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História Era uma vez, o sapo e a garota que não era princesa - 10


Escrita por: JaneDi

Notas do Autor


Enfim, o fim.

Capítulo 10 - 10


Levou apenas três passos até que ele estivesse aos seus pés e a puxasse para seus braços.

Ela dificilmente teve tempo de saber o que realmente estava acontecendo até que seus lábios estavam no dela.

E com um tremor que percorreu todo o seu corpo, ela estendeu as mãos agarrando firme seus ombros. Ela devia está louca, mas ela só queria beijar e sentir que ele estava ali e não era fruto de sua imaginação.

Quando a ausência do fôlego os forçou a separar, Lili estava ofegante, bem como Oliver.

_O- o quê? O que? Como? _ ela balbuciou enquanto agarrava a frente de sua camisa afim de se equilibrar.

_por favor, não me diga que você está casada? _ ele perguntou de supetão, os olhos verdes e azuis de repentes preocupado. Oliver, Lili percebeu estava bastante queimado de sol, sua pele estava bronzeada, sua barba estava por fazer e seu cabelo precisava urgentemente de um corte.

_o quê? Eu não estou casada! _ ela respondeu aturdida, piscando sem entender.

_ótimo! _ ele disse e a beijou novamente, com a mesma fome e intensidade que ela. E então novamente. _ ou namorando? Você está namorando? _ perguntou a segurando nos braços fortes, ainda profundamente preocupado.

_ o que- o que, não... _ e ele a tomou pelos braços. Em algum momento Oliver a tinha erguido e Lili passou as pernas em volta de sua cintura, agarrando a cada ponto dele como se sua vida dependesse disso.

Até que....

_Hum, Hm_ sua mãe de pé na porta com os braços cruzados sobre o peito os fitou, os olhos sérios e a boca numa linha fina não muito convidativa.

_Olá dona Lúcia_ Oliver a saudou, ainda a mantendo com ele_ como vai a senhora?

.....

Algum tempo depois, eles finalmente puderem ter algum tempo privado, no quintal da casa. Havia um banquinho onde Lili tinha levado Oliver a se sentar.

Ela ainda não podia acreditar. Nem nos seus mais loucos sonhos.

_quando você chegou? Onde estava? E- e o que você está fazendo aqui, como me achou?_ ela perguntou, ainda em choque pela presença dele ali. Deus, era Oliver! O seu Oliver, ele estava mudado, um pouco maior, um pouco mais forte. E ele tinha músculos? Reais músculos?

_Ei, calma e respira, um pouco de cada vez_ ele disse com um sorriso surgindo nos lábios e olhando para ela como se fosse a coisa mais linda do mundo _ cheguei ao país há três dias, vindo de Bangladesh.

_Bangladesh? _ ela tentou lembrar onde ficava no mapa.

Ele confirmou_ construção de casas para os desabrigados do último tsunami_ explicou.

_uau!

Ele sorriu de novo. Lili decididamente olhou para as próprias mãos que descansavam sobre os joelhos.

_Um pouco longe_ ela disse, sem saber o que falar.

_sim, bastante longe. _ ele respondeu sério.

Seu coração batia como louco dentro dela. Longe e ele veio praticamente direto para ela? Por quer?

_e-e como você me achou? _ perguntou diante do silencio que se seguiu.

_eu liguei para sua mãe e ela me disse que você passaria o feriado aqui_ explicou.

Oh! Sua mãe tinha dito para Oliver a encontrar? Será que foi isso o porquê dela ter insistindo tanto para que Lili viesse passar o feriado em casa?

Ela ergueu o olhar para encará-lo novamente, pois havia mais uma pergunta.

_por quer?

Oliver, pela primeira vez desde sua épica chegada, apareceu acanhado, como se relutante. Ele olhou para as mãos dela e então para seu rosto.

_ Por que eu queria ver você_ ele disse, se levantando de repente e se pondo de joelhos na sua frente.

