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História Era da Ascensão - A Floresta Volkyr


Escrita por: Meneghelli

Notas do Autor


Boas, venho para lhes trazer mais um capitulo.
Espero que gostem. :)

Capítulo 3 - A Floresta Volkyr


A noite estava cheia de estrelas. Um céu que poderia ser dito como um verdadeiro mar celestial se estendia por todos os lados. As estrelas pareciam estar mais brilhantes, luminosas, mais firmes no lugar onde estavam, e a lua estava cheia e bela, como se dominasse todas as estrelas a sua volta. E para acompanhar um vento frio percorria as planícies em volta do Vilarejo Springs. Eórion seguiu até a entrada da cidade protegido parcialmente pelas construções do frio. Ao chegar mais perto viu um grande numero de sombras um pouco mais a frente da entrada, ao redor de uma arvore.

- Olha só quem apareceu galera, o namorado da Mendy chegou!

Eórion acenou e ficou meio envergonhado quando chegou mais perto do grupo e começou a cumprimentar as outras crianças que não conhecia. Numa de suas olhadas para o lado viu Mendy um pouco mais atrás fuzilando ele com os olhos, o que o fez corar e desviar os olhos rapidamente.

O menino com quem conversara de manha chegou ao seu lado colocando o braço em seu pescoço.

- Sabia que viria, rapaz. Qual seu nome alias?

- Eórion. E o seu?

- Nome estranho. Pode me chamar de Fench. Acho que sou uns 4 anos mais velho que você, mas isso não importa na verdade.

- E vamos brincar de que?

Fench abriu um largo sorriso.

- Avante e Aguarde, é claro.

- Nunca brinquei disso.

- É uma brincadeira clássica, como não? – Perguntou meio surpreso. – Enfim, é  muito simples. O jogo é em duplas que formam seis grupos. Uma dupla deverá se esconder, outra achar. Outra dupla deve proteger um local, e outra conquista-lo.  E as outras duas pegar uma a outra. Simples, não?

Eórion assentiu meio hesitante.

- Ótimo, vamos começar então. – Se virou para trás e deu um grito. – Venham, vamos começar.

- Espera, e quem vai ser minha dupla?

- Como sou o mais velho, eu escolho as duplas. – Respondeu com um brilho nos olhos. - Você fará com aquela guria ali.

Mendy se aproximava conversando com outra garota quando ele a indicou.

- Isso vai acabar ruim.

- Não se preocupe, ela é gente boa.

“Percebi pela olhada que ela me deu.”

Quando todos chegaram, Fench ficou no meio do circulo que eles formaram e repassou de novo as regras e o jogo, depois passando a dupla de cada um. Quando ele falou da Mendy com Eórion, alguns risinhos cumplices foram ouvidos, além da bufada que ela mesmo deu também.

Fench foi passando de dupla em dupla até chegar nos dois.

-Vocês irão se esconder. Tomem cuidado, e não vão muito longe.

Os dois assentiram a contra gosto. Fench se virou e sem nenhum perambulo bateu palmas.

- Certo, valendo!

Eórion e Mendy dispararam para longe indo até algumas arvores perto da floresta de Volkyr. Chegaram lá quase sem folego.

- O que fazemos agora? – Perguntou Eórion.

- Esperamos, e nos escondemos. – Respondeu Mendy, indo se sentar atrás de uma arvore.

- E quanto tempo leva para nos acharem mais ou menos?

Meny deu de ombros.

- Depende muito, mas a brincadeira começou agora, se eu fosse você sentaria.

Eórion achou um lugar numa arvore ao lado e se sentou.

-Fench é sempre assim? – Perguntou, tentando puxar algum assunto. – Digo, líder do grupo?

Mendy mexia distraidamente na terra com um galho quando respondeu.

- Ele é como um irmão mais velho para todos nós. Quando estamos na rua brincando, é ele quem cuida da gente.

Eórion nada disse, apenas se reencontrou no tronco da árvore. Passaram alguns minutos em silencio até que uma luz começou a ficar forte nos céus e Eórion saiu de trás da arvore para ver.

- O que é aquilo?

Um ponto de luz claro descia pela noite estrelada. Meny saiu de trás da arvore para olhar também.

- Não sei, mas já ouvi dizer de estrelas que caem do céu de noite.

A luz foi ficando mais forte a cada momento. Enquanto os dois ficavam parados a observando.

- Ela parece estar indo... Para o Vilarejo! – Comentou Eórion, crescendo a voz a cada palavra.

Ele saiu correndo em direção ao Vilarejocom Mendy gritando atrás dele.

Então, a luz colidiu na terra.

