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História Era Só Pra Você - (04) - Money can't buy us happiness


Escrita por: eudazs

Notas do Autor


BOA LEITURA!!

Capítulo 5 - (04) - Money can't buy us happiness


Fanfic / Fanfiction Era Só Pra Você - (04) - Money can't buy us happiness

(...)

Acordei abraçada com o corpo do Ibra e tenho que concordar que é uma das melhores sensações do mundo. Seu corpo quente abraçado ao meu; aquelas tatuagens que eu amava tanto e fora a sua mão direita dentro do cós da minha calcinha pousada na minha bunda. Passei minhas mãos por aquele abdômen subindo e descendo meus dedos e quando levantei um pouco minha cabeça ele estava com os olhos fechado, mas sorrindo.

- Bom dia. – sussurrei e selei nossos lábios.

- Bom dia. A dor passou?

- Vai ficar roxo por alguns dias, mas é suportável.

- Eu deveria matar esse moleque.

- Ei, tá bom. Tá tudo bem. – ele subiu mais perna e eu lhe beijei. – Esquece o Andrew, o Bob, qualquer um valentão. Tá?

- Só porque você tá pedindo. – ele olhou para a janela e tinha uma nevasca caindo lá fora. – Acho que vamos ter que ficar por aqui.

- Isso é ruim?

- Nem um pouco. – sorriu malicioso. – É bom que a gente fica mais tempo assim.

- Adoro quando você tá fofo.

Por nossos rostos estarem quase grudados, ele abriu os lábios e eu infiltrei minha língua. Gemi baixo e ele riu enquanto suas mãos seguravam em minha bunda na mesma posição em que estávamos antes. Só paramos o beijo quando ele apertou minha bunda e eu aproximei nossas intimidades.

- Quer comer? Eu preparo o café.

- Você?

- Você gostou da última vez que eu preparei.

- Ficou maravilhoso mesmo, mas o banquete não vai ser igual.

- Não precisa ser igual. Eu gosto do diferente.

Eu ri do modo que ele falou e ainda deu uma piscadinha. Levantamos da cama, fomos escovar os dentes e assim que saímos comigo abraçada — seus braços tampando meu busto — e ele dando beijos em meu pescoço enquanto eu ria encontrei Andrew de paletó e com a mão na cintura.

- Então quer dizer que você come ela também?

Ibra levantou a cabeça e eu segurei mais firme em seu braço antes que ele avançasse. O rosto de Andrew não tinha como não esconder que tinha entrado numa briga, diferente de Ibra, e então eu lembrei de quando ele falou que ia ter volta.

- Eu não falei que era para ficar longe da Michelle?

- E eu disse que ia ter volta, Zlatan. Mas você não respondeu minha pergunta... – olhou de cima a baixo para mim que só estava só de calcinha e sutiã e lambeu os lábios. – come ela também? Michelle é gostosinha mesmo. Se fosse você não perdia tempo. Além disso, ela adora quando a gente goza e dá tapas na bunda dela.

- CALA A BOCA! – Ibra passou meu corpo para trás do seu e avançou para cima do inglês. – O que foi que eu disse sobre não procurá-la?

- O que foi que eu falei sobre não comê-la? Eu sou o namorado dela, o corpo dela é meu e se ontem eu a machuquei é porque eu posso.

- CANALHA. – o pulso do Ibra não perdeu tempo em se fechar e acertar o abdômen do moreno que caiu no sofá. – Tu não aprendeu ontem a lição?

Vi que Andrew ia revidar e puxei o corpo do Ibra o afastando. Me meti na frente dele e mesmo que ele quisesse eu não ia deixar que Andrew lhe machucasse.

- Michelle, você quer ser acertada? Tá defendendo ele por que? Ele te comeu né? – ele levantou e passou a manga da blusa azul na boca e depois no cabelo que tinha caído todo no seu rosto. – EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ SE PAGOU DE PUTA PRA ESSE CARA! O que ele tem que eu não tenho?

- Caráter, Andrew. Ele tem caráter.

Vi sua mão voar no meu rosto e um tapa estalado foi depositado no meu rosto. Uma lágrima caiu e eu enxuguei rápido para ele não ver, mas ele viu. Deu um tapa no braço e assim o Ibra avançou ele socou meu seio. Não contive mais as lágrimas.

- Isso foi pouco para o que você fez comigo. Mas... Você vai pagar por tudo o que fez. VADIA!