Lili se assustou, _ O que- o que você está fazendo? _disse arregalando os olhos e a boca.

_Você me perguntou por que eu vim, Lili eu vim por você_ ele disse após tomar o folego e segurando a sua mão direita. _ todo esse tempo, eu só pensava... eu só queria que a gente pudesse ter tido alguma oportunidade.

_Oliver... por favor, eu não acho que_ ela tentou dizer, sentindo-se muito confusa e balançando a cabeça em negação, ao mesmo tempo que tentava puxar sua mão de volta, mas Oliver a reteve.

_Não, escuta! Você não me deu oportunidade e eu pensei, “bom, que se dane!”_ Ele disse com uma intensidade que ela nunca tinha visto _ e então, eu vi tanta coisa triste e feia, e muitas coisas bonitas, e por um momento Lili, eu pensei que era o suficiente que estava ok, mas... depois de tanto tempo, eu ainda penso e quero você_ ele finalizou e Lili pode ver, naquela nova profundidade de Oliver, o quanto ele estava falando a verdade.

E então ele disse, aquelas palavras que ela nunca quis ouvir. Que ela não acreditava.

_Lili, eu amo você.

Não!

Não, não e não! Ela tentou livrar a mão, mas Oliver a segurou firme.

Ela sentiu lágrimas quentes fugirem de seus olhos_ Oliver, não...

_Lilian, eu. Amo. Você _ repetiu a retendo e olhando nos seus olhos _ eu voltei por que eu quero está ao seu lado.

_Eu acho que você não está se ouvindo, você..._ ela tentou argumentar, mas falhou tremendamente, pois sua voz de repente ficou presa na garganta.

_Eu passei esses dois anos pensando nisso e sei bem o que eu estou dizendo.... Lili, do que você tem medo? _ Oliver perguntou, apertando sua mão de maneira a confortá-la.

“Do que você tem medo?”

Ela pensou. E olhar naqueles olhos que havia tanto perdido, era como um espelho. Seu amigo Oliver. As risadas. As tardes preguiçosas no jardim. Os filmes que criticavam juntos. Até mesmo quando ele era insuportável e idiota e então ela tinha que brigar com ele. Se olhasse para atrás, ela tinha perdido tudo isso.

E se voltasse para o que tinha acontecido?

“Do que você tem medo?”

A solidão, as longas horas de trabalho e sempre, sempre cansada e não havia ninguém lá por ela.

Do que ela tinha medo?

Oliver esperou, os olhos nunca a deixando.

Lili fechou os olhos por um momento e suspirou para soltar o ar que não sabia que tinha prendido. Então, tirou a mão que Oliver segurava e com a outra, usou para secar as lágrimas que tinham descido.

Quando ela os abriu, Oliver ainda permanecia lá, esperando por ela.

Só levou uma batida para que ela tomasse sua decisão.

Lili levou as mãos para o rosto de Oliver, sentindo a aspereza da barba que ela não conhecia ainda e também o leve calor que emanava do seu rubor. E se inclinou para beijá-lo.

Para ser justa, Lili ainda sabia que a vida não era um conto de fadas, mas à medida que ela arrostou ele para aprofundar o beijo, ela decidiu viver aquelas partes onde pareciam que era.

FIM

 

 

 

NÃO, não verdade, não.

Eles se casaram seis meses depois. Foi um completo absurdo para ela, mas Oliver tinha uma lógica afiada que envolvia “dois anos perdidos” e “nós já estamos juntos” e blá, blá, blá... ele, mais uma vez, foi bastante convincente, com a permissão de seus pais e sua mãe e tudo o mais.

Lili saiu do estágio escravagista e conseguiu ter alguma vida após o pai de Oliver mexer seus pauzinhos e arranjar um trabalho mais digno para ela e assim, conseguiu descobrir que era possível sim, não precisava ser desgastante e indigno para ela trabalhar, estudar e se manter.

Oliver mudou em algumas coisas. Estudou e passou no vestibular para economia!

