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História Equalize (Romance Gay) - Rainbow in The Darkness


Escrita por: Arcms

Capítulo 10 - Rainbow in The Darkness


Fanfic / Fanfiction Equalize (Romance Gay) - Rainbow in The Darkness

13/06/17

- Um terremoto de 9,1 na escala Richter tem seu epicentro em Espírito Santo por 8 minutos, causando desastres por todo sul e centro-oeste do país. 120.000 mortos e 200.000 pessoas desabrigadas no total. Não se sabe o motivo de um terremoto no Brasil, os geólogos irão investigar as causas. A ONU foi acionada para fornecer alimentos e abrigo. - Dizia a rádio que eu, Oscar e Sabrina ouvíamos. Ellen estava com Emília e o Spencer.

- Eu não acredito que estamos vivos... 9,1 por 8 minutos? Difícil de acreditar! Eu... ainda não acredito. - Eu falei.

- Parece um pesadelo! Nós íamos morrer naquele prédio. - Sabrina falou.

- Vamos... parar de falar em morte? Vamos celebrar a nossa chance! É difícil... perdemos uma amiga... muita gente morreu... mas temos que seguir! Vocês já agraceram por estarem vivos hoje? - Oscar falou, tentando nos animar.

- E a Luana? - Sabrina falou, perguntando por Luana.

- Ontem ela sumiu... - Falei.

Foi quando Luana passou ao nosso lado empurrando uma maca com um saco fechado. Nós falamos:

- Lu, o que você ta fazendo? 

- Eu não ia deixar minha amiga naquela imundisse! - Ela respondeu.

- Luana, você escavou aquelas pedras sozinha? - Oscar falou assustado.

- Podemos ver sua mão? - Eu falei, porque a mão dela estava vestida com uma luva escura.

Ela tirou a luva e vimos que as mãos estavam muito machucadas. Ela havia passado a manhã escavando o corpo da Raissa. Sozinha.

- Luana! Você precisa ir pra enfermaria! - Falei, preocupado.

- O que importa? Eu só quero minha amiga bem. Eu não me importo... não me importo... não... - Ela falou chorando.

- LUANA! A Raissa morreu! Ela está no céu agora! Isso não é mais ela! É só um corpo! Eu entendo, mas olha pra mim! Nossa amiga não está mais aí. - Falei chorando e segurando o rosto dela.

- Eu conheço ela desde que eu era criança... eu... eu não quero continuar sem ela! Eu não posso! Ela é minha melhor amiga! - Luana falou chorando.

- Luana... temos que continuar! Temos que ser fortes! Por ela! - Falei, tentando acalmá-la, enquanto ela sentava no chão.

Abraçamos a Lu, que não se contia de tanto chorar.

- E agora, Léo... o que fazemos? - Oscar falou.

- Não sei... acho que deveríamos sair de Vitória e procurar um lugar todos juntos. - Falei bem para baixo.

- Eu estou tão feliz pela Ellen estar bem, por estarmos bem. Eu não quero ficar mais nesse lugar lembrando... das perdas... temos que sair desse estado! - Oscar falou.

- E pra onde vamos? Tínhamos uma vida aqui! - Sabrina falou.

- Nós temos que ir, Sabrina. Nós vamos todos juntos, tá bom? - Eu falei.

- O Rio, São Paulo, até Florianópolis estão devastados. Pra onde nós vamos?! - Luana falou desanimada.

- Eu... não sei, ok?! Mas Vitória está toda destruída! TODA! Não há mais infraestrutura. E a Emília precisa de cuidados especiais. - Eu falei.

Terminamos de conversar e ficamos com Emília e as crianças no local improvisado, esperando algum meio de sair dali, daquele lugar.

Algumas horas depois começou a chover forte, o céu ce encheu de nuvens cinzas.

- Nuvens cinzas me acalmam... é o que eu mais gosto no céu. - Sabrina falou.

- Está chuvendo bem forte... - Emília falou.

Resolvemos levar o corpo de Raissa para um cemitério para enterrá-la junto ao Alexandre, pra que pudessem ficar juntos na eternidade.

Seguimos o caminho das ruas destruídas e só queríamos deixá-los confortáveis no local que eles adoravam ir juntos: a praia.

Começamos a cavar e os colocamos lá, ninguém se conteve de lágrimas, que escorriam junto com a chuva que molhava nossos corpos.

- Nós temos que dizer algo para eles... - Falei chorando.