Ibra me afastou e foi em direção ao inglês. Segurou na gola da sua camisa e foi levando o corpo até a porta. Com a mão esquerda abriu a madeira e jogou — de novo — o corpo para fora do apartamento.

- Se você aparecer aqui de novo vai morrer. MOLEQUE!

Fechou a porta com tudo e eu estava sentada no sofá chorando como um bebê.

- Amor... – ele passou a mão no rosto e sentou na minha frente com as mãos no meu joelho. – Ei.

- Foi pior, Ibra. Bem pior. Não é nem a dor do soco, é no coração. Eu deveria ter...

- Shiu. – ele passou o polegar pelo meu rosto limpando as lágrimas. – Eu vou cuidar desse soco. Foi no mesmo seio? – assenti. – Eu vou pegar o gelo.

Fiquei ali pensando em tudo que estava acontecendo. Não me levei conta de que o Ibra me chamou de amor e achei tão natural, mas no momento, eu só pensava que deveria estar fazendo mal a ele. Gosto dele, mas e se nos afastássemos? Não seria melhor? Seria infantilidade demais da minha parte?

Ele voltou com o saco de gelo e eu desabotoei meu sutiã. 

Ibra não tinha os olhos verdes quanto de Andrew — que me deixavam encantada — mas a cara pela qual fazia quando me olhava, principalmente, nessa situação, me deixava aflita de falar o que queria; na verdade o que a minha mente queria e meu coração repudiava.

- Ai! – gemi assim que ele colocou o pano enrolado com as pedras de gelo no hematoma. – Pode deixar que eu seguro.

- Ele vai pagar por isso. – sentou no sofá e me colocou em seu colo. Quando o encarei vendo a raiva e ao mesmo dor em seus olhos me deu vontade de chorar e não me esquivei de deixar as águas rolarem. – Ei, o que foi?

- Desculpa.

- Desculpa? Por quê? – ele tirou o cabelo do meu rosto. – Não é isso que você quer dizer né? – olhei para a janela para não encara-lo. Amor, você tá com medo? Ele não vai te assombrar. Michelle, eu vou ver se consigo mudar as fechaduras o mais de pressa possível.

- Não é isso. Eu ia fazer isso de qualquer jeito.

- Então é o que?

- Acho que a gente tem que se afastar, Ibra, não vai dar certo. Tem a Helena, o Andrew, os meninos... Tanta gente envolvida e nós aqui parecendo dois adolescentes brincando de namorar escondidos.

- Você tá pedindo para nós nos afastarmos por conta do Andrew?

- Por conta de tudo.

- Olha pra mim, Michelle. – ele tocou no meu queixo movendo-o para encara-lo, mas eu desviei o olhar. – Amor, olha. – o olhei. – Eu não costumo me separar das coisas que eu gosto. Só se tiver circunstâncias para isso e nesse caso, no nosso caso, não tem nenhuma. Eu não vejo o por quê de você querer que nós nos afastemos por conta do babaca do Andrew. Olha só o que ele fez com você! Ele lhe agrediu!

- Mas Ibra, você não acha que isso pode lhe afetar? Você é uma pessoa pública, é vista por um mundo a fora.

- E o que mundo lá fora tem a ver com nós dois? Com o que sentimos? Você pode até se afastar de mim – me deitou no sofá, tirou o pano de gelo e colocou na mesinha. – mas eu duvido que eu vá me esquecer de você.

Sua boca não demorou muito para juntar com a minha. Por força do hábito, enlacei minhas pernas em sua cintura enquanto arranhava um pouco suas costas já que o atrito das nossas intimidades fazia com que nós nos movêssemos no pequeno sofá. Paramos o beijo e ele desceu a boca para a frente da minha calcinha a rasgando enquanto me encarava. Subi meu corpo para o encosto do sofá e — o afastamento — fez com que Ibra tirasse sua calça moletom e eu já pudesse ver seu membro ereto. Sem preliminares, ele me penetrou e eu gemi alto quando ele entrou mais fundo. Suas mãos pousaram na minha bunda me apertando e eu alcancei seu rosto para lhe beijar. Aquele homem era insaciável. Chegamos ao ápice juntos depois de algumas invertidas, mas como sempre ele continuou dentro de mim enquanto eu soltei o ar.

- Não liga para o que os outros vão dizer sobre você ou sobre nós.

- Só tenho medo.

- Sabe aquela frase clichê de "eu to aqui"? Então, eu to aqui, amor, você sabe que é só não ligar para o que eles falam. O que é de verdade a gente sabe.

