1. Spirit Fanfics >
  2. Era pra ser só mais um dia de trabalho normal. >
  3. Gatos de rua.

História Era pra ser só mais um dia de trabalho normal. - Gatos de rua.


Escrita por: LeopoldoNatsu

Notas do Autor


O Deus da inspiração baixou essa madrugada aqui em casa, sentei e escrevi o capítulo inteiro. Foi tão magico!
Espero que gostem.

Capítulo 15 - Gatos de rua.


 

 

Alguns dias se passaram. Sara voltava a cada dois dias conversava com Yuri, que ainda não tinha escrito nem se quer uma linha nos papeis. George não havia dado noticias e Chris continuava vindo apenas para certificar de que o russo não tinha feito merda. Otabek saia toda manhã para terminar de arrumar a documentação para transferência do pai e depois ia procurar emprego, não tinha tido a chance de conversar com Yuri para esclarecer a situações entre eles, como Sara pediu, decidindo que faria isso naquela tarde antes que ela chegasse para mais uma sessão com o loiro. Yuuri ia trabalhar e passava o dia querendo voltar para casa para ver o russo, que havia passado a arrumar desculpas para se afastar quando sentia que as coisas entre eles estavam ficando um pouco mais quente. Victor trabalhava no computador, sempre mantendo um olho em Yurio que dormia muito, chorava muito, irritava-se facilmente, chegando ao ponto de jogar um copo em direção a Victor por alguma coisa que ele havia dito a Yuuri no café da manhã.  

Depois do almoço Otabek sentiu que Yuri estava calmo e viu a oportunidade perfeita para conversar com ele. O garoto estava sentando em sua cama vendo vídeos na internet e Victor mexendo no computador sentado ao lado no chão. Uma cena que passou a ser corriqueira e que Otabek tinha a impressão de que isso acontecia na casa deles também. Apareceu na porta e fez sinal para que o loiro o seguisse. Victor bufou como sempre fazia, sem se mexer, sabia que os dois iam dar uns amasso por algum canto da casa.

Pegou na mão do loiro assim que ele saiu do quarto o levando para a sala, o prendeu contra a parede, beijando seus lábios em seguida, passou os braços em volta da cintura juntando os corpos. Yuri passou uma das mãos pela nunca e a outra agarrou as costas do moreno. Seus beijos eram sempre desesperados o que fazia com que ficassem sem ar constantemente.

- Vem. – Pediu o moreno.

- De novo não! - Quando sentia que o corpo de um dos dois começava reagir, o moreno parava os beijos e iniciava uma conversa casual, fazia carinho nos cabelos loiros, chama-o para ver um vídeo. Era sempre a mesma coisa, e isso estava deixando Yuri bravo. - Eu não quero conversar.  – Avisou tentando iniciar outro beijo.

- É importante, vem! – Puxou o garoto pela mão sentando-se no sofá.  – Sente-se. - Pediu.

Ao invés de sentar-se ao lado do moreno como sempre fazia. Dessa vez sentou em seu colo de frente para ele com as pernas uma de cada lado. Passou os braços em volta do pescoço do outro iniciando um beijo forçado, que não demorou muito para ser correspondido. Com a falta de ar, Yuri largou a boca para beijar o pescoço, dando mordidas de vez em quando. Quando Otabek sentiu que um gemido ia escapar de seus próprios lábios, engoliu em seco, segurou nos cabelos do loiro puxando para que ele olhasse em seus olhos.

- Quer namorar comigo? – Perguntou com a voz falha, ainda sentido os efeitos das mordidas percorrer seu corpo.

Yuri encarou os olhos negros por alguns segundos, reformulando as palavras em sua cabeça, sentindo-se surpreso pela pergunta.

- Esse silêncio é um não? – Preocupou-se.

- Sim! Não! – balançou a cabeça para espantar a confusão. – Pode perguntar de novo?

- Quer namorar comigo? – Seu rosto estava sério, não entendia a confusão do outro diante da sua pergunta. Por uns instantes sentiu medo de ser rejeitado.

- Sim. – Hesitou.

- Yuri! Se você tem dúvidas sobre a gente, eu posso esperar.

- Não tenho dúvidas, só estou um pouco surpreso, não esperava por essa pergunta.

- Eu já disse que estou apaixonado por você, estamos juntos a mais a mais de três semanas, quero deixar as coisas claras entre nós.