Eórion parou e tampou os olhos da forte luz que veio do local do impacto, mesmo não ouvindo nenhum som, por aqueles poucos segundos um incômodo silêncio se instaurou. De repente, um vento forte e terrível veio varrendo as planícies o jogou para trás. Tudo ao redor parecia estar sendo jogado para trás, pelo canto do olho enquanto tentava se segurar no chão viu algumas arvores sendo arrancadas e carregadas para longe. A segunda leva trouxe um imenso calor que se espalhou e arvores foram queimadas ao seu lado.

Meio zonzo ele se apoiou no chão agachado. Aos poucos a vista turva e o zunido no ouvido foram parando. Ele sacudiu a cabeça e começou a olhar em volta.

Nada.

Não havia absolutamente nada, tudo estava queimado, mas não havia fogo. Olhou para onde o Vilarejo estava e nem sequer o resquício de uma casa conseguiu perceber. Tudo em um grande raio circular estava em brasas e cinzas.

- Mãe... Pai... – Sussurrou baixinho, olhando para os lados procurando de alguma forma tentar encontrar seus pais. As lagrimas não demoraram a começar a cair, estava confuso e não sabia o que fazer.

Ainda agachado ele percebeu algo estranho no centro do que deveria ser o Vilarejo que atraiu sua atenção. Franziu o cenho e tentou enxergar melhor. Uma forma humana se erguia em volta de uma escuridão negra. Não dava para ver seu rosto nem sequer seu corpo. Mas ainda sim envolvida naquela estranha sombra, o vermelho dos seus olhos brilhavam. Ele parecia uma chama negra em uma terra vermelha.

Não conseguiu pensar nada depois disso, pois caiu de lado e desmaiou.

 

**************************************************

 

Uma porta se abriu com grande barulho e um cavaleiro irrompeu pela entrada andando as pressas pelo grande corredor que levava a sala do trono.

Afinal, havia muito tempo que uma noticia não o deixava preocupado dessa forma. A rapidez com que ela deveria ser transmitida era urgente.

Chegando perto da porta que dava a sala do trono ele parou e olhou para os dois guardas, um de cada lado da porta. Carregavam uma lança na mão direita e vestiam um pesado conjunto de armadura toda prateada. Por fim, seguravam um escudo no braço esquerdo todo prateado com um símbolo incrustado de ouro na sua face.
O Símbolo da Aliança dos Humanos.

Ao reconhecer as vestes do homem a sua frente, os guardas abaixaram a cabeça e a lança, em um sinal de respeito.

- Senhor. – Um deles falou.

- Preciso falar com o Rei imediatamente. – Avisou.

- Claro, meu senhor. Aguarde só um instante. – O guarda levantou a cabeça e entrou na porta. Ele já o estava xingando pela demora quando o guarda apareceu para avisar que o Rei iria atende-lo. Mesmo com a posição e o nome que carregava, havia uma hierarquia a ser seguida, e ela não podia ser quebrada.

Ele continuou a andar a passos largos mesmo quando estrou na sala do trono. Novamente se surpreendeu com a visão, pois não importava quantas vezes já estivera ali, o salão ainda o impressionava. Era enorme, com um grande tapete vermelho que levava da porta até o assento do Rei. Varias colunas e estatuas talhadas em detalhes minuciosos preenchiam as laterais do caminho. Estatuas de antigos Reis, ou de grandes heróis da mitologia ou da vida real estavam representados ao longo do salão. E no final dele, haviam três tronos. Os dois menores era para a Rainha e seu herdeiro, e é claro, o que ficava levemente acima dos outros e maior, era o do Rei.

Chegando perto do trono ele se ajoelhou.

- Meu senhor, trago noticias urgentes.

O Rei, um homem com um pouco mais de 50 anos, com cabelos já fortemente brancos e com as rugas transparecendo em seu rosto o analisou. Ao seu lado esquerdo, estava a sua mulher, a Rainha, uma mulher sábia que carregava todos os 50 anos vividos de experiência nas costas. O seu primogênito e herdeiro estava sentado ao seu lado direito. Um jovem na flor da idade com seus 25 anos, cabelos escuros e músculos definidos, olhos atentos e uma presença forte.

- Imagino que sim, Astor. Para vir me visitar pessoalmente o Imperador deve estar atrás de mim. – Comentou abrindo um leve sorriso.

- Deixe-o falar, Henry. A sua brincadeira trás um fundo de verdade, a vinda dele é rara. Devemos prestar atenção no que ele tem a dizer.

Astor ficou pensando que com exceção do Imperador, a Rainha Follen era a única que se atrevia a trata-lo dessa maneira e saía impune.

O Rei Henry bufou e acenou com a mão para que Astor prosseguisse.

- Obrigado, minha senhora – Agradeceu com um aceno leve de cabeça, que ela retribuiu com um sorriso. – Senhor, á dois dias o Vilarejo Springs foi atacado.