Ele saiu de mim, pegou a calça moletom vestindo-a e eu ri quando olhei para a minha calcinha rasgada estirada no chão.

- Você ainda quer se afastar?

- Burrice se eu falasse que sim.

- Vou preparar o café enquanto você toma banho. Tem trabalho hoje?

- Pela tarde. – ele me deu um selinho antes de levantar. – O leite fica na geladeira.

- Eu sei me virar.

(...)

O café da manhã tinha sido maravilhoso. Não podia ser diferente nas mãos de Zlatan né?

Agora eu estava a caminho da Comic e ele disse que ia resolver umas coisas sei lá onde — só espero que não seja nada envolvendo o Andrew. Cheguei no prédio, passei meu cartão, cumprimentei os senhores no elevador e assim que pisei no andar da Comic, Elisabeth vem desesperada carregando um buquê de tulipas azuis e um sorriso estampado no rosto.

- Que lindas, Elisa! – ela me entregou e eu fiquei sem reação. – São pra mim? Tem certeza?

- Não iria me enganar se o assunto fosse comigo. ZI? Quem é esse?

- Ah, não sei ué. A pessoa assinou com ZI?

- Assinou. Será que é alguém da Comic?

- Todos são casados, sem chance. Deve bem aqueles meninos do meu prédio com os hormônios à flor da pele e tarados. Mas são lindas! – cheirei-as e elas tinham o aroma do perfume dk Ibra. – Tulipas azuis são quase raras.

- Esses meninos tarados até que capricharam.

- É, devo admitir que sim.

Ibra era um Deus quando queria e eu digo isso fora de campo porque não preciso nem falar minha opinião sobre ele dentro né? Passei a tarde todo colhendo informações e no fim fui para a sala de fotografia revelar as últimas fotos que faltavam da nova campanha. Olhei para aquelas crianças e o sorriso no rosto de quem esperava por um mundo melhor era característico de sorrir. Quem não ver futuro nos olhos de uma criança? Saí dali quase chorando ao lembrar de uma entrevista de uma menininha falando que na África — na porção subsaariana — você não tem expectativa de vida, você nasce para morrer e você vive para ver seus pais morrerem. Fechei a sala, passei pela principal e todos os computadores estavam desligados. Desliguei o último interruptor e saí trancando a porta.

Cheguei em casa não muito tarde (graças a Deus) e assim que abrir a porta a casa estava completamente enfeitada de apetrechos natalinos.

- Meu Deus, Ibra! – deixei a chave, sobretudo, bolsa e o buquê encima da mesa e lhe abracei por trás beijando suas costas nuas enquanto ele arrumava um papai Noel no sofá. – Onde conseguiu tudo isso?

- Eu não ia deixar você sendo a única pessoa do bairro sem tá com a casa enfeitada. – se virou e eu lhe abracei pela cintura enquanto ele me dava um beijo e íamos andando até a mesa perto da porta. – Como você não tinha coisas de Natal, Michelle?

- Eu nunca comemorei o Natal depois que saí da minha cidade.

- Isso não vai mais acontecer. Vejo que gostou das flores.

- São lindas! Muito obrigada!

- Eu não quero desistir de nós dois, Michelle, não importa Helena e nem Andrew e nem ninguém. Eu te amo.

Aquilo me chocou. Saberia que Ibra estava sendo sincero a partir do momento que ele olhava nos meus olhos e eu não pude deixar de sorrir. Suas mãos pousaram em minha cintura enquanto as minhas enlaçavam seu pescoço e massageando sua nuca.

- Estou sendo sincero mesmo que você queira desistir de nós dois, eu não vou desistir. Zlatan não desisti fácil das coisas. Não de coisas como Michelle Hill.

Sorri e o beijei. Suas mãos desceram para minha coxa a alisando e apertando enquanto ele me encorajava a enlaçar minhas pernas na sua cintura. Tirei minhas mãos da sua nuca e fui até a barra do meu suéter o arremessando para o sofá.

Ibra me impulsionou para sair da mesa e foi me levando até o quarto enquanto não nos parávamos de nos beijar nem por um segundo. Senti meu corpo ser deitado na cama e ele pousou suas mãos no cós da minha blusa.

- Eu não quero mais ser selvagem. Não quero mais sexo sem compromisso. Não quero mais 'sem compromisso'. Eu quero amor. Quero fazer amor.