- Eu também estou apaixonado por você, só que você apenas me beija, quando eu peço por mais você nega, desconversa. Você me deixa confuso.

- Desculpe por isso. Não foi minha intenção.

- Qual é sua intensão então? Porque eu não sei mais o que pensar.

- Minhas intensões são as piores possíveis.

- Então porque você para? Porque me para?

- Você já fez isso antes?

- Você está me perguntando se eu já transei antes?  - Otabek fez sinal que sim. - Não.

- Quero que seja especial. Yuri. Quero que se sinta bem, que esteja bem.

 - Se for com você vai ser, e eu me sinto bem quando nos beijamos, na verdade me sinto muito bem. E já estou melhor. Então você não tem mais desculpa para me parar.

- Quantas vezes só essa semana nós estávamos nos beijando você encostou do nada no meu ombro e adormeceu? 

- Eu não posso evitar. Desculpe. – Sentiu seu rosto corar de vergonha.

- Você não precisa ficar com vergonha ou pedir desculpas, estou apenas dizendo isso para que você entenda o porque de eu não querer continuar. Yuri! Não pense que é fácil para mim, porque não é. Eu desejo você tanto quando você me deseja. Dormir ao seu lado todas as noites só, eu sei, o quanto me custa.

- Eu posso dormir com o Victor se eu tiver incomodando. – Cruzou os braços sentindo-se irritando.

- Você sabe que não é isso. – Suspirou. – Vamos esperar até que ao menos o seu sono normalize, está bem?

- Promete?

- Eu prometo! Então, você ainda não me respondeu. Quer namorar comigo?

- Quero! – Respondeu logo em seguida beijando-o novamente.

 

Victor sentia-se tão esgotado que naquela manhã, ouviu Yuuri chama-lo para o café e logo em seguida avisar que estavam saindo, porém o cansaço falou mais alto virou de lado pegando no sono novamente. Acordou um pouco desnorteado com algo andando por seu corpo. Pegou o bicho e colocou de lado como sempre fazia nas manhãs em que deixava a porta do seu quarto aberto. Depois de alguns segundos o bicho voltou a subir na cama e Victor sentiu-se totalmente desperto lembrando que não estava em sua casa e que ali não havia gatos. Passou a mão no celular que estava no criado mudo e saiu correndo chamando por Yuri.

- Yuri. – Gritou, verificando cada cômodo da casa, encontrando alguns gatos que andavam pela residência, chegou à sala e viu três deles em cima no sofá, porém nem sinal de Yuri. Apertou uma tecla do celular com as mãos tremulas e quando ia saindo pela porta ainda de roupa de dormir deu de cara com Otabek.

- Yuri sumiu. Ele saiu, não está aqui. – Desesperou-se.

- Você tem certeza de que ele saiu?

- Ele está procurando pelos gatos de rua de novo, já tem um monte pela casa. Como isso foi acontecer, eu deveria ter levantado quando vocês me disseram que iam sair. – Falou sentindo todo seu corpo começar a tremer de nervoso.

- Eu vou procurar por ele, você fica aqui caso ele volte. – Ia saindo pela porta quando Victor o chamou.

- Não! Eu vou com você, eu sei onde ele esta, só preciso que essa coisa funcione. – Mostrou o celular.

- O que é isso? – Desconfiou.

- Pare de fazer perguntas inúteis e vamos logo. – Olhou desesperado para a tela e essa continuava preta. – Porque não funciona? – Chacoalhou o aparelho como se fosse ajudar.

- Victor se ele saiu por conta própria, não deve ter ido longe, se ele está procurando por gatos, lembre-se que estamos no Japão, tem ao menos três bichos em casa esquina. Eu vou acha-lo. – Tentou acalmar o homem. - Espere aqui. – Foi categórico. 

- Ao menos leve isso então. Irá funcionar, eu sei que vai, ainda não o achou, mas não deve demorar. Ele vai dar a localização de onde ele está. Traga-o de volta. – Pediu desesperado, entregando o aparelho para Otabek que saiu logo em seguida.  Quando o moreno saiu, caiu de joelhos sentindo seu corpo sucumbir.

