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História Era uma vez... Um Vampiro?! - Capitulo VII


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Ola leitores :)
Então, aqui vai mais um capitulo. Hoje saiu mais tarde né?
Vida de ser humano comum não é fácil. XDDDDDDD
Ainda assim vou sempre tentar postar um por dia, para aquelas almas que lêem mas não falam comigo U.U
Eu não mordo gente, só o Yuma :v
Não vos faço perder mais tempo. Boa leitura :)

Capítulo 7 - Capitulo VII


Fanfic / Fanfiction Era uma vez... Um Vampiro?! - Capitulo VII

P.O.V. Riko

                Minha mente mergulhava num livro, que lia no jardim. Ao mesmo tempo, prestava atenção em Naomi, que se encontrava no banco em frente a escrever alguma coisa e ao mesmo tempo, fazia-me companhia. Analisava-a, disfarçadamente por cima do livro, reparando nas ténues marcas em seu pescoço e ombros, as quais o seu vestido não escondia. Fazia já uma semana que ela estava aqui e de certa forma, parecia ter-se conformado com aquilo. Não mais pedira para que a deixássemos ir, não mais se ouviu os seus gritos vindos do quarto do Yuma e até mesmo o medo, que sentia por nós, parecia ter desaparecido parcialmente. Sua graciosidade era única, assim como o seu cheiro, que se revelava uma verdadeira tentação. O pecado encontrava-se mesmo a minha frente, provocando e aguçando os meus sentidos. Contudo, havia feito uma promessa ao meu irmão e tencionava mantê-la, nem que recorresse a todo o meu autocontrole. Afinal, era isso que nos diferenciava dos Sakamaki e era nisso que a gente tinha orgulho.

                No entanto, eles preocupavam-me. Há já alguns meses que Yui havia desaparecido sem deixar rasto. Por algum motivo, eles culpavam-nos pelo desaparecimento da sua noiva, mesmo sem termos nada a ver com isso. Se eles desconfiassem de alguma coisa, possivelmente Naomi correria perigo, pois seria uma forma de eles vingarem-se de uma coisa, que nem era culpa nossa.

- Ruki? – A voz dela faz-me levantar o olhar do livro, vendo-a a analisar-me. – Posso fazer uma pergunta?

- Podes! Não quer dizer que eu te vá responder… - Volto a olhar para o livro, ignorando-a totalmente.

- Certo! Hoje mais cedo, durante o pequeno-almoço, vocês falavam sobre os Sakamaki. – Fechei o livro com um baque, encarando-a. Porquê razão ela falava deles? - Mas calaram-se assim que eu entrei, então isso deixou-me curiosa. O que eles têm a ver com vocês?

- Porquê o interesse? – Ergo uma sobrancelha.

- Um dos irmãos Sakamaki já foi meu aluno, há uns meses atrás. Na verdade, ele era o melhor aluno que alguma vez tive. – Arregalei os olhos com aquilo que ela dizia. Não esperava que ela tivesse qualquer tipo de relação com aqueles infelizes. Contudo, não pude deixar de notar um certo abatimento na sua voz a dizer aquilo. Era como se ela lamentasse aquele fato.

- E o que aconteceu? – Fitei aquelas suas orbes azuis, em busca de alguma resposta.

- Ah ele simplesmente deixou de aparecer nas aulas e pouco tempo depois, um dos seus irmãos mais velhos cancelou a sua matrícula. Ainda tentei fazê-lo mudar de ideias, mas foi inútil. Ai, como se chamava aquele tipo sinistro? – Vejo-a levar a mão a cabeça, tentando lembrar do nome do Sakamaki.

- Shu? Reiji? – Tentei dar uma ajuda, falando o nome dos possíveis mais velhos, querendo saber mais sobre aquela história.

- Reiji, é isso mesmo! – Naomi abre um sorri ao acertar no nome e encara-me. Yuma não mentira, aquele sorriso era realmente desconcertante. Abanei a cabeça e voltei a prestar atenção no que ela falava. – Então, tentei fazer com que ele deixasse o irmão continuar a ter as aulas, pois realmente era um crime desperdiçar um talento daqueles. Até me ofereci para dar as aulas em casa, para ele não perder tempo a deslocar-se. Contudo, ele disse que o irmão estava com muito trabalho na escola e não podia perder tempo com coisas medíocres. Fiquei completamente indignada com aquilo, mas não havia nada que eu pudesse fazer.

