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História Era uma vez, o sapo e a garota que não era princesa - 6


Escrita por: JaneDi

Capítulo 6 - 6


Após uma noite onde dormir fora um desafio, Lili, na manhã seguinte, descobriu que Oliver já tinha saído.

_eu nem mesmo vi o garoto_ o motorista falou _ e a propósito, meus parabéns pelo namoro_ ele disse com um levantar de sobrancelhas sugestivo e um sorriso feliz.

Lili sentiu a sensação agourenta voltar. Um mal-estar que ela sabia que aquele dia iria prometer. Ela devolveu um sorriso acanhado, não se sentindo à vontade para falar algo e entrou no carro. Claro que ele já saberia, a essa altura todos já deviam saber sobre a noite passada.

Apesar de adiar a resolução de acabar com o relacionamento dos dois, Lili se viu aliviada por não encontrar Oliver logo cedo, sabia que em breve teria que conversar com ele, mas sentia que não estava preparada para isso, não no momento.

Até o primeiro tempo, nada de Oliver, mas no intervalo, recebeu uma mensagem de texto dele para que se encontrassem na quadra de esportes.

Foi até lá. O lugar estava vazio e assim que entrou Lili viu Oliver na primeira fileira da arquibancada segurando um embrulho.

_tiver que sair mais cedo para comprar isso para você_ disse a guisa de explicação. Lili se aproximou cautelosa, tentando lembrar-se de como respirar, por quer a cada passo sentia seu coração afundar.

Ele então abriu e mostrou uma aliança prateada, era simples, sem nenhuma ornamentação.

Lili o olhou confusa, ele estava ostentando um sorriso acanhado para ela, mas tinha os olhos brilhando de uma forma modesta que ela nunca tinha visto nele.

_Já que oficializamos diante de nossos pais, resolvi comprar esse anel para você_ explicouu diante da ausência de reação dela.

Aquilo poderia se tornar pior? Lili pensou enquanto olhava o presente e sentia a picada de lágrimas nos olhos.

_Isso não é um pedido de casamento sua boba! É só um anel de compromisso_ disse rindo, confundindo o estado de choque com medo de que ele tivesse falando sério demais.

E se aproximou com a caixinha do anel. Lili queria jogar os braços ao redor dos ombros de Oliver e o puxar para beijá-lo tal qual no dia anterior, onde ela podia ainda sentir tão vivo a sensação que era ser beijada...mas não podia mais fazer isso. Não seria certo.

 

Foi quando ela se desviou dele, que Oliver percebeu que havia alguma coisa errada.

_qual o problema Lili?_ perguntou ele_ não me diga que ainda está preocupada com “ o que vão falar da gente” ou  que “você me seduziu”?_ terminou rindo_ o anel é para mostrar que estamos juntos e não nos importamos com o que digam sobre nós dois.

Ele ia a abraçar, mas Lili o segurou na distância de um braço.

_não é isso Oliver... nós precisamos conversa_ ela disse. Em casa, ela planejou, iria falar que tudo aquilo não passava de besteira_ na verdade, acho que fomos precipitados ontem, não vamos continuar com...com isso.

E naquele momento, Oliver finalmente percebeu que ela estava falando sério.

_o que você quer dizer? Você viu. Meus pais e até mesmo sua mãe deram permissão, você gosta de mim, não há problema_ disse exasperado.

_não é assim!_ ela disse. Lili não queria ter explicar para ele daquela maneira e na escola, mas Oliver não deixaria o assunto sem antes esclarecer tudo. _ conversei com mamãe ontem e percebi que não era uma boa ideia...

_sua mãe mudou de ideia?_ ele perguntou confuso_ eu falo com ela de novo quando chegarmos em casa, ela vai ver que...

_não Oliver, você não vai falar com ela_ Ela disse rapidamente, Oliver confrontar sua mãe só iria piorar as coisas_ eu concordo com ela de que a ideia de sermos namorados não passa de infantilidade nossa.

Dessa vez ele parecia chocado

_infantilidade?_ disse depois de alguns instantes_ Lili, eu nunca imaginei que você seria alguém que se guia pela cabeça dos outros, o que é infantil da nossa parte?_ ele perguntou com raiva_ falei que gostava de você, perdi a permissão dos meus pais e da sua mãe e até COMPREI ESSE ANEL PARA VOCÊ_ disse apontando para a caixinha.

_ouça Oliver, eu sei que tudo parece ser legal e tudo mais agora, mas se vermos bem, nós não damos certo e é desconfortável para nós dois _ ela tentou argumentar.

_eu acho que você é que não sabe o que quer Lili, desde ontem que você só colocar dificuldade em tudo_ a acusou e dessa vez também ela estava ficando chateada, por quer não era apenas a questão de saber o que ela queria. Sim, ela sabia que não queria estar envolvida em nenhum drama doméstico de sua vida privada.

_nem tudo é como você quer Oliver_ disse zangada_ se as coisas não acontecem da forma que você planeja é errado não é?

Ele a encarou intensamente, seus olhos verdes faiscando de desafio.

_eu estou errado em dizer que você gosta de mim?_ perguntou sério, mas  Lili sabia que a intensão era no sentido de confirma que ele tinha razão e não de ver o quanto ela gostava dele

Aquilo a entristeceu, queria chorar, mas nunca o faria na frente dele. Chega de clichês.

_ eu gosto de você­_ disse por fim fitando os próprios pés.

_ótimo! _ falou ele mais alto como se tivesse ganhado uma partida_ agora olhar para mim e diz se não estou certo sobre isso_ exigiu.

Ela o encarou de volta. Oliver era bem mais alto que ela e então teve que erguer bem a cabeça para o fita-lo. Sabia o que aconteceria a seguir: ele iria correndo para casa tentar falar com a sua mãe. Iria haver uma discussão. Ambos tinham uma personalidade forte e não iriam ceder. Mas cabia a ela acabar com isso ali e agora.

_ eu gosto de você Oliver_ respondeu sinceramente e Lili pode observar o brilho da certeza já sabida nos olhos dele_ mas não vale a pena continuar com isso e é ISSO O QUE QUERO_ completou com a máxima firmeza que reuniu. Não esperou pela reação dele, saiu sem olhar para traz. 



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