O Rei nada disse, aguardando a continuação. Quando ela não veio, ergueu uma sobrancelha.

- Isso é ruim, realmente. Mas por que isso é tão urgente que exige sua presença e que precise ser comunicado direto a mim?

- Talvez eu não tenha sido especifico. – Explicou, e então deu um suspiro. A pior parte vinha agora. - O Vilarejo não existe mais.

- Como assim não existe mais? – Perguntou pausadamente.

- Nâo á mais nada lá a não ser uma grande área circular negra. Nenhum corpo, casa, qualquer coisa que seja um vestígio do que possa ter acontecido. A única coisa que temos certeza é que um grande fogo se espalhou por lá.

- Incêndios não somem com uma vila inteira do mapa, Astor. – Comentou a Rainha.

- Springs ficava a poucos quilômetros daqui, se não me engano. Não era um vila grande nem muito importante. Mas ainda sim – Henry fechou o punho no apoio do trono. – eram minha gente.

Pela primeira vez o príncipe disse algo na conversa.

- Quer que eu leve alguns soldados para investigar, pai?

- Talvez, filho. Ainda não sei ao certo como agir diante disso.

- Há mais uma coisa que preciso lhe contar, meu senhor. – Acrescentou ainda agachado de joelhos. Porem, dessa vez olhou direto para o Rei.

Os três pararam de conversar e fizeram silencio, esperando a palavra de Astor.

- Eu acho que o Três tem haverem com isso. – Concluiu.

O Rei Henry se levantou do trono como se tivesse levado uma picada no traseiro, acompanhado de um gritinho surpreso da Rainha Follen.

- Espero que não seja alguma brincadeira sua,  Astor. – Comentou com olhar frio. – Há alguma prova disso?

- Não, somente as minhas palavras.

- Saiba que eu as levo bastante em consideração. Mas por que acha isso?

Astor nunca imaginou o dia que iria dizer ao Rei de Argon-Cur o que lhe passava na mente. Por mais que tivesse pensado e repensado no assunto, ainda sentia-se um tolo por mencionar em voz alta.

- As lendas contam de um fogo mais quente que o Sol e mais vermelho que a larva. Tal como as comparações, não restava nada do que era tocado por ele.

- Isso são histórias que contamos as nossas crianças, Astor. – Disse o Príncipe com um sorriso.

- Ah, não meu filho. Sobre isso, estás enganado. – A Rainha Follen balançava a cabeça negando. Astor e Henry se viraram para ela, curiosos. – Embora sejamos um Reino só, cada uma das Quatro Províncias possuem os seus próprios folclores e heróis, estes que contamos e repassamos para os nossos filhos. Possuem também seus monstros e abominações, alguns que nos fazem derramar leite sobre a porta em Luas Cheias para que as Ursulas não peguem nossos corações, ou queimar Videira com mel para os Orthys deixarem nossas plantações em paz, mas isso é aqui, em Argon-Cur. Nossos costumes são motivos de risadas na província do norte, por exemplo, por que derramar leite na porta? Quanta ignorância! – Exclamou alto, fazendo alguns gestos com as mãos. -  A questão é que eles se privam de suas necessidades por cinco dias todo mês, por causa das Irmãs Verth. Os habitantes do Leste riem de nós dois, pois para eles é idiotice achar que passar leite na porta ou não fazer as necessidades afastariam males. Porem, fale dos Truhrls perto deles e eles cortarão o pulso e o deixarão sangrar, pois o cheiro de sangue deixaria os Truhrls supostamente enojados.

Ela parou por um momento, respirando profundamente e olhando para todos os três homens na sala com seus olhos cheios de inteligência.

- O que quero dizer com tudo isso é que, vá em qualquer lugar de Eriméia e a história dos Três é a mesma em qualquer lugar. Todos os temem e os fascinam. São motivos de grande peças teatrais, livros de romance e tudo mais. No entanto, para toda essa população eles continuam sendo apenas isso, mitos. E esquecem que toda história tem a sua verdade, e a verdade é que eles existiram, e poucos são os que sabem disso. A única parte que lenda e verdade se assimilam é quanto o desaparecimento deles. Mas você já sabia disso, não é, Astor?

- Ahn..? Ah sim, minha senhora. – Astor havia despertado do transe que a história da Rainha tinha dado, e percebeu que o Rei e o príncipe pareciam ter sentido o mesmo. Por pouco não deixou passar a pergunta da rainha.

- Não era por menos, pelo cargo e nome que levas, deve saber bem mais. – Comentou lhe dando um sorriso gentil.

Ele sorriu com o comentário e lhe retribuiu com seu melhor sorriso.