Otabek desceu pelo elevador saindo em direção ao fundo do condomínio onde ficava o playground onde não o encontrou, procurou e chamou por Yuri por cada sala social que tinha, parando de vez em quando para olhar a tela do celular, pensou em perguntar aos moradores que encontrou pelo caminho, acabou desistindo achando melhor não colocar o russo em evidencia, o condomínio era enorme, portanto, demorou vários minutos para ter certeza que ele não estava ali, saiu pelo portão que dava para a rua, olhando para os dois lados tentando ver algum deslumbre de cabelos loiros. Ouviu o celular apitar duas vezes e olhou para tela onde antes estava preta, agora mostrava um mapa e um ponto vermelho piscando. Reconheceu o lugar como sendo um parque perto dali. Correu em direção a esse o mais rápido que pode. Olhou para a tela novamente e viu que o ponto vermelho começou a se movimentar em sua direção. Olhou para frente e viu um garoto de cabelos loiros desgrenhados ainda vestindo seu pijama de oncinha, com um enorme sorriso no rosto.

- Yuri. – Chamou, sentiu seu coração dar um solavanco quando viu o estado em que o outro estava.

- Otabek, olha! – Estendeu as mãos segurando um filhote de gato. - Eu o achei, eu o ouvi miando, estava escondido atrás de um arbusto. – Contou com alegria.

- Que bom que você o achou, venha vamos para casa. – Passou um braço em volta dos ombros do garoto, beijando o topo de sua cabeça. Discou o numero de casa em quanto andavam com calma o caminho de volta.

 

Victor arrumou forças e foi direto pegar o telefone ligando para Yuuri que em momentos depois estava em casa tentando acalma-lo.

- Eu dormi Yuuri, eu dormi. Como eu pude ser tão irresponsável.

- Victor você está exigindo de mais de você mesmo, você tem vigiado ele vinte e quatro horas, ninguém aguenta. Você acha que não escuto quando você levanta durante a madrugada para ir ver se ele está dormindo, quando você deveria descansar. Otabek o chamaria se algo acontecesse.

- E se ele não acordar?

- Ele acorda, ele mesmo disse aquele dia que acorda quando Yuri mexe na cama.

- É minha obrigação proteger ele e eu falhei de novo. – Irritou-se condigo mesmo.

- Sim, você falhou! Você falhou porque está teimando em fazer tudo sozinho, você não confia em Otabek, não confia em mim.

- Eu confio Yuuri! Só acho que não tenho o direito de pedir mais nada a vocês. Vocês já fizeram de mais por nós.

- Eu deixei de cuidar dele por causa da minha consciência desde o dia em que você entrou por aquela porta. Vocês não estão mais aqui por minha bondade. Vocês estão aqui porque eu sou egoísta e quero você perto de mim, porque eu amo você.

Victor ficou calado sem saber o que responder. Yuuri ás vezes o pegava de surpresa agindo ou dizendo coisas que não condizia com o caráter que mostrava no dia a dia.

O telefone tocou e Yuuri foi atender prontamente. Desligou e voltou a sentar-se ao lado do russo.

- Otabek o achou, já estão voltando. Vá lavar o rosto e trocar de roupa, não deixe que ele o veja assim.

Yuuri suspirou fundo quando o outro saiu da sala, tirou os óculos colocando em cima da mesa de centro e passou os dedos nos olhos sentindo-se cansado. Inclinou sobre o encosto do sofá jogando a cabeça para trás encarando o teto branco, enroscando agora os dedos nos fios negros de seu cabelo.

- Quando você vai aprender a pedir ajuda? – Sussurrou para si mesmo. Estava amando aquele homem, entretanto descobriu nos dias em que se passou desde que ele chegou ali o quanto o outro era reservado e difícil de lidar. Suas conversas não fluíam como quando tinham uma tela entre eles, e isso estava deixando Yuuri magoado. Haviam transado aquela noite e depois disso apenas se cumprimentavam com breves selinhos. Victor dormiu uma noite em sua cama, mas acabou dizendo que ia voltar a dormir no quarto de hospedes porque seria mais fácil de escutar Yuri caso esse chamasse durante a noite, já que o quarto em questão ficava no meio dos dois principais. Há dois dias, atrás, tivera outro dia de folga e quando tentou algo mais intimo com o russo, sentiu que ele esquivava dizendo que ia aproveitar que Yuri havia tomado o remédio e iria dormir também.

- Merda! – Suspirou novamente dessa vez fechando os olhos. Segundos depois ouviu a porta sendo aberta e um garoto radiante de felicidade entrar segurando um gato nos braços.

