Alguns momentos da vida são complicados, ainda mais quando se é uma adolescente e está em confusão com seu corpo.
Em São Paulo, numa região um pouco longe da capital concentrada no interior estava a casa de Suzane, um bairro pequeno e pouco frequentado. Suzane morava com sua mãe somente, pois era filha única e seu pai havia morrido de câncer a sete anos atrás.
O despertador pequeno e lilás na comoda de Suzane tremia e regalava mas a mesma insistia em ficar na cama, hoje era um dia importante, o primeiro dia de volta as aulas depois das férias, mas não parecia tão importante pra ela.
Angela: - Vamos Suzane, levante dessa cama você está atrasada!
Suzane tirou o travesseiro de cima de seu rosto, que aparentemente estava amassado.
Suzane: - Poxa mãe, só mais um pouco...
Angela atravessava o quarto da filha e ia tirar o pão da chapa para que não queimasse e soltava gritos pela cozinha
Angela: - Eu disse pra você desligar seu celular as nove e ir dormir, mas parece que não adianta falar com você.
Suzane: - Droga
Suzane correu para dentro do banheiro e começou a escovar os dentes e banhar ao mesmo tempo, rapidamente jogou a toalha sobre a cama bagunçada com cobertores e materiais escolares.
Angela: - Suzane, já está pronta?
Suzane: - Calma mãe, tô quase
Dizia Suzane tentando colocar a calça e procurar uma meia. Logo em alguns minutos depois de pentear o cabelo e passar um gloss nos lábios finos, pegou o pão em cima da mesa e saiu comendo com a mochila nas costas.
Angela: - Boa aula filha!
Gritava Angela parada no portão observando-a
Suzane: - Obrigada mãe!
Disse a mesma de boca cheia.
Depois de uma caminhada curta, Suzane avistou o colégio e começou a correr pois estavam querendo fechar o portão, quando a mesma pisou com seu allstar do meio fio pra rua havia um carro vindo em sua direção, seu susto foi imediato, então a mesma fechou os olhos e caiu no chão. Tudo estava bem, pois antes que o carro pudesse encostar ele freou e parou. Rapidamente o homem que estava dirigindo desligou o carro e desceu correndo pra ver se a menina havia se machucado, se inclinou pra frente e viu se a menina estava ferida, e a mesma abriu os olhos.
Rapaz: - Está tudo bem? Você se machucou? Vou ligar pra ambulância. Eu pago particular se precisar.
Suzane: - Eu acho que estou bem, tenho que ir pra aula, estou atrasada.
Disse Suzane no chão com ele ao seu lado.
Rapaz: - Não, você está com alguns arranhões na testa, nos joelhos e na mão, pode ter se machucado e não sabe.
De repente começaram aglomerar vários curiosos em volta dos dois questionando se Suzane estava bem.
Rapaz: - Eu vou leva-lá pro pronto socorro, vai ficar tudo bem.
Então rapidamente Suzane se levantou
Suzane: - Estou bem, eu só me assustei e cai.
Rapaz: - Tem certeza?
Suzane: - Tenho, agora preciso entrar pra sala, já estou atrasada.
Disse mancando um pouco e com a mão na testa, e o rapaz ficou parado observando-a entrar. Depois que entrou a diretora perguntou o que havia acontecido e se precisava ir para casa descansar, e Suzane recusou dizendo estar bem. Suzane foi para sala, sentou e ficou lembrando da cena de quando o homem alto veio lhe ajudar. Em seguida, a diretora entrou na sala interrompendo a conversa dos alunos e apresentou o novo professor que era o homem que quase lhe atropelou e ela ficou parada meio imóvel observando ele entrar, e ele bateu os olhos nela surpreso.
Diretora: - Esse é o novo professor Henrique, de química. Que esse ano seja bem proveitoso para todos, e boas vindas aos novatos.
Henrique: - Bom, sou o novo professor de química, espero que haja disciplina em questão a matéria, se não isso aqui não vai funcionar...
Então a primeira aula do ano foi com ele explicando o que ia acontecer durante e o ano, e enquanto isso ele não tirava os olhos de mim, nem eu tirava os meus dele. O sinal tocou avisando que outro professor ia entrar na sala, então antes de sair Henrique começou a vir em minha direção na cadeira
Henrique: - Está tudo bem?!
Suzane: - Estou melhor.
Dei um sorriso sem graça.
Henrique: - Tudo bem.
Ele foi seco e saiu.
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