Concordei gritando — por dentro — mas só balançando a cabeça por fora. Suas mãos subiam minha blusinha com calma e assim que tirada ele sorriu quando viu o sutiã preto rendado e de fecho frontal.

Levei minhas mãos até o fecho e desabotoei, o vendo suspirar quando olhou o roxo que tinha ficado em meu seio direito por conta do soco de Andrew. O chamei com o dedo indicador — já que seu corpo estava em pé diante de mim — mas ele olhou para minha calça jeans e fez não com a cabeça. Por ele está só de calça moletom e acredito que sem nada embaixo era muito mais fácil pra ele. Levei minha mão até o botão e depois ao zíper e fui tirando com cuidado.

- Eu quero não rasgar essa calcinha. Preta de renda.

- Zlatan gosta.

Encostei meu corpo mais para o travesseiro e o chamei novamente. Vendo que não faltava muita coisa se aproximou já baixando o "pijama" e deu para ver seu membro bem animado. Seu corpo colou ao meu assim como sua boca. Não precisou de muito para ele me penetrar. Minhas pernas enlaçarem sua cintura para poder senti-lo mais fundo e seus movimentos eram lentos. Apertei sua bunda quando ele 'chegou lá' e Ibra sorriu pois sabia que nenhum homem tinha chego comigo até o meu último encontro.

Ele virou nossos corpos e pediu que eu ficasse por cima rebolando em seu corpo enquanto eu não deixava de soltar os famosos gemidos. Deitei meu corpo e flexionei mais nossas intimidades.

- Eu te amo, Zlatan.

- Eu te amo, amor. Meu amor.

Nossas línguas enlaçadas, nossas intimidades juntas, éramos um só; com nossos corpos suados e colados enquanto dançamos em perfeita sincronia do amor. Terminamos comigo por baixo arranhando suas costas e chupando seus ombros.

(...)

Sabe a sensação de acordar bem, disposta, sorridente apesar da neve que caía lá fora? Essa era eu quando dormia com Ibra. Não precisava ter uma noite inteira regada a sexo, era só senti seus braços ao redor da minha cintura, sua respiração calma no meu pescoço e suas pernas encima das minhas que tudo estava bem.

Me desvinculei dele quando meu celular apitou e fiz uma dancinha rápida no banheiro ao saber que trabalharia em casa. Obrigada, Deus!

Tomei um banho quente e vesti um moletom grande do Ibra que ele já tinha deixado no meu armário. O moço continuava esparramado na minha casa e eu decidi não acorda-lo.

Preparei meu café, peguei o mac da mochila e fui abrir o meu pendrive vendo as fotos da instituição lá de Bruxelas. Será mesmo que o pai da Ashley comprou a casa?

Fui trabalhando com o que tinha para trabalhar e estava tão distraída que só senti a presença do Ibra quando o vi beijar meu pescoço.

- Bom dia. – sussurrou e mordeu o lóbulo da minha orelha. – Não acredito que está trabalhando véspera do Natal, amor.

- Hoje é antevéspera do Natal, amor.  – vi que ele sorriu e esticou a cabeça para me dar um selinho. – Que foi que você tá sorrindo assim?

- É porque com 34 anos eu pareço estar com 14 descobrindo o que é amar pela primeira vez.

- Zlatan acordou romântico hoje foi?

- Você me chamou de amor, Michelle.

- Chamo de amor e de tudo mais.

Em que mundo que eu com 25 namoraria um cara de 34 e esse seria Zlatan Ibrahimovic? Ibra sentou na cadeira ao lado da minha e começamos a escolher as fotos para a próxima edição.

- Quero ver se sou tão bom para fotografia quanto para jogar bola.

- Ah é? – peguei minha câmera e a preparei. – Tenta aí, Zlatan.

De primeira saiu uma foto dele que a câmera focou mais no nariz do que na nossas caras, mas as outras até ficaram boas. Assistimos um filme, vimos uma entrevista dele — que eu não entendo o por quê de tanta vontade — e assim que decidimos sair para comprar coisas pro jantar... Bateram na porta. Rezei dez Ave Maria e cinco Pai Nosso para que não fosse o Andrew, mas eu vi uma visão pior. Helena estava na minha frente e a cara que ela fazia não era nada boa.

- Helena? – Ibra disse mais atrás de mim. – O que você tá fazendo aqui?

- Surpresa em me ver? Achou que eu iria aceitar você de caso com essazinha e simplesmente deixar passar em branco?

- O que você fez?