Quem diria? E escreveu alguns livros que estavam vendendo razoavelmente bem!

Mas foi expulso depois de seis meses. E processado. Um dos professores o acusou de cometer injuria e difamação.

Bem..., algumas coisas não mudaram tanto assim, e foi uma bela maneira de Lili começar sua carreira como advogada.

_vamos Lili, vem deitar_ Oliver disse ao seu lado. _ você quer fazer isso.

Ela o conhecia, sabia que ele a estava provocando. Mas hoje ela está com muita raiva dele, muita!

_Não! Oliver, pelo amor de Deus! Você chamou esse homem de mentiroso! _ disse exasperada analisando as páginas do processo.

Ele deu de ombros_ bom, ele pediu que eu demonstrasse que sua teoria das economias de base estava errada e eu provei_ disse simplesmente, com uma fingida indiferença.

Ela o jogou um olhar mortal.

_Oliver, você fez isso em um livro, usando a própria pesquisa do homem!... Não, espera o que está que está fazendo?

_tirando esses papeis da sua frente_ ele disse, passando por cima da cama e jogando os documentos no chão ao lado_ Lili, vem me beijar _ e então abriu os braços para ela.

Meu deus, como ela aguentava?

Mas então puxou as cobertas e se instalou ao seu lado _ Oliver, só falta isso aqui para você ser meu príncipe encantado_ falou séria, usando o dedo indicador e o polegar para demonstrar_ por que não tenta?

Ele a puxou para mais perto, beijando a ponta do seu nariz_ você gosta de mim assim.

Charme, arrogância e uma pontada de insolência.

É verdade. Ela adorava ele.


Notas Finais


História concluída!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (dancinha da alegria)

Estou tão, mais tão contente que terminei essa história, é algo incrível ver as minhas 46 páginas do word agora concluídas.

Escrevi essa história uma noite depois de uma repentina inspiração e de lá pra cá fui apenas adicionando os complementos (que é a parte mais difícil para mim),ela não foi revisada e, por isso, peço desculpas pelos imensos erros que já identifiquei e não corrigir. :(

E por mais que a história seja bobinha e um pouco rasa, ainda assim fiquei contente com o resultado.
Oliver é um chodozinho, claro, e não foi difícil montar ele e ria imaginando uma figura real como ele, meu objetivo era não estereotipar ele, sabe? Fazer ele um cara charmoso, porém não infantil. Espero que eu tenha conseguido passar essa imagem.

Lili foi ou história, ela é muito diferente das minhas habituais heroínas e diferente de mim mesma! Então fazer a composição dela foi mais complicado, tanto que, no meio da história eu mesma já estava com raiva da garota, mas sabe como é, você tá escrevendo uma personagem e de repente ele (a) ganha vida própria e não se pode mudar mais. Foi o que aconteceu. No mais, tentei dá razões válidas para ela não namorar com Oliver logo de cara e também achei necessário que ela (e mesmo ele, no contexto de fundo) crescesse e passasse por algumas outras experiências para um amadurecimento, que é o que acontece no mundo real.

Enfim, o tema abordado "contos de fada e o encontro do amor ideal" é uma crítica, claro. Mas tentei passar a mensagem que as vezes, sonhar e se deixar levar por esses sonhos é tão bom e tão importante quanto viver a vida real e enxergar a realidade das coisas. Espero que, através de Lili e Oliver, eu tenha conseguido passar tal mensagem.

Então, meu muito obrigado por você que me deu a honra e a imensa alegria de acompanhar minha pequenina história. Sério, valeu mesmo! Cada comentário, cada favorito que aquele sino no canto direito apontava, enchia meu coração de alegria.
Obrigada, obrigada e obrigada!

E por fim, gostaria muito de saber a opinião de vocês sobre todos os aspectos da história, sugestões, críticas e comentários são sempre bem vindos!

Beijos, abraços e afagos
Até a próxima.
Att,

JaneDi


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