História Equal or different - A lot of booze

Atualmente tudo estava “bem”, a turminha já havia se separado há uns 3 anos e apesar dos protestos nada acontecia. Depois de toda tragédia de Paulo e Marcelina á escola resolveu que o melhor seria que a turma não voltasse a ficar junta , pois o garoto estava arrumando confusão dobrada e a menina sempre ficava aos prantos, o que levou a decisão de Paulo e Alícia nunca caírem juntos na mesma sala, porque se Marcelina ficava preocupada com o irmão imagina se ainda tivesse que cuidar da melhor amiga!

Estavam em março do segundo ano e Alícia continuava a mesma menina, apesar de ás vezes ficar muito triste, ela não demostrava os sentimentos. Já Paulo não era a mesma pessoa, o garoto havia se transformado tanto que ás vezes sua própria irmã não o reconhecia. Depois do acidente da mãe ele se recusou a falar com qualquer pessoa que tentasse ajuda-lo, passou a frequentar menos as aulas e mais festas... virou um garoto viciado em bebida e em festas, seu pai não aprovava, tentava ajudar o garoto mas toda vez ele o empurrava para mais longe.

 Agora ele estava em outra consulta com a psicóloga, ela tentava fazer com que ele se abrisse mas Paulo falava qualquer coisa ou dava uma resposta irônica á mulher. Depois da consulta ele dava um jeito de escapar de seu pai e ia direto para o seu lugar favorito “ The booz club”. Chegando lá ele disse que hoje estava fim de uma garrafa de Vodka, sempre pediam sua identidade e ele sacava uma falsa. Quando a bebida entrou ele se concentrou em seus pensamentos – “passou só uma semana do dia e eu continuo querendo morrer...” ele bebia quase tudo e continuava  – “ garanto que vai ser tudo outra vez ano que vem... aquela merda de: meus pêsames, tudo vai ficar bem. Mas ninguém está na minha pele para saber... se pelo menos tivesse alguém que me amasse o quanto ela me amou, tudo seria diferente...”

 O garoto não percebeu, mas do outro lado do balcão estava uma menina com um copo de Whisky, fazendo o mesmo que ele : tentando sair do mundo e de seus problemas. Ela pensava no que havia acontecido.

A menina acabava de chegar em casa depois de sua aula de futebol e viu as garrafas e o cheiro forte, ela havia passado o dia fora e nem tinha vindo almoçar, mas adivinhou o que estava acontecendo, sua mãe começou a falar – “ Alíciaa filhote é você? Se for pode por favor fechar o sótão? Os passarinhos estão voando na minha cabeça!”, sua mãe não falava nada com nada,e a menina agradeceu por essa vez não ter berros e quebra-quebra, é claro que ela pensou cedo demais pois as coisas começaram a dar severamente erradas...

Flashback [manhã dia 21/03]

Ela continuou parada no mesmo lugar, pois sabia que quando a mãe estava assim o melhor era se afastar, mas como a deixaria? Alìcia sempre admirou e amou sua mãe , a mulher sempre foi calma, amiga, companheira e uma boa pessoa, mas quando seu pai morreu a mulher surtou e começou a beber sem parar e  xingava tudo e a todos – principalmente ela -. A menina pequena se assustava, mas mantinha a calma, sabia que aquela não era sua mãe... então depois de duas semanas naquela loucura sua tia descobriu e mandou sua mãe para a reabilitação e á levou para morar com ela. Ficou 90 dias sem os pais, quando sua mãe chegou, pediu desculpas várias vezes a ela alegando que isso nunca mais se repetiria. E agora aqui estava  lembrando do passado tentando não chorar por ver a mãe nesse estado, rapidamente despertou com os gritos.

          - Alícia você é surda garota? EU DISSE PARA VOCÊ FECHAR O PORÃO!

Ela tentou pensar no que fazer, mas sabia que nada ia adiantar, foi direta e perguntou á mãe o que tinha acontecido.                                                                                                                                                                            

- NÃO ACONTECEU NADA, SÓ O VAGABUNDO DO SEU PADRASTO ME DEIXOU POR SUA CULPA!

Alícia se lembrou do homem que estava com sua mãe, uma pessoa muito insuportável, que aturava á 4 anos, ela não conseguiu disfarçar á felicidade de saber que nunca mais o veria de novo! Logo lembrou que sua mãr continuava bêbada em sua frente. A menina resolveu perguntar o que ela havia feito.

                - ENQUANTO VOCÊ ESTAVA NO QUARTO DO HOSPITAL EU FUI Á CANTINA E VI O VAGABUNDO BEIJANDO SUA EX! VOCÊ SEMPRE ESTRAGA TUDO! AGORA ALÉM DE TER ME TIRADO O SEU PAI, ME TIROU O JUANEZ TAMBÉM!

Enquanto ela falava, um vaso de flores ia ao chão, Alícia estava tentando compreender porque ele beijar sua ex era sua culpa, mas pensou que se eu não tivesse desmaiado, sua mãe ainda  estaria morrendo de amores por Don Juan, ela quase riu ao pensar no apelido que havia criado ao boca- aberta, a garota não se conteu e falou a primeira coisa que veio na cabeça.

                - Não me arrependo de ter expulsado o Juanez daqui, não gostava dele mesmo.

                - O QUE? VOCÊ ADMITIO QUE O EXPULSOU E AINDA FEZ POR QUERER? EU VOU TE MATAR GAROTAAAAAAA

Então ela começou a jogar tudo que via pela frente em Alícia, a moleca saiu correndo escada acima e trancou a porta do quarto, enquanto Fernanda gritava e tentava quebrar a porta, ela  jogava tudo que precisava para dormir na amiga  Marcelina, quando terminou fugiu pela janela. Depois de correr pela calçada e escutar os gritos de longe se dirigiu ao bar e pediu uma bebida