA DESCULPA PELO TESTAMENTO, MAS ACHEI QUE TINHA O DEVER DE TENTAR EXPLICAR TUDO DIREITINHO, OU O MELHOR POSSÍVEL ASDFGHJKLÇ
por favor, não me odeiem e já sabem, o vosso carinho será sempre bem-vindo ٩(๑❛ᴗ❛๑)۶


P.S: DEPOIS DE DOIS ANOS AFASTADA DO TWITTER, FINALMENTE VOLTEI. se me quiserem xingar ou qualquer outra coisa, sintam-se livres de me incomodarem: @jswaang


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