- Hmm… Qual era o nome desse teu aluno? – Aquilo podia ser um problema, dependendo do Sukamaki.

- Laito! – Petrifiquei ao ouvi-la dizer aquilo. Logo aquele!

- O pervertido… - Soltei no ar, vendo uma certa confusão gerar-se no seu rosto.

- Eu não o chamaria de pervertido. Ele era charmoso sim, simpático e bastante atencioso. Mas daí a ser pervertido… Ele sempre me respeitou! - Ela cala-se e fita-me com um sorriso. – Aliás, minha sala ganhou outra cor desde que ele se tornou meu aluno. Todas as semanas ele dava-me uma orquídea. Dizia que aquele devia ser o meu nome, porque eu era bela como uma.

                Ergui uma sobrancelha, analisando a inocência dela perante aquela situação. Ela nem desconfiava que eles também eram vampiros. Não pode deixar de reparar no quanto ela gostava do Laito e como o admirava. Eu pessoalmente, não conhecia esse lado artístico dele, mas certamente seria bom, pois por aquilo que Kou dizia, ela era bastante exigente nas suas aulas.

Fim P.O.V Ruki

                Assim que entrei no jardim, vi Ruki a conversar com a Naomi. Parei ao ouvi-la falar do Laito e uma certa raiva apoderou-se de mim. Fechei os punhos e fui ao encontro dos dois. Como podia ela ter medo de mim e não de uma coisa nojenta e sem modos como o Laito?

- Então foi ele que encheu a tua sala de flores? Que lindo, não? – Perguntei ironicamente, agarrando o braço dela com alguma força.

- Estás a magoar-me, Yuma… - Vi seu olhar desagradado sobre mim, mas nem quis saber, pois realmente estava com ciúmes.

- Como podes admirar um vampiro nojento daqueles? – Quase gritei com ela, fazendo-a encolher-se mas ao mesmo tempo, uma certa admiração fez-se notar em seu rosto. Não é que eu pudesse falar muito, afinal meu sadismo chegava a extremos algumas horas. Mas por favor, ter melhor ideia do Laito do que de mim é um ultraje descabido!

- Vampiro? E-u não sabia… - Larguei-a com alguma força, fazendo-a sentar-se no banco, novamente. Ela olhou Ruki em busca de uma resposta talvez, não sei. – Quer dizer que…?

- Sakamaki são uma família de vampiros puros. Todos eles já nasceram assim… - Ruki responde friamente, abrindo o livro que tinha em suas mãos. – Se Reiji o tirou das aulas de piano, algum motivo muito forte ele teve para fazer isso.

- Não me admirava nada que o Laito estivesse de olho em ti… - Respondo friamente, sentando-me ao lado de Ruki. Ela parecia em choque, como se tentasse assimilar toda aquela informação. – A quanto tempo ele saiu das aulas?

- Não sei bem… ah diria cerca de seis/sete meses. – Sorri de canto ao ouvir aquilo, logo entendendo qual o real motivo para aquele sumiço de Laito.

- O mesmo tempo que Yui… Com a falta de sangue, certamente que o teu cheiro não lhe passou despercebido. – Ruki prenuncia-se. – No entanto, Reiji foi mais sensato e tirou-o de lá, antes que o pior acontecesse.

                Olhei-o pelo canto do olho, percebendo a indireta. Porém, nem me dei ao trabalho de responder.

- Eu não tive mais contacto com o Laito, portanto se ele é assim como vocês dizem, já nem se deve lembrar da minha existência. – Vejo-a levantar-se dali, pegando num pequeno caderno que repousava ao seu lado. – Com licença!

                Ela retira-se dali, notoriamente incomodada com algo. Gostava de saber até que ponto aquela noticia a afetara. Realmente era algo que me aborrecia.

- Nono-chan… - Ouvi a voz de Kou atrás de mim. Olhei para trás e vi-o a reverenciar Naomi com um sorriso resplandecente, mas que apenas foi retribuído por um meio apagado.

                Com o caderno entre os seus braços, ela praticamente ignora aquele diabrete e entra em casa, deixando-o com cara de quem não gostou daquilo. Não demorou para que ele se aproximasse de nós e se sentasse onde antes estava Naomi, encarando-me friamente.

- Tens de ensinar boas maneiras ao teu animal de estimação… - Olhei para ele desagradado com o comentário.