- Olha Yuuri! O nome dele é Yura, ele não é lindo? – Perguntou ao japonês sentando-se ao seu lado.

- Sim ele é lindo. – Olhou para Otabek que ainda estava com o rosto tenso. – Pegue minha maleta, por favor, está no lugar de sempre. E avise Victor que vocês já estão de volta.

Victor veio em direção á sala assim que recebeu o aviso de Otabek, parando de supetão na porta assim que viu Yuri. Otabek passou por ele entregando a bolsa para Yuuri que aceitou, tirando do seu interior algumas coisas e colocando em cima da mesa.

- Otabek pode cuidar do seu gatinho enquanto eu curo seu rosto? – Perguntou com voz serena.

Yuri analisou Otabek por alguns segundos antes de passar o animal para ele.

- Você pode me levar para comprar ração e uma cama pra ele depois? – Perguntou para Yuuri.

- Levarei você no meu dia de folga. – Prometeu. - Eu preciso curar seu rosto e seus braços, depois você precisa me ajudar a fazer o almoço. Otabek irá comprar um saco de ração para que ele e os outros não fiquem com fome, até lá eles podem dormir no sofá. Tudo bem?

- Tudo bem.  – Concordou sem relutância.

Deixou que Yuuri curasse todos os arranhões, havia vários por seu rosto, seus braços estavam cobertos de sangue seco, pois ali os aranhões eram bem mais fundos. Yuuri achou alguns até mesmo nas costas e na barriga do loiro que apesar do remédio arder um pouco não tirou o sorriso do rosto em quanto olhava e brincava com os gatos que vez ou outra pulava em cima do sofá ou enroscava por suas pernas.

 - Terminei! Agora os deixe ai e vamos preparar algo para comer. Você tem alguma preferencia? – Perguntou puxando o loiro a caminho da cozinha.

 

Victor que ainda estava parado em pé na porta sentou-se no sofá colocando a cabeça entre os joelhos respirando pesadamente.

Otabek colocou o gato no chão e sentou-se ao lado do russo passando a mão em suas costas.

- Ele está bem, foram apenas alguns arranhões. Não deixaremos que ele saia novamente.

- Funcionou? O programa mostrou onde ele estava? – Perguntou encarando o moreno.

- Sim. Ele me mostrou o mapa e a localização. Ele estava em um parque aqui perto. – Tirou o celular do bolso e devolveu para Victor.

- Quando eu soube que ele tinha sido encontrado eu cobrei um favor de um amigo que trabalha na inteligência russa, pedi que fizesse um rastreador e um programa de localização. Se Yuri sumir, é só apertar esse botão. – Apontou Victor, mostrando a tecla para Otabek. – Se ele mantiver o cordão do pescoço iremos encontra-lo.

 - Porque está me contando isso se não confia em mim?

- Eu confio em você, tanto que o deixo aos seus cuidados todas as noites.

- Não! Não confia, você vem verificar se ele está bem á noite toda. Eu já disse a você que posso cuidar dele, e ainda assim, você vai até o meu quarto.

- Eu perdi meus pais, ainda muito novo, tive que aprender a me virar sozinho desde então, Tenho empregados que cuidam da minha casa, e da minha empresa, Mas nunca tive ninguém que cuidasse de mim. Eu não sei pedir favores, eu cobro favores. Você não tem ideia do quanto é difícil para eu aceitar a ajuda de vocês e não saber como retribuir, por mais que eu pense em como pagar vocês pelo que vocês fizeram e ainda estão fazendo por nós é como se nada fosse suficiente. Eu não tenho como colocar um preço na vida dele. Quando os pais dele morreram jurei a mim mesmo que não ia deixa-lo se sentir sozinho como me senti, que estaria ali para ele quando precisasse de mim. Ninguém nunca me ensinou a receber ajuda. Eu nem sei se isso fez algum sentindo. É assim que eu sou.

