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História Epitáfio - Capítulo Único - lixos da nota de rodapé


Escrita por: subversivo

Notas do Autor


Então, oi. Eu precisava escrever isso, não apenas pra movimentar o meu perfil, mas porque senti vontade de transmitir a ideia de que nós, autores, também nos afetamos por outros autores e assim vai. Provavelmente eu a delete muuuito em breve, quando estiver terminando um dos meus milhares de trabalhos inacabados.

Sinto que me arrependerei de tê-la postado, todavia, enquanto isto não acontece, espero que sintam um pouquinho do que tentei transmitir. Foi total emoção, sequer a betei e nem sei se irei fazê-lo.

Sem mais delongas, bon appétit :)

Capítulo 1 - Capítulo Único - lixos da nota de rodapé


Fanfic / Fanfiction Epitáfio - Capítulo Único - lixos da nota de rodapé

@JungHoSeok – Social Spirit

 

Epitáfio
postado há 1 minuto atrás


 

 

Status: Como de praxe, procurando sempre os piores caminhos como soluções da vida moderna.



Querido amigo, bom dia ou tarde, noite ou madrugada.

Eu não tenho certeza de como começar a escrever isso, talvez seja completamente bobo e egoísta de minha parte fazer tal dessa forma. Porém, um pensamento que sigo há tempos diz o seguinte: faças apenas o que quer. E eu quero fazer.

Digo, apaixonei-me pelo seu modo de escrever, apaixonei-me por cada linha que digitaste. Apaixonei-me de forma avassaladora, fui tomado por completo por toda a magnitude de sua poesia infame, cheia de palavras sujas e ainda sim, poéticas. É - talvez eu esteja falando de mim mesmo, ou apenas esteja blefando sobre alguém imaginário, para renovar as minhas colunas no jornal.

Encontrei nos seus textos uma moradia para o meu cão sem teto, abriguei o meu coração solitário em suas vírgulas e travessões. Tornei o meu propósito, a espera de qualquer coisa vinda de seus dedos hábeis.

É uma veneração, ver sua imagem ou ler o seu nome enquanto falas e falas com outras pessoas. É uma apreciação, passar os olhos pelas suas coisas e sair logo após, como se faltasse algo ali, talvez uma aproximação diferente de unilateral.

Mas ela não é tão necessária, ao que tenho suas palavras para me unir a você.  

São elas (as palavras), que me fazem sair da minha órbita. Viajar para lugares inimagináveis, e provar da tristeza que as suas me provocam. No entanto, só você é capaz de causar isso, eu lamento.

Queria poder me sentir tocado com as palavras de todos os outros autores do mundo.
Para saber até que ponto eu chegaria por cada um deles.

Meu professor de Filosofia disse que o amor é a busca.

Estou a todo tempo buscando por você.

Eu o contrariei, dizendo que o amor é a plenitude. E ele é.

Porém, se nem Platão me faz concordar com a ideia de que a procura constrói tal sentimento, me sinto contente em dizer que amor é o que sinto por você. E sequer sei o seu nome de verdade.

Para dizer-lhe, eu não quero. Não quero perder a sensação de não te ter. Jamais desejaria ampliar as proporções de um sentimento que já me é desagradável, ao que você me toca. Toca-me e me abraça com suas letras miúdas Calibri 11.

Calibre de pistola, isso sim. O meu pobre coração não pode mais aguentar. 

Pois é um saco observar-te! Insuportável à sensação de ler-te, ao que sei que estarei com vontade de cada vez mais, nunca me tornando satisfeito de inundar-me de suas poesias estúpidas. Se eu pudesse, pegava todas as suas produções e queimava-as, apenas para não ser mais devorado por elas.

O pior lado de toda essa fábula sobre estar a todo o momento vigiando-te atentamente em todos os lugares que posso, é que estou no abismo entre saber se o que sinto é apenas uma luxúria desenvolvida porque eu não lhe tenho. Eu sei que é incomodativo e até irritante alguém escrever tanto sobre alguém e dar para trás, todavia nenhuma confusão consegue ir acima da minha. Parece que sempre estou afundado em minhas próprias ideias.

Parece que sempre estou me forçando a ser diferente e por isso estou constantemente procurando por novos amores. Novas aventuras para contar a aqueles que chamam de amigos. Novos conflitos para colocar em minhas próprias histórias, uma vez que escrevo tanto quanto você. Sou tão escravo do Word quanto ele é meu, somos possuidores um do outro, mas me sinto tão vazio. Sinto-me tão perdido.

A ansiedade me devora, me alucina.

E no meio de tudo isso, veio você. Desgraça carregada de beleza, me embebedando com esse jeito esquisitíssimo de fazer o que faz.

Eu me sinto tão sufocado – não importa quantas coisas eu digite o peso não sai do meu peito. Não importa quantos cigarros eu fume, não importa em quantas festas eu vá ou quantos lábios eu beije, sempre voltarei para esse maldito recanto de autores, apenas para mergulhar em você.

Não importa quantos contatos diferentes eu siga, eu observe, eu finja estar interessado. O meu coração sempre vai doer e meu rosto sempre vai sorrir quando lhe notar.

Por isso, vá para o Inferno! Vai-te embora daqui! Deixe a mim com meus pensamentos depressivos jogados contra a parede, impeça-me de lhe pesquisar, destrua a minha capacidade de lhe interpretar, suma de perto de tudo o que posso fazer com o seu código de usuário em minha posse.

Yoongi, é destruidor viver com o seu fantasma literário.

Eu prefiro fazer o meu túmulo com minhas próprias palavras, cavar minha cova com elas e me enterrar com as mesmas, do que continuar com essa vida digitando para você. Prefiro me dissecar em minha própria cólera a procurar remédios nos seus parágrafos.



 

 

 



 

 

 



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