- E tu já nos contavas o que sabes sobre ela… - Ruki fecha o livro e o encara. – Para quem não sabia nada a uma semana atrás, no outro dia parecias bem informado!

- Porque não perguntas para ela? – Responde ele ferinamente.

- Qual o problema de seres tu a responder? – Semicerrei os olhos, não perdoando a sua forma agressiva e mimada.

- Tudo o que pudermos saber sobre ela será uma grande ajuda. Os Sakamaki já andaram a sondar o motivo pelo qual Yuma não tem aparecido… - Olhei Ruki, sentindo-me culpado por estar a envolver todos eles naquela história.

- Está bem, eu falo o que sei… - Desagrado com aquilo, Kou ajeita-se no banco e encara-nos. – Naomi era uma menina de rua, assim como nós era-mos. Não sei dizer ao certo o que aconteceu com ela por lá, mas pelo que ouvi dizer, ela comeu o pão que o diabo amassou. Contudo, acabou sendo resgatada por um orfanato em Tóquio e pouco tempo depois, foi adotada por uma família de classe média. Ela devia ter uns dez anos quando isso aconteceu. Aquele casal gostava muito dela! Investiu numa boa educação, colocou-a no conservatório, entre outras coisas. Naomi acabou por se destacar a tocar piano e foi parar a uma orquestra, aos dezoito anos de idade. A sua felicidade estaria para acabar quando os pais adotivos sofreram um acidente de viação, a deixando novamente sozinha. Com o desgosto, ela acabou por sair da orquestra, pois não conseguia tocar, tamanha a sua tristeza. Acabou por se mudar para cá pouco depois, onde arranjou emprego como professora de música naquela escola.

- Há uma coisa que eu não entendo. – Interrompo Kou. – Se ela é professora de música, porquê motivo ela tocou contigo naquele casino?

- Já faz três anos que aquilo aconteceu. E sejamos sinceros aqui, o talento de Naomi está destinado a grandes palcos, não a uma escola! – Podia ver no olhar dele a veracidade das suas palavras. Ele realmente tinha uma grande admiração pelo talento dela, o que explicava o fato de ele a ter defendido inicialmente. - Acho que ela estava a tentar refazer-se aos poucos, começando com pequenas apresentações. Meu agente é que a encontrou e propôs-lhe que ela atuasse comigo. Pelo que eu percebi, foi complicado fazer negócio com ela, mas ele lá conseguiu convencê-la.

- Realmente, vinte e um anos de pura sofrência não é para todos… - As palavras de Ruki deixaram-me pensativo.

- Por isso que eu digo, se ela não se suicidou depois de tudo isso, acho que já não o fará. Ela não é a flor delicada, que vocês acham que ela é. – Responde Kou com um sorriso de canto. – Nono-chan é forte e pela calma que apresenta estes dias, tenho certeza que ela já se conformou com a ideia de ter o Yuma como namorado…

- Ela não é minha namorada! – Falo sério e fecho o cenho, tendo Kou a rir alto na minha cara.

- Claro que não! – Ele ironiza, deixando-me cada vez mais bravo. – Não te esqueças de comprar o anel de noivado. Pode ser-te útil!

                Levantei dali, completamente irritado com ele. Coloquei as mãos nos bolsos e entrei em casa, subindo a escadaria para o segundo andar. Pensava em tudo aquilo que Kou havia dito, sentindo-me ainda mais culpado, por ter estragado a sua vida quando ela a tentava refazer. Mas com isso, consegui ver também as nossas semelhanças. Nenhum de nós tivera uma vida fácil e mesmo assim conseguimos sair por cima de tudo isso. Talvez fosse aquilo que ela fazia agora, tentando aceitar o facto de que não passava de uma prisioneira naquela casa.

                Parei no meio do corredor e fitei o tecto, encostando-me na parede. Porquê razão eu havia feito aquilo? Mas pior que isso, porquê razão eu me importava assim tanto? Eu era um sádico e devia estar a tirar prazer do seu sofrimento, como sempre o fizera antes. Qual a razão desta mudança?   


Notas Finais


Bem e foi isto por hoje :v
Espero que tenham gostado :3
Logo, logo as coisas vão se agitar radicalmente. Quem já me conhece, sabe bem que eu gosto de surpreender o leitor. Nessa fic não será diferente.
Fico a espera de criticas :3
Bjnhs e até ao próximo :)


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