- Eu entendo você perfeitamente, porque eu era igual a você. Minha mãe estava sempre mudando de país, como éramos somente nós dois, ela me levava junto, sempre me largava em uma casa com coisas básicas para que eu pudesse fazer comida me lavar e dormir, e saia para cuidar dos outros, me deixando sozinho. Ela passou a vida inteira ajudando outras pessoas e nunca ajudou o próprio filho. Quando meu pai adoeceu tentei resolver tudo por mim mesmo, achando que aquilo era o certo, só quando ele ficou em coma que resolvi pedir ajuda, mas já era tarde de mais. Yuuri foi a pessoa que me ensinou isso, me ensinou a receber ajuda, me mostrou que não estou sozinho, de quebra ganhei amigos de verdade, Minako, Chris e até mesmo o pé no saco do JJ, pessoas que amo e sei que me amam e que vão estar ali por mim quando eu precisar sem esperar nada em troca. Não cometa o mesmo erro que eu, não espere que aconteça o pior com ele para pedir ajuda. Não queremos nada em troca a não ser sua confiança e sua amizade. – Sorriu de lado antes de continuar. – Yuuri talvez queira o seu corpo, mas você pode tentar um acordo com ele.

Victor sorriu pela primeira vez em dias.

Estavam sentados na mesa almoçando com Yuri falando sem parar dos gatos e planejando como iria fazer para trazer os seus da Rússia para o Japão. Victor pediu que o outro tivesse calma, e o lembrou que ele não poderia ficar com os gatos que trouxera porque se eles rasgassem as cortinas ou o sofá de Yuuri, o loiro não teria como pagar por um novo.

- Você pode me emprestar o dinheiro caso isso aconteça, quando eu arrumar um emprego eu te pago. – Dirigiu-se a Victor com olhar sério.

- Você já me deve pelo menos uns dez anos de salário pelas coisas que eles destruíram em quanto você esteve aqui. – Yuri mostrou a língua diante das palavras de Victor. – E tem outra coisa mais importante do que os moveis.

- O que? – Perguntou com interesse.

- Otabek tem alergia a gatos. – Mentiu.

- Você tem? – Perguntou incrédulo.

- Desculpe. – Pediu acenando positivamente com a cabeça. Aquilo era mais um pedido de desculpa por estar mentindo e enganando o garoto.

- Tudo bem. – Respondeu perdendo o sorriso. – Você conseguiu um emprego? – Mudou de assunto.

- Não! Soube de um lugar que estão precisando de atendente bilíngue, vou lá ver amanha.

- Por falar nisso, Yuuri, você conhece alguém de confiança que possa vir fazer a limpeza e o almoço? Eu não sou bom nisso e com vocês dois fora Yuri e eu provavelmente morreremos de fome e nós quatro iremos viver em um chiqueiro.  Eu arco com as despesas. - Perguntou Victor.

- Será um pouco difícil, não temos o costume de ter empregados para cuidar da casa aqui no Japão.

- Porque você não contrata o Otabek?- Perguntou Yuri animando-se novamente. - Ele está procurando um emprego não está? E a comida dele é deliciosa. Eu o ajudo com a limpeza e você ainda pode pagar a mais para que ele cuide de mim. Você não está dando conta de me vigiar sozinho. Você já se olhou no espelho hoje? Sua cara está horrível.

- É uma ótima ideia. – Disse Yuuri com um sorriso.

- Desculpe, não posso aceitar. – Rejeitou.

- Porque não? – Perguntou Yuuri e Yurio juntos.

- Não é certo eu receber dinheiro para fazer minhas obrigações dentro de casa e muito mesmo receber dinheiro para cuidar de você.

- Qual é Otabek! Colabora! Que garoto de dezessete anos não tem a fantasia de ter uma empregada e uma babá gostosa? No meu caso, gostoso. – Piscou dando um sorriso travesso para o moreno, recebendo um sorriso em troca. – Contrate ele Victor, ele é mais que apto ao cargo.

- O que me diz – Perguntou Victor.

- Ele aceita. – Respondeu Yuri por Otabek.

Depois de tudo arrumado O loiro e o moreno saíram para a sala deixando o russo e o japonês sozinhos ainda na cozinha.

- Vai ser uma noite longa. – Reclamou Victor com cansaço. – Nem sei quantos gatos ele trouxe, irá demorar até devolver todos.

- Eu ajudo, não se preocupe.

- Yuuri!

- Sim?

- Preciso de ajuda, não estou conseguindo sozinho. – Sentiu seus olhos marejarem.

 

 


Notas Finais


Obrigado a todos que leram e por favor me deixem saber se vocês gostaram, isso é importante para mim.
OBS: Eu não sei mandar corações e carinhas em respostas de comentários, alguém pode me ajudar com isso?
Obrigado desde já.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...