Ela entrou esbarrando em mim e foi para a frente do Ibra. De primeira eu achei que ela fosse dar um tapa na cara dele — e eu acho que ele achou também — mas ao contrário. Ela o beijou. Segurou na cintura o puxando e beijou sem que Ibra pudesse reagir. Arregalei os olhos enquanto o monstro ficava parado — nem corresponder ao beijo ele correspondeu.

- Helena... – Ibra a largou e ela arrumou os cabelos que ela mesmo tinha bagunçado.

- Isso é para você lembrar que eu ainda sou melhor que muitas por aí e... – ela andou em minha direção e entregou um envelope. – isso é para você lembrar que não se brinca com mulher traída. Adjö.

 A loira deu um tchau pra gente de costas e saiu assoviando cinicamente.

- Você entendeu alguma coisa?

Perguntei a Ibra, mas ele não me respondeu e saiu indo até o banheiro. Nossa saída para jantar pelo visto foi por água a baixo e pelo menos eu penso que ela não me bateu e teve "classe" para brigar. Sentei no sofá e resolvi abrir o envelope branco. Assim que li a carta eu não estava acreditando no que estava escrito.

- Amor, eu estava pensando em... – ele parou quando me olhou e tratou de sentar do meu lado. – Que foi?

- É por isso que eu digo que nós devíamos ficar separados.

- Que? – ele leu a carta e depois olhou pra mim que já estava indo em direção ao quarto. – Michelle, volta aqui!

- Você não entende? Eu perdi a bolsa, Zlatan! Eu não tenho como me sustentar só com o emprego da bolsa. Eu não tenho a sua vida, caramba! – sentei na cama e afundei meu rosto nas minhas mãos apoiadas na perna. – Eu vou ter que voltar para Palatine.

- Não, você não vai! – ele se agachou na minha frente e pegou nas minhas mãos enquanto tirava as mechas do meu cabelo do rosto. – Eu já falei que não vou desistir de nós dois.

- Mas eu vou. – dei um impulso e levantei da cama. – Isso é só o começo da Helena e eu não quero mais problemas para mim. Você tem a sua vida, a sua família e os seus problemas e eu tenho a minha vida, a minha família e os meus problemas.

- Michelle, será que você não entende que eu te amo?

- Será que você, Zlatan, não consegue entender que eu te amo também, mas que não dá? Ela (a carta) disse que eu possuía milhões em bancos na Suíça. Que eu não precisava da bolsa. Eu não ficar esperando ser despejada pela sua ex. Me desculpa.

- Você tá caindo no jogo sujo dela, Michelle. Ela quer nos ver separados. Você vai jogar tudo fora?

- Eu tenho escolha? "Isso é pra você aprender que não se mexe com mulher traída". Eu não sei lidar com ameaças.

- Não acredito que você está desistindo de nós.

- Sinto muito, mas estou.

Peguei minha bolsa que já estava pronta para sair, meu celular e mandei uma mensagem para Elisabeth pedindo para me encontrar na JuJu, na esquina de casa.

- Aonde você vai? MICHELLE!?

Não respondi e fechei a porta. Dei um sorriso amarelo para uma senhora que estava passando e quando desci o elevador encontrei com o vizinho que flertava comigo antes de eu namorar com o Andrew.

- Está tudo bem?

- Não, Christopher. Mas vai melhorar.

- Essa época do Natal é realmente ruim para quem mora longe da família.

- É.

Sorte de eu morar no quinto — último andar — é que o elevador chegou rápido e já segui para fora do carro. Olhei para cima e Ibra estava me encarando enquanto conversava com Christopher e dizendo que não aceitava sua carona. O loiro entrou no carro e de última vez vi Ibra com os braços cruzados enquanto semicerrava os olhos.

Não demorei para chegar na JuJu e encontrei Elisabeth ao meio do restaurante dando mole para o garçom. Que fase, irmãos.

- Aí está ela! – me abraçou e pediu dois drinks para o "crush". – O que te faz vim na JuJu antevéspera do Natal?

- Fossa. Nada como me acabar na fossa.

- Que isso hein! Andrew?

- Ibra.

- Oi? Espera aí, obrigada gato. – pegou os copos e me deu um. – Ibrahimovic?

- Ele mesmo. Foi ele me que me deu o buquê ontem e nós estávamos mos ficando até hoje.

- Mas ele não era casado?

- Aí é que está. – contei tudinho para ela sem tirar e nem pôr nada. Elisabeth me olhava com os olhos arregalados enquanto bebia seu drink. – Eu vou embora também.