- Entendo o porque da sua suspeita agora, Astor. –O Rei voltou a se sentar, colocando a mão sobre a cabeça e fechando os olhos.

O Principe se aproveitou desse momento para falar novamente.

- Eu não sabia dessas histórias, mãe. – Falou lhe dando um aceno com a cabeça, que ela retribuiu com um gesto de pouco caso com as mãos. - Perdoe-me por minha ignorância, Astor.

- Não há com o que se desculpar, Principe.

- Escute o que vou lhe dizer agora, Astor. – Anunciou Henry com a voz mais séria. – Vá e reúna os representantes das Esferas. Uma reunião com eles é de extrema urgência e será feita aqui, dentro dos muros de Gwynofer. Repasse a minha ordem e vontade a cada um.

- Todos das Esferas, senhor?

                - Sim. O Clã dos Gigantes, a Sociedade dos Seres Mágicos, a Guilda dos Anões, o Pacto dos Demônios, o Ciclo Divino e nós, a Aliança dos Humanos. Todos precisam estar reunidos.

                - E a Aliança de Magia?

                - Eles têm as suas próprias regras e hierarquia. Devem saber exatamente o que aconteceu no Vilarejo Springs até. – Bufou. Então levantou a cabeça. – Pensando melhor, chame um deles também.

                - E quando será a reunião, meu senhor? – Perguntou finalmente.

                - Daqui a 15 dias. É o tempo que lhe dou.

                Astor se levantou e fez uma reverencia, se virando para a saída e saindo a passos largos, com os olhos do Rei sobre seus ombros.

                Ambos teriam muito o que pensar nos dias seguintes.

 

*********************

 

                - Ei, garoto. Vai ficar muito tempo aí deitado?

                Uma dor lancinante ainda cruzava a sua mente antes de conseguir abrir os olhos. Foi devagar, tudo estava fora de ordem e sem nitidez e uma dor incomoda na cabeça começava a aparecer. Depois de alguns segundos com os olhos já abertos, o mundo começou a tomar forma. As nuvens no céu, as arvores e os pássaros começavam a fazer sentindo. Até que a visão de um velho com uma espessa barba branca e um cabelo desgrenhado fez Eórion sentar rapidamente o encarando, hesitante.

                O velho que estava levemente inclinado voltou calmamente a sua posição ereta depois do susto do garoto.

                - Eu não sei ao certo o que eu deveria presumir ao ver um garoto, alías, a única pessoa deitada no que deveria ser o Vilajero Springs. – Ele comentou acariciando a sua barba e levantando uma sobrancelha. - Veja bem, anseio por uma explicação plausível. Você tem uma?

                Eórion o olhou ainda assustado. Quem era ele? Onde estava? E seus pais? Por que não havia mais o Vilarejo Springs ali? Um turbilhão de pensamentos começou a passar por sua cabeça de repente, mas a voz do velho homem cortou seus pensamentos.

                - Pela expressão, receio que tenha. Mas você está com uma cara de quem chupou limão azedo. Onde estão seus pais, rapaz?

                Pela primeira vez Eórion reparou nele completamente. Além de suas barba e cabelo brancos, ele vestia um manto cinza que deixava seus braços parecendo um graveto perto da enorme manga. Na mão direita ainda, levava um cajado que na parte superior virava como se fosse um caracol com algumas coisas incrustadas nele. Pra variar, uma carroça atrás puxada por dois cavalos. Isso tudo, claro, o fazia parecer alguém importante, se não fosse a sujeira e lama que cobria tudo.

                - Eu não sou seu pai...certo? – Ele perguntou calmamente.

                Eórion despertou dos pensamentos e percebeu que deixou a pergunta anterior do velho sem resposta.

                - Não, não senhor... – Respondeu negando com a cabeça. – Não sei onde eles estão.

                - E o Vilarejo? Ora, não deve ser fácil sumir com um Vilarejo tão fácil assim!

                - Eu..Eu não sei.

                -Você tem para onde ir, luto?

                - Não.

                O velho voltou a coçar a barba e olhar de um lado para o outro enquanto resmungava algumas coisas. As vezes batia com o cajado no chão e elevava a voz falando sozinho. Por fim, pareceu se decidir e olhou para o garoto novamente, abrindo um sorriso.

                - Prazer, me chamo Merwin, gostaria de conhecer minha fabulosa casa?

                -Por que eu iria com você? – Perguntou confuso

                - Você disse que não tem lugar para ir, não sabe onde estão seus pais e é a única pessoa viva por aqui. Veja bem, isso lhe dá alguns créditos. Então?

                - E onde ela fica?

                - Hoho – Riu Merwin abrindo um grande sorriso travesso. – Você já esteve na floresta Volkyr?


Notas Finais


Volkyr, eis a questão!


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