Muito assustado, sentei em minha cadeira de rodas e olhei para a sala queimada. Eu nem conseguia ver restos mortais do Hélio Costa.
- MAS QUE MERDA É ESSA? - Falei assustado.
Levantei da cadeira e devagar tentei andar até o policial que vigiava o Hélio. Cheguei até ele e fui examiná-lo de perto. Ele estava apenas desacordado por causa do impacto da sua cabeça contra a parede.
- ALGUÉM??? - Gritei pedindo ajuda pelos corredores do departamento.
Após algum tempo todos eles estavam lá ajudando o policial que havia desmaiado. O policial acordou e começou a falar conosco:
- Eu... ouvi tudo Dr. Clinton... você... precisa fugir. As pessoas vão se machucar e vocês também!
- Eu vou, oficial! Eu vou...! - Falei muito nervoso com tudo que estava havendo.
- Por favor... me chame de Graham. Obrigado por salvar minha vida chamando meus colegas, doutor. - Ele falou me dando o contato dele. - Agora fuja! Você precisa fugir daqui!
Fui andando lentamente até o carro que eu estava de carona com a advogada Rodrigues.
- O que foi aquilo, Dr. Clinton? - Ela falou assustada.
- Eu não sei explicar, Rodrigues! Mas fuja o mais rápido que puder! Você precisa se esconder conosco agora. Eles vão te procurar!
- Eles quem??? - Ela falou assustada.
- Os terroristas que mataram o Hélio. Renata, você precisa se esconder conosco na Europa! Agora vamos antes que sejamos atingidos também.
- Oh, meu Deus...! Vamos. Eu não tenho nada... sabia que deveria ter virado médica como minha mãe disse...
- VAMOS! - Falei fazendo-a acelarar.
Enquanto ela corria, ela começou a falar comigo:
- Leonardo... você se lembra de mim? Estudávamos juntos em Vitória...
- Q-que? Como assim? - Eu falei confuso.
- Eu... você... a Vitória Seki. Sou eu, Leonardo... a "ingrata".
- Renata "Ingrata"? É VOCÊ? - Falei me vindo um flashback na cabeça.
A Renata sofreu bullying na escola que estudávamos. Os agressores chamavam ela de Renata Ingrata, por causa de uma música. Uma brincadeira ridícula e que eu odiava quando mexiam com ela porque também mexiam comigo por causa da minha orientação sexual no terceiro ano do ensino médio.
- É claro que lembro! Você que não manteve contato. O JP também está aqui na cidade! Ele não é seu melhor amigo? - Perguntei enquanto íamos pra casa.
- O JP... faz tempo que não o vejo... Leonardo! O JP vai ser morto! Ele precisa ir conosco!
- SIM! É VERDADE! - Falei, nos olhamos, e ela foi até o hotel que ele estava.
Chegamos lá e fomos até o quarto dele. Batemos na porta desesperados.
- JP? EI! JOTA! - Falei com medo de ter acontecido algo com ele.
Ele abriu a porta e falou:
- O-o que está acontecendo? Leonardo, você já pode andar? - Ele olhou para o lado e viu Renata. - RENATA? - Ele falou espantado ao vê-la.
Eu a Renata abraçamos ele e ele falou:
- O... o que diabos está acontecendo? Vocês ficaram loucos?
- Jota! Você precisa fugir conosco! Seremos mortos! - Falei assustado.
- Essa não! Você matou aquele cara? - Ele perguntou confuso.
- Pior que isso JP! Terroristas! TERRORISTAS mataram ele! E agora que sei a verdade eles vão tentar matar a Ellen e todos que estão em nossa vida. - Falei respondendo-o e deixando-o assustado.
- E Sabrina? E Luana? - Ele perguntou.
- Elas estão em segurança, eu prometo. Vamos!
Saímos e eles me ajudaram a ir correndo de volta para o carro.
Entramos e fomos correndo para a minha casa.
Estacionamos o carro de qualquer jeito mesmo e fomos correndo onde o Oscar que estava com a Ellenzinha.
- Amor, nós temos que fugir daqui agora! - Falei para ele.
- O Hélio fugiu?! - Ele falou assustado e carregando a Ellen no colo.