- Mas era só isso que estava escrito na carta?

- Não, tinha também dizendo que o meu emprego na Comic pode está sendo pago e isso é errado já que ela é uma ONG. Ou seja, meu emprego também está em risco e eu não quero nem pensar na possibilidade de ser despejada.

- Tá, deixa ver se eu raciocinei direito: tu transa com o Ibra, ele vem te procurar, vocês assumem que se amam e agora a ex mulher dele conseguiu pelo milagre divino fazer tu perder uma bolsa de estudo, é isso? Esse cara é o que? Deus? Alá? Maomé? Sheik igual o dono do time que jogava, só pode.

- Só você pra me fazer rir.

- Amiga, você tá entendendo o que é transar com aquele homem? Tá, que eu nunca fui tarada nele, mas fico imaginando aqui o quão ele pode ser bom de cama, porque puta que pariu, o que ele tem de machão. Um desses na minha vida eu já nem ia acordar para ir pro trabalho.

- Elisabeth! – gargalhei. – O fato é que agora eu to na fossa.

- Não, amiga, tu não vai perder para essa loira metida a besta. Olha o estupendo de mulher que é você e olha pra ela. Ibra não quer aquela cobra pra comer e sim você.

- Jesus amado, por que eu sou sua amiga?

Ficamos mais um tempo conversando e mal bebermos — o que era de planejado. Assim que pisei os pés no prédio, vi que Ibra estava colocando o lixo para fora do prédio. Ele me olhou e sorriu. O sueco sabe muito que eu não estou chateada com ele e sim com a ex dele que pode acabar com a minha vida num estalar de dedos. Passei pela porta de entrada, subimos o elevador e eu podia esperar tudo se não fosse um beijo ardente do monstro. Enquanto nossas línguas dançavam em uma velocidade recorde, ele jogava meu corpo para a parede do cubículo e segurando minha bunda pressionava nossas intimidades fazendo com que eu gemesse baixo. Uma senhora entrou, mas isso não foi motivo para pararmos o beijo a não ser que ela começasse a bater com a sua boca nas costas do Ibra.

- Sim? – ele virou a cabeça e olhou para a senhora. – O que foi, minha senhora?

- Tenha modos, rapaz. Não é assim que se trata uma moça, ande, se afaste. – puxou o Ibra pela camisa afastando nossos corpos. – Vocês jovens não aprendem a tratar uma moça direito. Olha como ela está toda vermelha.

- Desculpe, mas nós só estávamos nos beijando. – Ibra tentou se defender.

- Casal de namorados só se beijam na despedida e é um beijo e não o que você estava fazendo com ela. De resto é namoro no sofá.

- Tudo bem. Me desculpe, senhora.

- Da próxima vez, moça, não deixe.

- Está bem.

Meu Deus que vergonha! A mulher saiu no quarto andar e quando chegamos no meu andar, eu não pude deixar de rir da cara de puto do Ibra com a senhora empata foda.

- Caralho, eu tô excitado e a mulher vem me dizer o que eu devo e não fazer com uma moça!

- Eu sou uma moça de família. – lembrei do clima em que estávamos e parei na hora de sorrir. – Eu vou dormir, mas você pode dormir na cama comigo se quiser.

- Estou bem aqui na sala. Pode ir dormir.

Dei um boa noite de longe e entrei no quarto. Fiz tudo o que tinha para fazer e eu odeio o fato do frio nos fazer usar mil roupas para poder dormir em paz. [...] Senti meu corpo ser erguido por mim enquanto a língua de Ibra entrava na minha intimidade. Gemi quando cheguei ao ápice e parecia sonho está sendo acordada assim — e não era. Ibra ergueu minhas pernas e se posicionou entre mim. Senti seu membro encostar na minha intimidade e assim que chupei sua língua em um beijo ele me penetrou. Apalpei sua bunda enquanto ele chupava meu pescoço. Ibra foi lento no início, mas assim que pedi por mais, ele foi veloz; selvagem como sempre.

- É desse jeito que você quer viver longe de mim? – ele chegou ao ápice e ficou um pouco dentro de mim até eu chegar no meu limite. – Amor, não vamos fazer isso com a gente.

- Que horas são?

- 4h30.

- Por que você me acordou tão cedo?

- Porque nós temos uma viagem pra fazer.


Notas Finais


Sei que demorei mais do que o normal para postar, peço mil desculpas. Espero que tenham gostado demais esse capítulo. Um beijo e até o próximo!


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