- Raissa... Alexandre... vocês foram pessoas ótimas, sempre carinhosas, sempre mostrando amor e cuidando de quem amava. Vamos sentir falta de vocês. - Sabrina falou tentando segurar as lágrimas.

- Alexandre... eu não o conhecia bem, mas você fez a Raissa feliz como nunca antes... eu... eu nunca a vi tão feliz. Raissa, minha amiga querida, aqui será um lugar vazio sem você, você foi muito importante para as nossas vidas... eu nunca vou esquecer você... eu prometo sempre lembrar você... e tudo que fez por mim, pela Ellen, pelo Oscar, pela Luana... eu te amo... - Falei chorando e deixando as lágrimas caírem.

A Luana se ajoelhou próxima a ela e com seus olhinhos tristes ela abraçou o corpo da Raissa. Ninguém explica o que a Luana sentia, porque para ela, era como perder uma parte da vida. Ela falou para a Raissa:

- Onde quer que esteja... um dia vamos te ver e poder te abraçar! Nós te amamos... eu... eu te amo, Rai. - Luana falou muito doída.

Nós ajudamos a Luana a levantar do chão de areia da praia. Parou de chover e no céu podíamos ver um belo arco-íris no horizonte. Seguramos as mãos e depois todos nós demos um grande abraço. Eu, Oscar, Sabrina e Luana.

De repente um folheto caiu sobre a areia que havíamos enterrado a Raissa. Parecia um milagre. Uma luz no meio à escuridão. O papel mostrava um local para nós nos recuperarmos. Nós iríamos para Roraima. Longe dos eventos catastróficos que chegaram a tremer até o estado do Piauí e do Maranhão. Só queríamos um tempo em um lugar que não nos recordasse uma tragédia.

Nós nos olhamos e já sabíamos o que iríamos escolher. Viajar para Roraima seria a solução no momento.

Voltamos ao hospital, onde a Emília estava com Ellen e Spencer.

14/06/2017

Emília estava estável, e o seu bebê muito bem e saudável. Começamos a tentar arrumar coisas para levar, o Oscar ainda tinha dinheiro consigo, então compramos os remédios da Ellen.

Entramos no carro eu, Oscar, Ellen, Emília, Luana, Sabrina e o Spencer.

Fomos em direção ao estado de Roraima.

17/06/2017

Depois de uma viagem cansativa de três dias, finalmente chegamos ao estado, e fomos para a cidade de Boa Vista, capital de Roraima.

Íamos começar uma nova vida. 

- É, chegamos... o que vamos fazer? - Eu falei, entusiasmado.

- Não sei, mas podemos descobrir. É uma cidade muito grande e bonita - Oscar falou.

Sabrina pegou o carro para levar Emília para o hospital junto com o Spencer. Eu fiquei com Luana, Oscar e Ellen.

- Ei, bebê. Vai ficar tudo bem agora. Prometo! - Falei para a Ellen.

Ela sorriu pra mim e disse:

- Não sou bebê!

Nós rimos e fomos para uma praça, deixando a Ellen brincar com uns amiguinhos que ela fez na mesma.

- Eu... sinto falta dela. - Luana disse, ainda arrasada.

- Lu, nós também... mas você deve ser forte! Vamos seguir nossa vida. Eu aposto que foi ela quem nos guiou para esse lugar! - Falei.

- Sim, eu espero que sim. Eu só queria... falar com ela uma última vez. - Ela falou.

- Nós podemos conversar com ela todo dia, não importa onde ela esteja. Vai ficar tudo bem, ela está em paz agora. - Falei, acolhendo Luana.

- Léo... perdemos tudo, né? - Luana falou.

- Não, não, não! Estamos aqui! Com vida! Seguindo ela e só esperando o melhor! O que perdemos foi material, não importa. Vamos recomeçar nossa vida do zero aqui e agora. Aposto que a Raissa está olhando pela gente agora. - Eu falei.

- Sempre há um arco-íris em meio às trevas. - Oscar falou, fazendo-nos olhar para o céu e pensar.

É verdade então o que dizem. Uma luz é muito fácil; mas as cores do arco-íris são mais de uma. Então acredito que não seja só uma luz no fim do túnel, mas um arco-íris inteiro. Vamos seguir nossa vida e sermos felizes.



Notas Finais


Obrigado por verem esse capítulo! :) Apesar de tudo, eles seguem firmes e vão continuar lutando pelo amor de sua pequenina.


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