- Muito pior, amor! O Hélio morreu, por me revelar um segredo sobre a Ellen... e o Vitor. Precisamos fugir daqui. Há terroristas atrás de todos nós.
- TERRORISTAS? - Ele falou assustado.
- Precisamos ir agora! Vamos!
Pegamos roupa, comida, os remédios da Ellen e entramos no carro. A Ellen estava super confusa.
- Papai, vamos viajar? - Ela falou olhando pra mim.
- Vamos sim, meu amor! Vamos passear!
- Obaaaa! - Ela falou animada.
A Renata acelerou o carro e fomos correndo para o aeroporto.
De repente havia uma blitz no caminho do aeroporto.
- O que tá rolando? - JP falou.
Eles foram pra frente do nosso carro apenas pedindo para nós encostarmos.
Foi quando Renata disse:
- Gente... aquele crachá não é oficial... aquilo parece danificado. E no tribunal hoje não haveriam blitz pelo que disseram... será que...
De repente todos nós olhamos um para o outro e falamos para a Renata:
- CORRE!
Ela passou do correndo pela blitz que queria nos parar.
Eles pegaram um carro da polícia e começaram a correr atrás da gente.
- Não, não, não! Estamos tão perto do aeroporto! Temos que chegar logo! Não quero sofrer outro acidente. Ou pior. - Falei.
- Eu sou boa na direção. Relaxem aí, beleza? - Renata falou tentando nos tranquilizar.
Estávamos fugindo em alta velocidade quando um carro bateu no carro que estava nos perseguindo. Aquele sim era da polícia. Olhei para trás e era o Oficial Graham. Sorri para ele e ele sorriu de volta pra mim. Continuamos correndo até o aeroporto e compramos passagens. Íamos fazer conexão em São Paulo mas a pior parte já havia passado, ficamos menos assustados.
Saímos correndo para o avião e entramos.
Mais tarde chegamos em São Paulo e decolamos até a Europa.
Conversávamos no caminho:
- Leonardo... porque isso está acontecendo? Quer dizer... você tem certeza que é o certo irmos para longe? - JP falou.
- Jota, é o meio mais seguro agora. - Falei.
- Sei lá... - Ele falou.
- Porque esses monstros estão fazendo isso? - Renata falou.
- O Hélio... ele me contou que há um grupo terrorista que enviou o pai biológico da Ellen para o Brasil. Cada país enviou um representante. E cada país será tomado pelos terroristas quando as crianças estiverem preparadas... as nacionalidades ajudarão eles. Estão tentando matar a Ellen porque cada país deve ter 2 meninos, meninas que nascem devem ser jogadas na fornalha... e agora que sei disso eles me querem e todos em minha volta. - Expliquei pra eles.
- Isso... parece surreal, amor. - Oscar falou-me.
- Eu sei... mas ver um míssil explodindo o Hélio bem na minha frente foi muito real. Eu quase morri, se não tivesse aberto a porta e sido empurrado para fora da sala. - Falei para o Oscar.
- E como será nossa vida na Europa? Eu nem sei falar francês! - JP falou.
- Eu disse Europa, não França! Acha que eu iria pra lá com tudo que está havendo? Nossas passagens agora são para Lisboa. Portugal. - Respondi JP.
- Bom... pelo menos vou poder tirar foto com Cristiano Ronaldo. - JP falou discontraindo aquele momento que estávamos passando de tensão e nós todos sorrimos, com cuidado para não acordar a Ellenzinha.
- É isso gente... vamos reviver o passado agora. Nós. - Falei olhando para todos.
- É. Talvez realmente fosse preciso cair fora daquele lugar. - JP falou.
- Mas ainda temos que descobrir muita coisa. - Oscar falou.
- É verdade! Não podemos fazer nada sem saber de nada e expor sua filha em perigo, Léo, Oscar. - Renata falou.
O avião pousou em Lisboa, capital de Portugal. Uma nova vida estav para começar, com novas pessoas que são antigos amigos. Estabelecer nossas vidas era o primeiro passo para descobrirmos os planos do Kill Em' With Kidness e tudo que causaria sofrimento ao planeta.
Logo logo eu percebi o que eu pensava do Brasil naquele momento em que olhava a entrada do aeroporto de portugal.
Imaginei-me no Brasil e pensei:
"Eu queria fugir dali."
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